Do jeito que o diabo gosta - A expulsão

Do jeito que o diabo gosta – A expulsão
Eu encarava o céu de um azul límpido e um punhado de nuvens estagnadas devido ao calor daquela tarde de inverno, enquanto o pintão do Edivan esfolava meu cuzinho num vaivém que já durava mais de quinze minutos. Eu estava completamente nu, deitado de costas sobre as folhas recém-desbastadas do milharal, que já tinham deixado vergões sobre minha pele sensível e branca. O Edivan segurava minhas pernas abertas pela parte de trás na altura dos joelhos e, como se estivesse fazendo flexões, abaixava-se sobre meu corpo e erguia-se fazendo saltar os músculos dos braços e do torso nu e suado. O cacetão tão duro e rijo quanto uma barra de ferro percorria o trajeto entre os meus esfíncteres anais e as profundezas das minhas entranhas com a determinação lasciva e sedenta de um macho insaciável. Não fossem os sons que emitíamos, o milharal estava imerso no silêncio, nenhuma brisa fazia as folhas farfalharem.
- Ain, ain, ain. – escapava dos meus lábios, como uma espécie de ganido agudo.
- Hun, hun, hun. – saía da boca do Edivan, num soar gutural que vinha do fundo de sua garganta.
O vaivém cadenciado se transformou em movimentos estaqueantes de seus quadris contra meu reguinho espraiado, o sacão dele batia nas minhas nádegas e rola mergulhava toda em mim. Meus dedos estavam cravados em suas costas. Ele estava no quinto destes movimentos e, juntamente com cada um deles, um jato farto de porra escorria nas minhas entranhas, quando o rosto transfigurado do meu pai surgiu do nada.
- Filhos de uma égua! – berrou ele, ao mesmo tempo em que levantava a enxada deixada entre as leiras do milharal com a qual o Edivan estava carpindo o mato.
Eu girei meu corpo tão rápido invertendo nossas posições para proteger o Edivan do golpe que, ao baixar o cabo da enxada sobre nós, ele acertou minhas costas num baque surdo que cortou minha respiração por alguns instantes. Só então o Edivan viu aquele rosto tomado de um ódio mortal. Antes que o cabo da enxada descesse mais uma vez sobre mim, o Edivan o agarrou e o arrancou das mãos do meu pai. Com as mãos livres, nosso pai me puxou pelo pescoço arrancando-me de cima do Edivan. Só então o caralhão dele saiu do meu cuzinho e eu gritei, mais pela dor da passagem da cabeçorra do que pelas mãos que tentavam me estrangular.
- Veado desgraçado! – gritava o velho enfurecido, sem afrouxar as mãos do meu pescoço.
O Edivan deu-lhe uma chave de pescoço obrigando-o a me soltar. Eu caí de joelhos diante dos dois e procurava desesperadamente pelo ar que me faltava. Assim que recuperei as forças, saí correndo a esmo pelo milharal, completamente nu e segurando minhas roupas junto ao peito. Fui parar debaixo de uma mangueira centenas de metros adiante, sem fôlego e chorando de desespero. Uma sentença de morte pairava sobre mim e estava prestes a ser executada, eu só não sabia quando nem como. Logo iria descobrir.
Quando meu pai, viúvo, se casou com minha mãe trouxe consigo o Edivan, com oito anos, filho de seu primeiro casamento. No primeiro ano de casados nasceu o Geraldo e, no terceiro, nascia eu, Luis Paulo, de um parto complicado que pôs fim às chances de minha mãe voltar a engravidar. Por alguma obra do destino eu sempre fui mais apegado ao Edivan do que ao Geraldo, com quem brigava por qualquer besteira, ocasiões nas quais também costumava levar alguns sopapos dele. Era o Edivan que intervinha sempre a meu favor, embora nem sempre eu estivesse com a razão. À medida que ia crescendo, fui me tomando de amores por ele. Se tivesse que repartir alguma coisa era com ele que o fazia. Se fosse para ajudar um dos dois nas tarefas do sítio era o Edivan que eu ajudava. Se fosse para tomar o partido de alguém era o dele que eu tomava. Cresci idolatrando-o e, quando cheguei tardiamente à adolescência, irrequieto com aqueles hormônios que estavam a remodelar meu corpo, comecei a sentir tesão por aquele queixo anguloso já revestido por uma barba hirsuta, por aqueles músculos trabalhados ao sol na lida do campo e, por aquele volume indiscreto que se alojava debaixo da sua cueca. Praticamente ao mesmo tempo, o Edivan redobrava seus cuidados comigo. Eu costumava surpreender seu olhar pousado em mim, notava seu jeito desconcertado quando me via debaixo do chuveiro ou quando nadávamos pelados no açude, flagrava-o ajeitando a rola dentro das calças cada vez que eu brincava com ele tocando seu corpo com minhas mãos sem malícia. Até que numa noite, quando o Geraldo tinha viajado com nosso pai até Montalvania para adquirir umas vacas, ele me encarou quando entrei no nosso quarto vindo de uma ducha no banheiro. Era tarde e minha mãe dormia no quarto ao lado. Ele puxou o lençol debaixo do qual estavam suas mãos assim que entrei no quarto e fechei a porta. Só havia uma luz fraca iluminando o cômodo, vinda de um abajur que ficava sobre uma mesinha entre as três camas. Mas, meus olhos focaram diretamente na ereção que se empinava entre as coxas peludas dele. Ele sorriu para mim, eu devolvi o sorriso. Caminhei até ele e me sentei em sua cama. Ele pegou numa das minhas mãos, levou-a a boca e a beijou, depois a baixou sobre a ereção. Seu membro era quente e consistente, deu uma empinada como um potro selvagem quando minha mão se fechou ao redor dele. Nossos olhares se cruzaram e, ficaram um longo tempo se encarando em silêncio.
- Quero sentir você me chupando. – disse ele, quebrando o silêncio num sussurro que mais parecia uma súplica carregada de desejo.
Inclinei-me na direção do mastro que segurava na mão, um perfume almiscarado emanava de sua virilha pentelhudas, toquei meus lábios com tanta suavidade sobre a cabeçorra arroxeada que ele deixou escapar um gemido. Inseguro, mas curioso, fui abocanhando cada vez mais avidamente aquele cacete que pulsava cheio de tesão. Senti um fluido delicadamente salgado e adstringente inundando minha boca enquanto sugava, ele emitia sons roucos que tentava sufocar antes de chegarem à boca. Minha mão deslizou ao longo da pica até as pontas dos dedos mergulharem nos pentelhos grossos, toquei delicadamente no sacão e o coloquei inteiro na palma da minha mão. Ele era pesado e as duas bolonas enormes se moviam debaixo da pele acompanhando os movimentos dos meus dedos. Fui lambendo a jeba lentamente até chegar ao sacão, afastei os dedos e coloquei uma das bolonas na boca sem me importar com o tufo que pentelhos que também encheu minha boca. Massageei o culhão com a língua preso entre meus lábios cerrados. O Edivan se contorcia de prazer e isso me deixou feliz. Pouco depois de voltar a engolir a cabeçorra, ele gozou na minha boca. Ergui mais uma vez meu olhar na direção do dele. Ele sorriu. Eu engoli um jato após o outro, sorvendo e me deliciando com aquele sumo másculo e quente.
Desenrolei a toalha da cintura e deitei-me ao lado dele. Toquei seu rosto e beijei seu queixo. Ele me apertou em seus braços e mergulhou sua língua da minha boca. Por uns dez minutos elas não se soltaram, saboreávamos um ao outro, enquanto lá fora um coaxar de sapos enchia a noite. Depois de nos encaixarmos em conchinha, ele ficou brincando com um dos meus mamilos, apertava-o entre os dedos para depois acaricia-lo com toda delicadeza. Sua respiração resvalava no meu pescoço, quente e excitada. Eu fleti uma das pernas e ele me encoxou.
- Você é delicioso! – sussurrei. - Nunca provei nada tão gostoso! – emendei. Mesmo sem estar vendo seu rosto, sei que ele sorriu satisfeito.
Eu estava quase adormecendo quando senti a verga dele ganhando vida entre as minhas nádegas. Puxei a mão que acariciava meu mamilo até a boca e a beijei. Ele deitou-se sobre mim e começou a chupar meu pescoço, esfregava a pica ao longo meu rego tentando fazê-la alojar-se entre os glúteos carnudos. Senti tesão no cu. Ele foi descendo pela minha espinha ora beijando ora lambendo minha pele. Quando chegou à bunda, apertou minhas nádegas, mordeu-as até eu soltar um gemido, abriu-as e tocou a língua úmida no meu buraquinho. Meu corpo começou a tremer todo, espasmos involuntários contraíam meus músculos, o tesão no meu cu estava me deixando alucinado. Um dedo entrou no meio das minhas pregas e eu quase gritei de felicidade. Ele o movia em círculos poucos centímetros além da rosca musculosa, era o que de mais prazeroso e torturante podia existir. Suas mãos se fechara firmes ao redor da minha cintura garantindo que eu não iria me mover. A cabeçorra babando percorreu meu rego muito lenta e atentamente, estagnou quando sentiu minhas preguinhas se contorcendo debaixo a pele sensível. Ele meteu o caralhão com força dentro delas e apertou minha boca com uma das mãos. Um gritou surdo e sufocado ecoou pelo quarto. Eu sentia o peito dele colado às minhas costas. Nossas respirações estavam aceleradas. Meu cuzinho havia se travado ao redor daquela verga grossa e imensa, enquanto ele esperava minha musculatura relaxar um pouco para terminar de enfiar todo seu falo em mim. Pensei que fosse morrer de felicidade quando um vaivém lento fazia aquele mastro deslizar entre a minha mucosa anal. Sem me dar conta gozei no lençol, entre os gemidos que ele procurava sufocar enfiando dois dedos na minha boca. Meu cu ardia como se tivessem enfiado uma brasa acessa dentro dele. O Edivan agarrou meu tronco com força, meteu o cacetão com golpes curtos e brutos o mais profundamente que podia e, ia soltando a porra simultaneamente a cada estocada. Ele mordia a pele do meu pescoço enquanto liberava urros sufocados e, só parou quando cessaram as estocadas e caralhão parou de me socar a próstata. Adormeci depois dele, sem que aquela pica tivesse saído de dentro de mim.
Padre Antonio, o pároco da igrejinha da vila, tinha convencido minha mãe a me levar à missa todos os domingos aos finais de tarde. A maioria dos presentes eram velhotas carolas, algumas crianças que o padre obrigava a assistir à missa, pois estavam se preparando para a primeira comunhão e, algum marido cuja esposa tinha conseguido desviar do botequim. Poucos meses depois, eu e um garoto magricela e dentuço chamado Josival fomos convocados por padre Antonio para sermos coroinhas. De nada valeram meus queixumes, minha mãe alardeava orgulhosa entre as comadres a minha função na igreja. Padre Antonio era um safado que já fora banido de paróquias mais prósperas devido ao seu comportamento pouco casto. Antes de cada missa eu e o Josival já tínhamos servido ao padre Antonio pelo menos meia garrafa do vinho destinado à consagração. Isso, não só, o deixava mais eloquente como também menos reservado. Ocasiões como batismos e casamentos deixavam padre Antonio numa expectativa e ansiedade doentias. Naquele domingo havia dois batismos a fazer durante a missa, por isso a garrafa de vinho já estava vazia quando levei o cálice até o altar. Ao regressar à sacristia para avisar que tudo estava pronto para o início da missa, padre Antonio beliscou minha bunda impudicamente diante do olhar estarrecido do Josival.
- Roliça e carnuda do jeito que o diabo gosta! – grunhiu o padre, manipulando a jeba à meia bomba dentro das calças, enquanto o Josival e eu vestíamos os paramentos nele. Eu tremi durante toda a missa. O libreto, a vela acessa e tudo que eu pegava nas mãos não parava de tremer, a ponto de, o próprio padre Antonio, pegar nas mãos o que precisava ler.
Só me livrei daquela penitência quando relatei o acontecido ao Edivan, algum tempo depois. Numa missa na qual fez questão de nos acompanhar, foi ter com padre Antonio na sacristia. Eu nunca soube qual foi o conteúdo da conversa, mas aquela foi a missa mais curta que padre Antonio rezou na vida e, ao final, ele avisou minha mãe que eu não seria mais coroinha a partir de então, que outros garotos esperavam ansiosos por uma oportunidade. Toda vez que padre Antonio via o Edivan, dava um jeito de se escafeder, só para não cruzar com ele.
Depois daquela noite com o Edivan, nunca mais deixamos de nos amar tão carnal e impudicamente quanto da primeira vez. O que acabou resultando naquele flagrante do nosso pai no milharal.
Eu mal podia me mexer quando entrei em casa, minhas costas doíam tanto que cada inspirada parecia arrebentar meus pulmões. Suspeitei de que estivesse com algumas costelas fraturadas pelo golpe da enxada. Minha mãe encarou-me com um misto de indiferença e pena. O Marido já a tinha colocado a par do que viu no milharal e feito prevalecer sua opinião sobre qualquer outra, como era comum naqueles rincões rurais de um país machista.
- Você não vai mais comer na minha mesa e nem viver sob o meu teto. Não crio veados! – berrou meu pai, assim que entrei em casa. O Edivan veio ao meu encalço e tentou amparar meus passos cambaleantes. Foi censurado por nosso pai, mas ignorou seus protestos.
- Você está bem? – perguntou, sabendo que eu estava péssimo.
- Acho que sim. – respondi exausto.
- Venha deitar-se um pouco, você não está nada bem. – retrucou ele, conduzindo-me ao quarto.
- Não pensem que eu vou permitir que esse pervertido passe mais uma única noite debaixo do nosso teto! – gritou meu pai.
- Ele não está nada bem. Será que você não está vendo isso? – berrou o Edivan.
- Que pensasse nisso antes de fornicar com você. – respondeu o velho. No entanto, em nenhum momento ele se virou contra o Edivan, como se ele fosse totalmente inocente e, talvez até, uma vítima da minha perversão. Machos nunca são culpados por uma gravidez indesejada, uma adultera pega pelo marido, um boiola que satisfaz seus prazeres, ou uma menina descabaçada na calada da noite. Era assim que funcionavam as coisas nessa sociedade. Ademais, o Edivan representava aquela ajuda providencial que ajudava a colocar a comida na mesa, com seu trabalho diário e estafante de sol a sol.
Minhas coisas couberam numa única mochila. Com ela nas costas, recebi um beijo conformado de minha mãe, que também depositou uns tostões às escondidas na minha mão ao despedir-se de mim. No sítio vizinho morava um caminhoneiro com a esposa e quatro filhos, foi até lá que o Edivan me acompanhou para pedir ajuda e me fazer chegar a São Paulo, onde morava uma prima distante da minha mãe.
- Só vou a São Paulo daqui a alguns dias, parto essa madrugada para Fortaleza para entregar uma carga e, lá tenho agendado um frete até São Paulo. Se quiser, pode me acompanhar, estou mesmo precisando de um ajudante. A grana é pouca, mas as despesas durante a viagem são por minha conta. – disse o Sebastião, antes de tentar descobrir qual era o motivo de eu estar partindo àquela hora da noite e, tão às pressas.
- Ele se desentendeu com nosso pai. Sabe como ele pode ser inflexível quando é contrariado. – respondeu o Edivan no meu lugar, procurando matar a curiosidade do Sebastião. – Além disso, já estava mesmo na hora de um de nós ir tentar a sorte noutro lugar, pois aqui não há futuro. – emendou.
- Sem dúvida! Sem dúvida! – exclamou o caminhoneiro.
Eram quatro da manhã quando o Sebastião lavou o sereno da madrugada do parabrisas e ligou o motor do Mercedes-Benz Atego 2430. Algumas galinhas assustadas abandonaram seus galhos numa árvore próxima a casa. A mulher sonolenta dele acenou quando o caminhão começou a se mover levantando uma nuvem de poeira atrás de si. Alguns quilômetros à frente, entramos na BR-251 preparados para enfrentar os dois mil quilômetros que nos separavam de nosso destino, Fortaleza. Era a primeira vez que eu andava num caminhão, aliás, era a primeira vez que eu fazia uma viagem. Em dezoito anos nunca me afastei mais distante do que Montes Claros. Eu estava tão perdido e assustado quanto um peixe fora d’água.
Sebastião era um homem quase chegando aos quarenta anos. Vivia mais tempo longe de casa do que com a esposa e os filhos, um deles já adolescente. Por causa disso eu o tinha visto, no máximo, umas quatro ou cinco vezes, apesar do sítio onde morava ser nosso vizinho. Ele era um sujeito bem apessoado, que nem o desleixo conseguia deixar de tornar atrativo. Ao contrário de muitos dos seus colegas de profissão, ele nada tinha daquele típico corpo flácido e barrigudo. Era corpulento e um tanto musculoso. Fazia questão de andar com a camisa sempre aberta exibindo o peito peludo e másculo. Como pude constatar logo na primeira parada, algumas horas após nossa partida, ele nunca deixava de olhar atrás de um rabo de saia, levando a mão à pica quando o que via mexia com seus hormônios. Sua conversa era divertida e nem um pouco enfadonha.
- Você sempre é tão econômico com as palavras? – perguntou-me em dado momento.
- Não tenho muito a dizer, nem histórias tão interessantes quanto as suas. – respondi.
- Logo vai ter um montão delas para contar. Viver nesses recantos perdidos não oferece mesmo muita oportunidade de ver esse mundão que existe por aí. – devolveu ele.
- Não mesmo! Passei toda minha vida no sítio, só saindo para ir à escola, à igreja ou, de vez em quando, acompanhando meu pai até Montes Claros quando ele ia tratar de algum assunto por aquelas bandas. – revelei.
- É pouco para um rapaz da sua idade. – observou condoído. Concordei com um sorriso tímido.
Passava das nove horas da noite quando o Sebastião encostou o caminhão diante de um motel ao lado de um restaurante e um posto de combustível de beira de estrada e, me disse que seria ali que íamos pernoitar. Todas as juntas das minhas pernas estalaram quando eu desci da boleia e as estiquei. Quis fazer o mesmo com os braços e o tronco, mas a dor no local da pancada quase não permitia que eu me mexesse. Cisquei um pouco nas travessas do bufê a quilo do restaurante, regressando à mesa com o prato quase vazio, estava sem fome. O Sebastião voltou com o prato abarrotado, como tinha feito no almoço e sentou-se diante de mim devorando aquilo tudo com um apetite voraz.
- Só vai comer isso? – perguntou surpreso quando olhou para o meu prato.
- Estou sem fome, acho que já comi o suficiente no almoço. – respondi.
- Você comeu pouco no almoço. Saco vazio não para em pé! – exclamou. – Quando chegarmos à Fortaleza tem trabalho duro a nossa espera. Carregar esse caminhão não é moleza. – acrescentou.
- Não tem problema, dou conta. – retruquei. Ele não colocou fé no que eu disse.
O motel não passava de uma espelunca arranjada sobre um longo corredor no andar de cima do restaurante. Ele preferiu um quarto voltado para a parte de trás onde, segundo ele, o barulho dos caminhões chegando e as luzes do posto não incomodavam o sono. Para mim tudo aquilo era indiferente. Na minha cabeça só havia pensamentos que me levavam de volta para casa e para o Edivan, talvez por que estava fadado a nunca mais rever nenhum dos dois. Cedi, gentilmente, o primeiro acesso ao chuveiro ao Sebastião, alegando que tinha sido ele quem mais havia trabalhado naquele dia. Ele me lançou um sorriso enquanto jogava as roupas sobre a cama. Entrou no banheiro, mas não se importou em fechar a porta. Segundos depois, estava cantarolando debaixo da ducha ensaboando o corpo peludo, detendo-se mais demorada e cautelosamente nas axilas e na virilha, onde manipulou por um bom tempo um cacetão reto e grosso. Lembrei-me da rola do Edivan e percebi que lágrimas desciam pelas faces. Quando o Sebastião voltou para o quarto com a toalha na cintura, reparou no meu rosto triste, mas não disse nada. Levei meus apetrechos até o banheiro e me despi lá, depois de encostar um pouco a porta. Não quis parecer um animal xucro que se esconde de tudo e de todos. Não percebi, enquanto lavava os cabelos, que um vento canalizado havia escancarado a porta do banheiro e o Sebastião olhava interessado para minha nudez. Quando tirei o xampu dos olhos era tarde, ele me encarava com um olhar que eu já tinha visto dezenas de vezes no rosto sequioso do Edivan, um olhar cheio de tesão. Fiquei constrangido e caminhei tímido e cabisbaixo até o quarto. Fiquei ensaiando algum tempo como tirar a toalha e vestir a bermuda para dormir, sob o olhar atento dele e uma ereção que se delineava impudica embaixo do lençol.
- O que foi isso nas suas costas? Há um hematoma imenso nelas. Foi seu pai que te bateu? – perguntou ele, sem desviar os olhos de mim.
- Ahã! – devolvi, sem conseguir encará-lo.
- Não importa o que os levou a brigarem, mas ele nunca deveria te machucar dessa maneira. – disse, levando-se da cama e se aproximando de mim.
Quando sua mão tocou delicadamente minhas costas eu estremeci, não conseguia me mover. Ele deslizou as costas dos dedos ao redor do hematoma, não se preocupou em disfarçar a ereção que já não tinha mais nada de discreta.
- É uma judiação maltratar uma pele tão imaculada e aveludada como essa. – murmurou, como se estivesse falando isso para si mesmo, mas as palavras acabaram soando em sua boca.
- Dentro de alguns ele irá desaparecer. – afirmei, procurando demonstrar um pouco de coragem. Ele estava perdido num devaneio, tanto que, ao ouvir minhas palavras voltou à realidade.
- Hã? Ah, sim, com certeza! – mas a mão continuava a deslizar sobre a minha pele.
Aquilo que eu tanto receava, ficar novamente nu diante dele, ele mesmo se encarregou de providenciar, tirando a toalha e a lançando a cama dele. Sentou-se comigo na cama e pegou meu rosto entre as mãos. Meus olhos começaram a marejar. Ele levou a boca de encontro a minha e me beijou, suave e demoradamente. Inclinou meu tronco sobre o travesseiro e o dele sobre o meu. Suas mãos deslizaram vagarosamente do meu rosto em direção ao peito. Eu arfava fazendo que ele se expandisse e relaxasse num sobe e desce cadenciado. As pontas dos dedos dele chegaram aos meus mamilos, um olhar de soslaio mostrou-lhe que os biquinhos começavam a se eriçar, ele colocou um beijo sobre cada um deles e, depois, mordeu o esquerdo até eu soltar um gemido. No mesmo instante ele parou de mordê-lo, não tinha se dado conta da gana e da força que havia imprimido nele. Seus olhos pousaram sobre os meus e ele percebeu minha inquietude.
- Você é muito gostoso! Nunca vi uma bunda tão torneadinha e tesuda e, olha que não posso negar que vi uma porção delas. – disse, esboçando um sorriso. – Está com medo de mim? – acrescentou.
- Não.
- Você já viu o tamanho que está o meu pau?
- Vi.
O Sebastião se encaixou atrás de mim, flexionou uma das minhas pernas de modo que a bunda se empinasse ligeiramente e pincelou sua jeba no meu rego. Eu estava deitado sobre um dos braços dele e segurei-o com as duas mãos enquanto a cabeçorra percorria meu reguinho liso. Ele me penetrou lenta e calmamente. A glande estufada distendeu minhas pregas e me fez gemer, atravessou a musculatura parcialmente contraída e me machucou. Eu soltei um gritinho. Ele enfiou o cacetão todo aos poucos e progressivamente, deliciando-se com as contrações dos meus esfíncteres ao redor da sua verga.
- Ai, Sebastião! – gani, quando o pintão estocou minha próstata.
- Quer que eu pare? – sussurrou ele, rangendo os dentes.
- Não. Só não me machuque mais, por favor. – balbuciei, apertando seu braço.
- Prometo que não! Mas, queria gozar no seu cuzinho, posso?
- Pode.
As bolonas ingurgitadas batiam no meu rego como se ele estivesse preparando o creme pegajoso que despejou no meu cu, instantes depois. Quando acordei no meio da madrugada, com os freios de uma carreta chiando no pátio de manobras do posto, ele havia se mudado para a cama ao lado e dormia com um ronronar pesado. Ao mover minhas pernas, senti sua umidade máscula no meu cuzinho ardido. Quis me virar para o outro lado, mas o hematoma estava mais dolorido do que nunca.
Ainda estava escuro quando o movimento das carretas me acordou. Um tilintar de chuva caía sobre telhas metálicas nalgum lugar lá embaixo, como se fosse alguém dedilhando desordenadamente as teclas de um piano. O Sebastião estava sentado na cama ao lado e olhava para mim, como que velando meu sono. Abri um sorriso para ele, depois de esfregar meus olhos.
- Dormiu bem? – perguntou, mudando-se para a cama na qual eu estava.
- Como um anjo! – exclamei.
- Você é um anjo. Depois da alegria que me proporcionou ontem à noite, não encontro melhor palavra para te definir. – disse ele, tocando meu rosto.
A virilidade dele estava entranhada em mim. Assim que ergui o tronco ele me puxou para junto dele num demorado e úmido beijo. Fomos juntos até o banheiro, ele me prendia pela cintura enquanto caminhávamos. Quando me estiquei para abrir o registro do chuveiro, a jeba endurecida dele me penetrou. Eu gemi e deixei a cabeça cair para trás sobre o ombro dele. Ele pegou no meu queixo e virou meu rosto para alcançar minha boca. Fiquei parado com as mãos na parede de azulejos frios e as pernas ligeiramente abertas, ele bombou meu cuzinho até se fartar, a porra morna alagou minha ampola retal e eu gemi. Antes de ele tirar a pica do meu cu, segurou minhas ancas e me fez rebolar em seu mastro, eu gozei deixando a porra fluir do meu pau. Fiz a barba dele debaixo do chuveiro. Ele passava a mão na minha bunda e sorria.
- Nunca me fizeram a barba com tanto carinho. – comentou.
- Psiu! Não fique se mexendo, não quero encher seu rosto de cortes. – adverti.
- Quem te ensinou a cuidar de um macho com tanto capricho? – perguntou. Eu senti minhas faces enrubescerem.
- Ninguém. – murmurei. Ele não acreditou.
Ele desviou toda sua atenção sobre mim quando lavei a bunda. Notou que não me livrei do esperma que acabara de galar em mim. Antes de descermos para tomar o café ele me apertou mais uma vez em seus braços e me beijou.
- Você não imagina como está me deixando feliz! Tê-lo como parceiro nessa viagem foi uma as melhores coisas que já me aconteceram! – exclamou
- Nem sei o que seria de mim se você não estivesse me dando essa carona. – balbuciei melancólico.
- Não pense mais nisso! Seja lá o que foi que aconteceu na sua casa, eu quero te fazer esquecer e tirar esse sofrimento desse seu rosto lindo. – retrucou. Dessa vez fui eu quem tocou os lábios nos dele. Sua língua me penetrou, cheia de sabores.
Chegamos a Fortaleza ao anoitecer daquele dia, tarde demais para descarregar a carga. O caminhão ficou no pátio de uma empresa na periferia da cidade, a espera do descarregamento no dia seguinte. O Sebastião me levou até a praia do Futuro na parte leste da cidade. O calçadão e a orla estavam cheios de gente caminhando entre a brisa fresca que soprava do mar, apesar de serem nove horas da noite. Famílias inteiras conversavam debaixo dos quiosques e se deliciavam com as caranquejadas. Eu nunca tinha visto o mar antes. Estava atônito e perplexo vendo aquelas ondas arrebentarem formando uma crista de espuma branca que resplandecia sob a luz da lua cheia. O cheiro daquele ar entrava nas minhas narinas e era maravilhoso. Tirei os tênis e caminhei até onde as ondas lambiam a areia fina e branca. Tomei um punhado de água nas mãos e toquei nos lábios. A água era mesmo salgada como diziam os livros.
- Lindo, não é? – questionou o Sebastião, que admirava meu jeito ao estar descobrindo essas novidades.
- Muito lindo! Obrigado, Sebastião, por me mostrar essa beleza toda. Muito, mas muito obrigado mesmo! – respondi agradecido.
- Vê-lo tão contente enche meu coração de alegria. Amanhã vou te trazer aqui, com o sol brilhando você vai poder ver todas as nuances de azul dessas águas. Vai poder entrar nelas e sentir como massageiam o corpo da gente. – revidou.
- Tenho vontade de te abraçar! Obrigado por tudo isso. – devolvi, sem tirar os olhos da negritude do horizonte.
- Não faça isso! Podemos ser linchados, pois se eu sentir seu corpo me tocando agora, não vou conseguir manter a pica dentro das calças. Sou capaz de te enrabar dentro do mar na frente dessa gente toda. – disse ele, abrindo um sorriso gostoso.
Ele realizou seu desejo assim que ficamos a sós no quarto do hotelzinho a algumas quadras da orla, numa rua quase deserta e arborizada. Antes de deixa-lo me penetrar, tomei sua jeba na mão e a chupei cheio de tesão e vontade. Olhava para cima para ver seu rosto iluminado pelo prazer e, acompanhar seus urros sibilantes. Assim que senti a porra escorrendo nas minhas entranhas, cobri-o de beijos. Ele abriu os braços e se entregou aos meus afagos. Naquela noite dormimos engatados, pois ele havia pedido um quarto com cama dupla.
- Você sabe como satisfazer um macho. Certamente teve um ótimo professor, uma vez que isso não se aprende sozinho. – comentou ele, num quase sussurro.
- Isso se aprende quando existe um apego sentimental com a outra pessoa. – respondi. Ele girou meu corpo para que ficássemos cara a cara.
- O que você quer dizer com isso? Você está sentindo alguma coisa por mim? – havia um tom aflito em sua voz.
- Não, não foi isso que eu quis dizer. Falei de um modo generalizado. Não me referia especificamente a ninguém. - esclareci rapidamente, pois achei que ele fosse se zangar comigo, uma vez que era casado e, talvez não estivesse a fim de ouvir de um gay que ele estava a despertar sentimentos.
- Hã! Você sabe que eu sou casado e tenho uma família. Amo-os muito. No entanto, confesso que estou me sentindo atraído por você. Não só por sua bundinha, que é a coisa mais maravilhosa que meu cacete já provou, mas, por toda essa sua pureza. Bastaram dois dias ao seu lado para eu me sentir um novo homem. Estou me sentindo o macho mais completo e realizado desse mundo. Passei o dia todo imaginando você com a minha porra todinha guardada aí dentro. Isso dá um tesão do caralho. – revelou.
- É bom ouvir isso. Pelo menos não me sinto um estorvo. – retruquei.
- Jamais diga isso novamente! Você é lindo e simplesmente maravilhoso em todos os aspectos. – disse ele. Eu o beijei.
No dia seguinte fomos cedo para a empresa onde se encontrava o caminhão para fazer o descarregamento. Nunca imaginei que coubessem tantas caixas num baú de 10x2,5x2,5. Havia passado do meio dia quando completamos a descarga, eu tinha ultrapassado o limite das minhas forças, achei que, a qualquer momento, fosse desabar no chão. Minhas costas estavam me matando, eu mal conseguia respirar.
- Você está se sentindo bem? Está pálido como um boneco de cera! – perguntou o Sebastião, que havia trabalhado bem mais do que eu.
- Acho que sim, só estou cansado. Quase não consigo respirar. – arfei, usando minhas últimas reservas.
- Você precisa passar por um médico para ver essas costas. – afirmou ele.
- Você prometeu que me levaria à praia! Prefiro ela ao médico! – exclamei. Ele sorriu.
- Mas antes vamos a um pronto socorro, está na cara que você não está nada bem. Isso é assunto encerrado! – determinou.
O diagnóstico do médico plantonista de um pronto socorro público, após erguer duas radiografias contra a luz da janela, foi certeiro. A sétima, oitava e nona costelas torácicas do lado esquerdo tinham um traço de fratura, que ele classificou como sendo em galho verde. Afirmou que o prognóstico era favorável se eu não me submetesse a exercícios físicos extenuantes, tomasse corretamente a medicação que prescreveu e não exercesse pressão sobre a área do hematoma. Enquanto o médico expunha as condições o Sebastião me encarava estarrecido.
- Como foi que seu pai fez isso? – perguntou, assim que deixamos a sala do médico.
- Foi uma paulada com o cabo de uma enxada. Não quero falar sobre isso, por favor. – respondi constrangido.
- Isso é um absurdo! Nem acredito que deixei você trabalhar a manhã toda e... – ele parou de falar e ficou em silêncio por alguns minutos antes de concluir. - ... que eu me deitei em cima de você. – penitenciou-se, com uma expressão de culpa.
- Não se culpe! Eu gostei muito de estar em seus braços e, não me privaria desse prazer por nada nesse mundo. – afirmei.
- Não sei o que faço com você, se te coloco sobre as pernas e dou uma surra ou, se te coloco no colo e te ponho para descansar. – sentenciou.
- Me leve até a praia! – exclamei, tocando seu rosto com suavidade. Ele sorriu. Eu gostava do sorriso dele.
Um sol alaranjado, quase chegando ao ocre, estava se pondo por detrás dos edifícios da orla quando pisamos na areia fofa, depois de ele insistir em me comprar uma sunga que eu jurei não vestir de forma alguma. O Sebastião sabia ser autoritário quando queria. A sunga cavada listrada de azul marinho e branco deixou minhas nádegas praticamente expostas. Entrei na água com a bermuda e ela por baixo. Por ser um dia de semana havia poucas pessoas na praia, apesar do calor e do dia maravilhoso. Receoso pela força com a qual as ondas me atingiam, fiquei protestando por ele estar me puxando pelo braço até a água cobrir meu umbigo. Vez ou outra uma onda chegava à altura dos meus mamilos. Ele me obrigou a tirar a bermuda, não era um pedido, era uma ordem. Tão logo eu estava com ela nas mãos, senti-o puxar a sunga com uma das mãos fazendo com que ela se afunilasse no meu rego. Ele colocou o short dele na minha mão e me encoxou debaixo d’água. Cada onda que retrocedia fazia meus pés afundarem na areia.
- Ai, Tião! – gani, quando a chapeleta atravessou minha musculatura anal e foi se aninhar em mim.
- Eu sempre quis enrabar alguém dentro d’água. Você está me ajudando a realizar uma porção de fantasias, sabia? As curvas dessa sua bundinha parecem ter sido esculpidas especialmente para mim. – murmurou, chupando meu cangote.
Aquele macho engatado em mim, esfolando meu rabinho debaixo d’água com seu falo quente, enquanto as ondas massageavam todo meu corpo, era um sonho jamais sonhado. O sol se pôs, a praia estava praticamente deserta naquele trecho da orla. Um surfista retardatário passou a poucos metros de nós, deitado sobre a prancha e remando com seus braços musculosos em direção à areia. Ele sacou o que estávamos fazendo. Cumprimentou-nos com um acesso e um – manda ver parceiro – dirigido ao Sebastião, no exato momento em que ele galava meu cuzinho.
Durante o jantar o celular do Sebastião tocou, era um funcionário da empresa que contratara o frete avisando que o carregamento para São Paulo só ia acontecer dali a quatro dias por problemas logísticos. E ainda, que a empresa bancaria os custos de estadia e refeições durante esse tempo. Quando desligou o telefone havia um sorriso de orelha a orelha estampado no rosto dele.
- Boas notícias? O caminhão já foi carregado? – perguntei.
- Ótimas notícias! Houve um problema na empresa e a carga só vai seguir para São Paulo daqui a quatro dias. – informou.
- E você considera isso uma boa notícia? Seus planos eram outros, que eu saiba. – retruquei espantado.
- Não tenho mais planos desde que você subiu na minha boleia! E, agora o destino me presenteia com três dias inteiros livres ao seu lado. É uma notícia para lá de boa! – exclamou, deslizando sua mão sobre a minha que estava apoiada ao lado do prato.
Eu não sabia o que tinha feito para merecer aqueles dias. Durante o dia circulamos pela cidade, sempre indo à praia ao entardecer. À noite ele se engatava em mim e copulava com a frequência de um leão no cio. Ao me espreguiçar pela manhã meu cuzinho estava encharcado de porra e toda a essência viril daquele macho parecia estar entranhada debaixo da minha pele. Eu gostava de ficar acariciando com a ponta dos dedos ora o peito, ora o rosto, ora a barriga musculosa e, ora o sacão globoso e peludo dele. Ele se entregava ledo e devasso aos meus afagos e ficava me encarando com seu lindo sorriso, até que a preguiça matinal se esvaísse de nossos corpos.
Durante a viagem até São Paulo, ele me disse que tinha mais uma fantasia a realizar. Eu esbocei um risinho tímido e afirmei que ele tinha me oferecido a carona com a condição de eu ser seu ajudante.
- É para isso que estou aqui! – exclamei.
- Você não perde por esperar! – havia um sorriso acintoso em sua expressão. Naquela noite, uma antes de chegarmos a São Paulo, ele me fodeu na boleia do caminhão. O espaço era exíguo. Minhas pernas abertas, com ele encaixado entre elas, mal cabiam no leito estreito. Ele queria, conforme me confessou depois de gozar, lembrar-se pelo resto da vida de sentir meu corpo lisinho e cheiroso colado ao dele por uma noite inteira.
- É maravilhoso estar nos seus braços, Tião! – balbuciei.
- Jura? – sussurrou.
- Se descobrir o mundo sempre for tão maravilhoso quanto você me fez crer durante todos esses dias, eu vou adorar e querer conhecer todo ele. – afirmei. Ele me apertou e me encoxou, eu gemi por que minhas costelas doeram.
O Sebastião não me deixou seguir para a casa da prima da minha mãe sem ele. Depois que o caminhão foi descarregado, ele me levou até o endereço que eu tinha anotado num papelzinho amarrotado, num canto perdido entre casinhas sem acabamento no bairro de Itaquera. Ficamos esperando até o anoitecer, pois não havia ninguém em casa. Uma vizinha tagarela e curiosa ofereceu-nos um café na esperança de ficar informada de todos os detalhes dessa minha vinda. Para frustração dela saímos pouco depois de tomarmos o café requentado, para dar uma volta até o horário no qual ela dissera que os vizinhos costumavam chegar em casa.
Lucinda, a prima em segundo grau da minha mãe, chegou extenuada e trotando com seu corpo obeso no inicio da noite. Estava tão cansada, que não se preocupou com amabilidades ou, uma recepção efusiva. Pôs-se a preparar um jantar que, depois de todos comerem, inclusive o marido que chegara meia hora mais tarde, foi parar em marmitas para o dia seguinte. Lucinda aceitou a questão como algo ao qual já estava habituada, outros parentes vindos dos cafundós de Minas já tinham passado pela casa dela. O marido, Juvenal, conversou pouco durante o jantar e, ao que parecia, não via a hora do Sebastião ir embora. Ao me acomodar num quartinho sem porta, no topo de uma escada estreita, sobre a laje da casinha, ouvi a discussão dos dois no quarto debaixo. Minha presença naquela casa não era uma notícia benvinda.
Ao me despedir do Sebastião, ele me fez jurar que eu entraria em contato com ele se precisasse de qualquer coisa, eu assenti. Ele me estendeu algumas notas alegando que aquele era o pagamento que havíamos combinado, eu recusei, apesar do pouco que tinha nos bolsos.
- Eu sou grato por tudo que você fez por mim, muito mais do que havíamos combinado. Não posso aceitar esse dinheiro e, eu te peço, por tudo que passamos juntos, que não me obrigue a ficar com ele. Eu me sentiria uma puta recebendo pelos serviços prestados. E, não é isso que eu quero que você guarde de mim. Cada gesto, cada afago, cada beijo que eu te dei foi por um sentimento de afeição e carinho pelo homem maravilhoso que você é. – afirmei resoluto, meus olhos estavam marejados.
- Você não existe! Nem que eu viva cem anos vou me esquecer de você! – disse, ao beijar-me atrás do muro onde a iluminação da rua não alcançava.

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Comentários


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lordricharlen Comentou em 10/03/2018

Como sempre às cenas contada de sexo me deixa extasiado num tesão dá porra.




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Ficha do conto

Foto Perfil kherr
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Nome do conto:
Do jeito que o diabo gosta - A expulsão

Codigo do conto:
114214

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
09/03/2018

Quant.de Votos:
2

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