Voltando às origens – Capítulo 4

Fui direto para meu quarto quando cheguei do trabalho. Fechei a porta e a tranquei. Meu coração batia em um ritmo acelerado. Caminhei até meu espelho de chão. Tirei minha camiseta e minha calça e fiquei olhando para o meu corpo. Nem gordo e nem magricelo. Esbelto, pele clara, cabelos rebeldes, mais ou menos lisos e olhos castanhos médios. Atributos que eu gostava bastante em mim. E, apesar disso tudo, fugi e saí correndo de Fábio. Mas, por outro lado, talvez eu tenha tomado a atitude certa.
Tirei a cueca, fui para o box do meu banheiro e lá, debaixo do chuveiro com a água gelada descendo pelo meu corpo, passei a me masturbar com os olhos fechados e imaginando Fábio por detrás de mim, encostando aquela rola na minha bunda. Depois de alguns minutos nessa fantasia eu gozei e me contive para não urrar de prazer e ser ouvido por alguém da casa.
Terminei meu banho, coloquei uma roupa e saí do quarto. Quando cheguei à sala, vi alguém que não via desde meus 10 anos de idade, meu tio Manoel, o irmão mais novo da minha mãe.
– Ricardo como você está crescido! – Ele disse vindo ao meu encontro e me dando um abraço bem forte. – Saudades de você. Estava falando a seu respeito com sua mãe.
– Que surpresa agradável o senhor por aqui – disse de volta.
– Opa! Não me chame de senhor, pode me chamar pelo nome mesmo. Sem formalidades, por favor.
Nós dois rimos.
Manoel tinha uma beleza ímpar. Apesar de ser meu tio, ele fazia totalmente meu tipo de homem. 30 anos de idade, corpo esbelto com músculos a mostra nos bíceps dos braços e das pernas, nada exagerado. Barba por fazer de arrancar qualquer suspiro de prazer só de olhar, lábios rosados, cabelos castanhos e olhos cor de mel.
Naquela noite ele estava vestido com uma camiseta branca apertada que deixava claro o formato evidente do peitoral e do abdômen, uma bermuda preta e tênis preto para acompanhar.
Enquanto eu o admirava discretamente, minha mãe falou:
– Seu tio vai passar alguns dias aqui conosco até encontrar uma casa para ele morar.
– Uai, e a sua esposa? – Perguntei curioso.
– Divorciamos mês passado. Uma longa história.
– Que pena!
– Tudo bem. Coisas da vida. Mas podem ficar tranquilos que não vou ficar muito tempo por aqui, não quero incomodar ninguém.
– E quem disse que você vai nos incomodar cunhado? – Perguntou meu pai surgindo da cozinha.
– Gustavo, grande homem! Estava esse tempo todo na cozinha de tocaia ouvindo a nossa conversa? – Disse Manoel enquanto o cumprimentava com um aperto de mão e um abraço com direito a batida nas costas.
– Mais ou menos isso – meu pai respondeu.
– Então sou bem–vindo por esses dias?
– Com toda certeza – responderam meus pais juntos como se tivessem ensaiado aquela fala.
– Para mim também tio, vai ser legal, eu acredito.
– E para você Hugo, tudo bem?
No meio de tudo aquilo eu não havia notado a presença do meu irmão na sala. Ele estava no sofá que meu pai costuma sentar, mexendo no celular em silêncio.
– Para mim tanto faz. Eu mal fico aqui na casa – respondeu secamente sem disfarçar no tom de voz certa antipatia.
Meu irmão nunca foi com a cara do nosso tio. Pelo menos não desde as minhas memórias mais antigas.
– Filho leva seu tio até o quarto de hospedes, sua mãe e eu vamos terminar de preparar o jantar já que estamos sem empregada ainda esta semana – disse meu pai a mim.
– Não precisam se incomodar com isso. Eu posso ir comer fora.
– Sem essa, irmão! Você é nossa visita e merece uma ótima recepção. Meu bem e eu já tínhamos programado de fazermos um guisado de carne da mamãe. Você lembra-se dele?
– Lembro demais. Já está me dando água na boca só de imaginar.
– Então vamos lá tio – falei empolgado e ao mesmo tempo sentindo um tanto de repulsa pela minha mãe.
– Vamos!
Peguei uma das malas dele que estava ali no chão e ele pegou as outras duas. Caminhamos até o quarto, entramos e disse:
– Esse é o quarto que você vai ficara por esses dias. Tem todo o básico: cama, guarda–roupas, televisão e um banheiro próprio – disse apresentando como um guia turístico.
Meu tio riu de mim e me atacou com cócegas após largar as malas no chão perto da cama.
– Para tio – falei tentando empurrar os braços dele para longe da minha barriga, porém sem sucesso, por ele ser mais forte do que eu.
Alguns segundos depois ele parou e ficou me encarando.
– O que foi? – Perguntei.
– Reparando o quanto você se parece com sua mãe.
– Todo mundo fala isso para mim.
– Está com quantos anos hoje Ricardo? Dezessete? Dezoito? – Perguntou enquanto iniciou o processo de tirar as coisas das malas.
– Dezoito.
– Namorando?
Eu temia aquela pergunta. Não queria ter que mentir para ele também sobre meu namoro de mentira com Miranda. Mas, em via das circunstâncias, resolvi responder:
– Sim.
– Com uma garota ou um garoto? – Perguntou me lançando um olhar provocativo
– Uma garota – respondi apressadamente.
Ele olhou para mim como se tivesse me sondando e depois voltou a tirar as roupas da mala e colocar em cima da cama. Nesse momento me perdi por um instante reparando nas tatuagens de seu braço direito. Um dragão em tribal.
– Que bom – ele comentou. – Pois é, Luiza e eu divorciamos porque ela conheceu um cara no trabalho dela e simplesmente me trocou por ele.
– Como assim?
– Dinheiro... Patrão dela. Ela ficou tão obcecada por dinheiro que me trocou em dois tempos – respondeu deixando transparecer claramente no tom de voz sua tristeza. – Mas, a vida continua né? Não posso parar minha vida por ela. Foram longos bons anos, só que bola para frente.
Fiquei olhando para ele pensativo sobre como ele tão gostoso ali na minha frente foi deixado. Luíza só podia ser cega ou coisa do tipo.
Manoel estava mais bem–apessoado do que antes. Para não dizer mais sexy. Porém, me repreendi em pensamento, ele era meu tio e eu não podia dar cordas a minha imaginação...
Balancei a cabeça tentando afastar aqueles pensamentos.
Meu tio reparou meu comportamento e falou:
– Tudo bem com você Ricardo?
– Sim. Só imaginei o quanto deve ter sido chato a separação. Viajei aqui na imaginação – menti.
– Deixa para lá. O importante é que eu voltei para a cidade. Estava sentindo muita falta daqui e de vocês. Seis anos afastados de todos. Foi muito bizarro da minha parte.
– Mas pelo menos você reapareceu e veio nos ver. Isso é o que importa.
– Sim – concordou sorridente.
Meu celular começou a vibrar no bolso, tirei e no visor vi que era meu patrão me ligando.
– Licença eu tenho que atender uma ligação do trabalho.
– Ah sim, fica à vontade, depois conversamos mais.
Saí do quarto e fui para o meu.
– Alô!
– Oi Ricardo, você pode falar agora ou estou atrapalhando?
– Posso falar sim.
– Eu estou aqui fora, na rua em frente ao portão da sua casa, você pode vir aqui?
Eu fiquei mudo.
Será que ele está me perseguindo? – Pensei.
– Ricardo?
– Oi. Eu vou aí, só um minuto.
Desliguei a chamada, saí do quarto, cheguei até a sala e vi que meu irmão não estava lá para xeretar minha vida. Fui até a cozinha e avisei meus pais que eu iria lá fora falar com meu patrão.
– A essa hora da noite Ricardo?
– Acho que ele quer me entregar algum documento urgente pai, não entendi direito na ligação – menti.
– Convida ele para jantar com a gente – sugeriu minha mãe.
Fiquei horrorizado mentalmente imaginando Fábio aceitando o convite, sentando à mesa conosco, e num certo momento dizer: “Fernanda, seu filho me beijou no trabalho, e eu correspondi, e nós quase transamos, mas ele foi muito tímido e saiu correndo”.
– Está bem mãe, vou falar para ele.
A rua estava bem iluminada.
Caminhei até o carro, ele abaixou a janela do lado do carona e disse:
– Entra aí!
Eu obedeci sem receios.
– Tudo bem com você? – Perguntou assim que me acomodei no banco.
– Tudo.
– Não vou tomar muito seu tempo. Vim pedir desculpas por ter passado dos limites com você mais cedo.
– Eu que peço. Eu avancei e te beijei. Eu nunca fiz algo tão impensado.
– Não. O erro foi meu Ricardo. Joguei para cima de você meu momento e permiti o espaço para misturar profissional com pessoal.
Fiquei calado diante daquela fala. Em parte, ele tinha razão.
– Você me desculpa por esse erro? – Ele perguntou me olhando de um jeito tão manhoso.
– Sim. Tudo bem... Mas,...
– O quê?
Olhei para o lado para tomar coragem em dizer o que estava pensando. Voltei meu olhar para ele, e falei:
– Não me arrependo do beijo que eu te dei.
Dessa vez foi ele que ficou em silêncio.
Na verdade, parte de mim se arrependia de ter dito aquilo a ele. Ainda mais por ter recentemente saído de um relacionamento...
– Eu também não me arrependo de ter retribuído, apesar do local não ter sido apropriado.
Eu sorri sem graça e tentei não manter meus olhos nos dele. Pensei em Miranda e no quanto ela ficaria com inveja daquela história. Decidi que contaria para ela antes de dormir.
– Ricardo você é bissexual?
– Não.
– Você me disse que tem uma namorada.
Eu queria ter mais tempo para explicar para ele, falar a verdade de forma mais clara, mas resolvi ser objetivo, e disse:
– Não tenho namorada, é só uma amiga que me ajuda a disfarçar, longa história. Eu sou gay mesmo, solteiro a propósito – e sorri.
Ele sorriu de volta, tirou o cinto de segurança, aproximou seu rosto do meu, pousou delicadamente sua mão direita em minha face e me beijou ardentemente. Com a outra mão ele pegou minha mão direita e levou até o volume da calça dele. Senti o pulsar do pau dele e meu tesão aumentou.
Depois do beijo eu falei:
– Minha mãe pediu para convidar você para o jantar.
– Obrigado pelo convite Ricardo. Agradeça ela por mim. Mas não estou bem para estar entre seus pais hoje. Posso não estar apresentando, mas ainda estou um pouco abalado com o término.
– Tudo bem. Então eu vou para dentro. Até amanhã!
– Até! Beijo.
– Beijo.

Durante o jantar conversamos sobre diversos assuntos. Meu pai falou da empresa dele, minha mãe de alguns casos no tribunal e eu sobre o colégio, minha “namorada” e o meu recente trabalho. O único que ficou mais calado à mesa foi meu irmão. Que logo deu um jeito de comer pouco e sair da mesa antes da sobremesa com a desculpa de que tinha que ir para o trabalho bem cedo no dia seguinte.
No momento da sobremesa – pudim com calda de chocolate –, meu tio contou algumas das suas desventuras financeiras que tivera em Curitiba onde morou anteriormente com a ex. Como perdeu dinheiro na tentativa de levar adiante um negócio próprio: uma adega de vinhos.
Após as sobremesas, fomos para a sala e ficamos lá por pouco tempo. Depois que meus pais foram dormir, eu virei para o meu tio e disse:
– Vou tomar um banho e dormir, tenho que ir para o colégio amanhã cedo.
– Já? Nem são onze da noite ainda.
– Onze horas tenho que estar na cama pra conseguir acordar cedo.
– Entendi. Tudo bem. Vai lá! Depois conversamos mais. Boa noite!
– Boa noite!

Tomei meu banho pensando em Fábio e na possibilidade futura de ir para a cama com ele. Saí do banho, peguei meu celular para colocar para despertar, e fui deitar. Dois minutos depois me lembrei de Miranda e resolvi ligar para ela, porém fui interrompido por meu tio que batia a porta bem de leve:
– Posso entrar? – Sussurrou ele do outro lado.
– Sim – sussurrei de volta rindo da situação.
Ele entrou e fechou a porta atrás de si.
A lâmpada do quarto estava apagada, porém a luz da noite entrava pela minha janela, o que não deixava o quarto totalmente escuro, apesar do pouco de frio que estava fazendo.
Meu tio veio até a minha cama e subiu nela como se fosse deitar ao meu lado e disse:
– Posso passar essa noite aqui com você?
Olhei para ele quase rindo e falei:
– Teve algum pesadelo criança?
– Não. É que eu não queria ficar lá sozinho no quarto e achei que você não se importaria com a minha presença no seu. Melhor do que pedir para o seu irmão que não vai com a minha cara.
Eu ri, ao imaginar ele fazendo a mesma coisa que acabara de fazer, porém com meu irmão, e o que teria acontecido.
– Tudo bem, fique à vontade. Aproveita que a minha cama é de casal, assim tem espaço suficiente para nós dois.
Ele estava com uma camiseta fina e de cueca box, por conta do frio, ele puxou a coberta para si e se ajeitou deitando ao meu lado direito.
– É por isso que gosto de você – e me puxou num abraço e deu um beijo na minha testa.
Naquele momento eu senti de forma mais intensa o calor dele. Era para ser um simples momento de afeto, mas de alguma forma eu estava sentindo outra coisa por ele. Talvez pelos anos sem contato com meu tio, eu estivesse sentindo essas coisas.
Temi ficar excitado, pois eu também estava só de cueca. Então desviei meus pensamentos para outro lugar.
– E a namorada quando vai me apresentar ela?
– Uai posso pedir para ela vir, com certeza ela vai adorar te conhecer pessoalmente. Já falei bastante a seu respeito para ela – respondi.
– Bem ou mal?
– Bem, claro.
– Ah bom... Preciso te confessar uma coisa.
– Diga.
– Eu to muito excitado – disse num sussurro ao meu ouvido.
Olhei para ele assustado e surpreso.
– Dá uma olhada na situação aqui embaixo – disse tirando a coberta de cima e deixando à mostra o volume por baixo da cueca.
Pelo que vi, julguei que o pau dele deveria ser grosso, grande, uns 20 centímetros para cima.
Ele voltou o cobertor para cima e me deu um murro em meu braço, de leve.
– Tudo bem aí?
– Tudo – respondi. – Só me pegou desprevenido com essa.
– Foi mal. Eu sou assim mesmo. Liga não.
Ele virou o corpo ficando de lado e disse:
– Você já ficou com alguém do mesmo sexo alguma vez?
Virei de lado também, ficando de frente para ele e um pouco assustado com o rumo da conversa. Pisquei algumas vezes para ter certeza se aquilo estava acontecendo mesmo.
– Se não quiser responder, tudo bem. Estou perguntando para te chocar um pouco, você parece muito sério. Tem que relaxar um pouco cara – ele acrescentou.
Pensei em contar para ele sobre eu ser gay, mas achei que não era o momento para isso.
– Sim, já fiquei – respondi.
– E gostou?
– Sim.
Ele sorriu.
– Danadinho... Beijaram de língua?
A pergunta dele me fez rememorar Fábio e aqueles grandes lábios macios e envolventes.
– Acho que sim, faz um tempo, nem lembro mais direito tio – menti.
– Por que você não me chama pelo meu nome?
– Foi mal Manoel.
– Isso aí bem melhor... Eu carrego a fama do melhor beijo. Sua mãe é testemunha disso.
– Melhor beijo?
– Sim. Eu já deixei várias garotas loucas por mim, principalmente por causa do meu beijo... Teve alguns garotos também na minha adolescência.
– Sério?
– Sério. Eu diria que sou bissexual, mas não gosto de rótulo. Sou mente aberta, entende?
– Sim... Mas, me fale mais sobre esse beijo, qual é o segredo? – Provoquei.
– Você quer mesmo saber?
– Quero – respondi firme.
Ele me encarou por alguns segundos, deu um sorriso sacana, colocou a mão direita nas minhas costas e me puxou para bem perto dele e me beijou.
Eu tentei me afastar, mais o tesão que estava me dominando desde o momento que ele deitou ao meu lado falou mais alto e eu cedi.
– O que achou? – Ele perguntou após o beijo.
Eu fiquei por um instante mudo.
O que eu fiz foi tão errado quanto o que minha mãe e meu irmão fizeram. O que eu estou fazendo? Será que foi assim que minha mãe e meu irmão começaram? Através de um beijo na boca? – Pensei preocupado.


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Ficha do conto

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Nome do conto:
Voltando às origens – Capítulo 4

Codigo do conto:
109365

Categoria:
Incesto

Data da Publicação:
22/11/2017

Quant.de Votos:
4

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