TRAMAS PALACIANAS (O MEDIADOR)

No gabinete anexo ao salão de conferências, Victor, o Regente aguardava a presença de seus convidados; e foi um servo que anunciou a chegada tão ansiada. Lado a lado, Raphaella e Andrey adentraram ao recinto, curvando-se reverencialmente ante a figura do Regente. Por alguns minutos, nada foi dito e o silêncio torturante imperou no ambiente. “Vejo que vocês, gentilmente, atenderam ao meu pedido …, fico muito grato por isso!”, disse Victor em tom suave como lhe era característico.

-Não atender ao convite do Regente é o mesmo que cometer um crime – respondeu Raphaella com um tom entre o irônico e o comedido.

-Foi um pedido? Achei que se tratasse de uma ordem! – disse Andrey com tom ácido.

-Bem, deixando tudo isso de lado, eu os chamei aqui para acertarmos os detalhes – continuou o Regente levantando-se da cadeira e rodeando a mesa para ficar mais próximo do casal.

-Detalhes? Que detalhes? – perguntaram ambos em uníssono.

-Sobre o embate que terão em breve! – respondeu o Regente com um sorriso maldoso – E não se façam de desentendidos! Isso me aborrece! Então …, tudo acontecerá na alcova dourada dentro desta Cidadela e não no Palácio Fortificado …, vocês serão trancados lá e somente quando o sino real for acionado as portas se reabrirão …, e de seu interior sairá o vencedor …, fui claro?

Raphaella e Andrey se entreolharam com uma expressão de surpresa. A alcova dourada fora, em tempos áureos, o reduto do primeiro Regente e desde de seu desaparecimento em batalha, ninguém mais penetrou em seu interior. Victor pôs-se a esperar por questionamentos, mas como a impaciência era uma de suas notórias características, ele prosseguiu.

-Vejo que não há dúvidas ou discordâncias …, que bom! – retomou ele caminhando em torno do casal – Creio que era isso que tinha a dizer …, Ah, sim! Quanto às regras …, não há regras! Agora podem retirar-se!

Raphaella e Andrey fizeram nova reverência, saindo do recinto; Victor tornou a sentar-se na cadeira e esperou …, esperou pelo retorno de Andrey. Logo, o Monge estava frente ao Regente mais uma vez. Os dois homens entreolharam-se como se esperassem que o outro tomasse a iniciativa da palavra; Victor sempre fora um homem impaciente, mas naquele momento ele parecia almejar que Andrey dissesse alguma coisa.

-O que o Regente quer de mim, afinal? – perguntou o Monge quebrando o silêncio e verbalizando sua irritação – É algo relacionado com o que acontecimento de amanhã?

-Sim, Andrey …, preciso que venças – respondeu o Regente em tom taxativo – A simples ideia de ter o Arquiduque exercendo sua influência ao meu lado …, é desprezível! Por isso, eu preciso que tu venças amanhã de qualquer jeito!

-Regente, vencerei do jeito certo – vaticinou o Monge em tom firme – Agora, se me permite, tenho preparativos a fazer …

-Hum, preparativos? Exercitando esse tesouro que tens entre as pernas – inquiriu ele com tom maroto – E eu poderia assistir? Digo, esses “preparativos”?

-Lamento, Regente, mas, não …, não pode! – respondeu Andrey sem hesitar – Por outro lado, posso proporcionar uma excelente diversão para ti! Venha até a torre mais tarde …, estarei a sua espera!

Esgueirando-se entre as sombras, o Regente saiu da Cidadela Dourada e seguiu até o Palácio Fortificado; com a ajuda de um capitão da guarda, ele foi para a torre de ameia e ao chegar ao salão de magias do monge ficou surpreso com o que estava a sua espera; ao redor da enorme mesa redonda, estavam dois casais nus; Victor ficou extasiado com a beleza escultural de ambos, fitando todos os detalhes dos corpos oleados cuja pele reluzia sob a luz das tochas presas nas paredes.

-Victor! Tire a roupa! Rápido! – Gritou Andrey em tom autoritário assim que adentrou ao recinto.

Tomado pela excitação do momento o Regente nem pensou na ordem, apenas a cumpriu; viu-se rodeado pelos casais, cujas mãos passeavam por seu corpo deixando-o em um estado delirantes de desejo sexual; um dos homens o tomou pelos braços e fê-lo deitar-se sobre a mesa de pedra, enquanto o outro se incumbia de oferecer-lhe o falo rijo para saborear; Victor abocanhou aquele martelo sexual, deliciando-se em sugá-lo avidamente; enquanto isso, as duas mulheres tomaram a tarefa de manipular o membro do Regente, deixando-o suficientemente ereto para que pudessem tê-lo em suas bocas sequiosas.

Victor não se continha e adestrou ambos os machos, tomando seus membros em sua boca alternadamente, ou massageando-os enquanto apreciava a visão das mulheres apetecendo de seu falo; algum tempo depois, o Regente engatou uma das fêmeas, copulando-a por trás; dedicado ao esporte de fornicação, ele não se deu conta quando também ele foi engatado por um dos homens que irrompeu seu traseiro varando-o sem piedade.

O primeiro casal viu-se obrigado a dar lugar ao segundo que exigiam as mesmas honrarias regenciais; era uma fornicação infernal e exultante, embebida por gritos, gemidos, sussurros, suspiros e blasfêmias de todo tipo. De longe, o Monge tudo observava mordendo os lábios com a visão delirante de um homem possuir e ser possuído ao mesmo tempo. Por mais de uma vez os casais alternaram-se no mesmo jogo, impondo um inebriante castigo ao Regente que parecia ter adentrado a uma espécie de transe que o permitia abstrair a realidade, desfrutando apenas dos estímulos carnais que causavam-lhe uma avalanche sensorial tão intensa que, para ele, parecia infindável.

E quando o gozo explodiu em todos ao mesmo tempo, com homens e mulheres masturbando-se furiosamente, Victor não se afastou da possibilidade de sorver todo líquido que membros lambuzados e grutas quentes e molhadas. Engolfado pelo êxtase que dominava corpo e mente, o Monge pressentia uma excitação desmedida que impunha que ele se tocasse sentindo a rigidez provocante de seu falo e o ardor do desejo de ter feito parte daquela orgia tão voluptuosa. “Mestre, o poço de Lazzarus está pronto!”, sussurrou Engracia no ouvido de Andrey, trazendo-o de volta à realidade.

De volta à catacumba, ladeado pela serva que trazia uma tocha na mão, Andrey desceu uma longa escada espiralada esculpida na pedra; ao fim dela via-se uma lagoa de águas azuis cristalinas que parecia emitir luz própria; o Monge despiu-se e avançou pela borda de pedra até ver-se imerso dentro da lagoa; ele olhou para Engracia que depois de fixar a tocha no suporte de ferro preso à parede de rocha; ajoelhou-se e fechou os olhos, não demorando para que seus sentidos viajassem para outra dimensão.

Repentinamente, duas lindas mulheres emergiram das profundezas da lagoa cercando o Monge; uma delas tinha a pele branca como a neve enquanto a outra tinha a pele enegrecida e também dotada de brilho próprio; ambas envolveram o corpo do Monge enquanto sussurravam em seu ouvido, perguntando: “O que queres, mortal? Eterno pecado?”.

-Sim! Sim! Quero dominar o eterno pecado …, nem que seja apenas por uma fração atemporal – respondeu o Monge com firmeza e determinação.

Foto 1 do Conto erotico: TRAMAS PALACIANAS (O MEDIADOR)

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Comentários


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ksn57 Comentou em 20/12/2023

Votado ! Interessante este conto ...

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Comentou em 10/05/2021

Muito bem escrito e belas fotos , votado meu querido amigo

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Comentou em 10/05/2021

Conto instigante e bem escrito, que deixa na medida certa, a ansiedade pelo desenrolar da história. Parabéns pela escrita, terá sempre meu voto.




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Ficha do conto

Foto Perfil trovão
bemamado

Nome do conto:
TRAMAS PALACIANAS (O MEDIADOR)

Codigo do conto:
178237

Categoria:
Fantasias

Data da Publicação:
09/05/2021

Quant.de Votos:
7

Quant.de Fotos:
5