Naquela noite, deitado na cama, antes de dormir, eu pensei em como minha vida havia mudado desde o dia que vi minha mãe e meu irmão transando. Entrei nesse estado reflexivo por conta da conversa que tivera com Saulo horas atrás. Eu sabia que estava seguindo em frente, mas ainda não tinha certeza para onde estava indo. Parte de mim queria vingança ao que minha mãe, meu irmão, meu tio Manoel e até mesmo meu pai, fizeram a mim. Porém, eu ainda não fazia ideia de como me vingar. Contudo, eu não iria deixar essa ideia cair no esquecimento. Decidi que iria guardar esse sentimento comigo para usar quando a oportunidade aparecesse.
Quanto ao blog, não havia nada ao meu alcance a ser feito. O único detalhe que me incomodava era o fato de apenas o Bruno ter falado a respeito dele para mim. Porém, pensando pelo lado dos diversos comentários nos dois posts, havia mais pessoas acompanhando aquilo tudo. Enquanto não chegasse a um ponto que realmente me tirasse do sério, eu não ia ficar me preocupando tanto.
Fechei os olhos e deixei essas preocupações para trás, por aquela noite.
Na manhã seguinte, estava incutido observando o pessoal jogar futebol na aula de educação física daquela quinta-feira, quando João sentou ao meu lado e disse:
– Olá Rick!
Fiquei paralisado por alguns segundos. Ele me chamara pelo mesmo apelido que o cara do blog.
– Por que me chamou de Rick? – Perguntei.
– Achei bonito esse apelido. Você não gostou?
Ele só podia estar de curtição com a minha cara, pensei.
– Não quero ser mal educado. Mas, não temos tanta intimidade pra você me dar um apelido desses.
– Parece que alguém está nervoso hoje – ele retrucou.
Levantei da mureta onde estava sentado, dei as costas para João e ia me afastando quando o ouvi dizer:
– Brigue com o ilusionista.
– O que você disse? – Perguntei depois de me virar pra ele.
– Você entendeu meu caro Rick – e ele se afastou para rumo ao pessoal que estava jogando vôlei.
Quase fui atrás dele, mas decidi que iria pensar melhor a respeito daquilo antes de fazer qualquer coisa que acabasse sendo desnecessário.
Na aula seguinte, de Física, enquanto o professor Tiago falava sobre a matéria, lembrei-me da noite de terça-feira com ele e do momento em que me revelou a respeito do pedido de Marcos sobre sexo casual como teste entre Tiago e eu. Tive que sorrir ao relembrar disso, ao mesmo tempo em que reparei o quanto ele estava bonito naquela manhã.
Outra pessoa que provavelmente estava comendo ele com olhos seria Miranda. Ela ainda mantinha distância de mim e continuava me ignorando toda vez que eu passava perto dela.
Olhei para trás e reparei que Ramón estava sentado em uma carteira ao lado da carteira de Poliana. Senti um pouco de ciúmes, mas deixei para lá. A probabilidade deles se tornarem um casal de namorados estava ficando maior a cada dia. Não me surpreenderia se na semana seguinte chegassem a esse ponto. E isso acontecendo, com certeza Ramón deixaria de lado essa ideia de amizade colorida que colocara entre ele e eu.
Voltei minha atenção à aula e tentei me concentrar no conteúdo e não no professor, pois precisava tirar boa nota naquela matéria nas provas em Novembro...
Duas da tarde.
Eu estava no apartamento de Marcos, para pegar informações a respeito do meu primeiro cliente da carteira VIP que eu iria atender naquela tarde.
– O nome dele é James. Ele quer alguém para fazer sexo com ele – disse Marcos objetivamente. – Tudo bem pra você?
– Ele tem alguma exigência, ou algum fetiche específico?
– Não. Ele não disse nada a respeito. Nesse caso, fica a sua escolha no momento. Vai virar extra se ele propuser e você aceitar.
Olhei para a tela do computador de Marcos onde mostrava as fotos de perfil do cliente James. Fotos com roupa e também fotos dele nu.
– Então é normal os clientes Vip’s colocarem foto nu no álbum de seus perfis? – Perguntei.
– Nem todos colocam. São mais os que têm interesse realmente em apenas fazer sexo.
Faz sentido, pensei.
– Então, posso confirmar com o cliente? – Marcos perguntou. – É para hoje à tarde, às quatro horas. Ele vai pagar por uma hora.
– Pode confirmar – respondi.
Marcos ligou para o cliente e fechou o combinado.
– Pronto. Ele vai ficar no aguardo. Acredito que você vai gostar dele. Todos os garotos que já o atendeu, nunca reclamaram dele, apenas elogios.
– Ótimo! – Comentei.
– Você vai atualizar suas fotos em seu perfil? – Marcos perguntou.
– Tenho que colocar foto nu?
– Ajuda a aumentar o alcance, mas só se você quiser. Aquela sua sem camisa ficou muito boa.
– Vou pensar no assunto.
Marcos me dispensou e eu fui ao encontro do cliente James.
James me recebeu sem camisa e realmente era como nas fotos de perfil. Alto, físico de quem faz academia, mas sem os exageros nos músculos trabalhados. Pelos raspados no peitoral e o olhar de alguém gentil.
Foi com essa gentileza que ele me convidou a entrar em sua casa e ficar a vontade. Ele estava com uma bermuda curta que permitia ver as coxas torneadas e também perceber certo volume na virilha.
Havia apenas uma foto dele totalmente nu no site, e era de costas, mostrando a bunda. Tal foto quando a vi no computador de Marcos, me levou a concluir que ele fosse passivo. E, minha suspeita confirmou quando ele me disse, após se apresentar:
– Eu vou querer que você me coma!
– Tem alguma regra ou algo que está proibido durante o contato? – Perguntei, tentando disfarçar meu espanto com a direta dele.
– Não. Pode ficar a vontade, só não quero que me machuque – e colocou a mão sobre o pau por cima da bermuda. – Ah, e tem uma coisa que eu gosto muito.
– O quê?
– Que me chupe – e num movimento rápido ele baixou a bermuda revelando um pau enorme, bem ereto. Tão grande que me fez lembrar o pau do meu pai. A diferença é que o pau de James era evidentemente mais grosso que o do meu pai.
Aproveitei o momento, me aproximei dele e o beijei.
Os lábios dele eram tão macios que eu não queria mais parar de beijá-lo. Mas, não ficamos apenas no beijo. Explorar todo aquele corpo se tornou minha missão.
James me levou até seu quarto e lá ele tirou toda minha roupa e disse:
– Me coma agora!
O jeito que ele deu aquela ordem me deixou com mais vontade do que eu já estava.
Ele pegou a camisinha e colocou em meu pau. Depois ficou de 4 em cima da cama e eu fui atrás.
A cada estocada que eu dava, James soltava um gemido de quem estava gostando daquilo. O que me deixou mais empolgado para continuar.
Mudamos de posição várias vezes. Ele era praticamente insaciável.
O tesão estava tanto que eu senti que ia gozar antes do esperado. Porém, James acabou gozando antes de mim e eu gozei logo em seguida.
– Que delícia garoto! – Ele exclamou.
– Eu que o diga – comentei.
– Bora tomar uma ducha juntos antes que seu tempo acabe?
– Bora – respondi.
Meu próximo e último cliente daquele dia era Bernardo.
Ele parecia distante naquela tarde. Depois que entrei em seu apartamento, ele me disse para que eu ficasse a vontade e foi para seu quarto. Logo ouvi barulho de água caindo e deduzi que ele estivesse tomando banho.
Alguns minutos depois, ele apareceu na sala vestido com uma camiseta cavada um tanto justa em seu corpo, de cor rosa bebê e uma bermuda branca. No conjunto ele estava um tanto atraente juntando a barba por fazer e aqueles lábios bem rosados.
– O que você quer fazer? – Bernardo perguntou.
– Eu? O que você quiser.
– Sério! O que você quer fazer? Nós temos ainda duas horas e meia.
– Quais são as opções? – Resolvi perguntar.
– O que você quiser.
– Sorveteria – decidi.
– Ótimo! Então vamos a uma sorveteria. Vou colocar o tênis e em seguida iremos.
Minutos depois estávamos dentro do carro de Bernardo a caminho da sorveteria.
– Eu não sou solitário! – Afirmou Bernardo durante o trajeto.
– Alguém te chamou de solitário hoje?
– Sim. Um colega de trabalho. Só por causa de eu não me socializar muito com os demais colegas. Não participar dos eventos da empresa, festas, essas coisas. Raramente eu vou a alguma coisa dessa natureza.
– Você está incomodado com isso?... Desculpe, fiz uma pergunta pessoal.
– Tudo bem. Pode ficar a vontade.
– E a regra?
– Vou modificá-la. Você pode fazer perguntas pessoais, porém só vou responder as que eu quiser.
– Justo!
– Até porque eu não estou incomodado. Apenas conversando com você sobre isso.
– Entendi.
– Mas, eu não sou solitário. Eu tenho você três vezes por semana, por exemplo.
Sorri.
Chegamos à sorveteria, escolhemos nossos sorvetes e fomos para uma mesa.
– Você me acha solitário? – Bernardo perguntou.
Então esse seria o assunto do dia, pensei.
Após engolir o sorvete que havia levado à boca, respondi:
– Não te conheço o suficiente para responder essa pergunta.
– Uau! Ótima resposta. Você realmente é um garoto inteligente.
– Obrigado – e me segurei para não revirar os olhos.
Ficamos calados o restante do tempo até terminarmos nossos sorvetes.
Bernardo pagou a conta, depois virou para mim e perguntou:
– O que sugere para fazermos agora?
Definitivamente não estava reconhecendo Bernardo, ou aquele era um lado bem diferente dele com o qual estava lidando.
– Já que você não diz nada, bora voltar e assistir um filme na sala de casa – disse Bernardo por fim.
E assim fizemos.
Observei Vinícius e Ramón no sofá da sala assim que entrei na sala. Ramón estava deitado com a cabeça no colo do pai.
– E aí Ricardo vem assistir esse programa com a gente, está muito bom – convidou Vinícius.
Sentei no outro sofá e tentei acompanhar o programa.
– Eles estão tentando ganhar o prêmio máximo em dinheiro, mas só quem não errar nenhuma pergunta até o final – expos Ramón apontando para a tela da TV.
– Parece interessante – comentei.
– Ah, seus móveis foram entregues todos hoje – informou Vinícius. – Eu os recebi, sabia que você estava no trabalho e que não daria pra se deslocar até lá.
– Que bom! Obrigado.
– Meu pai nem avisou. Quis fazer tudo sozinho – resmungou Ramón.
– Mentira! Eu liguei e você não atendeu o celular – retrucou Vinícius.
– Estava dormindo, senhor.
– Então não reclame, senhor.
Aquela brincadeira entre os dois me fez sorrir. Era divertido ver a dinâmica entre eles. Pareciam mais dois amigos do que pai e filho.
No momento do comercial, Ramón me perguntou:
– Você vai se mudar amanhã ou quer deixar pra sábado?
– Tanto faz. É pouca coisa, eu posso levar de táxi a qualquer momento.
– Então deixa pra sábado, após o colégio. Aí nós podemos aproveitar a noite de amanhã juntos. Não é pai? – Disse Ramón.
– Por mim tudo bem. Eu ia sugerir algo do tipo mesmo. A gente compra um monte de besteiras, coloca uns filmes pra assistir aqui na sala – Vinícius respondeu.
– Eu topo! – Falei.
– Oba! – Gritou Ramón enquanto levantava de uma vez do colo do pai o assustando.
– Depois que eu sofrer um infarto, não venha chorar – brincou Vinícius.
– Dramático!
– Dramático? Quero ver quem é o dramático aqui! – E o atacou com cócegas.
Ramón tentava desvencilhar do pai, mas Vinícius estava se mostrando mais forte.
Resolvi entrar na brincadeira e disse:
– Ei, para com isso Vinícius. Se não ele vai acabar mijando aí – e ri.
– Ahhhh! Alguém quer proteger o amigo?
Num salto, Vinícius saiu de cima do filho e veio para o meu lado. Eu tentei sair do alcance dele, mas não deu certo, e fui atacado por suas cócegas.
– Socorro Ramón, me salva!
– Nem! Eu vou ao banheiro mijar – e saiu correndo dando gargalhada.
Vinícius fez mais um pouco de cócegas e depois parou fixando seus olhos nos meus.
– Trégua! – Pedi.
– Tudo bem. Eu já ia parar mesmo – e sentou.
Ajeitei-me no sofá e disse:
– Vou sentir falta daqui. Acho que principalmente por ter me sentido acolhido.
– Você vai ser sempre bem vindo, independente do que aconteça.
– Promete?
Vinícius me abraçou e disse ao meu ouvido:
– Prometo!
Senti muita vontade de beijar Vinícius, mas o risco de Ramón nos pegar no ato era muito alto.
As aulas naquela sexta estavam fracas. Parecera que a professora de Biologia e a professora de Matemática haviam combinado entre si que iriam dar as aulas mais tediosas daquela manhã.
As duas últimas aulas com o professor Gabriel foram um pouco mais animadas. Mas, não o suficiente para me animar. E, pensando bem, meu estado de espirito não eram por conta das aulas daquele dia, mas pelo fato de que a partir do dia seguinte eu iria morar sozinho.
– Vai mesmo daqui direto para o trabalho? – Questionou Ramón assim que a aula acabou.
– Sim. Meu patrão pediu pra eu entrar mais cedo hoje. Mas, até às sete da noite eu chego. Vamos ter bastante tempo – respondi.
Ramón assentiu e nos afastamos cada um para seu destino.
– É um casal. – Disse Marcos após eu me acomodar em seu sofá. – Eles querem um rapaz para fazer sexo a três.
Miranda uma vez me contara que participara de um momento de sexo a três, ela e mais dois caras. Para ela, a experiência tinha sido boa. Agora, seria a minha vez, caso eu aceitasse aquela proposta. E o melhor, não seria de graça.
– O que me diz? – Marcos perguntou.
– Posso ver fotos deles antes de responder sua pergunta?
– Claro!
Marcos digitou no teclado do computador e depois virou a tela para mim.
– Aí estão eles!
As fotos dos dois juntos no perfil eram bem convidativas. A maioria delas com eles de cueca. Um era mais magro e o outro aparentemente mais gordinho.
– Robson e Cléber os nomes deles – informou Marcos. – São um dos casais mais famosos da carteira VIP.
– Eu aceito – respondi.
Marcos sorriu. Obviamente pelo motivo que aquilo era mais dinheiro para o bolso dele. O que não deixava de ser mais dinheiro para o meu bolso também.
– Vou ligar para o cliente e em seguida para a central de táxi para te buscar aqui e levar até a casa deles.
– Tudo bem.
– Enquanto isso pode ficar a vontade. Tem comida na cozinha. Eu pedi para nós dois.
Após o almoço na casa de Marcos, eu tomei um banho e vesti uma peça de roupa que Marcos me arranjou e fui de encontro ao táxi que já estava me esperando do lado de fora do edifício.
– Ele não é uma graça ao vivo? Nem parece que tem dezoito anos – comentou Robson para o companheiro logo após me acomodarem em sua sala de estar.
– Sem roupa então... – disse Cléber.
Então Cléber era o mais safado dos dois, pensei.
– Nós dois somos versáteis, então vamos poder os três ficar a vontade – disse Robson para mim.
– Vocês são um casal ou apenas dois amigos? – Perguntei.
– Somos um casal. Estamos juntos há três anos – respondeu Robson.
– Já fez sexo a três antes? – Perguntou Cléber.
– Não. – Eu respondi.
Os dois estavam sentados de frente para mim no outro sofá. No momento seguinte, cada um deles sentou ao meu lado. Robson ao meu lado direito e Cléber ao meu lado esquerdo.
– Não há ciúmes entre nós dois – disse Robson enquanto dedilhava os dedos pelo meu braço direito. – Cléber e eu temos um relacionamento em aberto.
– E se em algum momento você não curtir, pode pedir para parar – completou Cléber.
– Estou de acordo – disse para eles.
Então, Robson me puxou para um delicioso beijo na boca, enquanto Cléber beijava minha nuca.
Fiquei excitado muito rápido, aqueles dois estavam sendo bem quentes.
Em questão de minutos, já estávamos os três apenas de cuecas e bem excitados.
– Vamos ficar de pé! – Convidou Robson.
Nós três levantamos, e voltamos às carícias. Desta vez Cléber e eu passamos a nos beijar e Robson a percorrer meu corpo com as mãos, descendo minha cueca e em seguida a dele, pois logo senti seu pau tocar minha bunda.
– Você é muito delicioso garoto – comentou Robson.
– Concordo totalmente – disse Cléber.
Depois que Cléber também tirou a cueca, ambos me levaram para o quarto deles, e continuamos o ato lá.
Colocaram-me de joelhos e aproximaram seus paus rumo a minha boca. Mamei os dois intensamente. Um mais gostoso que o outro.
Após alguns beijos, amassos, lambidas, chupadas e outras coisas mais, Robson pegou camisinha e veio por trás para me comer. Assim que ele enfiou, Cléber passou a chupar meu pau. Depois eles trocaram de lugar, e eu só queria que continuassem por mais tempo, porque estava bom demais.
Assim que eles gozaram, foi a minha vez. Eles fizeram questão de se lambuzarem com meu gozo. Eu nunca tinha visto um casal tão pervertido quanto eles...
Meu último cliente daquela sexta-feira era Saulo. Cheguei a casa dele no horário, a tempo de ver a esposa dele saindo para seu compromisso de duas horas.
– Como sempre no horário – ela me disse. – Ele está na sala – e se despediu.
– Cada vez eu sinto menos falta dela – comentou Saulo a mim assim que adentrei a sala.
– Isso é ruim? – Perguntei.
– Não sei. Não parei para pensar a respeito. Mas, se tratando de casamento, acredito que seja.
Acomodei-me no sofá.
– Você parece preocupado – Saulo disse.
– Nada demais.
– Certeza?
– Sim.
Saulo veio com a cadeira de rodas até mim, e parou na minha frente.
– Você está mais bonito que nos outros dias.
Deve ser porque fiz sexo hoje, pensei em responder.
– Obrigado – falei.
– Pensei em tomarmos um lanche juntos e depois você me dar um banho, o que acha?
– Por mim tudo bem – respondi.
Fiz dois sanduiches com o que tinha na geladeira dele. Peguei uma garrafa de refrigerante e enchi dois copos.
Enquanto tomávamos nossos lanches, eu fiquei pensando em como seria minha última noite com Ramón e Vinícius mais tarde.
– O que você acha de mim? – Perguntou Saulo.
– Sei lá. Você me parece um cara simpático. Sua companhia é agradável. Não tenho do que reclamar. Mas, porque me perguntou isso?
– Só por curiosidade mesmo.
Recolhi nossos pratos e copos e levei até a pia para lavar.
– Não precisa lavar – disse Saulo.
– Relaxa. Tudo bem pra mim.
Após as louças, acompanhei Saulo até o banheiro.
Desta vez ele estava bem excitado.
– Você está me olhando de um jeito parecido como da primeira vez que nós entramos aqui.
– Talvez. – E sorri. – Vamos tomar o banho.
– Banha comigo dessa vez. Cabem até três pessoas nessa banheira.
– Você é persistente.
– Um pouco.
– Penso que uma hora você vai ceder.
– Eu já penso que foi por esse motivo que sua esposa se apaixonou por você – devolvi.
– Você é sagaz!
Sorri outra vez e me coloquei a ensaboa-lo.
Instante depois, totalmente vestido, Saulo me disse:
– Sua companhia também é agradável para mim. No primeiro dia eu achei que você seria um pé no saco, mas eu me enganei.
– Eu também achei a mesma coisa de você, sendo sincero.
– Não tenho dúvida. Eu fui mesmo, no primeiro instante te tratando daquele jeito.
– Sim. Mas, ao fim, deu tudo certo.
– Deu... Olha, se você precisar de alguma coisa que esteja ao meu alcance, pode contar comigo Ricardo.
– Obrigado Saulo.
– Por nada. E, desculpe minha insistência hoje. Minha mulher anda cada vez mais distante, até mesmo na cama, se é que me entende.
– Foda!
– Sim. Mas, uma hora as coisas melhoram né?
– Eu torço pra que sim – e me abaixei pra dar um beijo em seu rosto.
– Viu? Aos poucos você está cedendo – Saulo comentou divertidamente.
– Só foi um gesto carinhoso. Não fique se achando – e me posicionei atrás de sua cadeira de rodas para conduzi-lo até a sala.
– Pode confessar que você está se apaixonando por mim. Vai!
– Com certeza! Estou caidinho de amor por você – e ri.
Saulo também riu.
Liguei a TV e coloquei em um canal de desenhos para esperar dar a hora de ir embora.
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Olá pessoal!
Desculpem a demora para postar esse próximo capítulo. Eu quase não tive tempo durante esses dias que passaram pra poder dar continuidade. Mas prometo que agora vou voltar a ser assíduo nas postagens. Até porque tem muita agua pra rolar ainda nessa história e já dando uma adiantada, teremos uma continuação dela em um próximo livro, assim que esse chegar ao último capítulo. Obrigado a todos que tem acompanhado a história e deixado seus comentários. Obrigado aqueles também que tem enviado mensagens pedindo a continuação da história.
Abraços a todos e até o próximo capítulo!
Não esquece da gente e posta mais... não demore muito, estamos ansiosos!!!!
ACHEI QUE VC TINHA MORRIDO KKKK BRINCADEIRA. MEIO FRACO A DE HJ ... TENS QUE POSTAR MAIS PERTO UM CAPITULO DO OUTRO POIS ESQUECEMOS A HISTORIA