Hotel Paradiso - parte 1 - (coincidências)

Eae pessoal! Depois da repercussão dos contos sobre o Marco, resolvi contar aqui outras coisas legais que já passei...
Não foi uma nem duas vezes que planejei sair do lugar em que moro. Aqui é cidade do interior e todo mundo fica sabendo da vida alheia, e por isso além de ter que tomar um cuidado redobrado com o falatório do povo, as opções nunca são muitas. Cidade pequena tem praça e nada além, as pessoas no fim de semana sentam lá e ficam bebendo e jogando conversa fora e eu estava decidido a encontrar uma coisa mais livre, que pudesse viver todo o tesão dos meus vinte e poucos anos. Na mesma proporção que eu sentia atração por homem, sentia por mulher... Estava com o corpo sarado nessa idade, não exagerado, mas me sentia um cara bonito. Já tinha meu emprego seguro, meu carro, minha vida independente. Tinha acabado de me formar na faculdade e até então minhas experiências eram muito pequenas.
Em janeiro, um monte de gente viajava e a cidade ficava mais parada ainda. Quando voltei pra casa do trabalho, totalmente desanimado, minha irmã estava arrumando as malas e me disse:
- Lucas... tenho uma novidade ótima! Passei no vestibular, preciso muito ir pra Campinas pra levar a documentação.
- Aê, parabéns Laurinha! Que ótimo... - respondi lhe abraçando.
- Sim, estou feliz... Mas preciso ir pra lá, e escolhi você pra me levar kkkkk
Laura e eu sempre fomos muito ligados, e ela resolveu unir o útil ao agradável... me tirar daqui por uns dias e ainda resolver seu problema.
No dia seguinte estávamos nós dois na estrada. Muitas horas de viagem depois chegamos na faculdade. Enquanto ela foi até a secretaria, eu fiquei dentro do carro com mil pensamentos libidinosos na cabeça. Iámos ficar 4 dias na cidade, até achar um lugar pra ela morar. O hotel em que dormiríamos já estava reservado e ficava ali perto da universidade.
Meus pensamentos foram interrompidos quando alguém bateu no meu vidro.
- Oi, licança. Sabe onde fica a secretaria do câmpus?
- Oi, é pra lá. - respondi olhando atentamente praquele carinha. - você é calouro também?
- Se eu conseguir fazer minha matrícula, serei kkk tô bem perdido. - e se afastou do carro.
Pensa num corpo ajeitado. Vi ele andando em frente e logo imaginei eu agarrando o cara. Ali estava eu, numa cidade diferente, que ninguem me conhecia, tendo minha primeira oportunidade.Fiquei de pau duro na hora.
Enquanto Laura não voltava, baixei um aplicativo de pegação no celular e fui dando uma pesquisada nas coisas legais da cidade. Um tempo depois, o menino passa novamente pelo carro. Rapidamente abaixo o vidro e pergunto:
- E aí calouro, deu certo?
- Não cara, não achei a secretaria... acho que tô indo no lugar errado.
- Claro que não... pera aí.
Desci do carro e o acompanhei até onde vi minha irmã entrando.
- Calouro de quê? - perguntei.
- Passei em agronomia.
- Ô que legal, trabalho com isso tbm...
- Ah é? Aqui em Campinas mesmo?
- Não, eu só vim trazer minha irmã pra se matricular. Eu moro em Nova Olímpia, Mato Grosso...
- Nossa, veio de longe hein?
- É, a gente sempre vai longe em busca de oportunidades kkkk.
Depois de caminharmos um bom tanto pelo câmpus, chegamos a secretária. Laura me viu entrando com o menino e não entendeu nada. E pra despistar, acabei saindo.
Depois de voltar pro carro e passarem uns minutos, ela chegou, colocou o cinto de segurança e me disse "vamos, tô morrendo de fome".
No caminha para o hotel, havia um shopping. E decidimos parar ali pra almoçar.
- Qual a ideia pra tarde? - Laura perguntou.
- Então, vou dar uma descansada porque a viagem durante a noite toda foi puxada, mas depois que anoitecer quero me acabar em alguma balada kkkk.
- Nossa, parece que o cara do interior tá animado com a cidade grande né? Vai passar o rodo na mulherada Lucas?
Laura não sabia nada sobre mim. E se dependesse de mim nem ficaria sabendo. Mas mulher eu pegava em casa, lá eu queria era pegar os caras.
- Lucas, tem uma festa hoje de boas vindas pros calouros. Vamos?
- Ah, não sei... Acho que esse é um momento teu. Eu tô querendo ir pra um bar movimentado que vi na internet. Mas te levo na tua festa e se não estiver legal, depois você vai até mim, combinado?
Depois de dormir um pouco, me arrumei e desci pro saguão do hotel pra esperar Laura, que estava demorando muito. Já tinha descoberto o endereço da festa dela, e já tinha feito o mapa. Mas pra ter certeza me aproximei do balcão e perguntei pra recepcionista mostrando o celular.
- Rafael, pode ver aqui se está certo? - disse ela chamando alguém que estava em um escritório na recepção.
- Opa, boa noite. Deixa eu ver... é.. tá certo.
Fiquei totalmente surpreso, mas Rafael era o mesmo carinha que encontrei no estacionamento da universidade pela manhã... um gostoso. E olha que Campinas é uma cidade grande.
- Ah, foi você que ajudei a encontrar a secretaria do câmpus hoje cedo, né?
Ele ficou sem graça, e disse que sim. Que legal!!! O futuro agrônomo ali trabalhando no hotel, pronto pra ser uma vadia e me servir do jeito que eu quiser. O diabinho da minha cabeça começou a dar dicas de como pegar aquele cara, jogar na parede e comer de todas as formas.
Se tem uma coisa que sempre aprendi é que não importa se o cara é hetero ou não, com uma boa conversa eu traço mesmo.
Laura saiu no saguão toda arrumada, e ele deu uma encarada nela.
- Vamos Lucas? - Ela me disse...
- Vamos maninha.
- Você viu o lugar da festa? é muito longeeee... Tomara que a gente não se perca.
- Já coloquei no maps, e Rafael aqui me disse que tá certo.
- Desculpe me intrometer, mas vocês vão na festa dos calouros?
- Sim - disse Laura sem entender nada... - você é calouro também?
- Sou, de agronomia. Meu horário aqui tá encerrando, vou pra lá também. Se quiserem posso levar vocês.
Esperamos mais cinco minutos, o cara se trocou, e partimos no carro atrás dele. No meio do caminho ele parou e disse:
- Se importam se eu deixar meu carro em casa? é aqui que eu moro, aí depois eu volto de carona...
Ele desceu, abriu o portão da casa, estacionou o carro e logo depois apareceu outro cara bem mais velho.
- Lucas, que medo... será que ele não tá querendo roubar a gente? - disse Laura assustada.
- kkkkkk claro que não Laura, o cara trabalha no hotel.
Ele entrou no carro com uma mochila, o outro ficou lá reclamando de alguma coisa.
Chegamos no sítio em que ia haver a festa. Era uma área verde muito grande, com várias barracas. Rafael saltou do carro dizendo "já encontro vocês lá no galpão, vou pegar meu lugar antes".
Eu e Laura não entendemos nada, mas fomos pro tal galpão que tinha muita gente. Era lá que estava rolando a festa. A minha ideia era fazer minha irmã se encontrar com alguém do mesmo curso e cair fora.
Já no começo da festa eu comecei a achar tudo muito chato. Mas felizmente de repente o dj anunciou que calouros de cada curso deviam se reunir em um canto. E lá foi a Laura toda empolgada conhecer sua nova turma.
Saí do galpão pra dar uma espiada no que eram aquelas barracas, e novamente uma coincidência... no meio de tantas, vejo Rafael saindo da que acabou de montar.
- Ô, que massa. A galera vem pra acampar aqui? - perguntei.
- É, hehehe... a tua irmã não vai ficar?
- Não não... a gente volta pro hotel mesmo.
- Mas se ela quiser, consigo uma barraca pra ela...
Velho, o cara tava dando uma cantada na minha irmã na minha cara, descaradamente.
- Ó o respeito, cara! Tá louco?
- Não kkkk, só disse que consigo mesmo, sem segundas intenções.
- Sei.
Por algum motivo, resolvi seguir o Rafael e dar uma analisada nele. Achei que tinha crescido o olho demais pra minha irmã. Enquanto caminhava no meio das barracas, tropecei naquela cordinha de uma delas, e saíram dois gordinhos bem viados de dentro. Um deles já foi logo passando a mão no meu peito e disse:
- Olha só.. tem carne nova no abatedouro kkkkk
- Foi mal, não vi a corda.
- Isso é a armadilha, bonitão. Aqui caiu na rede é peixe. Tá a fim de entrar?
Até hoje não sei por que entrei, mas entrei. Lá dentro da barraca os dois já foram se beijando e passando a mão em mim. Como era tudo muito novo pra mim, fiquei de pau duro rápido mais com a situação do que com eles. Um deles abriu meu cinto, puxou meu pau pra fora e o outro já veio me chupando. Ele me lambia, e ter duas bocas chupando meu pau ao mesmo tempo me deu muito tesão. Comecei a gemer e não demorou muito pra eu inundar a boca dos dois viados com muita porra. Eles beberam tudo, e eu já quis sair dali no exato momento.
Quando eu ajeitava minha calça, um deles amarrou uma fitinha na cordinha da barraca. Tinha cinco amarradas já. Logo depois comecei a analisar que quase todas as barracas tinham uma fita amarrada e que elas significavam a quantidade de gente que entrava ali pra gozar.
Voltei pra perto da barraca do Rafael e vi que ali não tinha nenhuma.
Meu tesão ainda não tinha passado. Resolvi ficar ali na frente pra ver se ele ia voltar.
E dito e feito. Não demorou e o menino apareceu pra pegar alguma coisa na sua mochila.
- Opa, então quer dizer que a noite tá sendo fraca pra você?
- Como assim? kkkk
- to vendo que aqui não tem fita nenhuma...
- É, ainda tá só começando. Tua irmã não quer me dar bola kkkkk
- E nem vai. Você tá precisando é de outra coisa...
- Sai fora, curto só buceta, mano.
Ele disse isso em tom sério, mas rindo. E eu acho que quando tem esse risinho, não tem argumento que não seja fácil de convencer.
- Pera aí, cara... Vamos trocar uma ideia.
- Não tem ideia com macho... eu só quero buceta.
- De boa... só ia te propor uma brincadeira, mas vai lá na tua caçada... - respondi
Agora já não queria mais ir embora da festa... tava começando a me interessar em ver aquele movimento nas barracas. Era gente entrando e saindo de todo jeito.
Resolvi ir até o bar pegar uma bebida mais forte, e de longe vi minha irmã sendo puxada por outra garota pela mão. As duas estavam gargalhando e estavam indo em direção às barracas. Preferi só observar o que estava acontecendo. Laurinha já parecia estar meio bêbada e logo entrou numa barraca com sua nova amiga.
Fiquei meio preocupado, mas resolvi deixar quieto. Ao me aproximar da barraca, pensei "ah, devem ter dois caras ali dentro... que tesão!". Só que depois de uns minutos, a minha irmã abre a portinha da barraca e eu escuto ela dizendo "vai lá, pega ela também". A outra menina saiu correndo e voltou com mais outra menina. Bem em silêncio fiquei escutando o barulho vindo de dentro. Só escutava os gemidos das três. "Será que minha irmã é lésbica, velho?! Olha isso", fiquei pensando ali no meu canto. Me afastei um tempo depois, e do nada Rafael aparece.
- Ainda não consegui encontrar tua irmã por aqui, Lucas.
- É, ela não curte pau. Tá lá sendo chupada por duas garotas.
- Tá brincando... tua irmã e mais duas? me diz onde é que quero entrar nessa.
- kkkkk para de ser idiota, cara. Se ela tá querendo duas mulheres, a última coisa que ela quer vai ser um pinto... ainda mais o teu que deve ser pequeno kkkk
- Pequeno pra você que deve ser um arrombado kkkk
- Quer ver como não sou?
- Não velho, só vejo e como cu de mulher.
Voltamos pro galpão, e beijei uns cinco caras. Mas agora pegar o Rafael era até uma questão de honra. No balcão do bar, paguei várias bebidas pra ele. E minha irmã não aparecia.
Cada vez que eu passava na barraca que ela tinha entrado, tinha mais fita. E a dele, nenhuma.
Estava quase amanhecendo. Rafael caindo de bêbado já estava pendurado em mim. Numa dessas vezes, eu virei de frente e tasquei um beijo nele.
- Porra, você é foda velho... Olha lá, me beijou...
- Beijei e ainda vou te chupar... você não perde por esperar.
- Nem fodendo...
Quando vi que ele não tinha mais como ficar em pé, o levei pra sua barraca. Abri a portinha e disse, vai, entre, agora você vai dormir.
Mas pra minha imensa surpresa, tinha alguém dentro daquela barraca... coloquei ele pra dentro sem olhar muito, fechei a porta e fui procurar a Laura.
Não encontrei e decidi que iria dormir no carro, porque provavelmente ela me procuraria lá.
Um tempo depois ela aparece, toda descabelada.
- Vamos embora, irmão?
- Vamos... pelo jeito a noitada foi boa, hein?kkkkk - respondi provocando.
- Cara, você não conta pra ninguém? somos sempre confidentes, né?
- kkkk você é lésbica?!
- Isso talvez, mas acabei de acordar dentro da barraca do cara que trabalha no hotel. Nem sei como cheguei lá... kkkkkk
Filha da puta! Minha irmã é que estava dentro da barraca do Rafael quando o coloquei lá...
- Pera aí, preciso fazer uma coisa.
- Tá, vou ficar aqui cochilando.
Fui até a tal barraca, encontrei ele dormindo pesado.
Abaixei a calça dele, levantei a camiseta, mexi no pinto dele e o virei de bruços.
Dei uma boa dedada, fiz uma foto e voltei pro carro...
Voltamos pro hotel, dormimos quase o dia todo. E ao entardecer, quando levantei, encontrei com ele por lá na recepção, com uma cara de ressaca.
Laura não conseguia nem olhar direito pro cara de tanta vergonha.

(continua)



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rafanegao Comentou em 16/06/2021

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Nome do conto:
Hotel Paradiso - parte 1 - (coincidências)

Codigo do conto:
180656

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
16/06/2021

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