Morrer com uma facada no estômago não é nada agradável, o que dói mais é saber que quem estava segurando o cabo era a própria mulher. Mas felizmente a dor de ter que perdê-la para outro homem já não existia, apenas a dor da facada em meu abdômen. Como um flash, minha vida foi passando diante de meus olhos. O nascimento do meu filho, os meus pais, a festa de casamento, nossas férias no Rio, a briga de Paula com o ex e o momento em que a salvei, nosso primeiro beijo, nosso primeiro encontro, novamente meus pais e minha irmã. Imagens mais antigas, quase esquecidas da minha infância me voltaram à memória, ouvia um bip, pessoas sussurrando, um ar gelado; eu queria sair dali. O bip ficava mais alto e rápido, como se viesse em minha direção, mas de onde vinha? Os sussurros estavam sumindo e o ar frio permanecia. De repente a dor em meu abdômen e Paula me gritando ao ver que me esfaqueara:
– Fabiooooo!… Fabio, por favor acorda, meu amor.
Uma luz forte incidiu sobre mim e a vista voltou.
O bip continuava do lado do meu leito de hospital, Paula chorava segurando a minha mão e olhava fixamente para mim. Eu não podia me mexer e a voz quase não saiu.
– Fabio, meu amor!…
– Há quanto tempo estou aqui? – perguntei com dificuldade.
– Seis dias.
Eu estava em coma induzido.
– Eu não consigo me mover.
– Seus músculos não se moveram durante esse tempo, mas aos poucos tudo vai voltar como era.
– Tudo? – perguntei relembrando o que acontecera antes.
Paula abaixou a cabeça e beijou minha mão. Ela estava com a aliança no dedo mais brilhante do que no dia em que a comprei.
– Sei que fui infiel a esse nosso amor e que isso quase me tirou você, tanto do meu coração quanto da minha vida. Eu aprendi da pior maneira que eu não preciso de mais nada na vida. Você e Arthur são tudo pra mim,… são tudo que eu tenho e não os mereço – ela fez uma pausa e começou a soluçar – Vou entender se não quiser voltar atrás na sua decisão de se div… divorciar. Só quero que saiba que… apesar do que aconteceu… eu não conseguiria viver longe de você… Você é o meu bem, o meu amor, você é a minha vida, Fabio… Não sei o que seria da minha vida sem você. E não sei como será a minha vida sem você…
– Você iria descobrir assim que chegasse em Búzios, como seria viver sem mim.
– Eu iria… iria cometer o maior erro da história da minha família – ela debruçou-se sobre meu peito e não cessou de chorar – Você pode me negar isso até meus últimos dias de vida, mas irei pedir agora e sempre, suplicar, implorar o seu perdão. Mesmo na minha velhice ainda o amarei e chorarei pelo seu perdão até que não aja mais em mim forças para viver, pois é por sua causa e pela esperança de reconquistar o seu amor e a sua confiança que me mantêm viva. Antes tiraria minha própria vida se traísse novamente o seu amor, que dar novamente esse desgosto à pessoa que mais amo nesse mundo.
– Queria poder acreditar.
– Por favor, Fabio… acredite em mim. Eu preciso de você… ao meu lado… por favor… – sua voz era reprimida pelo choro intenso.
Com dificuldade, afastei com a mão o cabelo que cobria parte do rosto de Paula. Sua face estava regada pelas lagrimas salgadas e também estampava a amargura que sentia e a aversão de si mesma. Acariciei seu rosto. Ela fechou os olhos, mas ainda deixando as lágrimas rolarem. Seus lábios estavam trêmulos.
– Por favor… – disse ela já quase sem voz – Eu te amo… te amo demais…
Naquele momento eu teria que tomar uma decisão, mais que definitiva. Seria um novo rumo às nossas vidas. Ficaríamos juntos ou seguíramos cada um para seu lado, vivendo com esse pesar pelo resto de nossas vidas. Eu poderia mostrar que ainda a amava apesar de tudo, entretanto, meu coração estava aos cacos, cacos que Paula tentava juntar com suas lágrimas. Tal como uma criança que quebra uma porcelana finíssima e, ajoelhado perante os pedaços, tentando colá-los.
Seu eu me divorciasse, ainda teria meu filho, poderia me casar novamente, poderia construir uma nova família… não, isso seria muito artificial, nunca Arthur aceitaria uma madrasta substituindo sua mãe,… acho que nem eu aceitaria substituir a mulher que amei por anos, mãe do meu primeiro e único filho. Talvez passaria o resto da minha vida sozinho, pois deixaria de confiar nas mulheres, pois já conheci a fraqueza da carne.
Mas e se fosse comigo? Se eu tivesse traído a minha mulher?… Eu não conseguia me imaginar nos braços de outra, mesmo após me divorciar. Nem mesmo as lembranças de Sueli me faziam esquecer Paula. Não era Sueli quem eu queria, era Paula, a traidora que agora chorava em meu peito implorando meu perdão. Estaria disposta a trocar a vida pela fidelidade eterna. Um arrependimento incomensurável.
Sem mim ela vagaria como um anjo de asas cortadas direto para o abismo profundo. Como uma flor solitária castigada pelo escaldante sol dum deserto pedregoso. Como um coração ferido, sangrando, morrendo.
Paula precisava de mim. Deveria eu dar-lhe as costas? Foi mesmo amor o que eu sentia por ela para desprezá-la no seu momento de maior sofrimento?
Nossos olhares se encontraram. Seus olhos verdes revelavam o medo e a ansiedade, esperança que ela tentava arrancar de mim para ao menos alguns segundos de alívio daquela angústia que a torturava. Mas eu iria dar um fim naquilo. Fitei-a e disse:
– Você me magoou, Paula. Você me apunhalou (no sentido figurado, apesar de que também se aplica ao sentido literal). Desprezou meu amor – fiz uma pausa. Ela desabava em prantos – Não sei porque ainda continuo te amando.
– Que Deus me seja por testemunha, que morrerei antes de trair seu amor novamente.
Ela acarinhou meu rosto e tocou levemente seus lábios nos meus, pude sentir o gosto salgado de seu sofrimento, das lágrimas que morriam em seus lábios. Foi quando o médico entrou de repente e pediu que ela se retirasse imediatamente, pois estaria oferecendo risco à minha saúde.
Eu estava em recuperação de uma cirurgia no estômago.
Passei mais umas duas semanas no hospital antes de receber alta.
O fim desse drama poderá ter decepcionado alguém. Para alguns o perdão é algo incabível numa relação, mas acredito que se não há perdão, nunca houve amor.
A minha vida voltou quase ao normal. Percebi que tinha perdido alguns clientes, parei de ser tão indicado, o que me folgou um pouco do trabalho e passei mais tempo com minha esposa e filho.
Álvaro? Bem,… nunca mais soube dele. Provavelmente já tinha planos de destruir outra família. Só depois iria descobrir que nem todo o amor do mundo poderia impedi-lo.
Uma boa notícia era que Paula não estava grávida. E eu estava disposto a ressarcir a falta que fiz. E o desejo que deixei de lhe dar. Voltei a freqüentar a academia, de onde eu me afastara por alguns… crrrrr… anos. Correr pelas manhãs com minha esposa, a qual estava mais amável do que nunca, sem mencionar que ela começou a praticar jiu-jitsu, para caso alguém se engraçasse com ela.
Nossa primeira noite de amor programada aconteceu depois de uma semana de abstenção de sexo. Uma semana impedindo um vulcão de entrar em erupção. Mas não valia se masturbar ao longo dessa semana.
Após o jantar, enquanto eu lavava a louça, Paula apareceu com uma sacola e a pôs sobre o balcão da cozinha.
– O que é isso? – perguntei.
– Um presentinho pra você.
– Pra mim? E o que é?
– Eu estarei te esperando no quarto com ele – falou olhando para mim sensualmente. Lambeu o lábio superior e me jogou um beijinho erótico. Logo depois ela saiu.
Terminei rapidamente na cozinha, botei Arthur na cama, corri para o banheiro escovei os dentes e entrei no meu quarto trancando a porta atrás de mim. Estava tudo escuro. Apenas a cadeira do meu escritório, que estava no meio do quarto estava sendo iluminada pela luz florescente de um abajur. O ar-condicionado parecia estar ligado há horas, pois estava frio. Parecia mais um consultório dentário.
Paula veio para a luz e pediu que eu me sentasse.
Ela vestia um jaleco branco, mas dava para notar que não havia nada por baixo senão o lingerie.
Senti-me na cadeira, que estava com o couro gelado pelo ar. Paula reclinou-a e pediu que eu abrisse bem a boca. Não era nem preciso dizer que naquela hora eu já estava aceso. Ela segurou meu queixo com uma das mãos e com a outra introduziu na minha boca, passando seu dedo na minha língua.
– Hum!… Sua língua é tão macia.
Para ver mais de perto ela pôs uma das pernas entre as minha, subindo na cadeira. Sua coxa estava de fora e eu louco para acariciá-la.
– Tem comido alguma coisa ultimamente?
– Bem que eu queria, mas minha mulher não me deixa.
Paula deu uma risada gostosa e voltou a analisar minha boca. Senti nitidamente seus seios no meu peito e como se esfregavam. Ela se ajoelhou na cadeira sentando-se sobre minhas pernas. Jogou os longos cabelos loiros para o lado e voltou a me avaliar.
Seus dedos passaram sensualmente sobre meus lábios excitando-me. Paula inclinou-se sobre meu rosto e roçou seus lábios molhados nos meus numa sincronia libertina. Sua língua adentrou minha boca buscando a minha.
Passei minha mão por sua cintura e a outra acariciei suas pernas e sua bunda.
– Você não é nada menos que a minha diva,… minha deusa do amor – ela deu um suspiro profundo, talvez se lembrando dos xingamentos que era obrigada a aceitar.
– Isso me faz me sentir amada, Fabio,… meu amor, meu amante perpétuo – Paula se sentou sobre mim e tirou o jaleco exibindo suas formas perfeitas. Por baixo ela vestia um lingerie branco de couro, bem erótico… o mesmo ela tirou e voltou a me beijar com volúpia.
Acariciei suas costas e com a ponta do indicador deslizei para baixo até seu reguinho. Isso a fez estremecer. Paula abriu minha camisa e me livrou da calça. Subiu novamente sobre mim e beijou meu peito, meu pescoço e meu queixo.
– Vou reconquistar o seu corpo, minha diva. Vou reconquistar-lhe o prazer.
– Me reconquiste, meu amor. Eu estou pronta para você.
Sua xana molhava meu abdômen, denunciando sua excitação. Agarrei-a pelas ancas e penetrei na sua boceta gostosa. Ela gemeu e se contorceu de tesão. Sentando-se sobre meu pau Paula começou a cavalgar. Cada vez mais aumentava a velocidade e gemia alto. Seus suspiros eram profundos e seu suor começava a escorrer deixando seu corpo reluzir sob a luz tênue do abajur. Seus movimentos seguiam o ritmo de seu tesão. Ela apoiou-se com as mãos sobre meu peito e forçou permanecer no ritmo, pois seu orgasmo já se aproximava. Segurando-a pela bunda ajudei na cavalgada. Paula me olhou nos olhos e me beijou apaixonada, mas seus beijos foram interrompidos por uma seqüência de gemidos intensos.
Apertei seus seios e os chupei, mordicando-lhe os mamilos.
– Ah,… Fabio, amor,… uuuuuh! Aaaaah!
– Ah! Minha deusa,… me dê do seu poder! Oooooh!
– Aaaaah! AAAAAH! AAAAAIIIIIIH!
As cavalgadas ficaram mais frenéticas e descontroladas. Paula sentia convulsões, enquanto eu insistia nas cavalgadas.
– Vai fundo, amor – gritava ela – invade meu úterooooo! AAAAAH! AAAAAAAAAAH! ISSOOOOO! AAAAAH!
Ela gozou um gozo arrebatador, dando-me um banho com seu esguicho forte, igualando-se a Fabi. Ela urrava, gemia e gritava loucamente e continuava a jorrar seu mel, como nunca.
– AAAAAH! MEU DEUS!… FABIO!… QUE LOUCURA! EU NÃO CONSIGO PARAR,… EU NÃO QUERO PARAR.
Comecei a estocar forte até gozar intensamente dentro da boceta dela, uma quantidade enorme guardada há uma semana no saco. Nossos líquidos se misturaram fazendo a maior lambança no quarto. Paula caiu quase desacordada sobre mim. Eu a abracei forte e a beijei apaixonadamente.
Ela se virou pondo a bunda na minha cara e começou a me chupar deliciosamente. Lamber toda minha pica e sugar tudo que ainda tinha ficado no canal da uretra. Ante aquela maravilhosa chupada a retribui penetrando-a com minha língua e mexendo-a lá dentro. Meu tesão voltava. Paula me brindava com a melhor chupada que havia tido na vida. Ela envolvia seus lábios desde a glande e descia serpenteando sua língua em todo o pau quando estava todo dentro e voltava subindo e sugando-me a alma. Com tanto tesão assim, eu abocanhei aquela boceta gostosa e a mastiguei com os lábios e penetrando fundo com a língua, ela rebolava gostoso para mim fazendo com que minha língua atiçasse seu orgasmo. Uma foda como nenhuma outra. Ela gozou novamente sentando na minha cara quase me matando (de novo). Gozei violentamente dentro de sua boca, espirrando sêmen ainda na sua cara e lambuzando seu cabelo.
– Esse era o leitinho que eu queria.
Paula começou a me limpara, me lamber e me chupar até estar de barriga cheia.
Voltando-se para mim ela me beijou na boca, com nossos gozos misturados numa lambança que nos impregnava com o cheiro de sexo.
Eu havia reconquistado minha mulher e meu quarto, ainda restava recuperar o sexo na sala, no meu escritório e na piscina e por segurança, no banheiro, na cozinha e no quarto de Arthur.
Seria um longo e gostoso trabalho.
Continua…
Cada vez nos prende mais com a sua bela narrativa e poder literário. Adorei e votei.
Continua, quero ler mais
Achei que foi a melhor situaçao, ter sobrevivido e perdoado esse foi para respirar vamos ver o proximo se ficamos de novo sem ar.
Desfecho inesperado, mas não menos dramático!!! A sequencia de sexo continua sempre no ápice!! Espero a continuação!
Muito bom a continuação, sempre a altura dos demais, agora só esperar a proxima parte. Valeu o voto pena que só da pra votar uma vez