Alguém pra cuidar de Rafael - o banho e a ereção - parte 2.

A madrugada passou lentamente. E pelo jeito, lá por quatro da manhã ele acordou com dor e com febre. Parecia alucinar. Chamava por um tal de Caio e eu fiquei nervoso por não saber o que fazer. Chamei a enfermeira. Ela conversou com ele, que com dificuldades dizia que estava com medo.
Eu peguei na sua mão, ou melhor, no pedaço dela que não estava com ataduras. O acalmei, e passei a mão nos seus cabelos que eram pretos e macios. Assim foram os dois dias seguintes. Na segunda pela manhã, após uma conversa com o médico, soube que ele estava cicatrizando e que poderia ir embora. Não tinha mais riscos.
- Olhe só, Rafael. Você já está pronto pra outra. Hoje mesmo vai ter alta, e agora só vai ter que cuidar desses machucados em casa. – disse feliz.
- Olha Seu Armando, quero muito te agradecer. O senhor nem me conhecia e ficou aqui cuidando de mim. Muito obrigado mesmo. Sabe se meu irmão está vindo me buscar?
- Não, Rafael. Seu irmão não, mas o seu treinador está voltando pra te buscar. Ele vai te levar pra casa. – respondi.
- Nossa, mas como vou ficar em casa sozinho? Não consigo nem me mexer direito...
- Ah, o teu treinador te ajuda. Com certeza vai te dar uma ajuda lá... – respondi.
Quando a gente acha que tá na pior, sempre vem algo pra mostra que tudo pode piorar. Era por volta de cinco da tarde. Naco, o tal treinador, não tinha chegado. E minha esposa entrou no hospital com uma cara de assustada. Me chamou num cantinho fora do quarto e me disse:
- Armando, você não vai acreditar... Sabe o tal treinador do rapaz? Sofreu um acidente na estrada enquanto vinha pra cá. Capotou o carro, e está em coma.
Parecia mentira. Os pais do moleque viajando fora do Brasil. O irmão, ignorou toda gravidade da situação. O treinador, agora quase morto. E eu com ele ali, parecendo uma múmia de tanta atadura. Precisava falar pra ele.
- Rafael, estamos com um problema. Seu treinador não poderá te buscar agora. Ele teve um imprevisto. Você está de alta do hospital. Você se importaria se fôssemos pra minha casa até você poder voltar pra sua? – lhe disse calmamente.
Ele não estava entendendo nada. Mas não ofereceu muita resistência.
Lúcia havia ido na frente, ajeitou o quarto do andar debaixo da nossa casa, e avisou aos meus filhos da chegada inesperada do novo hóspede. Na saída do hospital, a enfermeira deu orientações muito específicas sobre medicamentos, banho e outras medidas de cuidado.
Chegamos a minha casa e com muito cuidado ajudei-o a descer do carro. Ele era tão jovem e estava assustado. Mas parecia confiar muito em mim. Até conseguirmos informações de amigos, parentes ou outra forma de mandar o rapaz pra sua casa, ele precisaria ficar conosco. Lúcia era uma mulher muito boa, e fez tudo pra ajuda-lo. Acomodamos Rafael na cama, liguei a TV e ela trouxe um prato de sopa. Tinha sido um fim de semana difícil e eu queria muito descansar. Subi para meu quarto, tomei banho e fui jantar. Na mesa, Ana Júlia e Junior começaram a fazer um monte de perguntas, demonstrando preocupação com a situação.
- Pai, mas ninguém vai buscar ele? Será que não tem ninguém preocupado com ele? – Dizia Ana Júlia.
- É, e se ele de madrugada cair da cama, se se assustar? Pai, precisa ficar atento a isso... – disse Junior.
- Se ele acordar assustado, é tudo muito estranho, ele tá muito assustado... Ele se cortou muito? -e assim seguia nosso jantar, cheio de perguntas.
No fim das contas, achei por bem puxar um colchão e dormir ali mesmo, no quarto de hóspedes com o Rafael. Antes, tentei perguntar sobre a família dele, e ele não sabia como chamar alguém. Não lembrava nenhum telefone além do irmão, que daí em diante já não atendia mais. Não tinha nenhum parente, e na escola em que estudava, estavam em férias. Logo, nem o telefone chamava.
O verão em Goiânia é muito quente. A madrugada caiu, e no meio da noite, acordei com o Rafael resmungando de dor. É que ele estava suando muito, e o suor fazia os ferimentos arderem.
- O que posso fazer, Rafael? Quer que eu ligue um ventilador? Ou sei lá, quer tomar um banho?
A segunda opção parecia mais indicada. Com dificuldade, levantei aquele jovem, com uns 1,70 de altura e corpo definido e ajudei a soltar as ataduras. Ele estava vestindo uma cueca branca do meu filho. E quis respeitar sua intimidade. Coloquei uma cadeira de plástico no chuveiro e o ajudei a sentar lá.
Abri o chuveiro e saí, deixando-o sentado. Alguns minutos depois, escuto o chuveiro desligando. Abro a porta e de costas pergunto se está tudo bem. Escuto uma voz que representava estar com dor, e com muita dificuldade para levantar. Pergunto se precisa de ajuda, e ele diz brincando que só não quer cair no vidro novamente. Claro, o vidro do box representava naquele momento um novo risco. Sem pensar muito, virei de frente a ele, e lhe disse:
- Não não não, eu vou te ajudar porque tudo que não queremos é um novo acidente. Venha, se segure no meu pescoço.
Rafael se agarrou a mim, e foi saindo. Com cuidado, dobrei a toalha de banho para secá-lo. E perguntei se podia passar em seu corpo. Ele balançou a cabeça que sim. Dando leves batidas, tirei a água de seu corpo, e observei a cueca molhada.
- Rafael, você precisa trocar de cueca. Vou pegar uma outra seca, tá bom? – e ele novamente balançava a cabeça. Fui até o quarto de Júnior, peguei uma outra, mais folgada, e desci para o banheiro novamente.
Quando entrei, ele estava completamente nu, em frente ao espelho. Parecia perplexo com o que via.
- O que foi? Está tudo bem?
- Olha, vou ficar inteiro cheio de cicatrizes. Vou ficar feio. Parece que fui remendado. – me disse cabisbaixo.
- Claro que não, Rafa! Você continua bonitão. Cicatrizes são uma parte da vida das pessoas. São lembranças que nunca vão se apagar. E você é jovem, é um rapaz bonito. Tem um corpo muito bonito. As meninas devem adorar...
Ele estava mudo, quieto, distante.
- E pelo menos esse pintão ficou intacto rsrsrs... – fiz a piada mais sem graça de todos os tempos, o que fez ele dar uma risadinha sem graça.
Ajudei-o a se vestir, completamente sem jeito, e inevitavelmente precisei passar a mão pelo pênis dele. Ele reagiu dando um passo pra trás, mais sem graça ainda.
- tudo bem, tudo bem. Não faz meu tipo, não gosto de pinto rsrsrs... – respondi pra tentar quebrar o gelo.
- Seu Armando, estou incomodando vocês. Se quiser, só me coloca em um ônibus que vou pra casa...
- De jeito nenhum, Rafael. Vamos cuidar de você até você estar bem pra poder viajar. Até lá, você é parte da nossa família e vou cuidar de você. Eu e a Lúcia. Vamos fazer de conta que você é nosso filho... Agora vamos dormir porque o dia foi longo.
Deitamos, cada um em sua cama, e adormecemos.
Amanheceu e Lúcia entra no quarto, mexendo comigo.
- Bom dia amor! Como dormiram? – dizia baixinho pra não acordar Rafael. – ele dormiu bem?
- Sim, tive até que bancar o enfermeiro e dar banho nele de noite. Ele estava suando e o suor fez arder os cortes. – respondi.
- coitado. – ficou em silêncio um pouco, enquanto olhava para o jovem machucado. – mas olha, não é só o sol que levanta de manhã...
Lúcia fez o comentário e começou a rir, observando uma ereção matinal debaixo do fino lençol que o cobria.
- Lúcia, o que é isso? Saia já desse quarto... ou vai me dizer que gostou do que viu?
Começamos a rir, e a fiz sair do quarto. Por um instante, pela primeira vez na vida, senti curiosidade no que estava vendo. Engraçado como os jovens são mais viris, e aquela ereção parecia muito mais forte que qualquer uma que já tive.
Com cuidado, e com medo de minha esposa voltar, calmamente coloquei um travesseiro sobre a pélvis de Rafael. Ele acordou assustado e me disse:
- Bom dia Seu Armando. – ficando visivelmente constrangido porque percebeu a cena.
- Fica tranquilo, Rafael. Isso é sinal de saúde! Já tive a sua idade rsrsrs. E já te disse que pinto não é a minha praia.
- Acho que é vontade de mijar. Vou no banheiro. – levantou se apoiando na parede ao lado da cama, virando o corpo pra que eu não visse mais nada.
Fui arrumar a mesa do café da manhã, e depois de muitos minutos, achei estranho que não tivesse saído. Bati à porta do banheiro e perguntei se ele estava bem.
Foi como se estivesse pegando-o em flagrante de um crime. Escutei pela porta barulhos de quem estava tentando esconder algo. E por um descuido, além da porta sem chavear, Rafael havia deixado a cueca molhada no chão na noite anterior. Ele escorregou e caiu de joelhos.
Assustado com o barulho, abri a porta, e o encontrei de joelhos, com pau duro. Acho que se ele pudesse, abriria um buraco no chão e sumiria ali mesmo.
- Calma, vou te ajudar a levantar. – disse, estendendo-lhe a mão.
- Não, não precisa, me desculpa Seu Armando, pode me deixar aqui...
- Rafael, para de frescura e me deixa te ajudar, dá a mão aqui. – disse puxando a mão em direção à mão dele, que tentou evitar, mas não conseguiu e pegou em minha mão com algo melado.
No susto, puxei a mão, mas acabei voltando pra que ele se apoiasse e ficasse em pé.
Virado de costas, em pé, fechei a porta e o deixei terminar de se ajeitar com a roupa de meu filho que havia separado.
Quando olhei pros meus dedos, havia porra. Muita porra. Grossa, branca, porra como se não fosse ejaculada havia muito tempo. Saí com nojo daquilo na minha mão e fui correndo pro lavabo pra lavar. Mas antes de abrir a torneira, algo me chamou a atenção. O cheiro não era ruim. Cheirei com calma, e uma coisa diferente mexeu comigo.

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Ficha do conto

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Nome do conto:
Alguém pra cuidar de Rafael - o banho e a ereção - parte 2.

Codigo do conto:
195706

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
14/02/2022

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