Voltando às origens – Capítulo 13

        Após o beijo, Ramón e eu conversamos um pouco sobre o que ele estava sentindo no momento a respeito da visita do tio. Era nítida a raiva contida dentro dele.
        Alguns minutos depois, Ramón foi o primeiro a pegar no sono. Me desejou boa noite, virou para o outro lado e dormiu.
Confesso que demorei a pegar no sono. Já fantasiara algumas vezes com o beijo de Ramón, mas nunca passara pela minha cabeça que ele me beijaria na realidade.
Em algum momento da madrugada tive um sonho, e nele eu via Ramón despir as roupas até ficar totalmente nu enquanto eu me masturbava olhando para ele.
Ainda no sonho, meu movimento seguinte foi ir até Ramón, mas fui interrompido pelo barulho do despertador.
        – Quero dormir mais – resmungou Ramón enquanto desligava o despertador.
        – Bom dia – disse para ele, ainda um tanto sonolento.
        – Bom dia! Vamos suar?
        No primeiro instante eu achei que era um convite para sexo, mas a ficha caiu, ele estava se referindo à aula de Educação Física, no primeiro horário.
        – Vamos – respondi, levantei da cama e fui caminhando rumo a porta do quarto.
        – Onde você vai?
        – Tomar um banho.
        – Pode usar o meu box.
        – Muita intimidade – retruquei.
        – Mais do que o beijo que te dei ontem? – Ele devolveu.
        – Então você realmente me beijou...
        – Não se faça de bobo – disse Ramón e saiu da cama, ficando de pé perto de mim. – Teve um significado em particular.
        – Sim. Você disse que foi em agradecimento.
        – Disse. Só que é mais do que isso – e foi caminhando para banheiro. – Me acompanhe – ele pediu.
        Enquanto Ramón descia a bermuda e a cueca para mijar, disse:
        – Quando eu era criança meu pai sempre me dava um beijo rápido na boca, assim como dei em você. Ele dizia que significava o quanto ele gostava de mim.
        Eu estava ouvindo Ramón, mas parte da minha concentração estava em seu pau meio bomba ali, bem diante dos meus olhos.
        – Nunca tive isso com meu pai. O máximo que eu ganhava dele era um abraço, mas bem raramente – comentei.
        – Então seu pai não é tão afetuoso quanto o meu – retrucou Ramón enquanto balançava seu pau, expulsando as últimas gotas de seu mijo. – Hoje em dia meu pai não me dá mais esses beijos, não na mesma frequência de quando eu era mais novo.
        – É tão natural assim?
        – Sim. Nunca houve malícia. Acho que este é mais um motivo pelo qual eu não conto aos meus pais o que meu tio fez comigo no passado. Não quero que meus pais fiquem estranhos comigo. Principalmente meu pai – e tirou toda a roupa. – Bora banhar?
        – Juntos? – Perguntei intrigado.
        – Sim. Quero chegar mais cedo no colégio.
        – Acho melhor eu ir no outro banheiro mesmo – e fui dando as costas, mas não alcancei a saída, pois, Ramón pegou em meu braço e disse:
        – Larga de bobeira. Se tiver com vergonha por estar excitado, não precisa ficar.
        – Não é isso. É que pode estragar nossa amizade.
        – Eu duvido. Você não vai avançar em mim, só vamos tomar banho na boa que nem no colégio, após as aulas de educação física. A diferença é que estamos só os dois no meu banheiro.
        – Tudo bem – cedi e tirei toda minha roupa.
        Ramón foi para debaixo do chuveiro e o ligou.
        – Você vai gostar de conhecer meus pais, principalmente meu pai. Ele é muito divertido – comentou Ramón enquanto deixava a água cair em seu corpo.
        Realmente eu estava excitado, não tinha como não ficar com Ramón nu a poucos centímetros de distância.
        – Sei lá. Você já falou com seus pais sobre eu estar aqui? – Perguntei.
        – Ainda não.
        – Por que não? – Pergunto no instante que vou para debaixo do chuveiro, após Ramón ter saído para ensaboar o corpo.
        – Penso em fazer uma surpresa.
        – E se eles não gostarem de nada disso?
        – Relaxa. Conheço meus pais. Você vai ver que vai ser muito de boa.
        Sorri para ele enquanto me desejava boa sorte mentalmente, antecipadamente.
        

        

        Uma hora depois, já estávamos na quadra de esportes. Ramón jogando futebol e do outro lado alguns jogavam vôlei.
        Eu decidi ver o jogo de futebol e torcer pelo time em que Ramón estava jogando. Em alguns momentos ele lançava um olhar para mim com aquele sorrisão no rosto, me causando sensações boas por dentro misturadas com euforia. Talvez no jeito dele, ele estivesse tentando colorir essa amizade, e eu estava torcendo para que isso se tornasse realidade, apesar da pouca chance.
        – É impressão minha ou está rolando um clima entre você e o Ramón? – Perguntou João após se aproximar de mim.
        – Não é um clima. É amizade. Além do mais ele curte meninas – respondi evitando olhar para ele.
        – Então você não nega que é gay?
        Revirei os olhos.
        – Já entendi. Vou deixar você em paz – e se afastou de mim.
        Depois que João se foi, percebi uma coisa: Ramón não estava lançando olhares para mim, e sim para uma garota da nossa sala, Poliana, que estava um pouco mais adiante do meu lado direito.
        Após essa percepção acabei me afastando dali e fui jogar vôlei.

        Na aula seguinte, de Redação, o professor Gabriel nos colocou para criar um texto valendo nota, 2 pontos, com tema livre.
        O meu texto saiu uma merda, eu acabei nem entregando.
        No intervalo passei por Miranda que fingiu nem me notar, e eu fiz o mesmo.
        Depois do intervalo foi o momento da prova de História. O professor Leonardo estava com um perfume muito bom, inebriante que pude sentir muito bem quando ele passou por mim entregando-me a prova. Senti uma vontade imensa de ir para a cama com ele nesse momento ou era a abstinência falando mais alto.
        Enquanto fiz a prova, dividi minha atenção entre responder as perguntas e imaginar o professor Leonardo e eu em cima de uma cama.
        Leonardo ficou o tempo todo nos observando atentamente. Ele era o professor mais exigente quanto a observar quem pudesse estar colando em suas provas. Lembro que no primeiro bimestre eu tentei passar uma cola de 3 questões da prova para Miranda e quase que nós dois fomos pegos.
        Entreguei a prova um tempo depois e fui para fora, aguardar Ramón.

        

        – Tudo bem você ficar algumas horas sem mim? – Perguntou Ramón assim que ele parou o carro em frente à sua casa.
        – Aonde você vai? – Perguntei enquanto tirava o cinto de segurança.
        – Vou almoçar com a Poliana – ele respondeu, e deu a partida no carro.
        – Ah sim – e senti aquele sentimento de ciúmes dentro de mim. Mesmo não fazendo sentido sentir. – Eu me viro até você voltar.
        Com a chave que Ramón me passou abri o portão assim que chegamos a casa dele, eu entrei e ele se foi.
        Assim que alcancei a sala fui surpreendido pelo primo de Ramón que me deu um baita susto.
        – Você assusta fácil – disse Alex.
        – Não faça mais isso – devolvi, dizendo bem sério.
        – Foi mal. Cadê o Ramón?
        – Foi resolver algo do colégio – menti. – E o seu pai onde está?
        – Deu uma saída agora a pouco.
        Alex estava sem camisa e com uma bermuda curtíssima, o que me deixou atiçado só de olhar.
        Quando ele sentou largadamente no sofá, pude notar que ele estava sem cueca. O volume ficou evidente.
        Ele ligou a TV e colocou em um canal qualquer.
        – Então você e o meu primo estão juntos, tipo namorando? – Alex perguntou sem rodeios.
        – Não! Ele é hétero.
        – Entendi – e voltou o olhar para a TV.
        Eu caminhei até o quarto, larguei a mochila lá e depois decidi ir para a piscina. Precisava pensar melhor a respeito de uma ideia que estava tomando a minha mente desde o momento que terminara a prova de história.
        – Aonde vai? – Perguntou Alex, quando passei pela sala.
        – Ficar um pouco na beira da piscina – respondi e fui para fora.

        – Posso te fazer companhia? – Alex me perguntou instantes após eu sentar à beira da piscina, com meus pés tocando a água.
        – Fica à vontade.
        Alex sentou bem ao meu lado, quase encostando seu corpo ao meu.
        – Namorando, solteiro ou enrolado?
        – Solteiro – respondi, encarando a piscina.
        – Bacana. Então se eu te roubar um beijo não vou ter problemas?
        Franzi o cenho, mas continuei olhando para a piscina.
        – Eu sei que você curte – ele insistiu. – Ficou excitado quando entramos na piscina ontem, eu e depois meu pai. E teve o outro momento quando eu fui examinar a virilha do meu pai. Vai negar?
        – O que você quer de mim? – Perguntei o encarando.
        – A mesma coisa que você quer de mim. A diferença é que eu tomei atitude e dei o primeiro passo.
        Por um lado, Alex estava certo, eu estava a fim de ficar com ele, ainda mais depois de Ramón ter saído atrás da Poliana, seria uma forma de lidar com a frustração da expectativa que havia criado, ao imaginar que Ramón e eu teríamos no mínimo, uma amizade colorida.
        – Qual a sua idade? – Perguntei.
        – Fiz vinte e cinco este ano. Sou mais velho o suficiente para você ou prefere alguém tipo o meu pai?
        Alex estava sentado perto o suficiente para que eu conseguisse sentir seu hálito. Tinha cheiro de menta.
        Voltei meu olhar para a piscina.
        Meu plano estava quase completo, eu só precisava fazer uma ligação para confirmar e depois chamar um Uber.
        – Você é menor de idade? – Ele perguntou.
        – Se eu for, e daí? – Devolvi.
        – Se você for de menor, eu já peço desculpas pelas insinuações, vou para dentro e te deixo em paz.
        Tornei a olhar para Alex, e, aparentemente, ele parecia estar sendo sincero.
        Resolvi dar o benefício da dúvida, e disse:
        – Eu tenho dezoito anos de idade. E sim, achei você atraente desde que te vi ontem.
        Ele abriu um sorriso enorme que me lembrou o sorriso de Ramón.
        – Obrigado – ele disse, e me deu um tapa de leve em minhas costas.
        Apesar da história do estupro que Ramón me contara, de fato meu interesse era mais no corpo do pai de Alex do que em Alex.
        Mesmo assim, deixei me levar pelo momento, virei para ele e o beijei. E, como eu já desconfiava, ele retribuiu de imediato. Alex beijava muito bem, não tinha como negar.
        Ele tirou a minha camiseta e elogiou meu corpo. Sorri e o puxei novamente para outro beijo. Nesse momento ouvi o portão ser acionado para abrir.
Se fosse Ramón, seria ótimo para mostrar para ele que eu não gostara dele me envolver do jeito que estava me envolvendo e depois se jogar nos braços da Poliana. Se fosse o pai de Alex, seria divertido ver qual seria a reação dele ao ver seu filho naquela intimidade comigo.
        – Ah, começaram sem mim – disse Wilson assim que desceu do carro.
        – Acabamos de começar – disse Alex, após olhar para o rumo do pai.
        – Vem aqui me ajudar, Ricardo – pediu Wilson, e na hora eu entendi o que ele queria.
        Me levantei, fui até ele e o ajudei a tirar toda a roupa.
        Em seguida ele tomou meu rosto com suas mãos e me deu aquele beijo de língua bem envolvente, me deixando bem mais excitado do que eu já estava.
        No instante seguinte, senti Alex me cercando por trás, encostando seu pau já bem duro em minha bunda e beijando meu pescoço.
        A sensação de sentir os dois ao mesmo tempo me desejando era totalmente inebriante... Só que não!
        Assim que ouvimos o barulho da abertura do portão iniciar, Alex parou de me beijar e se jogou na piscina.
        Olhei para o rumo do portão e vi que o carro que entrava era o de Wilson. Permaneci onde estava até que ele estacionou, acionou o portão para fechar e desceu do carro.
        – Boa tarde, Ricardo.
        – Boa – disse de volta.
        – Tomando um bronzeado?
        – Na verdade, não. Sentei aqui para pensar um pouco na vida.
        – Profundo!
        – Gostaria de pedir um favor – disse enquanto me levantava.
        – Até dois... E aí filho, de boa aí a piscina?
        – Está ótima, pai. Depois vem para cá.
        – Já, já... O que você precisa?
        – Preciso de uma carona até uma empresa.
        – Tem que ser agora?
        – Se for possível. Se não, eu chamo um Uber.
        – Eu te levo. Pode deixar. Pode entrar aí no carro, só vou tomar um pouco de água e já volto.
        – Tranquilo, eu tenho que colocar um calçado.
        Entramos na casa, e enquanto fui calçar meu tênis, liguei para aquele número que eu sabia de cor e salteado e disse para a secretária que me atendeu, que eu precisava falar com Gustavo pessoalmente. Ela me perguntou quem desejava, e eu disse que era o filho dele, Ricardo. Ela pediu um momento e depois ao retornar, disse que meu pai estava em reunião, mas que poderia falar comigo dali a meia hora. Eu agradeci e disse que em meia hora estaria lá.
        – Ricardo, vamos! – Escutei Wilson me chamar.
        – Estou indo – gritei de volta.
        Durante o trajeto, Wilson tentou puxar assunto comigo, falando sobre carros e mulheres. Eu tentei acompanhar o papo dele, mas estava muito chato.
        – Não é a sua praia né? – Ele perguntou.
        – O quê? Mulheres? – Me fiz de desentendido.
        – Isso.
        – Talvez. E a sua?
        – O que cair na rede é peixe.
        Revirei os olhos.
        Quando chegamos em frente a empresa do meu pai, eu agradeci a carona dando um beijo no rosto dele, o deixando intrigado com a minha atitude, mal sabendo ele que o estava testando desde o momento em que pedira carona. Era minha forma de sondar se o que Ramón me contara a respeito dele era de fato verdade, ou se inventara toda a história do estupro.
        – Boa sorte aí com seja lá o que você for fazer – disse Wilson para mim.
        – Muito obrigado – agradeci e saí do carro.


        

        Entrei e me bateu aquela nostalgia.
        Já visitara aquele lugar várias vezes acompanhado do meu pai. Ele tinha orgulho de me levar ali, e apostava que um dia eu trabalharia com ele ali, mas pelo andar da carruagem, esse sonho não se cumpriria tão cedo.
        – O que você está fazendo aqui? – Ele me perguntou assim que cheguei na recepção.
        – Preciso conversar com o senhor.
        Eu sabia que ele não faria um escândalo na frente dos funcionários, então havia criado a situação perfeita para conseguir a atenção dele.
        – Lá fora, por favor.
        – Gostaria que fosse em seu escritório, pai – pedi.
        Se ele me levasse para o lado de fora, as chances de não me escutar seriam bem maiores. Pois, ele faria questão de me mandar embora.
        Ele fez sinal para que eu o acompanhasse.
        Assim que passei pela porta do escritório dele, ele fechou a porta e disse:
        – Você não imagina o ódio que estou sentindo de você por manchar o nome da nossa família.
        – Não manchei nome nenhum – retruquei.
        – Aos meus olhos, sim. Eu te admirava, Ricardo.
        – E agora não me admira mais?
        – Como admirar alguém que teve a falta de vergonha na cara em ter relações sexuais com o próprio tio?
        – A história não foi bem assim – retruquei.
        – Não tem como você contestar o que foi mostrado naquele vídeo. Aquilo aconteceu e não foi uma montagem.
        Aquela conversa seria uma perda de tempo.
        Em nenhum momento ele demonstrou qualquer preocupação por mim, nem ao menos perguntou como eu estava me virando.
        – Então o que eu fiz me condena totalmente? A ponto de você me expulsar até mesmo da sua vida?
        – O que você acha? – Ele me devolveu.
        – Eu acho que como meu pai, poderia me dar o espaço para eu contar o que você não sabe dessa história toda. Não como forma de me absolver, mas sim para entender como as coisas aconteceram. E, entender, que ter me expulso de casa, foi radical demais, já que sou seu filho e nunca te faltei com respeito. E, que o fato de estar aqui diante do senhor depois de tudo, prova que estou arrependido do que fiz e acrescento que gostaria de ter meu pai de volta – e me segurei para não chorar naquele momento.
        – Eu não acredito em você! – Disse de uma vez, num tom de voz bem audível.
        Ouvir aquilo foi pior do que o soco que ele me dera na semana passada.
        – E o nosso vínculo? – Insisti.
        – Você o destruiu naquele mesmo dia, não percebeu?
        – Poxa, pai. Ninguém é perfeito. Eu só estou pedindo que me compreenda.
        – Te compreender? Você lembra de ter acusado sua mãe e seu irmão de estarem transando um com o outro?
        Fiquei calado.
        Eu não tinha provas para mostrar para ele. Minha palavra não bastava, seria uma rua sem saída.
        – Pode parecer muito estranho – ele prosseguiu. – Mas, não consigo nem te amar e nem te ver mais como meu filho. E, gostaria muito que fosse embora daqui e não tornasse mais a aparecer diante de mim.
        Literalmente fiquei sem palavras.
        Ele não estava brincando. Tudo indicava que havia falado sério cada palavra.
        Não havia mais espaço ali para mim. O restante que restara do mundo que eu conhecia envolvendo meu pai acabara de ruir.
        Olhei para ele na esperança de que ele mudasse de ideia, ou ao menos, se mostrasse arrependido das coisas que acabara de dizer. Mas, não. Ele estava se mostrando firme e decidido.
        – Desculpe ter tomado seu tempo – me esforcei em falar sem chorar, dei as costas e saí.
        Não houve mais nada, ele não veio atrás de mim e nem gritou meu nome, era o fim.
        Assim que alcancei a porta de saída comecei a correr sem rumo, até que quase sem fôlego, parei em frente a uma livraria.
        Peguei o celular e liguei para Ramón, mas caiu direto na caixa postal.
        Provavelmente ele estava transando com Poliana naquele momento, o que me deixou puto só de imaginar.
        Ele não deveria ter me beijado e nem ter ficado totalmente nu e me forçado a tomar banho com ele. Se nada disso tivesse acontecido, eu estaria na minha, na boa.
        Eu precisava de alguém, a rejeição do meu pai estava doendo pra caramba. Então uma ideia começou a brotar em minha mente.
        Chamei um Uber com destino para a casa de Ramón.
        Assim que entrei, passei que nem um furacão pela sala e fui direto para o quarto.
        Minutos depois ouço bater à porta.
        – Posso entrar? – Perguntou Wilson.
        Era exatamente dele que eu precisava. Se tudo desse certo eu ia ter o que eu queria mais tarde.
        – Pode entrar, está aberto – falei.
        Eu estava deitado na cama quando Wilson entrou.
        – Tudo bem com você? – Ele perguntou.
        – Não. – Respondi.
        – Posso me aproximar? – Ele pediu.
        – Sim.
        Wilson chegou perto da cama e permaneceu em pé.
        – O que aconteceu?
        Sentei na cama, e respondi:
        – Fui pedir desculpas para alguém lá onde você me deixou, mas não deu certo, foi uma droga! – E abaixei a cabeça segurando o boneco que ganhara do meu irmão.
        Wilson sentou na cama e disse:
        – Quer me contar como foi?
        – Não quero te incomodar com isso – respondi após levantar a cabeça e limpar as lágrimas dos olhos. – Você tem seus problemas para lidar como qualquer outra pessoa...
        – Isso não me impede de fazer alguma coisa por você – disse me interrompendo.
        – E por que está se preocupando comigo? Somos praticamente estranhos um para o outro – rebati.
        – Pode ser, mas mesmo assim isso não impede de te dar apoio. Eu posso fazer algo que vai te deixar animado.
        – O quê?
        – Venha comigo.
        Eu o segui levando comigo o boneco.
        Quando chegamos a sala, vi Alex esparramado no sofá, cochilando, sem camisa e só de cueca.
        Perfeito – pensei.
        Coloquei o boneco ao lado da Tv, numa posição estratégica, e virando para Wilson, perguntei sussurrando:
        – Você vai acordá-lo?
        Ao invés de me responder, ele caminhou até o filho e começou a passear com a mão esquerda pelo corpo nu dele até chegar a cueca.
        Uma vez lá, ele enterrou a mão por debaixo da cueca do filho, e foi nesse momento que Alex acordou.
        – Pai!
        – Oi filho. Bora brincar? Temos companhia – disse indicando a mim com o olhar.
        Alex olhou para mim e sorriu.
        – Dois é bom, três é melhor – e se ergueu, sentando no sofá.
        Wilson sentou ao lado do filho e me convidou com um gesto de mão para sentar ao lado dele.
        – Ele está tímido, pai – disse Alex. – Vamos começar nós dois, e depois ele entra na brincadeira. Bom que ele fica de voyeur.
        – Concordo – disse Wilson, e em seguida passou a beijar o próprio filho na boca, intensamente.
        Toda aquela cena parecia surreal para mim. E se tornou mais surreal quando os dois ficaram de pé e um tirou o que restava da roupa do outro, ficando ambos, totalmente nus e excitados.
        A essa altura eu estava excitado também. Tão excitado que o volume do meu pau estava descaradamente visível.
        Eles estavam sexys demais sem roupa. Eu não ia conseguir ficar muito tempo ali parado só olhando. Mas, tinha que resistir.
        Em certo momento, Wilson deslizou a língua até o pau do filho e começou a chupa-lo com muita vontade.
        O que eu desconfiava a respeito deles estava exposto a minha frente naquele momento. E eu só precisava de mais alguns minutos de resistência, pois, minha vontade de participar com eles daquilo estava só aumentando. Ainda mais quando foi a vez de Alex chupar o pai. Eu queria estar no lugar dele naquele momento, sentindo cada centímetro daquele pau na minha boca...
        – Pai, vamos fazer aquela parte, ele não vai resistir.
        – Bora.
        Alex ficou de pé virou-se de costas para o pai.
        Wilson cuspiu na mão direita e em seguida aa levou até a bunda do filho, lambuzando seu ânus.        
        Realmente aquilo era pegar pesado comigo. Me fez lembrar do meu tio, da parte boa, do sexo entre ele e eu.
        Wilson penetrou o filho sem camisinha e iniciou aquele vai e vem que estava levando o filho a loucura por conta dos gemidos.
        Outra vez me imaginei no lugar de Alex, sentindo tudo aquilo, as mãos fortes de Wilson segurando minha cintura, o calor de seu corpo...
        Eu já tinha o suficiente.
        Fui até o boneco e retirei o cartão de memória que ali estava.
        Em seguida conectei ao meu celular e liguei a Tv, a colocando para receber a transmissão do meu celular.
        – O que você está fazendo? – Perguntou Wilson. – Vem pra cá me beijar.
        – Tenho algo melhor para vocês!
        E coloquei o vídeo para iniciar.
        Assim que Wilson se deu conta de que eu estivera gravando desde o início, ele parou de comer o filho, e disse:
        – O que você fez?
        – Nada demais ainda. Porém, se vocês dois não derem o fora dessa casa nos próximos dez minutos, eu juro que vou fazer um estrago muito grande na vida de vocês. Pior do que você fez com Ramón no passado.
        – Do que ele está falando, pai?
        – Você não tem toda essa coragem – Wilson me desafiou.
        – Olha que eu tenho, estou com o dedo perto do botão de enviar este vídeo para o Ramón por WhatsApp. E claro que depois que ele ver, com certeza vai compartilhar com os pais dele e quem sabe, eu até coloque na internet e ganhe uma grana com isso.
        – Seu filho...
        – Se eu fosse o senhor não abusaria da sorte, eu ainda continuo gravando tudo o que está rolando agora e está indo automaticamente para minha nuvem. A qual, está programada para enviar para todos os meus contatos, caso eu não cancele a programação daqui sete minutos – menti.
        A única coisa que eu estava gravando era o áudio de tudo aquilo, mas apenas gravando pelo meu próprio celular.
        – Vamos embora pai – pediu Alex.
        – Você vai me pagar por isso no futuro – ameaçou Wilson.
        – Isso é o que veremos – devolvi.
        Os vi colocarem suas roupas de volta e em seguida buscarem suas coisas em algum cômodo da casa.
        Eu me mantive firme e em pé na mesma posição até eles voltarem com suas malas para irem embora.
        – Lembre-se bem, garoto – disse Wilson, um dia você vai se arrepender amargamente disso.
        – Acho que não – retruquei. – Ah, e deixe as chaves e controle do portão que vocês têm daqui, pois, mesmo que você seja irmão do dono da casa, acabou de perder esse privilégio.
        Wilson largou enfurecido as chaves e o controle e me lançou seu último olhar de ódio antes de me dar as costas.
        Alex saiu bastante envergonhado. Pelo que noite, ele não sabia do passado do pai. Não fez a menor ideia do que eu falei instantes atrás.
        Acionei o portão para que Wilson saísse e depois tornei a fechar.
        Em seguida liguei para Ramón e ele me atendeu.
        – Eu estava prestes a te ligar nesse momento – foi logo dizendo assim que atendeu minha ligação.
        – Sério?
        – Sério. Eu estou voltando para casa, vou precisar de um favor seu.
        – Tudo bem. Do que você precisa?
        – Te conto quando chegarmos aí...
        – Chegarmos? Você e mais quem?
        Ramón já havia desligado a chamada.
        Será que ele está vindo com a Poliana? – Me perguntei e sentei no sofá exausto.

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Olá pessoal!
Desculpem demora, mas este capítulo tinha que ficar o melhor possível.
Espero que tenham gostado, porque eu adorei a criatividade nesse. Tem muito mais nos próximos.
Abraços, até o próximo capítulo, e não esqueçam de deixarem seus comentários ou sugestões.


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Ficha do conto

Foto Perfil betoson
betoson

Nome do conto:
Voltando às origens – Capítulo 13

Codigo do conto:
114783

Categoria:
Incesto

Data da Publicação:
23/03/2018

Quant.de Votos:
3

Quant.de Fotos:
0