Essa é a última parte do conto. Prometo!
Estávamos caídos na cama, acordados, sem nenhum sono, em frente ao fogão a lenha. Silenciosos, mas sentindo aquela coisa estranha no ar.
Marco estava com um braço caído pra fora do colchão e outro sobre minha barriga. Se fosse o tipo hetero escroto, nem ali ele estaria mais. Eu olhava pro teto e comecei a brincar de fazer sombra com as mãos sobre a luz da vela. Fiz aquele cachorrinho com os dedos, e fiquei feito criança pensando na vida. Ele de repente faz um outro cachorrinho e brinca como se estivesse brigando com o meu. Rimos.
Sentei na cama e perguntei se ele queria um vinho. Ele me puxou e disse:
- Nem pensar, você não vai sair daqui.
- Vou sim, preciso ir ao banheiro e preciso limpar esse monte de morra que está em mim.
- Não vai não, você vai ficar com essa porra até amanhã pra lembrar de mim.
Achei muito curioso como um machão que até o dia anterior disse que nunca na vida transaria com outro homem estava querendo minha companhia, minha atenção, meu carinho naquela hora.
- Marco, falando sério... Você está bem?
- Lucas, por que não estaria falando sério? Desencana cara.
- Que bom. Amanhã se você quiser voltar ao normal a gente volta, ok? Faço de conta que a gente é só amigos e pronto.
- Como faz de conta? A gente não é só amigos mesmo? Alguma coisa vai mudar?
- Você quer que mude?
- Quero, Lucas. Preciso que mude...
Lucas disse isso, mas me pareceu estar diferente. Ele virou para o lado, de frente pra mim. E em poucos segundos percebi sua respiração estar ofegante... Logo suas mãos começaram a procurar o meu corpo. Ele passou as mãos no meu peito, na minha barriga, nos meus mamilos. Automaticamente meu pau começou a dar sinal de vida. Fechei os olhos e esperei pra ver o que ele ia fazer. Ele me apertava como se quisesse descobrir a textura da minha pele, os pelos do meu peito. E não demorou pra cair novamente de boca na minha vara. Como é legal quando o boquete é novidade. Ele lambia com muito medo de me machucar, puxava o prepúcio, lambia, beijava... E então me fez virar de costas. Lambeu minhas costas, dava umas mordidas e gemia como macho. Quando chegou na minha bunda, encheu ela de beijos e eu comecei a rir lembrando da história da bunda caída e mucha do primeiro dia na fazenda.
- Que foi? - perguntou Marco...
- Lembra que você desprezou minha bunda no primeiro dia?
- Lembro, e lembra que você desprezou meu pau? Tá vendo, olha aqui... pega nele amorzinho... pega pra ver como era mentira que ele é pequenininho...
Parecíamos um casal de verdade.
Nas minhas costas ele foi ao delírio. E começou a sarrar o pau babado sobre mim...
- Espera, Marco. Já te falei e sou sincero.. nunca dei. Tenho medo de doer.
- Lucas, vamos fazer assim... você pode me comer primeiro. Aí eu aprendo a fazer com cuidado. Você tem mais experiência.
Aí eu estava lá... deitado, preparado, e meu novo homem (nem que durasse até o dia seguinte) estava me convidando pra fodê-lo.
Me posicionei calmamente atrás dele. Beijei o corpo todo, acaricei o pau, e posicionei minha pica na entradinha. Óbvio, ele se contorceu de dor e de medo ao mesmo tempo.
- Quer mesmo, Marco?
- Quero muito. Mas se doer você para...
- Vai doer. Mas passa.
- Se você está dizendo, eu confio em você.
Comecei a ir mais fundo, ele meio que chorava. Eu tava muito preocupado. Mas não desisti, porque meu tesão era muito grande. Resolvi virar de lado pra doer menos, e ele aceitou.
- Quer testar pra ver se tô gostando? - disse ele.
Peguei em seu pau, e estava muito duro.
Pouco a pouco minha vara entrava, rasgando meu macho. E ele gemendo muito.
Quando percebi, meu saco estava encostando. Era um cu delicioso. Apertado, quente. Ele estava cada vez mais arrepiado. Passava a mão em seu corpo e percebia que estava gostando. Comecei o vai e vem. E ele foi relaxando.
Depois que se acostumou, virei ele de frango assado e fodi com força. Tirei o pau de dentro dele e disse:
- Quer me foder?
- Volta pra dentro "amorzinho". Goza lá no fundo.
E assim eu fiz. E mais uma vez ele gozou muito, sem tocar no próprio pau. Ficamos horas nos beijando.
O dia seguinte chegou. A luz da manhã invadiu a casinha de madeira do sítio.
Dessa vez eu acordei primeiro, arrumei a mesa e fiquei olhando ele dormindo. Era tudo perfeito demais pra ser verdade.
Como assim, tudo isso aconteceu em três dias? Não é possível!
Quando levantou, Marco sentou na mesa e me disse:
- Você sabe o que aconteceu?
- kkkkk como assim?
- Sério, você tem ideia do que foi que rolou?
- Sei, a gente transou...
- Não Lucas, eu não transo. Eu faço amor...E fiz amor com você.
Fiquei sem graça, mas dei a atenção necessária.
- Eu não estou feliz. - ele disse, arrumando as coisas.
Não entendi o que Marco queria dizer. Pegou suas roupas, vestiu-as e saiu a pé da casa, indo pela estrada de chão.
Saí correndo em disparada e ele,
- Por que não está feliz, Marco? Fiz algo que você não gostou?
- Não fez, mas vai fazer. Você agora vai me jogar fora. Em uma semana a gente volta pra vida normal, você volta pro teu mundinho de menino rico, eu volta pra minha vida e tudo acaba aqui? isso é foda Lucas, tudo que eu não queria era me machucar mais.
- Marco, calma... não falei nada... por que você está agindo assim?
Enquanto descíamos pela estrada de chão, já chegando na casa grande da fazenda, ele vê Paty e Léo sentados na frente da casa.
- Oi príncipes, estão bonitos, corados... kkkkkk - disse Paty tirando sarro da nossa cara.
- Hummm, o que será que aconteceu naquela casinha nos últimos dois dias.
Marco ignorou a presença dos dois, foi até o quarto em que estavam nossas malas e começou guardar tudo.
- Marco, o que você está fazendo?
- Eu vou embora... tá vendo Lucas, é isso que vai acontecer. A gente volta pro mundo real e pronto.
- Marco, mas calma, vamos conversar...
- A gente não tem que conversar. Foi um sonho e pronto, acabou, acordamos.
- Marco!!!!!
Corri pra porta da casa pra impedir que ele saísse, e Paty e Léo se assustaram, porque perceberam que a situação era séria.
- Léo, Paty, olhem aqui um segundo. Olhem pra mim.
Os dois muito sérios estavam me olhando. Segurei o peito de Marco, e disse
- Marco, olhe nos meus olhos... Me desculpe se eu falar alguma bobagem e pode me odiar pra sempre...- ficamos todos em silêncio- Mas eu te amo, Marco. Eu quero ser teu, e quero que você seja meu. Pra sempre.
Marco largou a mochila no chão. E me beijou.
Lá se vão alguns anos.
Agora a gente está aqui... Férias. Na varanda da casinha do sítio. Ele está tentando preparar um peixe. Que eu pesquei.