Na aula seguinte, a última do dia, de Redação, com o professor Gabriel, lembrei do papel que ele me passara com o número dele. Ainda estava guardado comigo e fiquei pensando se realmente algum dia chegaria a ligar para ele.
Pensei em comentar com Miranda a respeito disso, mas não achei que fosse necessário naquele momento. Ela poderia acabar levando o assunto para outro lado. E, insistir em dizer que o professor Gabriel tem uma queda por mim.
Assim que a aula acabou, me despedi de Miranda e me juntei a Ramón e o restante da galera para realizar o trabalho de matemática. Porém, decidimos que passaríamos primeiro em um restaurante para almoçar e que de lá desceríamos para a casa de Ramón.
Uma hora e meia depois, todos focamos no trabalho na sala de estar da casa de Ramón. Cada um fez sua parte designada, da melhor forma possível.
Quando estávamos concluindo, para juntar as partes e formar o todo, Guilherme e Patrícia disseram que precisavam ir embora. Tinham um casamento da família de Patrícia para irem.
Minutos depois, Heloísa também precisou ir alegando que havia feito além do que deveria, e que se propunha a apresentar além do necessário de sua parte no dia que o trabalho fosse apresentado em sala. Bianca aproveitou o gancho e disse que tinha um encontro marcado fazia mais de uma semana, e precisava ir embora.
– É cara, restou apenas você e eu – comentou Ramón, após nos despedirmos de Bianca. – Se você quiser ir também, fique à vontade.
– Ainda são cinco da tarde. Posso ficar mais uma hora. Acredito que não vai levar esse tempo todo para finalizarmos.
– Vai não.
Ramón estava um gato aquela tarde.
Vestido com uma roupa largada, camisa cavada, uma bermuda curta deixando à mostra o contorno do volume do pau dele...
Alguns minutos depois concluímos todo o trabalho e respiramos aliviados.
– Acabamos! – Exclamei.
– Sim. Você aceita suco de tamarindo e pão de queijo? – Ofereceu Ramón.
– Apenas o suco.
Ele foi até a cozinha e voltou com dois copos de suco.
– Cara eu não sei o que dá. Mas, quando eu tomo suco de tamarindo, me dá um tesão.
Eu quase engasguei com o gole que eu estava tomando quando ouvi aquilo.
– Como? – Perguntei.
– Eu fico excitado quando tomo suco de tamarindo. Sempre tomo um copo antes de ir para a cama com as minas – e deu outro longo gole em seu suco.
– Bem, a única garota que você poderia ter pego já foi embora.
– Dá nada. Resolvo meu tesão de outro jeito depois. Se é que você me entende – disse ele fazendo gesto com a mão no rumo do pau por sobre a bermuda como se tivesse batendo uma.
Eu enfiei meu copo na boca e bebi todo o restante do suco de uma vez, para disfarçar o quanto ficara gamado com aquele comportamento dele.
Ramón me chamava atenção, mas eu não precisava criar clima com ele ali. Então, decidi que era a hora de ir embora.
– Vou nessa – disse. – Obrigado pelo suco.
– Se quiser ficar mais um pouco, eu te deixo na sua casa. Meus pais viajaram, mas pelo menos deixaram o carro sob minha responsabilidade. Não que eu seja carente, mas é bom ter alguém para conversar, fazer companhia.
Ramón nunca fora muito de conversa. Apesar do histórico dele de pegador, ele era aquele cara quieto no canto dele dentro da sala, porém brincalhão com quem dava intimidade para ele fazer brincadeiras. Carregava essa áurea positiva consigo que atraia as pessoas a sua volta.
– Você deve ter muitos amigos – comentei.
– Engano seu Ricardo. Posso passar essa imagem de descontraído, extrovertido e até de pegador que já ouvi por aí, mas não quer dizer que eu tenha muitos amigos. Posso parecer bobo, mas eu percebo quando alguém não tem boas intenções perto de mim.
Eu tinha que concordar com ele. As pessoas são muito falsas e interesseiras. Não todas, mas uma grande parte. Ainda mais certos colegas de sala. Quando nada disso, pelo menos, egoístas mostravam–se serem.
– É a realidade Ricardo – prosseguiu ele. – Eu observo do meu jeito cada um. Tem alguns da nossa turma que eu considero, mas não sei se continuaremos uma amizade após concluir o ensino médio. Você é um dos poucos lá que eu sinto que é possível estabelecer um contato bacana sem essa sujeira humana.
– Por que eu? – Perguntei curioso com aquela afirmação a meu respeito.
– Não sei explicar direito. Mas, quando olho para você eu não sinto e nem vejo esses traços ruins. Para mim, e posso estar em errado, você é um bom cara. De família.
– Obrigado.
– Não precisa agradecer cara. Olha, eu vou tomar um banho rápido e em seguida te deixo na sua casa, tudo bem?
– Tudo.
– Pode ficar à vontade para beber água, comer qualquer coisa na cozinha. Minha mãe abasteceu com comida que dá para um mês para mim, e meus pais vão ficar apenas uma semana fora.... Mães...
Enquanto Ramón tomava banho, resolvi andar pela casa e conhecer os cômodos. Vi várias fotografias espalhadas de forma organizada, em cima de mesas e outras nas paredes em quadros emoldurados. Todo aquele conjunto remetia à ideia de uma família onde os membros viviam bem consigo mesmos. Dava para sentir essa energia no ambiente mesmo com a ausência dos pais de Ramón.
Então, pensei que com a ida do meu tio, eu estaria novamente sujeito ao ambiente esquisito que a minha família conseguia deixar no ar.
Apesar da recente mudança de comportamento da parte do meu pai e também do meu irmão, nada garantia que após meu tio ir embora, eles manteriam esse bom comportamento. Principalmente meu irmão.
Eu já tinha desconfiado que eles tivessem mudado comigo para passar uma imagem de bom pai e bom irmão para o meu tio... Status...
– Ricardo! – Gritou Ramón.
– Estou indo – gritei de volta.
Fui até o quarto de Ramón.
– O que aconteceu?
– Eu vou para essa festa que me convidaram e não sei se a roupa que acabei de colocar me caiu bem. Pode me ajudar?
Ele vestira uma camiseta vermelha, calça jeans preta, um cinto também preto e usava um relógio de pulso de fita branca e uma corrente prata no pescoço.
– Eu trocaria a camiseta por outra cor – sugeri.
– Qual?
– Uma cor mais clara. Combinaria melhor com seu relógio e a corrente no pescoço.
– Entendi. Vou colocar uma branca que eu tenho aqui – e tirou a camiseta na minha frente, mostrando aquele corpo sensual.
Eu fiquei excitado e tentei disfarçar virando para outro lado.
– Pronto, acho que agora estou completo – disse.
Olhei para ele e dei um joinha com o dedo polegar.
– Você devia ir nessa festa, Ricardo.
– Vou deixar para a próxima. Preciso descansar.
– Entendo. Então vamos?
– Sim.
Minutos depois estávamos em frente à minha casa.
– Cara, valeu mesmo pela dica da camiseta. Vou chegar arrasando na festa.
– Por nada.
– Ah, anota meu número aí. Caso você decida mais tarde vir para a festa eu te busco aqui. Não é muito longe daqui.
Anotei o número de Ramón na minha agenda celular e desci do carro.
Assim que entrei em casa, vi meus pais e meu tio conversando na sala.
– Até que enfim chegou filho – disse minha mãe com um sorriso no rosto muito estranho. – Estávamos esperando você para despedirmos do seu tio.
– Já? Você não ia embora mais tarde tio?
– Tive que comprar outra passagem às pressas. O horário é mais cedo do que a que comprei antes.
Eu queria muito sentir os lábios dele mais uma vez nos meus. Seus toques pelo meu corpo, como fora mais cedo. Mas, não era possível.
– Onde estão suas malas? – Perguntei procurando por elas com o olhar pela sala.
– Ele as deixou mais cedo com um amigo que vai leva–lo até o aeroporto – meu pai respondeu pelo meu tio.
– Então cheguei na hora do adeus – disse num tom quase melancólico.
– Quase isso – disse meu irmão surgindo de repente. – Eu tenho uma lembrancinha para o nosso tio antes de ele ir. Sugiro que todos se sentem. É um vídeo curto, mas é melhor ver sentado para não caírem.
– Cair? Como assim? – Perguntou minha mãe aparentemente atônita.
– Não dá para explicar agora mãe. O vídeo é autoexplicativo – Hugo respondeu.
Todos se acomodaram, menos eu. Preferi ficar em pé.
Algo muito estranho estava rolando, e eu não fazia a mínima ideia do que poderia ser.
Quando o vídeo iniciou, a primeira cena que vimos foi a do meu quarto. Tinha aparência de filmagem caseira, e me perguntei quando que meu irmão invadira meu quarto para filmar.
Mas, não demorou muito para descobrir a resposta. No canto da tela dava para ver a data. Era a data de ontem. Mostrava o momento em que eu voltava do meu banheiro.
Tentei encontrar algum horário na tela, mas nada. Segundos depois escutei um som de batida na porta, olhei para trás. Não vinha da porta da sala, e sim da gravação.
Voltei meu olhar para o vídeo e pensei em pará–lo, o que viria a seguir, não podia ser visto pelos meus pais.
Eu ia dizer algo, mas fui interrompido por meu pai:
– Hugo do que se trata esse vídeo? É algum tipo de homenagem para seu tio que seu irmão fez?
– Quase isso pai. Continue vendo.
Olhei para meu tio e ele parecia lívido.
O diálogo que ele e eu tivemos na noite de ontem iniciou no vídeo.
Eu precisava parar o vídeo de alguma forma antes que fosse revelado o que não devia.
– Está chegando a melhor parte, não percam a atenção – disse meu irmão com um tom de voz sarcástico.
“– E eu? Vou ficar sem você outra vez. Eu estava me sentindo tão só. Aí você apareceu, e foi tão bom.
– Eu também não nego que gostei de cada momento. Mas, eu tenho que partir amanhã.” – O diálogo que vinha do vídeo.
Meu irmão armara tudo, logo entendi que a filmagem fora feita do boneco que ele me dera para colocar em cima da minha estante. Cheguei a essa conclusão quando reparei melhor o ângulo da filmagem.
Eu tinha que fazer alguma coisa. A parte que detonaria com tudo estava chegando
“– Ao menos vai passar essa noite comigo?
– Você quer?”
Era agora, eu precisava fazer alguma coisa. Movi do meu lugar, mas parei no meio do caminho quando ouvi meu irmão dizer:
– Nem pensar Ricardo, pode ficar quieto no seu canto.
Então a cena foi exposta a todos, as carícias entre meu tio e eu, as preliminares da nossa última noite de sexo em meu quarto. Senti meu mundo desmoronar naquele instante.
Meu pai se levantou, foi até a televisão e a desligou.
– Chega disso. Já vi o suficiente!
– Eu posso explicar... – meu tio tentou falar.
– Eu não quero saber de nada. Quero que você suma dessa casa imediatamente e não volte mais a pisar os pés aqui – meu pai falou deixando claro a raiva que estava sentindo.
Meu tio passou por mim mais lívido do que estava e se despediu com o olhar. Tive vontade de ir atrás dele e fugir de todos os outros daquela sala. Mas, meus pés não me obedeciam. Eu estava tremendo e prestes a cair no chão de tanta vergonha que sentia, e também raiva do meu irmão por expor a mim daquela forma.
– Como você foi capaz de fazer isso meu filho? – Perguntou minha mãe. – Com meu irmão, seu próprio tio. Eu estou horrorizada.
Eu olhei para minha mãe sentindo nojo das palavras dela. Quem era ela para falar assim comigo. Ainda mais por sair por aí transando com o filho mais velho, debaixo do nariz do marido.
– Você envergonhou nossa família com esse comportamento, Ricardo – disse Hugo de boca cheia.
– Pai – disse olhando para ele.
– Não dirija a palavra a mim Ricardo. Te dei liberdade demais nessa casa e olha o que você me apronta. Estou decepcionado com você!
– Eu...
– Já falei para você não dirigir à palavra a mim! – Gritou.
Fiquei assustado. Nunca vira meu pai naquele estado.
– Corta todos os privilégios dele de uma só vez – disse Hugo.
– O que você está sugerindo?
– Eu sei – respondeu minha mãe a pergunta do meu pai. – Expulse ele dessa casa. Ir para a cama com o próprio tio, aproveitando da vulnerabilidade do meu irmão, em relação ao divórcio e ter que deixar a família novamente para tentar a vida em outro lugar. Ricardo virou um monstro!
Eu fiquei chocado com as palavras da minha mãe. Nada daquilo parecia real. A sensação era de que mergulhara de cabeça em um pesadelo, e precisava acordar o quanto antes.
Fechei os olhos e abri novamente, mas tudo continuava do mesmo jeito. Eu não estava sonhando.
Olhei para meu pai, esperando que ele não levasse aquela sugestão louca da minha mãe a sério.
– Pega suas coisas e vá embora! – Ele ordenou a mim.
– Pai...
– Me obedeça, moleque!
– Eu não estou acreditando nisso – disse em lágrimas. – Você Hugo e essa mulher que se diz minha mãe são hipócritas!
– Cala essa boca Ricardo, você não tem mais moral para falar nada para nós. Vaza! – Retrucou Hugo.
– Por que vocês não contam para o pai a brincadeira entre vocês dois na cama – retruquei.
– O que você está dizendo Ricardo? – Meu pai perguntou irado.
– Você está insinuando que eu transo com seu irmão? – Disse minha mãe fingindo ter ficado chocada.
– Sim. Revela para ele a bizarrice que vocês... – não pude completar minha fala. Levei um soco na cara, dado pelo meu pai, que me derrubou no chão. Eu só não desmaiei por que não foi forte o suficiente para isso. Mas senti gosto de sangue na minha boca enquanto tentava levantar com dificuldade.
Vi meu pai tomando o rumo da cozinha e dizendo ao se afastar:
– Você tem trinta minutos para sumir dessa casa!
Hugo e a dita cuja que dizia ser minha mãe foram atrás dele.
Eu definitivamente estava sozinho.
Fui até meu quarto, desolado, e em uma mala de viagem que retirei do meu guarda–roupa, coloquei o essencial e algumas coisas que precisaria para lembrar de quem eu era antes de tudo aquilo acontecer.
A vontade de chorar era enorme, mas decidi que ainda não era o momento de me permitir a isso.
Chamei um táxi e me disseram que o tempo de espera seriam de 10 minutos. Olhei as horas e vi que ainda tinha 15 minutos do prazo que meu pai me dera.
Conferi tudo, roupas, calçados, perfumes, meus livros do colégio e outros objetos pessoais. Em seguida, fechei a mala, tomei meu skate, caminhei até a sala, e não encontrei ninguém lá.
Tudo aquilo parecia um pesadelo.
Abri a porta e fui para fora, caminhei até o portão pensando em voltar atrás e pedir perdão para meus pais, mas lá no fundo, eu sabia que não ia adiantar. Foi uma armadilha bem armada para cima de mim e eu estava com os pés e mãos atados.
Não tinha como provar o que acontecera entre minha mãe e meu irmão, como forma de dar a volta por cima sobre tudo aquilo. O que realmente me restara era obedecer a ordem de expulsão da parte do meu pai.
Destranquei o portão assim que ouvi o táxi buzinar do lado de fora. Dei uma última olhada para trás, na esperança de que meu pai tivesse se arrependido, mas nada, não havia ninguém no meu campo de vista.
Entrei no táxi, falei o endereço da casa de Miranda
Assim que o motorista deu partida eu liguei para ela.
– Oi amiga, tudo bem?
– Oi gato, tudo ótimo.
– Estou indo para sua casa, preciso muito falar com você.
– Eu não estou em casa. Estou viajando com o Jorge. Estamos em Caldas Novas.
– Ah, que cabana, por isso que você foi embora tão rápido após as aulas hoje.
– Sim. Assim que a última aula acabou ele me mandou um torpedo. Mas, o que você queria falar? Pode falar aqui mesmo por telefone, se puder.
– Não. Te conto depois pessoalmente. Beijos.
– Beijos.
Pensei em pedir para o motorista mudar o curso da viagem, mas antes precisava saber se Bruno estava na casa dele. Era minha próxima opção. Então liguei para ele.
– Oi Bruno, tudo bem?
– Oi Ricardo. Estou bem sim, e você?
– Mais ou menos. Queria saber se posso passar a noite aí na sua casa?
– Iiiiihhh cara não vai dar. Você acredita que a Andressa voltou arrependida? Mano eu resolvi perdoá–la e voltamos a namorar hoje. Estou aqui esperando ela terminar de se arrumar para sairmos. O que você acha de vir com a gente? Vai ser divertido nós três.
– Deixa quieto Bruno. Fico feliz que tenham voltado. Tudo de bom para vocês. Até mais!
– Ricardo... – não ouvi o restante, desliguei a chamada antes que aquele dialogo fosse ficar mais complicado.
Mesmo se o meu cenário atual fosse outro, diferente de estar saindo da casa dos meus pais pela expulsão e Bruno me fizesse o mesmo convite, eu não aceitaria. Não faria sentido, ainda mais depois das duas vezes que transamos. Eu não teria cara de ficar diante da Andressa e fingir que entre Bruno e eu, mesmo nesse curto período que eles ficaram separados, nada aconteceu...
Minhas opções estavam esgotando e o taxista estava perto de chegar à casa de Miranda. Teria que pedir para ir para outro lugar. Mas, ainda não tinha outro lugar para ir. Me deu vontade de chorar outra vez, porém segurei, ainda não era o momento de liberar o choro, não ao lado de um estranho dentro de um táxi.
Busquei na agenda o número de Fábio e liguei para ele.
– Oi Ricardo. Boa noite – disse ele assim que atendeu minha chamada.
– Boa noite Fábio.
– Tudo bem com você?
– Na verdade não. Eu preciso de você!
– Acho que não vou poder te ajudar Ricardo.
– Como assim? Nem te disse ainda o que preciso.
– Mas eu já desconfio o que seja. Você sabe o quanto sou transparente. Então tenho que te dizer que George e eu voltamos a namorar. Tivemos uma conversa bastante madura ontem mesmo e decidimos tentar outra vez. Nós perdoamos um ao outro e essas coisas...
– Maravilha! Fico muito feliz por vocês dois – disse o interrompendo, me esforçando para que meu tom de voz não soasse falso.
– Você está falando sério?
– Sim – disse segurando mais para não chorar naquela ligação. – Eu pensei melhor aqui e decidi que posso resolver meu problema sem precisar de te incomodar.
– Você tem certeza que não precisa mesmo de mim agora?
– Tenho Fábio. Boa noite! Felicidades para você e o George.
– Boa noite para você também Ricardo.
Desliguei o celular ao mesmo tempo em que o taxista parou em frente à casa de Miranda.
– Chegamos garoto.
– Vou ter que pedir para o senhor fazer o caminho de volta, por favor.
– Tem certeza?
– Sim. Pode ficar tranquilo que eu vou pagar tudo. É que...
– Não precisa se explicar. Tem certeza de que vai voltar para casa?
Aquele taxista parecia que estava entendendo minha situação. Mas, mesmo assim, decidi não contar nada a ele sobre meu dilema. Apenas respondi:
– Não pretendo exatamente voltar para lá, mas durante o caminho decido para onde vou mesmo. Tudo bem?
– Você quem manda patrão.
Ele deu partida no carro e iniciou o caminho de volta e eu recostei a cabeça no banco aflito pela falta de mais opções.
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E aí pessoal...
Estou sentindo a falta dos comentários. Sei que até o capítulo 9 foram poucas modificações, mas garanto a vocês que a história agora só tende a melhorar.
Não esqueçam de deixar seu voto.
Beijos até o próximo capítulo.
O Pai do menino nem deixo ele terminar de falar, to viciado nessa serie.... Continua porfavor