Os machos da família do meu padrasto 10 - Guerra e Paz
Os machos da família do meu padrasto 10 – Guerra e Paz Durante a festa de aniversário da avó do Sandro, a mãe e o pai dele começaram a fazer uma campanha para que nos casássemos oficialmente, com direito a cartório, certidão de união homoafetiva e o escambau e, obviamente, uma grande e luxuosa festa. Era exatamente disso que eu não gostava, de me ver obrigado a fazer coisas que não desejava apenas para que a família ficasse em evidência na sociedade. - Falamos disso depois, agora não é o momento nem o lugar. – retrucou-me secamente o Sandro quando lhe expressei minha contrariedade com a ideia. Ele agia assim comigo quando na presença dos familiares, se transformava. Cedi e calei-me, como sempre fazia nessas ocasiões. A festa não passava de pura bajulação para a avó que era a que detinha o poder sobre a fortuna da família. A velha era uma mulher seca, de rosto afilado, nariz empinado e um olhar crítico para tudo e todos. Parecia estar sempre entojada e criticava tudo e todos com uma soberba que a fazia ser odiada por todos. O pai do Sandro nunca foi um homem brilhante nos negócios e a situação das empresas estava tão crítica que os advogados já falavam em pedir uma ação de recuperação judicial, diante do montante que deviam a diversos credores. No entanto, ele e a esposa continuavam agindo como se nada estivesse acontecendo. Davam festas nababescas, viajavam por longas semanas para destinos luxuosos e caros, gastavam como se os cofres estivessem abarrotados. Foi o próprio Sandro que me revelou a situação da família depois que fomos morar juntos como um casal. Como trabalhava nas empresas do pai, ele sabia de todos os detalhes e muitas vezes chegava em casa abatido e desolado quando mais um imprevisto ou golpe se abatia sobre os negócios. Eu só tinha visto e tido um breve contato com a velha num final de semana na casa de praia quando o Sandro e eu ainda namorávamos. Detestei-a desde o primeiro instante. No entanto, naquela ocasião, ela não teve muito tempo e chance de prestar muita atenção e se voltar para mim, o que achei ótimo. Ela foi a última a chegar à festa em sua homenagem. O fez propositalmente, tenho certeza, como uma entrada triunfal pela qual todos aguardavam e a podiam admirar. A nora, mãe do Sandro, estava uma pilha de nervos desde que chegamos à festa, orientando os criados, berrando por tudo que achava não estar nos conformes, e implorando a todos os membros da família para que tratassem bem a velha e não a confrontassem, pois o marido precisava pedir um vultuoso empréstimo para evitar a falência das empresas. A sogra a detestava, e ela idem. Pouco antes da velha chegar, o pai do Sandro exibiu orgulhoso o presente que a família ia dar para a velha, um desenho a lápis de cera, pois a velha gastava sua fortuna colecionando obras de arte, particularmente artistas plásticos americanos. - É com isso que vão presentear a sua avó? – perguntei, quando um quadro emoldurado com o desenho de aproximadamente 45x30cm começou a circular de mão em mão. Meu estranhamento se deveu ao fato de o desenho exibir traços grotescos da silhueta de uma mulher nua começando nos ombros e terminando no meio das coxas. Não havia cabeça nem a parte inferior das pernas. Ela segurava uma das mãos sobre o púbis pentelhudo e o dedo médio da mão quase tocava o clitóris excitado, como se ela o estivesse estimulando. Um presente, no mínimo, suis generis, para se presentear uma mãe concluí. Mas, quem era eu para julgar o trabalho de um artista plástico? - É um Haring de 1 milhão de dólares, o Atílio o adquiriu numa galeria de Nova Iorque! – exclamou a mãe do Sandro não só para alardear o valor exorbitante do presente, como para evidenciar a minha ignorância em assuntos de arte. Com meus botões murmurei baixinho que não daria nem R$ 100,00 por aquela merda, mas me contive. A velha fez uma cara de entojo quando o pai do Sandro lhe entregou o quadro cercado por uma fita dourada, sabia que aquilo era pura bajulação para ganhar sua simpatia e confiança, e que não demoraria para o filho lhe pedir dinheiro mais uma vez. Ela o mostrou aos convidados e, dirigindo-se especificamente a mim, depois que a maioria o classificou como lindíssimo, fabuloso, extremamente talentoso para agradar a velha, me perguntou. - Qual a sua opinião, meu rapaz? – ela fazia questão de não citar meu nome. – Pode ser sincero! – no fundo ela só queria comprovar que eu não era culto o bastante para entender de arte. - Interessante! – respondi educado, com um sorriso amarelo. - Seja sincero! – voltou a insistir. Fiquei tão puto que tive vontade de mandá-la à merda. Todos me encaravam esperando meu parecer. - Acredito que muito adolescente com os hormônios à flor da pele já rabiscou algo semelhante antes de se masturbar. – retruquei. Houve um repentino e momentâneo silêncio. Eu encarei a velha. - Parece que alguém não está interessado em me bajular, e fala o que pensa. – disse a velha, um tanto quanto desconcertada com a minha inesperada sinceridade. Sua resposta não foi um elogio, só uma constatação de que eu não simpatizava com ela. Uma longa mesa posta no jardim acolheu os convidados, cerca de 30 pessoas, a maioria da família. O pai do Sandro numa das cabeceiras da mesa e a velha na oposta. Segundo os arranjos da mãe do Sandro ela colocou os dois filhos bem ao lado da avó, e me designou um lugar afastado o suficiente para que nenhum atrito se consumasse entre mim e a velha. O clima era tenso e desconfortável, cada garfada que eu colocava na boca parecia não querer descer pela garganta. O Sandro me encarava sabedor do incomodo pelo qual eu estava passando. De longe, a velha se dirigiu a mim. - Você deve estar fora da sua zona de conforto, não é meu rapaz? Suas reuniões familiares devem ser bem mais simplórias! – provocou - Não, está tudo bem! Sou grato pelo convite e por passar esse tempo com meu namorado e sua família. – devolvi cortês. - Meu marido também veio da classe operária e construiu um império. É uma pena que só tivemos um filho idiota que mal consegue gerir o que ganhou sem esforço. – sentenciou, gerando um tremendo mal estar. – Sabe, olhando para você, um rapaz indiscutivelmente muito bonito e certamente excelente amante sobre uma cama, consigo entender o que meu neto viu em você, apesar de sua origem simplória. Os homens dessa família nunca foram muito seletivos, veja o caso do meu filho, engraçou-se pela primeira vagabunda que mirou sua fortuna. Os netos estão seguindo o exemplo do pai, não se podia esperar outra coisa, com uma mãe que não soube burilar o caráter de um verdadeiro homem! – a mãe do Sandro deixou a mesa, o pai dele não abriu a boca para defendê-la ou advertir a mãe, pois isso acabaria com as chances de ganhar o empréstimo do qual precisava. Silêncio total. - Certamente a senhora se parece muito com a sua nora, já que acaba de admitir que criou um idiota! – exclamei revoltado. A velha me fuzilou com o olhar. - Aposto todas as minhas fichas que você, meu rapaz, ainda vai destruir essa família! – revidou ela. - Já chega, vovó! Cale essa boca! O nome dele é Rafael, e não meu rapaz! – berrou inconformado o Sandro, esmurrando a mesa diante dela, o que a fez levar um susto pela reação explosiva. Ele veio até mim, pegou meus ombros e me levou para longe dali. Eu tinha lágrimas nos olhos, me virei na direção dele e o beijei. O casamento foi outra provação. Só faltou eu implorar de joelhos para o Sandro para não aceitar essa imposição dos pais, mas ele não teve brios suficientes para isso. Havia algo nele que o bloqueava quando o assunto era a família dele. Faltava-lhe coragem para se impor, faltava-lhe força para romper a relação doentia e opressora que eles tinham. Foi uma festa luxuosa para mostrar a minha família o quanto eles podiam esbanjar, embora a situação das empresas só tenha piorado após o pai dele não ter conseguido arrancar da velha a grana de que precisava. Tudo girava entorno de aparências. A maioria dos convidados foi selecionada por eles, para reafirmar o status na sociedade. Eram pessoas que nem eu nem o Sandro conhecíamos, e que estavam ali como estariam em qualquer outro evento social, para criticarem e serem vistos e mencionados nas colunas sociais. Nenhum deles estava interessado em nossa felicidade, nenhum deles se importava com o real sentido da nossa união. - Eu nunca devia ter concordado com a sua mãe, Sandro! Estou me sentindo péssimo, meus familiares, a quem tanto amo, estão sendo vistos como bichos de um zoológico ou de um circo por essa gente esnobe. - Não vá fazer um drama! Cada vez que você está no meio da minha família é a mesma choradeira, as mesmas reclamações! O fato é que você nunca gostou deles, nunca gostou do meu relacionamento com eles! – retrucou o Sandro ofendido. - Eu tentei de tudo para me aproximar da sua família, você é testemunha. Mas eu não me deixo manipular, eu não aceito resignadamente aquilo que não me serve ou que me desagrada. Fui contra essa festa absurda, eu só quero ter uma vida tranquila e normal com você. Não preciso de um casamento, de uma festa, de ostentação para saber que te amo. Também não preciso provar esse amor ao mundo, basta que você o sinta. Tudo o que me importa é a sua felicidade. E é por essa felicidade que eu venho cedendo a todos os caprichos e exigências da sua família, mas isso não pode continuar. – eu estava tão enervado e desgostoso com tudo que só queria sumir dali. - Eles são assim, o que eu posso fazer? Nem por isso você precisa fazer disso um drama toda vez que eles sugerem alguma coisa. Está me colocando entre a cruz e a espada, e eu não quero desapontar nenhuma das partes, entenda o meu dilema. – devolveu ele zangado. - O seu dilema se resume ao receio de ficar sem o dinheiro da sua família, essa é a verdade! Nós não precisamos disso para sermos felizes, eu tenho o meu emprego e você pode se empregar em qualquer outra empresa, que não a do seu pai. Eu nunca quis o status ou o dinheiro da sua família, já te disse isso um milhão de vezes. É você que não consegue se imaginar levando uma vida mais simples, não pobre, mas dentro das nossas possibilidades. Eu fui criado assim, nunca me faltou nada de material, sempre tive uma vida confortável e cercada de amor. É isso que eu valorizo, enquanto você acha que a felicidade só existe quando cercada de dinheiro, de luxos. Você nunca foi amado por seus pais como eu fui pelos meus, essa é a nossa grande diferença. – argumentei. - Sim, disso eu sei! Você foi tão amado pela sua família que deu o cu para todos os machos dela. Seu pai te amou tanto que não tirava a pica do seu cuzinho! – revidou furioso. - Não vou ouvir isso, Sandro! Não vou mesmo! O Tadeu é o melhor homem que eu já conheci, e você não chega aos pés dele! – desabafei, me excedendo com as palavras. - Para você, eu nunca vou estar à altura dele! Você cresceu trepando e fodendo com seu padrasto, ninguém vai chegar a esse grau de intimidade. Eu nunca vou ser o macho que você quer, porque sempre esteve cercado de um bando deles metendo as cacetas no seu cu. – retrucou. Eu o deixei falando sozinho em plena festa, pedi para meus pais me levarem embora aos prantos, e afirmei que o casamento terminava ali naquele momento. - Como assim, filhote? Vocês acabaram de assinar a papelada diante de oficial do cartório. – ponderou o Papi, me abraçando com sua ternura costumeira. - O Sandro sempre vai ficar ao lado da família dele, nunca do meu lado! – exclamei choroso - Não diga bobagens, Rafinha! Ele está apaixonado por você, sempre esteve e é capaz de mover céus e montanhas por sua causa! Tenha paciência com ele! É tudo muito novo e recente para ambos. – afirmou. - Mas não é capaz de mover uma palha contra a família dele! – sentenciei convicto. A nossa primeira viagem enquanto um casal não aconteceu. Eu voltei para a nossa casa e não respondi as chamadas e mensagens do Sandro. Ele só apareceu dois dias depois, para me levar para o nosso apartamento, o que recusei de tão bravo que estava. - Vai ser sempre assim, quando discordarmos de alguma coisa você volta correndo para o colo do seu Papi? – perguntou ele, me desafiando. - Eu te disse desde o começo que éramos incompatíveis, que nossos mundos eram muto diferentes. Talvez seja melhor encerramos tudo por aqui, antes que nos magoemos ainda mais! – ele ficou perturbado com a maneira sensata e tranquila das minhas palavras, não havia mais aquela exasperação nelas, não havia emoção nelas, apenas uma frieza cautelosa e preocupante. - Diga a verdade, Rafinha! Você nunca me amou, não é? Você só amou o tal do Betão, seu primo, e a todo instante me compara com ele. – seu olhar estava triste, sem nenhuma autoconfiança ele não se achava capaz de me fazer feliz, por mais que se emprenhasse. Tudo fruto da maneira opressiva como foi criado pelos pais. - Seu bobalhão! Você nem é capaz de avaliar o quanto eu te amo! Não existe outro homem que eu ame mais do que a você! Se não consegue enxergar e sentir isso, é porque nunca se importou com o que eu penso e faço por você. -devolvi. - Esqueceu de dizer, exceto seu Papi! – exclamou, vaidoso por eu ter reafirmado que o amava. - O quê? - Você disse que não existe outro homem que você ame mais do que a mim, mas esqueceu de mencionar o seu Papi! – esclareceu. - Tolinho! Ciúmes, do meu Papi, agora, que me fez até assinar uma certidão de casamento? Por que você é tão inseguro, Sandro? Meu amor é só seu, de mais ninguém! O amor que sinto pelo Papi é diferente, está noutra dimensão e não pode ser comparado ao que sinto por você. Você é o meu escolhido, é meu macho, é meu príncipe encantado, por mais brega que isso possa soar, é o homem com quem sempre sonhei viver uma vida inteira. – declarei, porque ele estava precisando ouvir aquilo, e porque era a mais pura verdade. - Sério? Sou tudo isso? - É claro que é! - Sabia que depois de todo casamento rola uma coisa chamada lua-de-mel, você fugiu da nossa e, é justamente onde e quando se trepa sem parar, esquecendo que existe um mundo fora das paredes onde se está transando. Meu cacete está agora esperando pelo seu cuzinho, e um bom marido não deixa o outro nessa secura. – sentenciou com um sorriso safado e convencido. - Sacripanta! Cafajeste! Malandro! – exclamei intercalado, cada vez que ele desgrudava a boca da minha e iniciava outro beijo libidinoso. Achei que fosse o fim da guerra, no entanto foi apenas uma trégua passageira que foi pouco mais além da viagem como um casal e, alguns meses que se seguiram após nosso regresso. O que não se faz pelo ser amado para vê-lo feliz? Creio que quase de um tudo. Eu sou a prova viva disso. Tínhamos passado o Natal com a minha família que, como não podia deixar de ser, acabou recebendo o Sandro de braços e coração abertos, apesar das reticências que Paulão, Marcelo e Thiago continuavam a impor por puro ciúme do cara que agora tinha a exclusividade das minhas carícias e do meu cuzinho. Porém, nada que os impedisse de terem um convívio salutar e até certo ponto amistoso. Portanto, nada mais justo do que eu concordar com o convite dos pais dele para passarmos o Réveillon com eles na casa de praia. Como de costume, a casa estava cheia de convidados, além de alguns familiares, pessoas com as quais tinham outros interesses também foram convidados. O Sandro sabia que eu detestava esses eventos com a família dele, mas eu não coloquei nenhum empecilho quando ele veio com a notícia. Chegamos no dia anterior à passagem de ano, o Sandro estava trabalhando muito nesses últimos meses, gerindo e controlando os negócios para os quais o pai vinha se mostrando cada vez mais relapso. Ele resolveu assumir boa parte dos problemas das empresas e chegava em casa tarde e exausto. Meu amor por ele era muito maior do que qualquer diferença que eu tivesse com aquela família. Chegamos à casa de praia no meio da manhã. Com a casa lotada de convidados, um batalhão de empregados se desdobrava para atender as exigências e frescuras daqueles hóspedes esnobes. - Suas mãos estão suadas e frias! – exclamou ele, quando descemos do carro na garagem onde um verdadeiro festival de carros de luxo ocupava cada canto do espaço. – Não gosto de te ver tão abalado e nervoso. Lembre-se de que estou aqui ao seu lado, e principalmente, de que te amo por demais. – acrescentou, me beijando carinhosamente na boca. - Ora, ora se não é o casalzinho ainda em lua-de-mel! – exclamou o irmão dele, Bruno, vindo ao nosso encontro quando nos viu chegar. – A casa está cheia, tomem cuidado onde vão trepar! – acrescentou sarcástico. - E aí, tudo bem? – cumprimentou o Sandro. - Oi, Bruno! Como vai? – cumprimentei. Eu não simpatizava com ele, havia algo em seu olhar e na maneira arrogante como me tratava que me impedia de tolerar sua presença. Ele estava ciente dessa aversão e não perdia a chance de me provocar quando tinha a oportunidade. Como em relação a todos os demais membros da família, eu fazia um esforço sobrenatural para agradá-los e ser o mais cortês possível, o que sempre deixava com a sensação de estar pisando em ovos. - Bem melhor agora que você chegou! – exclamou provocativo. – Dessa vez parece que resolveram juntar toda a velharada e quem foge à regra está mais para baranga do que para qualquer outra coisa. – sentenciou. - Trate de se comportar e ser educado com o Rafinha, Bruno! O que em outros termos significa, fique longe dele e sem nenhuma gracinha, entendeu? – cobrou o Sandro, conhecendo as safadezas que o irmão era capaz de fazer. - Claro maninho! Quanto ciúme! O Rafinha é todo seu, não precisa ficar me avisando a todo momento! – retrucou irônico e com um risinho malicioso. - Te conheço, cara! Bem, está avisado! – revidou o Sandro. Assim que entramos no quarto para deixar nossa bagagem, o Sandro veio me abraçar e roubar mais um beijo enquanto bolinava com a minha bunda. Meu corpo todo tremia nos braços dele. - Você precisa se acalmar, amor! Confie em mim, estarei ao seu lado o tempo todo. – asseverou. Me agarrei aos bíceps dele e tomei isso como uma verdade. Acabou sendo um dia tranquilo, o Sandro e eu nos mantivemos um pouco mais afastados dos outros, o que não constituía nenhuma falta de educação, uma vez que ainda pairava a desculpa de sermos recém casados com o tesão ainda à flor da pele, qualquer toque sutil era o suficiente para minutos depois estarmos engatados um no outro saciando nossos desejos carnais. Apenas após o jantar, por volta das 22:30h quando o Sandro conversava com o pai e uns parentes na varanda da casa e eu, enfadado pela conversa, fui dar uma volta pelo jardim, pois fazia uma noite de lua cheia e temperatura agradável depois do calorão que assolou o dia. Próximo à garagem, entre os carros enfileirados que não couberam dentro dela, acabei topando sem querer com a mãe dele e um cinquentão tesudo que me fora apresentado como sendo o sócio majoritário do pai dele numa empresa que não tinha os mesmos problemas das que o pai dele geria. Preciso admitir aqui, que o sujeito pouco entrado na casa dos 50, continuava sendo um tremendo macho desejável; um pouco de grisalho entremeado na vasta cabeleira, um rosto anguloso e viril, um corpão atlético que ensejava uma masculinidade latente e, um olhar de predador que deixava a gente com as pernas bambas. Eles demoraram a notar a minha presença, uma vez que, assim que os flagrei, me mantive atrás de uns arbustos. O sujeito beijava lascivamente a mãe do Sandro, que se pendurou no pescoço dele, enquanto ele segurava um dos seios expostos dela na mãozona e o chupava sensualmente e, com a outra enfiada debaixo do vestido atiçava a boceta fazendo-a gemer. Foi quando eu estanquei ao presenciar a cena que esbarrei nos galhos dos arbustos e me fiz notar. Ambos me encararam e, como já era tarde para disfarçarem e inventarem qualquer justificativa, se recompuseram às pressas. Eu fingi não ter visto e desviei meu caminho para outro canto do jardim. Analisando friamente a questão, era perfeitamente possível compreender os motivos que a levaram a trair o marido. O pai do Sandro era um sujeito sem graça, uma década mais velho que ela, que tingia os cabelos e passava horas em sessões de bronzeamento que o deixavam com uma aparência esdruxula. Isso sem mencionar as inúmeras cirurgias plásticas a que se submeteu para parecer menos decrépito, com resultados bastante questionáveis. Aliado à sua soberba, herdada da mãe, era uma criatura que inspirava mais repulsa do que atração. Uma traição conjugal nunca se justifica, mas a mãe do Sandro tinha motivos suficientes para se arriscar e receber de um homem aquilo que o pai dele mal tinha a oferecer. Começou aí um dilema de consciência. Eu devia contar ao Sandro o que presenciei ou devia me manter calado? Contar significava que ele ia tomar satisfações com a mãe e uma provável discussão ia inevitavelmente acontecer às vésperas do Ano Novo. Não contar significava não ter compartilhado com ele o que eu sabia e, quando ele ficasse sabendo desse caso extraconjugal da mãe e que eu sabia disso e não lhe contei, ele ficaria no mínimo desapontado comigo, para não dizer furioso e revoltado, colocando a confiança que sentia em mim em xeque. A bem da paz daqueles dias, resolvi não contar nada, mas o faria tão logo voltássemos para nossa casa. Na manhã da passagem de ano, ao me dirigir até a cozinha para beber água, encontrei a mãe dele aflita e dando uma bronca na governanta que geria os demais empregados por conta de não ter sido avisada de que a bebida preferida da sogra havia acabado e isso seria mais uma desculpa perfeita para a velha descarregar seus ressentimentos sobre ela acusando-a de nem conseguir dirigir uma casa decentemente. - Achei que ainda havia uma garrafa na despensa, mas me enganei! – justificava-se a pobre mulher. - Você não é paga para achar, mas para fazer! – retrucou a mãe do Sandro. – Essa velha vai fazer um escarcéu por conta disso, você a conhece! Vai me acusar de ser incapaz até de cuidar da criadagem! – despejava agoniada sobre a governanta. Ela se calou quando me viu entrar na cozinha. - Desculpe, eu não quis interromper! – exclamei, dando meia volta. - Espere Rafinha! Queria alguma coisa? – perguntou, me detendo - Não é importante, pode esperar! Eu só vim tomar um pouco de água. - Entre, venha! – me chamou de volta. – Providencie o que o senhor Rafael está pedindo, por favor! – ordenou à governanta. Enquanto tomava a água, me atrevi a perguntar se podia de alguma forma ser útil ou ajudar com alguma coisa, dado que a aflição no semblante dela continuava lá. - Não obrigado, não se preocupe! Vou assumir o descuido e me submeter às criticas da velha! – afirmou - Do que se trata? Talvez eu possa ajudar! – insisti - O gim que ela toma acabou, pensamos que ainda havia uma garrafa na despensa, mas não havia. – esclareceu. - Substitua-o por outra bebida, talvez até outro gim, ela nem vai desconfiar, uma vez que passa a maior parte do tempo bêbada. Também seria uma ótima oportunidade para acrescentar um pouco de alcalóides, cetamina e escopolamina ao drinque para tirá-la de circulação. – devolvi, o que fez tanto ela quanto a governanta esboçarem um sorriso de concordância. - Ela só toma desse gim específico, o Martin Miller’s 9 Moons e, como ela própria prepara os drinques afirmando que ninguém consegue lhe preparar um drinque que preste, essa solução não vai funcionar. - Será que nenhum supermercado da região tem esse gim? – perguntei com a minha total ignorância quanto à bebidas alcoólicas. - O que, um Martin Miller’s cuja garrafa custa mais de €400,00? Impossível! – respondeu ela. - A senhora se recorda de que sua sogra mencionou ter tomado e até estranhado que um hotel de Angra dos Reis tivesse esse gim? Talvez pudéssemos comprar uma ou duas garrafas com eles. – sugeriu a governanta. - Ligue para lá e pergunte! Vou dar um jeito de mandar alguém ir buscar. - Posso fazer isso! O Sandro ainda está dormindo e eu não o quis acordar. Ele deve dormir até a hora do almoço, vem chegando bastante tarde todos os dias do trabalho e está bem cansado. – afirmei, me dispondo a ir à caça do tal gim, o que me daria a chance de ficar longe daquela casa por algumas horas. - Eles têm, senhora e no bar do hotel é possível adquirir as garrafas. – avisou a governanta. - Pronto fechado, eu vou lá buscar! – exclamei. - Obrigado Rafinha! Nem sei como agradecer! Você tem sido uma benção na vida do meu filho, nunca o vi mais feliz. A maneira carinhosa como cuida dele, se preocupa com seu bem-estar, o cobre de afagos é algo que ele nunca teve, preciso admitir e me penitenciar enquanto mãe. - Eu amo seu filho! Amo muito e só quero a felicidade dele! – devolvi. - Eu sei, Rafinha! Eu sei! – retorquiu, vindo me abraçar. – Quanto ao que você ontem à noite no jardim .... – começou constrangida. - Ontem à noite? No jardim? Não me recordo de ter visto nada! – exclamei de pronto, para que ela não se sentisse humilhada. - Você é um bom rapaz, Rafinha! Fico feliz que o Sandro tenha percebido isso e que se apaixonou por você. Vocês dois merecem ser felizes, algo raro nessa família. – continuou ela, pousando um beijo na minha bochecha. Fui até a garagem para pegar o carro e dei de cara com o irmão do Sandro. - Quando é que vamos apreciar essa belezura de sunga? A galera está tomando sol no ancoradouro e na prainha, venha se juntar a nós. – propôs, pegando acintosamente no pauzão que criava um volume enorme no short que estava usando. O irmão do Sandro, não fosse a personalidade controvertida e o caráter duvidoso, não deixava de ser um tremendo e sedutor macho. Sua compleição física pouco destoava da do irmão, era tão parrudo e musculoso quanto, tinha um rosto hirsuto e viril, caminhava com as pernas sempre ligeiramente afastadas como se o cacetão que tinha entre elas o impedisse de juntá-las, e tinha um olhar tão penetrante que parecia enxergar até os ossos de quem estivesse diante dele. E, tinha um ciúme quase doentio pelo irmão três anos mais novo. Invejava-o em tudo, pelas conquistas, por sempre ter sido um estudante muito mais competente, por sempre ter sido o preferido pelas garotas e, talvez no que mais o incomodava, de estar apaixonado e estar vivendo essa paixão com um gay que satisfazia todas as taras do irmão. Ele me desejava como um leão deseja uma gazela. Sentia tesão, tinha ereções por minha causa, cobiçava minha bunda e não conseguia disfarçar essa tara. - Obrigado! Me dispus a ajudar sua mãe indo buscar o gim para a sua avó num hotel em Angra. – respondi. - Isso fica longe para caralho pela estrada, e que deve estar congestionada devido o Ano Novo. Você vai levar um tempão para chegar lá e outro tanto para voltar. A velha não merece esse sacrifício! – afirmou. - Sem problema! Não estou fazendo por ela, mas por sua mãe que está aflita com as críticas dela. – retruquei. - Eu te levo com a lancha, é bem mais curto e rápido! – sugeriu. - Acho melhor não! - Por quê? Não quer deixar o Sandrinho com ciúme? - Ele sabe muito bem que não tem motivo algum para sentir ciúme! – devolvi - O que é então? Está com medo de se apaixonar por mim também? Sei que andou apaixonado por todos os seus primos e até tios a ponto de se deixar enrabar por todos eles. – revidou sarcástico. - Bem, isso jamais aconteceria com você, pode ter certeza! Não há nada em você que me atraia, pelo contrário! - Você diz isso por despeito, nunca provou disso aqui! – retrucou, dando outra boa pegada na rola. - Vá se catar! – exclamei exasperado. Ele riu e quis pegar na minha mão para levá-la até a pica. Ultrajado, acabei o esmurrando no tórax de onde saiu um ruino oco. - Quanta violência! Aposto que você não dá socos no Sandro quando ele se propõe a te enrabar. – debochou. – Vá, deixa de bobagens, eu te levo até lá e prometo ser um bom menino. Não seja tão melindrado por qualquer coisa que eu falo. Já devia me conhecer, curto implicar e provocar as pessoas. Não me sentia nem um pouco confortável em sair com ele na lancha, mas tive que admitir que não levaríamos nem a metade do tempo, indo e voltando, do que eu levaria pela estrada apenas para chegar ao hotel. Ainda tentei convencer umas pessoas da galera para nos acompanhassem, me sentindo mais seguro, mas ninguém topou; o sol e as águas cristalinas e mornas eram um bom argumento para não quererem sair dali. A única que se mostrou mais interessada foi a garota que ele trouxe para o feriadão. Era uma xucra deslumbrada com todo aquele luxo, talvez até uma garota de programa que ele contratou com essa finalidade, pois a flagrei diversas vezes fazendo contato visual com os carinhas e até com os homens mais velhos, achando que podia encontrar no meio deles algum que lhe bancasse futuramente algumas mordomias. Quando a peguei secando o cacetão do Sandro, me aproximei dela e a precavi – se te flagro mais uma vez cobiçando a rola do meu macho, meto a mão nessa sua cara de putana – num sussurro que só ela pode ouvir. Porém, assim que ela se mostrou interessada, o irmão do Sandro deu um chega para lá nela sem o menor respeito. Com o Bruno acelerando os dois motores da Azimut Fly 56, vi o ancoradouro ficando para trás. Ele parecia um garotinho brincando com seu brinquedo favorito pilotando a lancha do flybridge. Com mar calmo e pouco vento, procurei desfrutar da paisagem, enquanto ele me lançava de tempos em tempos um sorriso que chegava a gelar os ossos. O tempo previsto para aportarmos em Angra era de aproximadamente 75 minutos, o que me levou a tirar a camiseta e me deitar numa das espreguiçadeiras. Com os olhos fechados, não percebi a aproximação do Bruno, quando dei por mim, ele estava ao meu lado só de cueca, a lancha seguia conduzida pelo piloto automático. Dei um salto me aprumando na espreguiçadeira. - Agora é uma ótima oportunidade para você se esbaldar na minha caceta! – exclamou, alisando a gigantesca ereção que distendia o tecido da cueca. - Cretino! Essa merda pode colidir com algum obstáculo e nos matar! – afirmei, temeroso de que a lancha topasse com alguma coisa. - Obstáculo? Onde? Não tem porra nenhuma a nossa volta, pode conferir! - Volte para lá Bruno, estou te pedindo! - Só se você der uma bela mamada no meu cacete! – impôs. - Não vou fazer isso, esqueça! É um acinte você me fazer essa proposta, sou esposo do seu irmão. – devolvi - Uma razão a mais para tornar essa experiência ainda mais excitante. Não vá dar uma de puritano comigo, seu veadinho safado! Todos sabem que você é chegado numa boa rola. Mama, veado! – exigiu, tirando a benga para fora. Eu quis me levantar para me afastar dele, mas fui agarrado assim que fiquei em pé. Começamos a lutar. Ele, muito mais forte do que eu, não teve dificuldade em me jogar no chão do deque e vir para cima de mim. Meus gritos eram levados pela brisa e se perdiam entre as ilhotas do caminho. Disposto a meter o caralhão no meu cuzinho, ele conseguiu arrancar a minha bermuda, apesar dos chutes e contorcionismos que eu fazia para me livrar dele. No arriar da bermuda, a cueca foi parar na metade das minhas coxas e, com a bunda exposta, senti as mãos ávidas dele se apossando dela. Tentei dar uma joelhada no sexo dele, o que me custou uma tremenda bofetada na cara. - Se tentar fazer isso de novo, meto-lhe um soco na cara! – ameaçou feroz. - Quem vai te meter socos na cara é o Sandro quando eu contar o que você está fazendo comigo! - Isso é o que veremos, se você ainda tiver coragem, depois que eu arregaçar esse cuzinho! Vou foder teu cu, veado! Mete isso na sua cabeça e pare de resistir, vai ser melhor para você! - Prefiro morrer do que sentir você dentro de mim! Ao terminar a frase, consegui acertar uma joelhada por baixo do sacão dele e, escapar de suas mãos que foram cobrir o sexo dolorido. Estava a procura de algo com que pudesse me defender quando ele voltou a me atacar. Recomeçamos a lutar e, enquanto eu tentava correr acabei escorregando e batendo a cabeça nos tubos de aço inoxidável que cercavam o deque, perdendo o equilíbrio e caindo no mar. Ao passar por mim, a popa ainda colidiu comigo em outra pancada na cabeça que me fez perder os sentidos e, por pouco não fui tragado pelas hélices dos motores. Pessoas de uma embarcação nas proximidades presenciaram a briga e minha queda na água, enquanto o Bruno corria para o flybridge a fim de parar a lancha. Quando voltei a mim, estava quase nu numa maca de um Pronto Socorro agitado. Parte dos meus ombros estava coberta de sangue coagulado, assim como o tórax. Pontadas agudas vinham de algum lugar no topo da cabeça e, quando quis levar a mão até lá, fui impedido por uma mão que segurou meu braço. - Calma, não pode mexer aí, você acabou de levar uma porção de pontos na cabeça! – disse a voz de uma silhueta feminina que começava a ganhar contornos mais nítidos. – Doutor, ele acordou! – ouvi, em seguida. - Onde estou? - No Pronto Socorro! Um pessoal te trouxe até aqui depois que caiu no mar e foi atingido pela lancha. – esclareceu um sujeito de uns trinta e poucos anos que trajava um jaleco e tinha a cara amassada como se não dormisse há dias. – O delegado também está a sua espera para tomar um depoimento. – acrescentou. - Delegado? Por quê? - Segundo quem te trouxe ao hospital parece que se trata de uma tentativa de homicídio. – disse o médico. - Não! Onde está o Bruno? Preciso falar com o Bruno! – retruquei agitado. - Calma, calma aí! Vai acabar caindo da maca, e eu já estou até as tampas de tanto serviço. – disse ele, contendo meus braços. – Quem é esse tal de Bruno? Foi ele quem te jogou no mar? - Deve ser o sujeito bonitão lá fora que deu o maior escândalo na recepção do PS. – disse a enfermeira. – Precisaram chamar os seguranças e até a polícia, o sujeito queria esmurrar todo mundo. - E é no meu plantão que aparecem esses babacas! – exclamou o médico. – Peça para o delegado entrar. O garotão aqui está liberado para conversar com ele. Quando terminarem, me avise para eu poder dar alta para ele. – complementou - Pode me explicar o que aconteceu? – foi a primeira pergunta do delegado quando se sentou ao lado da maca. - Não me lembro direito! - É melhor falar a verdade de uma vez, vai nos poupar muito tempo! - Eu já disse, não lembro! Acho que foi a pancada na cabeça! - O médico assegurou que não tem nada com a sua cabeça, a não ser uma laceração que já foi suturada. – retrucou ele. – Quem é o marrento lá fora? São parentes? - É meu cunhado! - Testemunhas afirmaram que vocês estavam brigando no convés da lancha antes de você ser jogado no mar, isso confere? - Não sei! - Garoto, não me enrole! Por que estavam brigando? Onde foram parar as tuas roupas? Quando te resgataram você estava perdendo até a cueca. Você e seu cunhado estavam de fodelança e rolou uma DR que acabou em pancadaria, foi isso? – não respondi, ele já sacara tudo. - Eu quero e vou ver o meu parceiro, com ou sem autorização de médico ou quem quer que seja! Tenta me impedir, para ver o que te acontece! – ouvi, vindo do lado de fora da sala de emergência. Era a voz do Sandro, era o Sandro, apavorado e desesperado correndo para me abraçar. - Você é quem? – perguntou o delegado, que parecia estar começando a curtir todo aquele barraco. - Sou o marido dele! – respondeu de pronto. – Quem fez isso com ele? - Acho que a pessoa mais indicada para te dar essa resposta é seu irmão que fez um escândalo no PS e me obrigou a vir até aqui. Parece que a sacanagem que era para rolar numa boa acabou não sendo tão pacífica. – tripudiou o delegado. O Bruno vazou logo após a chegada do Sandro que fora avisado pela polícia quando acordou, deixando a família toda sobressaltada. Na certeza de ter que acertar as contas com o irmão, ele achou por bem fugir dali, antes que as coisas se complicassem ainda mais para o lado dele. Os dois acabaram se engalfinhando quando chegamos em casa. Foram necessários alguns dos convidados e uns empregados para separar os dois. O Sandro jurava que ia acabar com a vida do Bruno, nem que fosse a última coisa que ia fazer. A polícia também estava lá à procura do Bruno, pois as testemunhas que me resgataram confirmaram que foi ele o responsável por eu ter caído no mar. O delegado não ia abrir mão de indiciá-lo por tentativa de homicídio, e levá-lo até a carceragem. Eu só queria sumir dali, voltar para nossa casa em São Paulo, e esquecer aquele dia; quando outro barraco começou a rolar na varanda da casa. A velha reclamava da nora por causa do gim, despejando sobre o filho a incompetência da nora para algo tão simples quanto providenciar as bebidas certas para os convidados. A resposta da mãe do Sandro já esgotada com tudo que tinha acontecido e, que fora mais uma vez chamada de vagabunda, foi explosiva. - Quem é você sua velha rameira para falar de mim? Todos sabem que esse seu secretário com quem desfila por aí, não passa de um gigolô barato que preenche sua boceta murcha! Puta velha! Some da minha frente! Atílio, leva essa cadela para longe das minhas vistas, se eu cruzar mais uma vez com ela dentro dessa casa, não sei o que sou capaz de fazer. – gritava ela para o marido, enquanto jogava os copos para os drinques que estavam numa bandeja sobre a velha apavorada. Os convidados mal respiravam, para não perder nenhum lance daquele barraco tragicômico. - Eu bem que avisei que esse moleque ia acabar destruindo a família! – exclamou ainda a velha, vendo ruir diante dos olhos aquilo que há muito já não podia mais ser chamado de família. - A mamãe está certa, está na última hora de você nos deixar em paz! Nada disso estaria acontecendo se você tivesse sabido como criar um filho. – afirmou revoltado o Sandro, que já não suportava mais ouvir a avó me chamando de moleque. - Eu até aprendi a gostar do mole.... do Rafinha! Ele está conseguindo fazer de você um homem de verdade, não um pau mandado como o incompetente do seu pai. Algo que ninguém conseguiu fazer de você e do seu irmão até agora. – continuou a despejar a velha. – Ele tem mais brio do que toda essa família junta! Veja se não dá uma de idiota e deixa o mole.... o Rafinha escapar! Eu no lugar dele, já teria dado um pé na sua bunda e de todos aqui. – completou. Antes da meia-noite estávamos em casa, aquele Réveillon seria apenas nosso, longe de qualquer confusão, só o Sandro e eu abraçados vendo os fogos pipocando e explodindo do céu através das portas de vidro da sala. - Quer ir até a casa dos teus pais, estão todos lá? – perguntou, quando afagava minha cabeça apoiada em seu peito. - Não! Quero ficar aqui com você! É tudo que preciso. - Me perdoe por ter te levado para aquele antro, por ter te feito sofrer nas mãos do Bruno, por ter que ouvir pela enésima vez os desaforos da minha avó. Isso tudo acabou, Rafinha. Não vou mais manter contato com a minha família, ela morreu para mim. - Serão sempre sua família, bastante adversa, mas sua família. Deixe as coisas esfriarem, depois você toma uma decisão. – ponderei. - Você é tão doce e compreensivo porque sempre esteve cercado por uma família que te apoiou e incentivou, que te protegeu e te amou. Sinto uma ponta de inveja, nunca tive nada além de dinheiro à disposição para gastar sem nenhum controle. - Mesmo assim você se tornou o cara mais fofo, querido e lindo que alguém podia desejar. Sou um sortudo por nossos caminhos terem se cruzado e você me amar como me ama. – devolvi. – Só tenho um pedido a fazer. - Qual? Diga, seja o que for eu sou seu escravo, faço tudo por você, amor! - É bem fácil! Entra em mim e só saia depois de me deixar todo molhado. – pedi, olhando fixamente nos olhos dele enquanto acariciava seu rosto. Ele abriu um baita sorriso. - Só isso? Tem certeza? Isso eu quero mais que tudo nessa vida, entrar fundo em você e deixar que acalente minha rola numa paixão sem fim. Os últimos fogos estavam estourando lá fora quando ele derramava sua virilidade abundante e viscosa no meu ânus arreganhado, envolto nos meus braços, numa paz que ambos mereciam.
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