Ficamos na sala, depois do jantar, assistindo ao noticiário local e o internacional; eu, na poltrona e ela no sofá de dois lugares, logo ao lado. Como a calefação estava funcionando corretamente (eu havia, finalmente, conseguido pagar a conta atrasada!), ela substituíra o moletom por um shorts curtíssimo e uma camiseta regata. Com o canto dos olhos, notei que ela não estava usando sutiã, e minha mente sórdida, logo pensou se ela estava usando calcinha por baixo do shorts.
Sem mais, nem menos, ela colocou seus pés sobre minhas coxas. Tomei um choque e quase pulei do sofá, pois já sentia a rola remexer-se dentro da calça de sarja. Pensei em recuar e empurrar seus pés para longe, mas não tive coragem …, nem vontade. Controlei-me como pude e o quanto pude.
Depois de algum tempo, disse que estava cansado (e estava mesmo!), e disse que precisava dormir. Gentilmente, peguei os pezinhos dela e coloquei-os sobre a poltrona. Dei boa noite e segui para o quarto. Despi-me, vesti o calção de dormir e me enfiei debaixo das cobertas. Tentei dormir. E não foi difícil, já que a noite anterior fora demasiada extenuante.
No meio da madrugada, ela veio correndo e deitou-se ao meu lado. Grudou seu corpo ao meu dizendo que estava se sentindo sozinha e com medo. Pus a mão para trás e quase cuspi o coração pela boca! Ela estava nua!
-Você …, você – balbuciei, sem coragem de voltar-me para trás – Você está pelada!
-Eu sei, bobinho! – respondeu ela em gracejo – Estava calor, e eu tirei a roupa! O que é que tem demais!
Não respondi, apenas adotei uma posição de caramujo encolhendo-me para ocultar minha excitação! Aquele corpo quente …, aquelas formas insinuantes …, cerrei os olhos e supliquei por um sono que parecia muito distante …
Quando dei por mim, um brilho tímido do sol, tomou conta do quarto. Tinha amanhecido, e eu estava só na cama …
Quando fui para a cozinha, ela não estava lá. Sobre a mesa a cafeteira ligada, e ao seu lado, um bilhete. “Fui trabalhar mais cedo, pois preciso de horas extras. Beijos e se cuide”. Despejei o café sobre a caneca e tomei-o em goles rápidos, pois também estava em cima da hora. Foi outro dia difícil, com pensamentos libidinosos rondando minha mente e minha virilha. Quando a noite chegou, minha vontade era perambular pelas ruas, perder-me de mim mesmo, e não sofrer com meu desejo latente.
No ônibus, uma mensagem do whats. Era dela. Dizia que chegaria muito tarde, pois como faltaram duas meninas do turno da noite, ela precisava cobri-las. Precisávamos do dinheiro. Cheguei em casa, esquentei uma lasanha congelada no micro-ondas e engoli junto com uma coca cola zero. Sentei-me na poltrona e liguei a televisão. De repente, me peguei cochilando. Fui para a cama.
No meio da madrugada, senti um par de pés gelados entrelaçarem-se aos meus. Era ela, e estava nua novamente! Senti seus mamilos intumescidos roçarem minhas costas a termodinâmica cumpriu suas leis naturais, levando o calor do meu corpo para o dela. E que calor gostoso. Mais uma vez controlei-me …, mas, foi impossível …
Virei-me para ela e, imediatamente, nos abraçamos. Senti sua boca na minha orelha. “Eu te quero, muito!”, ela sussurrava. Não resisti mais. Dei-me por vencido, e procurei sua boca. Nos beijamos sofregamente, enquanto nossas mãos exploravam todos os segredos que nossos corpos teimavam em não esconder. Depois de muitos beijos, minha boca sedenta, procurou os mamilos dela, sugando-os vorazmente e fazendo-a gemer de prazer.
-Tira esse calção, tira – suplicou ela, enquanto apalpava o volume que pulsava – Quero essa pica só para mim …
Quase rasguei o calção ao tirá-lo, e quando o fiz, minha rola saltou, ereta, dura, roçando a bocetinha dela! Ai! Que delícia! Ela me empurrou para que eu ficasse de barriga para cima …, ela queria me cavalgar. Ela subiu sobre mim e segurou a rola com uma das mãos, descendo lentamente na direção dela, até que sua boceta engolisse por inteiro. Senti um espasmo delicioso ao sentir minha rola agasalhada dentro dela!
Sem perda de tempo, ela começou a me cavalgar. Pousou suas mãos sobre meu peito, apoiando-se como uma alavanca que lhe permitia subir e descer, fazendo minha rola desaparecer dentro dela. Estava tão excitada que jogava a cabeça para trás e gemia entre suspiros longos e lânguidos. E foi nesse clima que ela gozou …, um gozo intenso, forte e alardeado por gemidos e gritos delirantes.
-Agora, vem – disse ela, olhando dentro dos meus olhos – Vem me foder gostoso …, vem ser meu macho!
Naquele momento, eu não sei o que aconteceu …, simplesmente, eu broxei …, meu pau amoleceu e eu perdi o ímpeto. Ela sentiu a rola escorrer para fora de sua vagina, enquanto eu a olhava espantado. Sem coragem para fazer qualquer coisa, eu a segurei pelos braços e fiz com que ela saísse de cima de mim. Ela se deitou na cama e continuou me olhando.
Eu me levantei e fui para a sala. Ela veio atrás de mim, mas eu não queria estar com ela, pois eu não sabia o que estava sentindo …, precisava pensar …, precisava respirar …, corri até o quarto, vesti uma roupa qualquer e, em minutos, ganhei a rua fria e vazia e perambulei pelos quarteirões em torno do conjunto. Fumei um cigarro, e depois, sem ter mais o que fazer ou o que pensar …, voltei para casa.
Mas, quando cheguei, ela não estava mais lá! Havia saído …, ou partido …, eu não sabia o que pensar. Fiquei estatelado sobre o sofá até que o cansaço e a tristeza me fizeram adormecer. E quando a manhã chegou, eu confirmei que estava só.
Desesperado, corri até o quarto. Queria me certificar que ela não havia partido definitivamente. Chequei os armários e as gavetas da cômoda. Ela não levara todas as suas coisas, mas uma parte …, sentei-me na beirada da cama e fiquei lá, pensando no que eu havia feito. Eu a perdera.
Fui para o trabalho quase como um autômato; cumpri minhas tarefas sem muita atenção, apenas aquela necessária para que não houvesse erro. E quando a tarde chegou, eu não sabia para onde ir. Não queria ir para casa. Não queria ficar sem ela. Desci em Paddington, e depois de dobrar a esquina, entrei na cafeteria do meu amigo Raj, um indiano que imigrara para a Inglaterra há muito tempo.
Ele me cumprimentou e trouxe um capuccino como eu gostava. Depois de atender outros clientes, ele veio até a minha mesa e perguntou se estava tudo bem.
-Não! – respondi quase lacônico – Não está tudo bem.
-É sobre Vitória? – perguntou ele com um olhar afável.
“Como é que ele sabia?”, pensei eu. E antes que eu pudesse perguntar-lhe ele me disse que Vitória conversara com sua esposa, Maya. Contou-lhe que estava triste porque estava apaixonada, porém, não era correspondida. Ele me disse ainda que Vitória estava muito triste e que confidenciou a Maya que já que não era correspondida, preferia partir para não magoar mais aquele a quem amava. Fiquei sem palavras, sem ar e sem esperança.
-Olhe, meu amigo – continuou Raj com tom fraternal – Eu não sei o que aconteceu …, apenas sei que o amor conhece caminhos que a razão prefere esquecer …
Olhei para Raj e ele sorriu para mim. Agradeci pelas palavras, paguei a bebida que sequer toquei e corri para casa …, corri para os braços de Vitória.