Voltando às origens – Capítulo 8

       Assim que saí do banho escutei baterem à porta do meu quarto.
        – Só um instante – gritei.
        Enrolei a toalha na cintura depois de enxugar meu corpo e caminhei até a porta, destranquei e dei de cara com meu tio.
        – Que ótima forma de me receber – ele disse e me deu um beijo ali mesmo.
        Puxei ele para dentro do quarto, fechei a porta e tranquei.
        – Não precisa se preocupar, só tem nós dois na casa.
        – Ué, onde está minha mãe? – Perguntei.
        – Saiu com seu pai – e desceu a mão até a minha toalha.
        – E o meu irmão?
        – Foi ver a namorada – em seguida Manoel arrancou a toalha do meu corpo. – Senti tanta saudade de você – e me beijou mais uma vez.
        – Eu também – disse após o beijo.
        Manoel passou a mão por todo o meu corpo, tirou toda a sua roupa e continuamos em pé, entre beijos
        O corpo dele parecia mais quente do que a última vez que nós nos tocamos, completamente em chamas.
        – Será que é muito errado eu te desejar tanto assim? – Ele perguntou ao meu ouvido.
        – Não sei – respondi, enquanto pegava em seu pau.
        – Eu te quero muito Ricardo. Você não faz ideia – e passou a me beijar intensamente.
        Não estava conseguindo resistir. Muito pelo contrário, eu queria mais e mais daquilo.
        Ele estava me conduzindo até a cama quando me lembrei do meu encontro com Fábio.
        – Vai sair para algum lugar? – Ele no meio do caminho, como se estivesse lendo meus pensamentos.
       – Vou sair com a Miranda...
       – Não precisa mentir para mim – ele devolveu.
       – Desculpa. Meu patrão me chamou para sair com ele.
       – Olha, mal terminou com a namorada já vai sair com um homem – e passou a recolher suas roupas do chão.
       – É apenas um encontro.
       – Sim, começa assim mesmo. Depois vem o próximo, um cinema, um passeio e depois...
       – Depois o quê?
       – Você sabe! – E me olhou nos olhos.
       – Você não gostou? – Perguntei sem rodeios.
       – Se eu disser que não gostei, você vai deixar de ir?
       Eu pensei em beija-lo outra vez, mas antes que eu tomasse essa iniciativa ele saiu do meu quarto e me deixou ali olhando para a porta, por onde saíra.

       Durante o encontro com Fábio, eu tentei me concentrar no momento, no presente. Mas, volta e meia, meu tio invadia meus pensamentos.
       Eu sabia que não podia continuar aquilo com Manoel. Que em algum momento tinha que acabar antes que as coisas saíssem do controle. Antes que alguém de casa descobrisse.
       Olhei para Fábio e pensei que ele poderia ser um ótimo namorado, se eu tivesse coragem suficiente de assumir ser gay para minha família.
       Pensei que se Fábio chegasse ao ponto de me pedir em namoro, muito provavelmente eu toparia, e tudo se resolveria.
       – Se não estiver à vontade comigo aqui é só dizer – disse Fábio.
       Ele estava bem mais charmoso que nunca.
       Vestido com uma camisa quase apertada em gola V, rosa bebe e uma calça jeans preta.
       – Não é isso. É que é a primeira vez que saio para um encontro com outro cara – comentei, o que de fato não deixava de ser verdade.
       – Está perdoado.
       Sorri.
       O jantar transcorreu muito bem.
       Não cometi nenhuma gafe considerável. Nem tampouco fiquei falando pelos cotovelos qualquer coisa desnecessária. Fábio quem acabou sendo o falante da noite. Comentando sobre algumas coisas como: quando fez faculdade, pratos prediletos, músicas favoritas, entre outros assuntos.
        De fato, Fábio estava levando aquele encontro bem a sério.
       Dispensamos a sobremesa, e saímos do restaurante. No caminho Fábio parou em frente a uma loja de doces, desceu do carro e alguns minutos depois, voltou com um embrulho em mãos.
       – Abra depois que eu te deixar na sua casa – pediu, depois que me entregou o embrulho.
       Peguei e agradeci.
       Quando chegamos em frente ao portão de casa, Fábio colocou o carro em ponto morto, olhou para mim, e disse:
       – Gostou do nosso encontro?
       – Sim – respondi timidamente.
       Ele colocou sua mão direita em meu rosto e, inclinando o seu rosto até o meu, me beijou ardentemente.
       Outra vez fiquei excitado em segundos. Após o beijo, ele me soltou e olhando nos meus olhos, disse:
       – Eu sei que você tem aula amanhã, então ficamos por aqui. Mas, quero que saiba, que eu quero muito ficar a sós com você.
       – Eu também quero.
       – Olha a situação aqui embaixo – disse apontando para o rumo de sua virilha.
       Vi o volume por sob a calça e aquela visão me deixou com vontade de tirar toda a roupa dele, mas me contive.
       – Até amanhã Ricardo.
       – Até!
       Saí do carro e fui para dentro de casa com pensamentos a mil sobre aquele encontro...


       Antes de ir dormir, passei na cozinha para tomar água e depois resolvi ir até o quarto do meu tio, mas não o encontrei lá. Por um instante pensei que ele tivesse encontrado um lugar para morar e havia ido embora durante o tempo em que fiquei no encontro, mas as coisas dele ainda estavam no quarto.
       Dei meia volta e fui para o meu quarto.
       Assim que subi na cama levei um susto, meu tio apareceu saindo do meu banheiro.
       – Sou eu seu medroso – disse ele rindo para mim com a cara mais lerda, mas que me causava aquela sensação gostosa por dentro só de olhar.
       Ele subiu na minha cama, e perguntou:
       – Como foi seu encontro?
       – Foi tranquilo. Não rolou nada demais.
       – Sei. Não me vem com a história da carochinha.
       Ri me lembrando da história...
       Ele me puxou, e me abraçou.
       Não resisti ao abraço. Fechei meus olhos e encostei minha cabeça no peito dele. Apesar de tudo, lá no fundo, não queria a distância do que estava rolando entre meu tio e eu.
       Lembrei a respeito do incesto entre meu irmão e minha mãe e senti um aperto em meu coração. Eu precisava contar para alguém. Me perguntei se poderia confiar em compartilhar com meu tio. Mas, tive receio que as coisas piorassem se contasse a ele. Não dava para imaginar a reação que ele teria. Nem o que ele faria com ela.
       – Quer que eu passe a noite com você? – Ele me perguntou baixinho.
       – Sim – respondi, sem titubear.
       Manoel puxou delicadamente meu queixo e me beijou com seu jeito inconfundível. Minha mão alcançou a dele e nossos dedos entrelaçaram–se.
       Minutos atrás eu estava com tesão pelo beijo de Fábio, e agora, ali no meu quarto, o meu tesão estava entregue ao meu tio e seu corpo ardente e sexy.
       Ele soltou minha mão e passou a tirar minha roupa, peça por peça. A dominação dele me fascinava. Havia uma experiência ali que se provava na prática.
       Depois de me deixar totalmente nu, ele arrancou suas roupas rapidamente, sentou na cama e me puxou para seus braços me posicionando em suas pernas. Senti seu membro duro roçar minhas nádegas.
       Meu desejo naquele momento era sentir aquele pau dentro de mim. Eu estava com muita vontade. Até aquela noite, eu nunca havia permitido que alguém me penetrasse.
       – Me coma – falei ao pé do ouvido dele.
       – Você tem certeza?
       – Sim – respondi, inebriado pelo tesão que percorria todo meu corpo.
       – Quero te chupar primeiro – disse ele mordiscando minha orelha.
       Ficamos na posição 69 e também o chupei enquanto ele me chupava.
       Era bastante surreal tudo aquilo, além do maior tesão que eu estava sentindo.
       Manoel engolia meu pau todo e depois voltava e fazia um vai e vem bem delicioso. E eu acompanhava no meu ritmo em seu pau.
       Muito prazeroso ouvir os gemidos dele de prazer e me pedindo mais.
       Mais algumas chupadas depois, meu tio pegou uma camisinha em sua carteira, e, enquanto eu colocava para ele, ele passou a lamber meu ânus. Sua língua quente me fez delirar de prazer.
       Depois me pediu para deitar de lado, e eu obedeci. Então ele veio por trás, e foi colocando aos poucos enquanto beijava minha nuca.
       Eu senti uma ardência no início e tentei não reclamar, segurando a dor. A grossura do pau dele me preocupava, mas tentei não focar nisso e ele foi enfiando de pouco em pouco, até certo ponto que a dor aumentou. Eu quase gritei.
       – Relaxa Ricardo, eu vou mais devagar – ele prometeu falando baixinho.
       Ainda estava doendo quando ele iniciou o movimento de vai e vem, mas depois, a dor deu lugar a um tesão enorme.
       Ele segurava minha cintura e me comia com uma maestria sem igual. Eu me entreguei totalmente e literalmente a ele. Ficamos nessa posição por alguns minutos, e depois passamos para papai e mamãe.
       Olhar ele de cima me deu mais tesão. Lembrei de Bruno duas noites atrás, naquela mesma posição, em cima de mim, e passei a cavalgar com mais vontade, levando meu tio a loucura.
       Contudo, a posição que eu mais curti e que me fez gozar, foi quando ele me colocou no colo dele e eu fiquei com minhas pernas em torno de seu corpo. Entrei num ritmo de sobe e desce até gozar em todo seu peito. Ele tirou o pau para fora, retirou a camisinha e bateu uma punheta até gozar em mim...
       Após tudo aquilo ele me abraçou e ficamos assim até que decidimos tomar um banho.
       Voltamos para a cama após trocar os lençóis e deitamos um ao lado do outro.
       – Adorei – disse ele.
       – Eu também.
       – Não consigo me afastar de você, Ricardo.
       Dei um beijo no rosto dele.
       – Te amo! – Ele disse.
       Sorri com a naturalidade dele e falei:
       – Eu também te amo, Manoel!
        Ele me deu um beijo na boca e depois um abraço bem apertado.
        – Ainda vai dormir comigo essa noite?
        – Sim – ele respondeu me puxando para colocar seu braço direito embaixo da minha cabeça, e assim, me aninhei em seu peito e fechei os olhos após dizer boa noite.

        

       Quando acordei na manhã seguinte, meu tio não estava mais na cama, mas senti o cheiro dele deixado no travesseiro ao meu lado.
       Levantei e me arrumei para ir para o colégio.
       Ao passar na cozinha deparei com meu tio e minha mãe tomando café da manhã.
       – Bom dia! – Disse aos dois.
       – Bom dia, filho. Acordou de bom ânimo hoje – ela comentou, enquanto colocava mais café em sua xícara.
       – Hoje é dia educação física na primeira aula – comentei.
       – Bom dia, Ricardo – disse meu tio. – Vamos tomar o café da manhã?
       – Vou ter que ir tomando no caminho para não chegar atrasado. São quinze minutos de caminhada daqui até o colégio.
       – Que pena!
       Tomei um pacote de bolacha recheada no armário, passei pela minha mãe e dei um beijo em seu rosto.
       – E o meu beijo? – Perguntou meu tio.
       Por um momento gelei ao pensar em um beijo na boca, mas aí a ficha caiu e dei um beijo no rosto dele. Ele me devolveu um beijo no rosto também, e disse:
       – Um excelente dia para você. Até mais tarde!
       – Obrigado!
       E saí da cozinha.
       Assim que alcancei o portão, ele foi acionado por alguém de fora. Era meu pai chegando. Achei estranho.
       Cheguei perto do carro e disse:
       – Bom dia, pai.
       – Bom dia, filho. Eu esqueci uma pasta, voltei para pegar.
       – Ah, sim.
       – Quer carona para o colégio?
       – Vou aceitar.
       Entrei no carro enquanto ele desceu rapidamente para ir buscar a tal pasta.

       Naquela quinta-feira resolvi jogar vôlei na aula de educação física. Precisava agitar o corpo para pensar menos no sexo incestuoso com meu tio.
       Meu pai, durante a carona minutos atrás, ficou perguntando o que eu estava achando do meu tio em nossa casa. Dei algumas respostas monossilábicas e percebi que ele achou estranho eu não ter demonstrado mais entusiasmo.
       – Está jogando muito bem – elogiou João que havia me escolhido para jogar no time dele.
       – Obrigado.
       De vez em quando eu percebia João me encarando discretamente. Comecei a desconfiar que ele tinha uma queda por mim, mas tentei afastar isso da minha cabeça. Não estava a fim de aumentar minha lista de pessoas com quem estava tendo contato íntimo.
       Após a aula, fomos para o banheiro tomar uma ducha rápida e colocar de volta o uniforme. Era o melhor momento, o intervalo entre a aula de educação física e a aula seguinte. Pois, eu conseguia espiar alguns caras da nossa sala só de cueca. E, com sorte, bem quase raramente, conseguia ver um ou outro sem cueca.
       Quem eu mais tinha vontade de ver totalmente nu, era Ramón. Mas, o máximo que consegui ver dele até hoje, foi de bermuda e sem camisa.
       Estava colocando meu uniforme quando João passou por mim só de toalha da cintura para baixo.
       Era a primeira vez que o via sem roupa. E, praticamente sem nenhum pudor, ele tirou a toalha revelando uma bunda linda de se ver. Coxas torneadas e poucos pelos.
       Abaixei o olhar para disfarçar.
       Guilherme passou nesse momento e lascou um tapa na bunda de João fazendo com que todos os outros caras caíssem na gargalhada, menos Ramón, pelo que reparei, o que me deixou intrigado.


       A aula seguinte, Física.
       Quando o professor Tiago entrou, o silêncio quase absoluto pairou sobre a sala. Porém, dava parar ouvir os suspiros de algumas garotas e os murmúrios de alguns comentando sobre o quanto o professor estava mais gato naquela manhã comparado a dois dias atrás.
       – Se eu reprovar nessa matéria, você já saberá o motivo – cochichou Miranda para mim.
       – E o Jorge?
       – O que tem ele?
       – Não estão quase namorando?
       – Exatamente... Quase – e riu.
       Abri minha mochila e tirei de lá a caixa de chocolates artesanais que Fábio havia me dado na noite anterior.
       – O encontro rendeu hein – comentou Miranda.
       – Sim. Trouxe porque você sabe que não sou muito fã de chocolate.
       – Ótimo. Adoro ser sua amiga – e pegou a caixa da minha mão. – No intervalo me conte como foi o encontro.
       – Combinado.
       Voltei meu olhar para o professor e fiquei me perguntando se ele gostava de garotos ou garotas, enquanto admirava sua voz, explicando o conteúdo para prova da semana que vem.

        – Ele quer seu corpo nu – me disse Miranda após contar a ela sobre meu encontro com Fábio.
        – Quem sabe...
        – Estou torcendo por você, amigo. Vai dar tudo certo... Agora, mudando de assunto rapidinho, eu acho que estou ficando gamada no professor Tiago. Que homem da porra!
        Eu ri.
       – Sério. Praticamente três anos nesse colégio, e agora que entra um professor decente.
       – A didática dele é ótima mesmo – comento.
        – Não se faça de bobo, Ricardo. Você entendeu perfeitamente o sentido que quis dar. Além do mais, tenho certeza de que, se ele desse moral para você, você ia querer experimentar.
        – Vamos com calma, amiga.
        – Vai fazer mesmo a linha santificado?
        Miranda era terrível quando encucava com algo.
        – Me rendo. Daria uma chance sim. Mas, ele é professor, e isso poderia acabar não muito bem.
        – Mantendo em segredo, tudo se resolve – e ela piscou para mim antes de colocar mais um chocolate na boca.
        – Você faria o mesmo com o professor da próxima aula? – Perguntei.
        – O Sandro de Química?
       – Ele mesmo!
       – Rolando química, com certeza!
        Revirei os olhos e voltamos para a sala de aula.

       Passei em casa após as aulas para almoçar, antes de ir para o trabalho e deparei com meu tio no sofá da sala.
       – Chegou na hora – disse ele para mim assim que me viu.
       – Oi para você também – falei.
       – Consegui uma casa. Vou mudar para lá neste sábado.
       – Daqui dois dias?
       – Sim. O que acha?
       – Uai, que bom que conseguiu – mas eu queria dizer o contrário. Não queria que meu tio saísse da casa dos meus pais tão cedo. Queria que ele continuasse mais alguns dias. Mas, talvez fosse melhor assim.
       – Você não pareceu muito animado – ele comentou.
       – É que estou um pouco cansado das aulas de hoje e com muita fome – menti.
       – Ah sim. Vamos almoçar então. Sua mãe contratou uma empregada hoje. O almoço está com um ótimo cheiro.
       Fomos almoçar e eu continuei triste por dentro com a notícia que ele me dera.


       Durante meu expediente naquela tarde, a única coisa que pensava era na ausência que teria do meu tio em breve.
       – Fábio se encontra? – Perguntou George, o ex-namorado do meu patrão, após entrar de supetão no escritório.
       – Não. Ele saiu para resolver um caso – respondi.
       – Sabe me dizer que horas ele retorna?
       – Não sei. Tentou falar com ele por celular? – Devolvi tentando conter a irritação que estava sentindo com a petulância dele ali.
       – Sim, mas ele não atende.
       – Quer deixar algum recado?
       – Avisa que eu passei aqui e peça para ele ligar para mim. Preciso falar com ele urgente.
       Fingi que anotava o recado num bloco de anotações.
       – Algo mais?
       – Só isso mesmo – e saiu sem agradecer.
       Que ridículo! Não vou falar nada para Fábio – pensei.

       Depois que tomei meu banho, após chegar do trabalho, recebi uma mensagem via WhatsApp da parte do Bruno, dizendo que queria repetir o que rolou entre nós dois na cama à noite de amanhã.
       Respondi a ele que me buscasse no trabalho, pois com certeza rolaria.
       Ele mandou um emoji sorrindo e encerrou a conversa por aí.
       Peguei minha mochila e fui para cima da cama terminar um trabalho de Biologia para entregar no dia seguinte. Porém, o que eu queria mesmo fazer naquele momento era: sexo com Manoel ou Bruno.
       Quase peguei o celular para pedir ao Bruno vir naquele momento, mas fui interrompido por alguém batendo a porta do meu quarto.
       Na torcida que fosse meu tio, disse:
        – Pode entrar.
       – Ocupado? – Pergunta Hugo, após abrir a porta.
       – Um pouco – respondi voltando meu olhar para meus materiais, decepcionado.
       – Vim em paz – ele disse com um tom de voz diferente, sem a rispidez que ele carregava normalmente ao falar comigo.
       – O que você quer Hugo? – Perguntei mantendo meu olhar em meu caderno.
       – Vim pedir desculpas por domingo.
       – Algo mais? – Permaneci encarando meu caderno.
       – Também pelos outros dias e momentos que fiquei no seu pé.
       Ele parecia sincero, mas não queria cair em uma de suas armadilhas.
       – Você está bem, Hugo? – Questiono após olhar bem para a cara dele, ainda parado próximo a minha porta.
       – Sim, estou. Você não está acreditando em mim né?
       – Para ser sincero, não – respondi.
       – Imaginei que ficaria assim.
       – Pois é. Depois de tudo, você vir aqui assim, me dizendo essas coisas, muito suspeito – e sentei na cama, cruzando as pernas.
       – Eu não quero mais essa briga entre nós dois. Somos irmãos.
       – Eu também não quero. Porém, meu instinto me diz que tem coisa a mais além desse pedido de desculpas. O que você quer comigo?
       – Eu quero paz, só isso.
       Olhando bem para Hugo dava para ver alguns traços do nosso pai...
       – Eu também quero paz – falei. – Só não sei se vai ser possível – disse pensando sobre o que sabia entre ele e minha mãe.
       Ele caminhou até minha cama e sentou ao meu lado.
       Achei bastante ousado da parte dele, até que ele disse:
       – Prometo não te encher mais o saco aqui dentro dessa casa.
       – Você está falando sério? – Perguntei um pouco incrédulo.
       – Sim, Ricardo. Estou. Manoel conversou comigo sobre a nossa relação de irmãos.
       Algo dentro de mim ainda teimava em me dizer que nada daquilo era sincero da parte dele. Contudo, escolhi dar o benefício da dúvida. Afinal de contas, houve um tempo que ele e eu vivíamos bem. Talvez ainda houvesse esperança de resgatar isso. E, tentando imaginar o que nosso tio dissera a ele, me deu certo ânimo em sorrir, e dizer:
       – Bem-vindo de volta irmão.
       – Não precisa exagerar.
       – Não estou exagerando – devolvi. – Tudo o que eu mais sempre quis é que nos resolvêssemos.
       De perto realmente meu irmão era bem atraente, com aqueles óculos, lábios carnudos e o olhar penetrante...
       Ele bagunçou meu cabelo com a mão esquerda e depois disse:
       – Trouxe essa lembrancinha para você – e me mostrou um boneco de enfeite para criado mudo. – Símbolo da nossa bandeira de paz.
       – Obrigado. Não precisava.
       Ele levantou da cama, foi até o meu criado mudo e colocou o boneco lá, e disse:
       – Vou deixa-lo bem aqui para que toda vez que você o veja, se lembre dessa nossa conversa de hoje.
       – Tudo bem. Valeu
       Hugo caminhou até a porta e antes de sair, disse:
       – Qualquer coisa é só me procurar em meu quarto. Deixar você aí com seus deveres do colégio.
       Assim que ele saiu do quarto liguei para Miranda e contei tudo para ela.

       --------------------------------------------------

       Olá pessoal!
       Desculpem a demora para postar este capítulo. Aconteceram tantas coisas na minha vida... Mas, estou de volta, e prometo a vocês que essa história vai esquentar e muito nos próximos capítulos
       Abraços, até o próximo capítulo, e não esqueçam de deixarem seus comentários/sugestões.
       Beijão a todos.


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Comentários


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anjogabriel Comentou em 29/07/2018

NOSSA QUASE CHOREI NESSE FINAL KKK SOU MUITO EMOTIVO.

foto perfil usuario aventura.ctba

aventura.ctba Comentou em 27/01/2018

Muito bom seu conto, votado com certeza. Adoraria sua visita na minha pagina, bjs Ângela.




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Ficha do conto

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betoson

Nome do conto:
Voltando às origens – Capítulo 8

Codigo do conto:
112028

Categoria:
Incesto

Data da Publicação:
22/01/2018

Quant.de Votos:
5

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