Cuida de mim - Parte 6 (o coração parando, o coração batendo).

Tudo estava muito estranho. De repente me dei conta que estava sentindo alguma coisa por uma pessoa que nunca me atraiu, com quem eu tinha convivido há muito tempo, em um lugar pouco provável de rolar algo. Depois de uma noite com bebida, em frente a um fogão a lenha, enquanto em outro canto da fazendo rolava uma verdadeira orgia, tinha acordado e pensei que o Marco havia fugido. Tomei banho, arrumei a casa pra voltar a pé embora sozinho, mas ele estava voltando trazendo o café da manhã.
Quando vi aquela cena, foi inevitável que nós dois soltássemos um sorriso. Meio sem graça, confesso. Mas um sorriso.
- Pensei que você tinha fugido. - disse a Marco.
- Ué, você não lembra do que aconteceu essa noite?
Será que ele falava sério, e realmente se lembrava do que tinha acontecido?
- Lembro, claro, agarrei teu pau debaixo das cobertas, e você mandou parar.
- kkkk não isso, depois.
Como assim depois? o que mais teria acontecido?
- Não aconteceu mais nada depois. Eu virei pro lado e dormi com raiva de você...
- Claro que não, Lucas! Bem depois, quase amanhecendo... Você me disse bêbado de sono "depois traga o café da manhã pra mim, amorzinho!" kkkk.
Também nunca soube se isso era verdade. Acho que não, mas enfim. Lá estávamos nós dois, tomando café da manhã na varanda da casa do sítio, num silêncio total, sem trocar uma palavra.
- Como estão lá embaixo? - quebrei o silêncio.
- Não sei. Só vi a Fran dormindo agarrada com o Gustavo no meio da sala. E vi o Léo saindo do quarto do Boiada e daquele outro menino que não sei o nome...
- ah...
- Mas sabe o que me chamou a atenção? Só tinha teu carro estacionado na frente da casa grande. Os outros dois não estavam lá... será que saíram?
- Nossa, será que aconteceu alguma coisa?
- Não sei. Mas também nem quero saber deles. Pra mim tá bem bom aqui... Você que deve estranhar bastante né?
- Como assim, Marco?
-Ah, você é acostumado com luxo. Mora naquela casona, tem uma outra casona aqui na fazenda, nas férias sempre vai pra praia... e de repente tá aqui comigo, que sou todo "simprão"... Sei lá.
- Marco, você se deprecia demais. Acho isso horrível. Já reparou que o tempo todo tá se fazendo de pior, de resto?
- ow, não fala assim velho... Não falei isso. Só disse que você é acostumado com coisa muito melhor...
Marco fazia uma ideia totalmente diferente de mim. E eu também imaginava ele diferente. Ele achava que eu era muito cheio de frescura, e se o mundo parasse naquele momento eu estaria muito feliz.
A gente se conhecia desde a escola, mas o fato de estarmos só os dois fez com que nos conhecessemos muito mais nesses dois dias.
- Voltamos lá pra baixo? - perguntei.
- Não, aqui estou bem mais feliz.
- Certo...
- E agora? o que fazemos? - disse Marco.
- Agora vou lá no tanque pescar, pra trazer o almoço. Como um bom marido primitivo e rústico... kkkk
- Opa... mas espera... eu aqui é que sou o macho. Você até pegou no meu pau.
- Sim, mas se a gente dormir aqui hoje, eu vou pegar no teu cuzinho kkkkkkk
Saí da cena indo até um depósito do lado da casa, arrumei uma vara de pescar e fui até o tanque de peixes.
Marco ficou gritando da varanda "vai pegar no meu cú nada... eu mato você se fizer isso".
Não demorou muito ele chegou do meu lado, também com uma vara de pescar. Ele ficou rindo quando percebeu que eu era uma negação na pescaria.
- Não sabe nem segurar numa vara... deixa eu te ensinar.
- Isso, Marco. Me ensina. De repente ontem de noite você achou ruim porque eu não peguei direito kkkkkk...
Ao mesmo tempo que achava que as brincadeiras tinha ido longe demais, queria ir mais longe ainda.
Depois de um bom tempo em silêncio, Marco me pergunta:
- Como é?
- Como é o que?
- Como é pegar na rola de outro homem?
- Ah, sei lá. Eu gosto...
- Mas você não fica com nojo?
- Nojo do que, Marco?! Teu pau é limpinho... Já peguei em pau pior kkkk.
- Tô falando sério... Você não fica mal depois?
- Claro que não. Pau e xoxota são a mesma coisa, não acha?
- Você é doido, Lucas! Não vai pro céu.
- E você acha que eu quero ir pro céu? De jeito nenhum...
- Você é doido mesmo... Pelo menos você não me chupou...
- Como assim pelo menos?
- Sei lá, ia achar muito estranho um cara barbado me fazendo um boquete...
- Marcos Marcos...você precisa rever seus conceitos. Homem chupa muito melhor que mulher...
- Pois é, mas se você vai chupar alguma coisa, porque não chupa uma bucetinha molhadinha...
- Tá vendo, Marcos?! Você tem nojo de chupar um pau e não nojo de chupar buceta...
- É, mas buceta é bem cheirosinha, bem limpinha...
- Teu pau também tava cheiroso ontem. E limpo também.
- Ahá, filho da puta. Eu sabia! você me chupou... kkkkkk
- Claro que não. Você não me deixou nem continuar pegando. Mas depois eu passei a noite cheirando minha mão...
Ficamos em silêncio mais ou pouco.
- Ô Lucas... Mas isso te excitou?- perguntou meio envergonhado.
- Claro que sim, Marco! Se eu gosto de pintos, não teria por que não ter me deixado com o pau duro. Você é um cara legal, bonitão, tem um pau legal, tem uma bunda boa...
- Ô louco! Nunca ninguém me falou isso.
- Eu sou como você, Marco. Eu demoro pra me sentir atraído por alguém, e por algum motivo... não se sinta em perigo... eu me atraí por você.
- Isso é muito esquisito, Lucas.
- É. Mas é a natureza das coisas.
Discretamente, enquanto olhava o tanque de peixes, Marco deu uma ajeitada na sua calça. Talvez seu pau estivesse duro.
O clima tenso só foi quebrado quando um peixe fisgou a isca dele.
- Tá vendo, Lucas? Aprenda. Tô te ensinando a pescar.
"tá vendo, Marco, tô te ensinando a ser gay também", pensei. Mas não disse.
Devia ser meio da tarde quando a fome apertou e resolvemos voltar pra casa.
- Será que eu devo ir lá embaixo pegar meu carro, trazer pra cá e buscar mais comida?- perguntei.
- Não, se eu sentir fome como você... kkkkk
- Olha que se desse, te dava mesmo. Mas desculpa amigo, tem viado que só come!!!! - respondi piscando.
Marco não entendia mesmo o funcionamento das coisas. As vezes ele fazia uma cara de dúvida, como se quisesse perguntar, mas os tabus lhe impediam.
- Marco, vou lá embaixo e volto logo. Só vou pegar uns ingredientes que hoje quero fazer um jantar muito especial pra você.
Desci sozinho, e ao chegar na casa grande o silêncio era total. Apenas Paty estava na cozinha.
- Paty, cadê todo mundo?
- Amigo, deu merda! E que merda grande... Imagina você que estávamos aqui festando hoje cedo e a irmã do Boiada chegou chorando..
- Ué, mas chegou da cidade?
- Sim! O pai do Boiada morreu... ele tava doente, e do nada o coração parou. Aí eles pegaram o carro do Léo e o carro do Gustavo e foram todos embora. Ficamos eu e o Léo... O Léo tá no quarto deitado, com dor de cabeça... Mas fique tranquilo lá com o menino que a gente fica bem aqui.
Coisa engraçada né? enquanto o coração de uns começa a parar, o de outros começa a bater mais rápido.
- Paty, se quiserem, depois subam pra jantar com a gente lá em cima... kkkk
- Nem morta, meu amigo. Nem morta.
Quando cheguei na casa do sítio, vocês não imaginam: Marco estava deitado, apenas com a toalha do banho que tomou, dormindo. Só faltava ter uma plaquinha escrita: me pegue.
Nas coisas que levei, havia algumas velas, um vinho, e ingredientes pra preparar o 'nosso' primeiro peixe assado.
Preparei tudo, acendi algumas velas e discretamente desliguei o disjuntor da casa.
- Ué, porque estamos no escuro de novo?
- Não sei, Marco. Por aqui a luz cai bastante. Vamos jantar?
Com aquela luz de velas, servi primeiro ele, que permanecia com os cabelos molhados, enrolado na toalha.
- Olha só! Que jantar romântico "amorzinho", acho que tem alguém querendo realmente me seduzir.
- Tô. É essa a ideia. Primeiro eu te seduzo, depois eu faço créu. Já já eu arranco a tua toalha. - respondi rindo.
- Nem precisa arrancar, se é isso que você quer... aqui está ela - me entrou a toalha, ainda sentado.
Fiquei muito confuso com essa reação. O que ele estava querendo?
- Marco, acho que não devia acender um fogo que não conseguirá apagar, meu amigo. Você está correndo riscos...
- Tô nada. Você é que está. Se você disse que não dá o cú, quem tá correndo perigo é você...
- Você gostaria de me comer?
- Sei lá, mas eu é que não vou te dar.
- Ok, Marco, se você tiver vontade, eu vou tentar dar pra você.
Ele também não esperava essa minha reação. Fiquei em pé, tirei minha roupa ali mesmo, fui para o chuveiro. O meu pau estava duraço. Pulsando. Entrei no banho com a porta aberta, a água gelada me fez dar um pulo. De lá fiquei olhando ele se levantar e o perdi de vista. De repente, a luz da casa acendeu toda e ele apareceu na porta do banheiro.
- Vamos melhorar as coisas pra você, "amorzinho". Depois do teu banho a gente finge que a luz caiu novamente e desliga o disjuntor.
Fiquei com vergonha dele ter percebido, mas meu tesão ficou ainda maior.

(continua)


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Comentários


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natho Comentou em 16/06/2021

Faltou a parte 7 do conto..




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Cuida de mim - Parte 6 (o coração parando, o coração batendo).

Codigo do conto:
180602

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
15/06/2021

Quant.de Votos:
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