"Filha, você pode preparar um chazinho, então? Acho que devem chegar em uns 20 minutos", disse minha mãe, guardando o celular.
Assenti, pegando a chaleira com uma ligeira hesitação. "É... claro, mãe. Vou preparar um chá de camomila e... talvez um de hibisco também? Acho que seria interessante ter uma opção mais exótica."
Minha mãe concordou com um sorriso, mas sua expressão ainda trazia um pouco de curiosidade em relação à minha nova escolha de "estilo de vida". Era claro que o assunto ainda rodava na cabeça dela, e eu sabia que, na primeira oportunidade, ela voltaria a me questionar.
Fui até a cozinha, e enquanto pegava as xícaras e colocava a chaleira para esquentar, pensava em como tornar essa situação o mais confortável possível, tanto para mim quanto para meus convidados.
A água começava a ferver na chaleira enquanto eu tentava respirar fundo e manter a calma. Estava num misto de emoções que oscilava entre o nervosismo e uma certa determinação de enfrentar aquilo. Talvez essa fosse uma chance de ser autêntica, de me mostrar como realmente sou — ou, pelo menos, como eu estava tentando ser. Mas, sinceramente, não sei se estava pronta para isso.
A conversa dos meus pais ao fundo sobre temas cotidianos, como o trabalho e as últimas notícias, trazia uma camada de normalidade que contrastava drasticamente com o que eu sentia. Eles estavam tão tranquilos, rindo e falando sobre coisas banais, enquanto eu passava por uma espécie de maratona emocional.
Meu pai fez um comentário casual sobre um filme que assistira recentemente, e minha mãe respondeu com uma risada, algo que sempre me trazia um certo conforto. Mas agora, com a chegada dos convidados anunciada pelo porteiro, o alívio parecia evaporar. Fechei os olhos por um instante, buscando um ponto de ancoragem.
“Você está bem, Suzan?” minha mãe perguntou de repente, e seu olhar me trouxe de volta ao presente.
"Sim, estou", respondi, talvez rápido demais. "Só estava pensando em como me portar, mãe. Não é exatamente uma situação... comum, né?" Sorri, tentando deixar a tensão escapar, mas minha mãe inclinou a cabeça e me observou com curiosidade.
"É claro que é um pouco... diferente, mas se você está decidida a viver assim, precisamos nos adaptar, não é? Eles são amigos nossos há muito tempo, e tenho certeza de que serão compreensivos, Suzan. Só seja você mesma."
A sinceridade nas palavras dela surpreendeu e, de certa forma, confortou. Talvez eu estivesse superestimando a situação. Quem sabe esse fosse só um jantar entre amigos, com algumas peculiaridades...
Eu me pegava pensando na palavra “jantar”, e a ideia me deixou com um arrepio. Torcia, silenciosamente, para que fosse apenas um chá rápido e que tudo acabasse logo. Mas, quando ouvi a campainha tocar, voltei à realidade. Meu coração acelerou e fiquei imóvel, olhando para meus pais.
Minha mãe arqueou uma sobrancelha e deu um risinho impaciente. “Então, Suzan? Vai deixar a visita esperando?”
Senti meu coração disparar enquanto a porta se abria lentamente. Os primeiros raios de luz da tarde invadiram o corredor, iluminando o ambiente e revelando os rostos familiares à minha frente. Carlos e Helena estavam ali, com sorrisos largos e expressões de alegria, mas assim que seus olhares encontraram o meu, a atmosfera se tornou instantaneamente carregada.
Carlos, um homem robusto na casa dos cinquenta anos, sempre tinha um olhar caloroso e amigável. No entanto, naquele momento, não pude deixar de notar como ele hesitou ao me ver nua. Seus olhos se ampliaram por um segundo, e a surpresa tomou conta de seu rosto. Aquele olhar, embora não carregasse julgamento, fez meu estômago se revirar. Era um olhar que eu não estava preparada para receber.
Helena, ao seu lado, era uma mulher de estatura média, com cabelos castanhos claros que caíam em ondas suaves até os ombros. Ela usava um vestido florido que ressaltava sua figura curvilínea. Assim que ela percebeu minha nudez, sua expressão mudou. Inicialmente, o sorriso estava presente, mas logo se transformou em uma mistura de surpresa e desconforto. Ela olhou para Carlos e, em seguida, de volta para mim, como se estivesse avaliando a situação antes de decidir como reagir.
“Oi, Suzan! Que surpresa...”, Carlos começou, sua voz um pouco hesitante. Ele tentou sorrir, mas havia uma rigidez em seus músculos que indicava o quão desconfortável a situação era. “Estávamos... bem, estávamos nos perguntando se você estava em casa.”
“Oi, Carlos! Oi, Helena!” eu respondi, forçando um sorriso enquanto tentava desviar o olhar. O calor subiu em meu rosto, e percebi que eu estava completamente exposta, tanto física quanto emocionalmente. “Entrem, por favor!” eu disse, tentando manter um tom de normalidade, mas minha voz saiu mais alta do que eu pretendia.
Aproveitei para me afastar da porta, gesticulando para que eles entrassem. Os olhares de Carlos e Helena me acompanhavam, e, assim que eles cruzaram o limiar do apartamento, a sensação de estar nua se intensificou. Eles cumprimentaram meus pais, se abraçaram, mas o foco continuo sendo eu, claro estar nua ali recebendo visitas não era nada tão comum mesmo, Carlos não conseguia tirar os olhos de meus seios grandes, enquanto Helena fitava meus pelos pubianos espalhados, mesmo que de forma discreta, isso me deixava corada de vergonha.
Helena, com uma expressão que tentava ser amigável, disse: “Oi, querida! Quanto tempo! Não sabíamos que vocês estavam em casa. É sempre bom ver vocês.” Ela estava tentando manter a situação leve, mas a tensão no ar era palpável.
“Sim, é bom ver vocês também,” eu disse, tentando não parecer nervosa. O que eu queria era que o chão se abrisse e me engolisse ali mesmo. O que mais poderia fazer a não ser agir normalmente? Tentei me lembrar de que estávamos todos amigos, mas a nudez me deixava vulnerável. A cada segundo, o desconforto se tornava mais evidente.
Carlos começou a olhar ao redor, como se estivesse tentando evitar fazer contato visual direto com meus mamilos, que a essa hora já estavam anunciando um assalto. “Vocês estão fazendo um chá, não é?” ele disse, tentando encontrar um ponto de conforto na conversa. O tom de sua voz era uma tentativa clara de mudar o foco, mas eu sabia que a situação estava longe de ser normal.
“Sim, um chá. Estávamos apenas conversando e... bem, meu dia começou um pouco diferente,” eu disse, tentando rir da situação, mas a risada soou forçada, ecoando na sala silenciosa.
Helena, ainda com o olhar suave, olhou para mim e então para Carlos, como se quisesse garantir que ele não dissesse nada impróprio. “Ah, que legal! Sempre bom fazer uma pausa para relaxar,” ela disse, mas a tensão ainda estava presente em seu olhar.
A conversa fluiu lentamente enquanto eles tentavam se acomodar na sala. Senti que a cada minuto que passava, a situação se tornava mais estranha. A ideia de que eles eram amigos dos meus pais e que estavam agora aqui, em minha casa, em uma situação tão peculiar, me deixava em um estado constante de nervosismo. Meus pais agiam naturalmente, conversando com o casal amigo, como se a filha deles não estivesse por ali, totalmente sem roupa.
“O que você tem feito ultimamente, Suzan?” Carlos perguntou, tentando quebrar o gelo, mas sua voz soou um tanto rígida, como se ele estivesse tentando não olhar para mim. Eu sabia que ele estava tentando ser educado, mas era impossível não sentir seu olhar em meus seios, o que me deixava um pouco úmida entre as pernas, como eu poderia estar excitada em uma situação assim?
“Ah, você sabe, trabalho e algumas novas aventuras,” eu disse, tentando desviar a atenção da minha nudez. “Estou me dedicando a alguns projetos interessantes na InovaMente.”
Helena sorriu, mas sua expressão estava claramente preocupada, seu marido estava me devorando com os olhos. “Isso é ótimo! Sempre soubemos que você tinha muito talento. Você sempre foi tão dedicada,” ela disse, com uma sinceridade que eu realmente apreciei, embora soubesse que a situação ainda era desconfortável.
Carlos então olhou para o chão, como se tentasse se concentrar em qualquer coisa que não fosse a minha nudez. “A InovaMente é uma ótima agência. Você se saiu bem, então?” Ele tentou manter a conversa em um tom profissional, mas as palavras pareciam flutuar no ar entre nós, pesadas e carregadas de significados não ditos.
“Sim, sim! Recentemente, consegui um contrato importante que realmente me deixou animada,” eu disse, tentando manter o tom leve. Mas enquanto falava, a mente de Carlos e Helena parecia estar em outro lugar. Era evidente que eles estavam tentando compreender a situação da maneira mais amigável possível.
Helena então se virou para mim, um olhar de compreensão em seu rosto. “Suzan, querida, se precisar de algo, nós estamos aqui para você. Não importa a situação, você sempre pode contar com a gente,” ela disse, sua voz carregada de apoio.
“Obrigada, Helena. Eu realmente aprecio isso,” eu respondi, tentando transmitir um senso de normalidade enquanto a verdade de minha situação era uma tempestade em meu interior, minha bucetinha se contraindo de tesão, nunca me imaginei em uma situação como essa, eu estava com medo deles perceberem a úmida em minhas coxas, por isso tentava as manter o mais fechadas possível.
Enquanto eles continuavam a conversar, o desconforto não se dissipou. A verdade era que, embora eles fossem amigos de longa data dos meus pais e estivéssemos em um ambiente que deveria ser seguro e acolhedor, a ideia de estar nua na frente deles me deixava vulnerável e confusa.
A cada momento que passava, eu me perguntava se estava fazendo a coisa certa em me expor assim, em mais de um sentido. A nudez que eu havia começado a aceitar como uma forma de autoconhecimento agora parecia um fardo sob os olhares curiosos de Carlos e Helena. Eu sabia que eles estavam tentando ser respeitosos, mas o peso da situação era inegável.
A conversa continuou, mas meu foco estava em como me sentia. Eu desejava que a situação se normalizasse, mas, enquanto as palavras fluíam, havia uma barreira invisível que parecia separar todos nós. O que eu realmente queria era que a conversa fluísse como antes, sem esse nível de desconforto, sem essa vulnerabilidade exposta.
Assim que a situação se tornava um pouco mais leve, eu senti que havia uma tensão não apenas no ar, mas também em mim. A vulnerabilidade da minha nudez se tornava um reflexo de um lado meu que eu estava começando a entender, mas que ainda não estava completamente pronta para compartilhar com todos.
As palavras continuavam a fluir, mas minha mente vagava. Pensava sobre como a nudez era um símbolo de liberdade para mim, mas também era um teste da minha confiança. E enquanto observava Carlos e Helena acomodados na sala, percebi que, apesar do desconforto, eu não estava sozinha. Estava cercada por amigos que se preocupavam comigo, e isso, de alguma forma, me dava coragem para continuar naquela estranha nova realidade que era a minha vida.
E assim, enquanto a conversa continuava, eu procurei me reconectar com aqueles que me cercavam, lembrando que a amizade e o amor eram mais poderosos do que qualquer vergonha que eu pudesse sentir.
Enquanto a conversa flui, Helena não consegue mais segurar sua curiosidade e, com um olhar inquisitivo, pergunta: "Suzan, querida, o que aconteceu com suas roupas? Por que você está... bem, nua?"
As palavras dela cortam a atmosfera leve que tentamos construir, e imediatamente, sinto meu rosto arder em um tom escarlate. A pergunta estava no ar, e era um convite para eu revelar a verdade, mas como poderia explicar a situação embaraçosa em que me encontrava?
“Ah, bem... é uma longa história,” eu começo, tentando articular as palavras enquanto o calor da vergonha se espalha por todo o meu corpo. “Eu... eu meio que... estou tentando adotar o nudismo para aliviar a pressão do dia a dia.”
Carlos e Helena se entreolham, e o desconforto visível em seus rostos me faz sentir ainda mais envergonhada. Tentei ignorar a pressão do olhar deles enquanto continuava: “Resolvi experimentar um tipo de... libertação. E, bem, eu... acabei sem roupa.”
A cada palavra que saia da minha boca, minha voz ficava mais baixa e mais hesitante. A imagem do que fiz na noite anterior estava tão fresca na minha mente, me via novamente naquele tapete que eles estavam pisando, com as minhas pernas um pouco abertas, deixando aquele consolo rosa deslizar pra dentro de mim, gozando de forma singela, com as minhas amigas observando tudo, e a ideia deles acharem que eu poderia estar mentindo, me deixava em um estado misto de vulnerabilidade, confusão e muito excitada.
Helena arqueou uma sobrancelha, claramente intrigada, mas seu olhar era mais de preocupação do que de julgamento. “Libertação? Como assim? Você estava se sentindo sufocada?” Ela parecia genuinamente interessada em entender, mas a forma como fez a pergunta me deixou um pouco insegura.
“Sim, eu acho que sim. A pressão do trabalho, a vida, tudo... Eu senti que precisava de um momento para me soltar, sabe?” Eu tentava me expressar, mas minha insegurança transparecia nas minhas palavras, além de manter minhas pernas fechadas, sentindo as minhas coxas molhadas, meu medo agora era andar e acabar fazendo algum barulho, por conta de toda essa umidade, isso seria o fim pra mim, eu morreria de vergonha.
Carlos interveio, com um tom de compreensão. “É normal sentir-se sobrecarregada, Suzan. Todos nós passamos por momentos em que precisamos nos libertar de alguma forma. É bom que você tenha encontrado um jeito de lidar com isso, mesmo que tenha sido um pouco... incomum.”
Helena balançou a cabeça em concordância, mas seu olhar estava fixo em mim, e eu podia sentir que ela queria saber mais. “E você se sentiu bem com isso? Com a nudez? Quero dizer, não é algo que você faz todo dia.”
Senti meu coração acelerar ao perceber que, de alguma forma, eu estava expondo não apenas meu corpo, mas também minha alma. A lembrança da liberdade que senti naquela noite começou a se misturar com a vergonha de agora estar conversando sobre isso em pé na frente deles, nua e vulnerável.
“Foi... libertador, sim. Eu me senti viva de uma forma que não havia sentido há muito tempo,” eu confessei, tentando colocar em palavras a sensação que tive. “Mas agora, com vocês aqui, me sinto um pouco... exposta.”
Helena sorriu, e eu percebi que ela estava tentando criar um ambiente de conforto. “Não se preocupe, querida. Isso acontece. E a vida é cheia de surpresas, não é?” Ela olhou para mim de forma calorosa, como se estivesse tentando me tranquilizar.
Carlos, em um esforço para aliviar a tensão, riu levemente. “Olha, se a gente soubesse que você estava tão livre e à vontade, teríamos trazido um presente! Que tal um roupão, só para garantir que você não fique tão exposta?”
A risada dele ajudou a dissipar um pouco da pressão que se acumulava no ar. Sorri timidamente, sabendo que a situação era estranha, mas ao mesmo tempo, havia um conforto nas palavras deles.
“Obrigada, mas não é exatamente a recepção que eu imaginei quando combinei um almoço,” eu disse, tentando brincar com a situação. No fundo, estava apenas aliviada por ter amigos que não se importavam tanto com a minha nudez, mas sim com a pessoa que sou, pelo menos era o que achava.
“Olha, se isso ajudar você a se sentir mais confortável, nós podemos sempre sair e te comprar um roupão. O que você acha?” Carlos sugeriu, e a leveza da conversa estava ajudando a suavizar a situação embaraçosa.
“Talvez na próxima vez,” eu ri nervosamente, ainda sentindo um misto de desconforto e libertação. No fundo, percebi que eles eram amigos e que me aceitavam, nu ou vestido, e isso, de certa forma, era reconfortante.
O que eu realmente queria naquele momento era me sentir segura e protegida, mesmo em meio à vulnerabilidade. E, enquanto a conversa continuava, percebi que, talvez, essa vulnerabilidade era uma parte importante do meu autoconhecimento e do caminho que eu estava trilhando. Afinal, todos nós temos nossas histórias, e a minha, embora estranha, era apenas uma parte do que me tornava quem eu sou.
Com a tensão começando a se dissipar, eu decidi que era hora de me ocupar com algo prático. Me levantei, com um último olhar para Carlos e Helena, e fui até a cozinha preparar o chá que prometi, o chá de camomila. Eu queria que a atmosfera leve voltasse, e talvez servir algo quente e aconchegante ajudasse a suavizar a situação estranha em que eu me encontrava.
Enquanto preparava o chá, minha mente ainda estava cheia de confusão sobre a conversa anterior. O que eu fiz na noite passada parecia, em partes, libertador e, em outras, profundamente desconcertante. Eu precisava me concentrar no momento presente, então fui buscando distrações na rotina. A água fervia na chaleira e eu organizei as xícaras, tentando me acalmar.
“Que chá você vai fazer, Suzan? Eu sempre amei seu chá de camomila,” Helena chamou da sala, trazendo um sorriso ao meu rosto. Era um dos chás favoritos da minha família, e eu sempre me diverti em preparar.
“Camomila com um toque de hortelã! Vai ficar delicioso,” eu respondi, enquanto servia o chá nas xícaras peladinha, parecendo estar em algum sonho erótico muito louco.
Assim que voltei para a sala, o aroma do chá preenchia o ar, e a atmosfera parecia mais leve. Carlos e Helena estavam conversando animadamente com meus pais sobre viagens, e eu me juntei a eles, colocando as xícaras na mesa.
“Obrigado, Suzan! Você sempre foi tão boa em fazer chá,” Carlos disse, olhando para mim com um sorriso caloroso, agora focado nos meus pelinhos ruivos e bagunçados por toda a minha virilha.
“Obrigada! Fico feliz que gostem,” eu disse, tentando deixar de lado a sensação de vulnerabilidade.
Mas então, quando olhei para a mesa, as conversas começaram a se desviar para um assunto que me deixou um pouco hesitante. “Você sabe, Suzan, eu sempre admirei sua beleza. Você tem uma presença tão marcante,” Helena comentou, olhando para mim com um brilho nos olhos.
Senti meu rosto esquentar novamente, mas ao mesmo tempo, uma parte de mim ficou lisonjeada. “Ah, obrigada, Helena! É um pouco engraçado ouvir isso agora,” eu disse, tentando desviar a conversa, mas as palavras dela tocaram algo em mim.
“Por que é engraçado?” Carlos interveio, agora com um sorriso curioso. “Você é linda, e deve se sentir assim! A forma como você se apresenta... é difícil não notar.”
As palavras deles me deixaram um pouco mais confusa, mas ao mesmo tempo, estavam me ajudando a relaxar. “É só que... eu nunca fui a mais confiante em relação à minha aparência. Sempre me senti mais focada em trabalho e estudos, sabe?” eu disse, tentando abrir o coração.
Helena balançou a cabeça em concordância. “Eu entendo. A beleza não é apenas sobre a aparência. É sobre como você se sente consigo mesma, e a confiança que você exala,” ela explicou, e as palavras dela ecoaram em mim.
“Exatamente! Às vezes, as pessoas podem ver a beleza antes de você mesmo perceber,” Carlos acrescentou, e eu pude sentir um toque de encorajamento em suas palavras.
“Eu não sei, talvez eu esteja apenas me descobrindo agora,” eu confessei, olhando de um para o outro. “A última noite me fez perceber que eu estava reprimindo tanto de mim mesma. É estranho, mas me sinto um pouco mais... viva.”
“E isso é maravilhoso, Suzan. A beleza é muito mais do que o físico. É a sua energia, sua paixão e a forma como você se conecta com as pessoas,” Helena disse com um olhar genuíno, e eu senti meu coração se aquecer.
Com o chá servido, os olhares de admiração começaram a se transformar em conversas mais animadas, mas a admiração pela minha beleza persistia no ar. Fiquei aliviada por eles estarem tão interessados em minha vida e menos focados na minha nudez.
Durante o bate-papo, Carlos virou a atenção para meus pais. “E você, Edson, sempre soube que sua filha era tão linda? Como se sente em relação a isso?” ele provocou, e meu pai riu, um pouco envergonhado.
“Eu sempre soube que ela é uma bela jovem. Mas o que realmente importa para mim é que ela seja feliz e realizada,” Edson respondeu, e isso fez meu coração se encher de orgulho.
“Isso é verdade. Suzan, sua beleza não é só física; vem do seu coração e do que você é como pessoa,” Helena reafirmou, e essas palavras de encorajamento ressoaram em mim.
Fiquei refletindo sobre isso enquanto os adultos conversavam. A vulnerabilidade que eu sentia agora estava se transformando em algo mais. Enquanto olhava para cada um deles, percebi que estava rodeada por pessoas que realmente se importavam e que me aceitavam como eu era, nua ou vestida.
O tempo passou e as conversas continuaram fluir de maneira agradável, repleta de risadas e histórias. Eu compartilhei algumas experiências recentes no trabalho, como minha apresentação na InovaMente e a resposta entusiástica do cliente. A cada palavra que eu falava, um pouco da minha insegurança ia se dissipando, e eu começava a me sentir mais confortável.
“Você deve nos contar sobre essa campanha que você está criando!” Carlos exclamou, demonstrando interesse genuíno. E, à medida que eu falava, a ideia de ser reconhecida não apenas pela minha aparência, mas também por minhas habilidades e talentos, começou a se solidificar.
“Estamos super animados para ver onde isso vai levar você, Suzan. Com certeza, você está destinada a grandes coisas,” Helena acrescentou, e isso fez meu coração acelerar. A ideia de que meu potencial estava sendo reconhecido me deixou ainda mais empolgada.
Enquanto o chá e a conversa fluíam, eu percebi que, apesar da situação estranha em que me encontrava, eu estava cercada por amor e apoio. Aquilo era mais do que um simples encontro. Era um momento de conexão e autodescoberta. Mesmo que minha nudez fosse um detalhe desconfortável, as interações e o carinho que eu sentia por aqueles que me rodeavam eram o que realmente importava, mas estranhamente eu ainda estava excitada com toda aquela situação.
E assim, enquanto eu falava sobre minha vida, minha carreira e como estava me sentindo mais confiante a cada dia, um sorriso genuíno apareceu em meu rosto. Sim, eu era vulnerável, mas eu também era forte e estava disposta a explorar esse novo lado de mim.
Enquanto continuávamos a conversar, eu percebi que aquele dia estava se desenrolando de uma maneira que eu nunca poderia ter imaginado. A vulnerabilidade, as risadas e o apoio ao meu redor estavam me ajudando a crescer e a me conhecer melhor, e, por um momento, eu esqueci completamente que estava nua, imersa no calor da companhia da minha família e amigos.