De ninfeto sexy a espião uma jornada libertina 4

Naquela mesma semana recebi um bilhete de Sir Drynsdale exigindo que eu fosse ao escritório do Sr. Urtiza, o advogado que ele mencionou caso precisasse entrar em contato urgente com ele. Todo um andar estava reservado para o escritório luxuoso num edifício em uma área nobre da cidade. Uma senhora elegante se apresentou como sendo a secretária, e eu a segui até uma antessala onde me mandou aguardar até o Sr. Urtiza me chamar. Quem abriu a porta minutos depois foi o próprio Drynsdale me indicando uma poltrona de couro diante da mesa que ocupou. Imediatamente desconfiei que jamais existiu um Sr. Urtiza, embora houvesse uma placa no hall de entrada – Arián Urtiza & Abogados Asociados – que não deveria passar de uma fachada para o que realmente acontecia naquelas salas.
- Estou há dias sem notícias suas! Por onde andou? É impossível que não tenha nenhuma informação relevante daquele encontro de generais alemães na residência do general Krause, a cúpula militar alemã estava reunida lá. – cobrou ele.
- É que não consegui descobrir ao certo do que trataram. – respondi, pois ainda não havia ficado claro de que tipo contrato estavam falando.
- Quem sabe se não se deixou perder na cama do general que o fez esquecer da sua missão em prol do prazer! – exclamou petulante. – Ou talvez daquele jovem alemão, cuja real identidade ninguém conhece, mas que sabidamente tem estreitas ligações com os militares alemães, no apartamento do qual passou uma noite, digamos assim, idílica! – acrescentou, num tom de deboche
- Se tem todas essas informações, por que não descobriu por si mesmo do que se tratava a tal reunião? – perguntei, ele desferiu um soco na mesa.
- Esqueceu-se quem é que está custeando todo esse luxo no qual você vive, Sr. Adnan? Esqueceu-se que está compromissado comigo e que posso mudar drasticamente a sua vida e a da sua família? Pois é bom que mantenha isso em mente, e foque naquilo que é importante, e não no prazer que desfruta com os homens na cama. – despejou raivoso.
- Já o mandei à merda uma vez, e o faço novamente! Não pedi para estar nessa situação, nunca me aliei a sua causa ou, seja lá de quem for. Fui enredado nesse caminho sem ter opções. Também lhe trouxe mais informações do que me pediu, e sei que foram importantes. Portanto, Sir Drynsdale, pare de me ameaçar, pare de me pressionar, pois quem está correndo todos os riscos sou eu, e dê-se por feliz se eu não resolver passar informações para os alemães. – ameacei
- Garanto-lhe que não sobreviverá por uma hora depois que o fizer! – ameaçou
- Será mesmo, Sir Drynsdale? Será que não estarei mais seguro nos braços do general Krause, que me deseja mais que o próprio ar que respira, como acabou de insinuar? Até onde eu sei, não são os britânicos que estão numa boa posição na Espanha, mas os alemães. Quer testar até onde eles desfrutam de prestígio? – revidei, pois já não aguentava mais olhar para a cara daquele homem e me deixar submeter às suas regras.
- Estamos ambos exaltados, e isso não nos levará a nada! – disse, controlando as emoções. – O que conseguiu descobrir? Mesmo que pareçam dados desconexos, pode ser algo importante. – acrescentou, tentando me apaziguar
- Estavam lá três generais, além do Krause e um civil atarracado, provavelmente espanhol pela aparência. Um dos generais era o Richter, daí meu receio de ser descoberto e identificado por ele. Conversaram em inglês que, por sinal, o civil falava muito mal. A distância não me permitiu ouvir mais que algumas frases ditas num tom ligeiramente mais alto, falaram de minas em Castilla e Léon bem como de Cerva e Ribeira da Pena em Portugal, de comboios que partiriam das minas rumo ao Porto e de lá para portos alemães no Báltico. Citaram também a palavra volfrâmio, que agora sei tratar-se de um minério do qual se extrai tungstênio e que é usado para reforçar ligas metálicas usadas em granadas, mísseis e outros armamentos. – declarei
- E você acha que isso não é importante? Há tempos não temos uma informação dessa magnitude! Fique na cola do general Krause, descubra quem é esse civil que participou da reunião e o que faz. Concentre-se apenas nisso doravante, até obtermos todas as informações. – exigiu.
- Não sei se haverá outra reunião, e se vou poder estar nas proximidades, dependo dos convites do general Krause para estar perto dele. – retruquei.
- Você sabe muito bem como colocar esse general comendo na sua mão. O homem não se segura quando você está perto dele. – eu detestava quando ele me impunha essas exigências me fazendo passar por um pervertido, determinando a me prostituir para conseguir as informações que queria, e que a mim pouco importavam. No entanto, não me restava muito além de continuar seguindo as regras, até a palavra já estava me desencadeando um ranço.
Estava proibido de procurar a Molly, de sermos vistos juntos, de mantermos contato, mas ninguém havia dito nada de ela me procurar. Quando recebi sua ligação aflita não hesitei em me dirigir à casa dela. Não nos víamos desde o Marrocos, há mais de um ano, e ambos estávamos ressentidos daquele afastamento forçado. Ela se atirou em meus braços e abriu aquele sorriso amplo e sincero que tanto bem me fazia, quando veio me receber.
- Juan, meu querido! Sinto tanto a sua falta, nossas conversas, seu carinho, suas piadas, nossa amizade. – declamava ela emocionada, sem me largar. – Veja onde estou, sozinha nessa casa, privada de amigos e tendo que me manter escondida como se fosse uma criminosa. Isso não é vida, meu querido! Não é vida!
- Também sinto a sua falta, Molly! Sua partida me deixou um grande vazio. – afirmei, deixando que ela cobrisse meu rosto com seus beijos.
- Eu sei que fomos proibidos de nos encontrar, mas não sabia mais a quem recorrer. Preciso muito da sua ajuda! –
- É claro! No que posso ajudar?
- É um amigo, um bom e velho amigo como você! Ele também está em apuros, como eu, sendo perseguido pelo governo espanhol e pelos alemães que acreditam que esteja trabalhando a favor dos britânicos, o que não deixa de ser verdade. Ele também colabora com a causa e está sendo seguido há dias. É uma questão de tempo para que o capturem e o acusem de qualquer coisa que justifique sua execução. Precisa me ajudar, Juan! – ela mal tomava folego para falar. – É um cara extraordinário, você vai ver! Andrew Gosford é o nome dele, Drew, para os amigos. Quando começou a carreira em Londres, depois de se formar engenheiro, trabalhou numa repartição do governo que não me recordo agora. Quando a crise com a Espanha se agravou antes da Guerra Civil, mandaram-no para o Protetorado, não sei para quê. Pensando bem agora, não sei como não os apresentei naquela época, talvez porque ele esteve trabalhando em Tétuan. Bem! Mas onde quero chegar é que não posso mais abrigá-lo aqui em casa, eu mesmo devo partir para a Inglaterra dentro de uma semana. Preciso fugir, Juan. Preciso fugir para assegurar a integridade da minha filha e a minha própria. Fui orientada por Sir Drynsdale a deixar a Espanha o mais rápido possível, ele ouviu rumores de que eu seria presa e acusada de conspirar contra o governo espanhol. E é aí que você entra. Preciso que abrigue o Drew na sua casa. Ninguém vai suspeitar de você que tem ligações tão estreitas com a cúpula militar alemã, estar dando cobertura a um britânico intrometido. – lá estava eu novamente sendo enredado em outra trama.
- Sempre Sir Drynsdale por trás de tudo! Odeio esse sujeito, Molly, verdadeiramente odeio! A história é sempre a mesma, ele ouviu rumores, ele soube de fonte segura, ele recebeu a informação, ele teve contato com fulano e sicrano e quem precisa enfrentar o desconhecido são os outros, aqueles que ele manipula como marionetes, aqueles que ele têm em suas mãos. – despejei
- Não o recrimine tanto, as intenções dele são boas e seu trabalho é muito importante para o governo britânico. – apaziguou ela.
- Já diz o ditado, de boas intenções o inferno está cheio! Assim como eu estou cheio das regras dele! – devolvi
- Então, vai me ajudar? Isto é, vai ajudar o Drew? Tenho certeza que vocês dois vão se dar muito bem! – afirmou, esboçando o primeiro sorriso, um tanto quanto malicioso.
- Aonde quer chegar com essa conversa? Não me diga que ele sabe de mim? – perguntei
- Não tive como não contar, mas isso não faz diferença para ele. Conhecendo-o como conheço, com todo aquele fogo de um garanhão, eu diria que ele vai ficar encantado com você, com seu rostinho de garoto desprotegido, com essa bunda de fazer inveja a qualquer mulher. – afirmou, pendurando-se no meu pescoço.
- Isso significa que ele também já me acha um veadinho promíscuo que passa de mão em mão por tudo que é homem. Só de pensar já sinto raiva de mim mesmo, por ter deixado a situação chegar a esse ponto, de todos me manipularem segundo seus interesses. – retruquei
- Não diga bobagens! Nem pense que todos são tão moralistas! Você é um garotão atraente e muito bonito, é normal que seja cobiçado e que se envolva com quem te deseja. Não há pecado algum nisso, Juan! No fundo todos sabemos que esses homens só se aproveitaram de você, da sua ingenuidade, do seu carinho, da sua beleza. Veja o quanto já fez e conquistou, orgulhe-se de você mesmo! Sem sua ajuda a causa não teria obtido tantas e tão importantes informações. – devolveu ela, sempre carinhosa e amiga.
- E onde está esse tal de Drew? Levo-o para casa dentro de uma caixa ou de uma bolsa agora, ou quando? – perguntei
- Ele foi resolver um assunto, estava sendo seguido quando o vi dobrar a esquina e deve ter tido trabalho para despistar o sujeito, por isso está demorando. – revelou, voltando a ter uma expressão preocupada. – Ah! E o mais importante, não diga a Sir Drynsdale que ele esteve abrigado aqui em casa e nem que o está abrigando, ele não pode saber. – acrescentou. Todos tinham seus segredos, todos escondiam algo naqueles dias turbulentos de uma Europa às voltas com a guerra.
Já era noite quando o Drew voltou, a Molly e eu havíamos jantado e estávamos sentados na sala rememorando os dias quentes e ensolarados em Tânger e as escapadas até as praias para um piquenique sem preocupações. Ele entrou agitado, afirmando ter sido seguido e só então notando a minha presença. Disfarcei bem o suspiro que soltei ao vislumbrar aquele homem atlético e alto, que devia ter por volta de trinta anos, metido num terno alinhado com os cabelos castanhos desalinhados e aquela barba por fazer que lhe dava uma aparência máscula e viril. Ele caminhava com passos firmes, porém ágeis como os de um grande felino, sedutoramente sensual, tão sensual que provocava arrepios e pensamentos libidinosos.
- Este é o Juan, perdão, Adnan! Adnan Tremblay Al-Kudsi como se chama agora. Este é o Drew! – apresentou a Molly.
Ele veio até mim como que hipnotizado, pegou minha mão antes que eu a estendesse, e a apertou com uma força descomunal.
- É você que vai cuidar de mim? – perguntou, me encarando como se eu fosse uma espécie de ídolo.
- Não seja assanhado, Drew! É você quem deve cuidar dele, e não o contrário! E seja ajuizado, o Adnan não está acostumado a ser encurralado por brutamontes como você! – enfatizou a Molly, dando uma piscada na minha direção.
- Será um prazer cuidar de você! – exclamou o Drew, sem tirar os olhos do meu corpo. Por que me veio a certeza de que em poucos dias esse macho cheio de atitude e testosterona estaria enfiando sua jeba no meu cuzinho? E pior, eu achando tudo muito prazeroso? Virei uma puta, só isso explicava essa atração incontrolável que senti por esse homem.
Ao levá-lo comigo para casa tive a sensação de estar levando um tigre de estimação, um tigre que talvez não demorasse a me cravar suas garras fazendo-me sua presa para os mais tórridos momentos de luxúria. Alojei-o no quarto de hóspedes, onde passou apenas as três primeiras noites, depois disso, não saiu mais da minha cama e meu cuzinho não teve mais nenhum momento de sossego, pois seu cacetão enorme vivia excitado correndo atrás de mim pela casa.
Tudo começou na noite em que ele apareceu no Clube. Passava da meia-noite quando veio acompanhado de uma mulher jovem e dois casais, ocuparam uma mesa junto ao palco e pediram algumas bebidas, apesar de nenhum deles estar muito sóbrio. Conversaram animadamente e riam bastante, não sei se pelo que um dos homens contava ou se motivados pelo que já tinham bebido. Em dado momento, o Drew me chamou para a mesa, me apresentou aos demais e quis que eu tomasse um drinque com eles, o que recusei. Era um hábito que adquiri, não beber com os clientes, a não ser em raríssimas ocasiões. Ele insistiu, eu o encarei e ele entendeu a resposta. Sir Drynsdale e uma matrona ocupavam uma mesa próxima, haviam jantado e estavam se deliciando com o repertório que uma cantora francesa cantarolava com uma voz melodiosa e um sentimento de paixão não correspondida. Ela vinha fazendo sucesso havia mais de dois meses, por isso, renovei seu contrato por mais um. O olhar do Drew me perseguia por todo o salão e, quando me demorei um pouco mais nos bastidores tratando de assuntos e instruções para os funcionários, ele enfiou a cara pela porta da saleta na qual estávamos.
- Deseja alguma coisa, senhor? – perguntou prontamente um dos meus funcionários, que tinham sido alertados quanto a clientes que bisbilhotassem a rotina do Clube. Uma precaução que adotei após o assassinato do Alejandro.
- Ah, não, não, obrigado! – Devo ter me perdido, estava procurando o banheiro! – disfarçou o Drew, uma vez que não era a primeira vez que estava no Clube e conhecia muito bem o caminho até os banheiros. Antes de partir, sondou a saleta e os funcionários que estavam comigo, como um verdadeiro investigador de polícia.
Como de costume, eu cheguei ao apartamento quando a aurora começava a se fazer presente. Estava particularmente cansado, aliás, andava cansado por conta das investigações para Sir Drynsdale, pelas tardes que passava saciando os desejos libertinos do general Krause, pela demanda do próprio Clube e, certamente, por estar farto de tudo aquilo. O apartamento estava silencioso, ao passar pelo quarto de hóspedes que estava com a porta parcialmente fechada, vi-o completamente pelado esparramado sobre a cama, devia ter adormecido enquanto me esperava passar por ali. Fui para o meu quarto, me despi e me enfiei debaixo da ducha morna, os músculos estavam rijos e tensos, fazia tempo que eles não conseguiam relaxar e, em alguns dias estavam sensíveis e doloridos, fruto do estresse que estava vivendo. Tinha me enxugado e estava passando uma escova pelos cabelos ainda úmidos e desalinhados quando sua figura surgiu refletida no espelho e uma potente encoxada me comprimiu contra a pia, ao mesmo tempo em que seus braços envolveram meu torso nu.
- Você me excita! Seu caminhar, seu sorriso, o cheiro fresco da sua pele, essas curvas generosas da sua bunda, me deixam com os colhões oprimidos. – murmurou, enquanto beijava meu ombro e acariciava um dos meus mamilos. – A Molly me falou de você diversas vezes, mas eu não imaginava que você fosse tão sedutor. Ela mesma me confessou que, quando o conheceu e ainda não sabia da sua homossexualidade, sentiu-se atraída por seu charme e beleza até sua vagina se umedecer. – revelou.
- O que queria vindo atrás de mim no Clube? Está me bisbilhotando? Sei que andou fazendo muitas perguntas para os funcionários e que conhecia muito bem caminho para os banheiros. Diga-me a verdade, Sr. Gosford, quem o mandou me espionar? – fiz a pergunta num tom seco, mas ele não se intimidou, continuou me bolinando e deu mais uma encoxada vigorosa, dessa vez com uma ereção diretamente sobre a minha nádega, já que havia soltado a toalha que eu trazia enrolada na cintura.
- Por eu haveria de te espionar? Guarda segredos tão escabrosos assim? – questionou, agora passando a língua molhada na minha nuca, o que me excitou, começando a me deixar de pau duro e o cu se revolvendo.
- É exatamente isso que quero que me responda! – devolvi, sentindo que se ele continuasse roçando seu corpão no meu, seria apenas uma questão de minutos para aquele caralhão entrar no meu cuzinho acolhedor.
- Só quero você, nada mais! E não se distancie me chamado formalmente pelo sobrenome. Gosto da maneira como pronuncia – Drew – com um quase imperceptível sotaque, que só mesmo um britânico legítimo consegue notar.
- Gostaria de acreditar em você Drew! De verdade, gostaria de acreditar!
- Então acredite! Acredite, e me deixe dormir com você! Estou quase subindo pelas paredes, não percebe? Me deixe entrar em você, Adnan! – quando a fome se junta a vontade de comer, não há muito a se fazer, apenas deixar rolar.
Ele se sentou num dos cantos da cama, abriu as pernas peludas e musculosas e ostentou imodesto o cacetão com mais de um palmo de comprimento e, assombrosamente grosso com a glande totalmente exposta e ressaltada. Me lançou um risinho ardiloso e estendeu os braços para que eu me aproximasse. Enfeitiçado pelo falo colossal, dei um passo adiante permitindo que suas mãos se fechassem ao redor das minhas coxas. Respirei fundo, me ajoelhei entre as pernas dele e fui deslizando as mãos sobre as pernas dele até adentrar à virilha densamente revestida de pentelhos grossos. O pauzão emergia deles como um obelisco, rijo, mas latejante e fogoso. Guiei uma das mãos diretamente para ele e o tomei com cuidado, enquanto a outra escorregava sobre o sacão.
- Me chupa! – a voz dele ecoou firme e grave
Abri a boca o quanto pude para conseguir enfiar a cabeçorra melada dentro dela, e cerrei suavemente os lábios ao seu redor começando a sugar o visgo translúcido de sabor picante que dela minava. Um longo e sonoro arfar escapou por entre os dentes do Drew, seus músculos abdominais se contraíram. Minha boca se encheu de pré-gozo e me pus a mamar a caceta com todo afinco enquanto a punhetava carinhosamente. Ele grunhiu e prendeu minha cabeça entre as mãos, empurrando meu rosto para dentro dos pentelhos. Seu cheiro almiscarado de macho entrou pelas minhas narinas, e não parei de chupar e mordiscar toda a extensão da verga afoita até os jatos abundantes de esperma amendoado encherem a minha boca e eu os engolir como se fosse um errante sedento.
- Ai caralho, como isso é bom, Adnan! Acho que nunca fui mamado com tanto tesão! – exclamou ele, respirando ofegante e se contorcendo todo. Ele já era vaidoso o suficiente para eu elogiar o sabor de seu sêmen, por isso guardei essa informação prazerosa só para mim.
Após minhas lambidas terem deixado a jeba sem nenhum vestígio de porra, fui percorrendo um caminho de beijos e mordiscadas sobre a trilha de pelos que ia de sua virilha, cruzava a barriga e chegava ao peitoral maçudo. Ele soltava uns gemidos roucos, disfarçava o quanto aquilo lhe era prazeroso só para não demonstrar que era um macho que se sensibilizava com todas as minhas carícias, especialmente por não estar acostumado a recebê-las de outro homem, de um gay.
- Gostou? – indaguei ao encará-lo com voluptuosidade.
- Estou nas nuvens! Posso repetir esse pedido todos os dias? – indagou safado
- Depende! Se for bem comportado como a Molly exigiu que fosse, prometo pensar no assunto. – devolvi lascivo
- Está brincando, não é? Quem é que consegue se comportar tendo você assim todo nuzinho e lambendo os beiços depois de um boquete desses? Nem sendo anjo, ou santo! – exclamou
- Ambas coisas que você está longe de ser! – retruquei
- Ainda vou te provar que faz um mau juízo de mim! Só não sou de ferro, e nem tenho uma pedra aqui dentro no lugar do coração. – devolveu, amassando meus glúteos.
- Será mesmo?
- Seu moleque veadinho, que joguinho é esse? Quer que eu enlouqueça? – questionou, inspirando fundo e rolando para cima de mim. – Acho que essa bundona gostosa está precisando de uma surra. – atemorizou, pincelando o caralhão dentro do meu rego. Bastou eu gemer e empinar o rabo para ele empurrar a estrovenga sedenta dentro do meu cuzinho.
Gani e meneei as ancas o que facilitou a penetração, embora não me poupasse da dor de sentir minha carne se rasgando.
- Ai, devagar! Não sei onde está habituado a enfiar esse troço enorme, mas meu ânus não laceia com tanta facilidade, e isso dói, sabia? – choraminguei. Só o ouvi gemer na minha orelha e abraçar meu tronco com força, antes de novo impulso fazer sua tora rija deslizar mais fundo.
Minha musculatura anal estava tão justa ao redor do pauzão que a cada estocada a mucosa era esfolada e um ardor incendiava meu cuzinho. Fogoso, ele me cobria, bombando num ritmo lento, porém contínuo. Sempre foi a minha fase preferida nos coitos, aquela sensação de estar sendo esmiuçado pelo macho enquanto todo fervor e carinho que meu corpo era capaz de entregar o acolhiam em mim. Eram nesses momentos que eu era verdadeiramente passivo, que me deixava subjugar, que aceitava sem reservas a dominação do macho, e isso parecia deixá-los mais felizes e com a virilidade exacerbada.
Trocamos de posição, ele se encaixou entre as minhas pernas que mantive elevadas tocando com os joelhos os ombros dele. O entra e sai da pica no meu rabo me fez ganir e gemer numa entrega irrestrita. Ele olhava dentro dos meus olhos com aquele olhar de jubilo, movendo os quadris para enfiar o mais fundo possível aquele cacetão insaciável. Meu corpo tremia debaixo do dele e isso aumentava a sensação de posse nele.
- Tesão de veadinho! Como um homem pode ser tão gostoso, tão dadivoso como você? – balbuciava ele, sem parar de meter.
Aquele rosto másculo e viril me encarando a transbordar de cobiça, o ânus parecendo ter uma brasa queimando dentro dele, o arfar afogueado dele, a solidez daquelas costas largas onde eu cravava os dedos procurando no que me apoiar resumiam o prazer que nos embalava. Aos poucos, meu ventre foi retesando, as estocadas repercutiam dentro dele e uma forte onda de prazer me fez soltar um ganido junto com o gozo, cujos jatos empaparam minha barriga. O Drew diminuiu a cadência das estocadas, elas se tornaram curtas e vinham acompanhadas de um estremecimento.
- Ah! Ah! Ah! – escapava de sua boca anunciando o gozo iminente, que veio acompanhado de um urro grave e uma expiração estertorosa. – Adnan, Adnan! – grunhiu enquanto ejaculava imerso no prazer.
Juntei imediatamente as pernas assim que ele sacou o cacetão do meu rabo ainda gotejando esperma. Tinha a impressão de que aquela cratera no meu cu nunca ia se fechar, que aquele enorme vazio jamais ia sumir e que, por mais que apertasse as coxas e travasse os esfíncteres não conseguiria reter todo o sêmen formigante que me encharcava.
- O que foi, te machuquei muito? – perguntou ele, vendo-me cruzar os braços sobre o ventre enquanto me dobrava por cima ele.
- Isso ainda não sei, mas não quero perder teu sêmen! – respondi. Ele passou a mão pelos cabelos, revirou os olhos e bufou.
- Cacete Adnan! E você me fala isso assim na lata, quando ainda estou cheio de tesão? Vai me matar, molecão tesudo da porra! – exclamou, vindo me beijar.
Foram muitos, demorados e cheios de sabor das nossas salivas, nos encarando mutuamente. Ele deslizava as costas dos dedos pelo contorno do meu rosto, eu afagava a nuca dele junto a implantação dos cabelos, o que lhe causava um frisson que descia pela coluna como um raio.
- Gosto dos teus beijos! – confessei com um sorriso
- Só deles? E do restante? – indagou, me devolvendo o sorriso. Depois daquela noite, a terceira que eu o hospedava, o compartilhamento do leito virou rotina, com os coitos prazerosos que aquelas paredes testemunharam entre gemidos e grunhidos de prazer.
Numa tarde chuvosa, uns poucos dias depois, num dos gabinetes da Chancelaria alemã, o general Krause me enrabava sobre a mesa de trabalho, enquanto eu lhe acariciava os pelos do tórax, quando seu ajudante de ordens, um tenente cuja idade emparelhava com a minha, esmurrava a porta anunciando a chegada de alguns generais na Embaixada. Depois de berrar um – diga que já vou me juntar a eles – e continuar comendo meu rabinho sem pressa, até se despejar todo dentro dele; inclinou-se sobre mim, me beijou com uma doçura que ultimamente vinha me deixando muito sensível, enquanto guardava seu membrão saciado nas calças. Antes de me recompor, ajudei-o a abotoar a camisa e a jaqueta do uniforme.
- Como estou? – perguntou, esticando os ombros para acomodar a jaqueta.
- Garboso e sedutor! – exclamei, realinhando com as pontas dos dedos os inúmeros galões e distintivos que carregava no peito. – E muito sexy! – emendei, pousando um beijo sobre seus lábios. Ele sorriu, estapeou de leve a minha bunda, e pegou uma pasta entre os papéis espalhados sobre a mesa.
- Você voltou a dar sentido a minha vida! Vou te buscar no Clube essa noite. – anunciou contente como um adolescente que tinha acabado de ter sua primeira experiência sexual. Acenei com a cabeça concordando.
Ao passar pelo tenente, antes que ele corresse atrás do general, ele me encarou com um risinho petulante, já devia desconfiar que as minhas visitas frequentes ao gabinete do general não tinham nenhuma finalidade militar, e não deixou de espichar os olhos sobre o generoso volume das minhas nádegas.
- Tenha uma ótima tarde, tenente Georg! – exclamei para provocá-lo. Me dava prazer ver como ele tentava controlar seus impulsos, ajeitando a pica dentro da calça.
- O senhor também, Sr. Tremblay! – nunca soube porque ele resolveu escolher essa parte do meu nome para me chamar. Era o único que o fazia e, dado o fato de ele ser um machinho bem atraente aquilo me lisonjeava. – Quer que eu o acompanhe até a saída?
- Não precisa, tenente! Você deve ter coisas mais importantes a fazer, e eu conheço a saída, obrigado! – notei que ele gostava quando eu lhe dava abertura para trocar algumas frases. Não foi preciso me virar para trás para saber que seu olhar estava fixado na minha bunda e que uma comichão atazanava a cabeça de sua rola.
No corredor, já próximo da escadaria que levava ao andar inferior e à saída, por pouco não dou de cara com os generais que adentravam num dos gabinetes, entre eles, o general Richter. Esse homem circulando por Madri era um perigo, se me reconhecesse estaria perdido, e morto, logo em seguida. Vir à Chancelaria era algo que eu precisava evitar, mas como dizer isso ao Krause sem levantar suspeitas? Outro grande receio meu era ele aparecer no Clube que era muito frequentado pelo alto escalão da Embaixada com suas esposas. Para isso deixei os funcionários muito alertados, assim que qualquer general alemão adentrasse ao Clube, eu deveria ser imediatamente informado e jamais deveriam responder a qualquer pergunta sobre o dono do estabelecimento.
Contudo, o que me deixou sobressaltado numa das noites, foi identificar a Pilar entre os clientes; minha ex-colega de trabalho no extinto Club Aliaga. Ela estava acompanhada de um homem elegante praticamente da mesma idade, estava vestida sobriamente sem esconder a elegância. Nos tempos do Club Aliaga ela fazia uns extras para o Alejandro nos quartos do andar superior com alguns clientes selecionados. Nunca a julguei por isso, os tempos eram tão difíceis naquela época quanto agora, e todos precisavam dinheiro para sobreviver. Pela maneira descontraída como conversava com o cavalheiro, percebi que não se tratava de nenhum cliente, mas de alguém bastante íntimo. Meu primeiro impulso foi me dirigir a ela, cumprimentá-la com um abraço e um beijo descompromissado e amigo, algo que eu já não fazia há tempos. No entanto, lembrei-me das regras de Sir Drynsdale, nenhum tipo de contato com qualquer pessoa do meu passado. À merda as suas regras, Sir Drynsdale, murmurrei comigo mesmo quando me dirigi a ela.
- Quem diria, os velhos amigos se reencontrando! – exclamou ela, levantando-se e se pendurando no meu pescoço diante do olhar perplexo do acompanhante. – Você está cada dia mais lindo! Ainda trabalha para o Sr. Quilme? É dele o Clube? – foi logo perguntando.
- Minha doce e querida, Pilar! Está radiante! – devolvi, apertando-a em meus braços. – Não, não trabalho mais para o Alejan .... o Sr. Quilme. – respondi
- Ah, deixa eu te apresentar, esse é meu marido, Dr. Alonso Gutierrez! É médico, cirurgião-geral. – enfatizou com uma pontada de orgulho. – Juan, um ex-colega de trabalho. Trabalhamos juntos naquele clube do qual lhe falei. – esclareceu ao esposo que, sem dúvida, sabia do passado nebuloso dela.
- Muito prazer! – devolvi, receoso de que alguém mais tenha a ouvido me chamar de Juan.
- Muito prazer! – retrucou o esposo, com um sorriso genuíno.
- Me conte por onde andou todo esse tempo? Ouvi rumores de que partiu com o Sr. Quilme para o Protetorado no Marrocos, isso é verdade? – perguntou ela, procurando esclarecer fofocas que tinha ouvido aqui e acolá.
- Sabe como são as más línguas! Sempre são donas de uma imaginação fértil! – respondi, mas ela percebeu que eu estava constrangido e que estava tentando disfarçar.
- Estamos comemorando nosso terceiro ano de casados! – revelou ela. – Vou lhe passar o telefone de casa, precisamos nos encontrar para falar dos velhos tempos. – emendou gentil.
- Com toda certeza! Aqui também tem o meu número! Não vou mais roubar o tempo de vocês, fiquem à vontade! – retruquei, anotando o número de casa no verso de um cartão do Clube. – Muito prazer, doutor! Seja sempre bem-vindo! – exclamei, me dirigindo ao marido.
Pedi ao funcionário que não cobrasse a conta e que lhes desse os cumprimentos por conta da casa, e sumi das vistas deles. Antes de sair, ela voltou brevemente na minha direção e, a meio tom, com a mão apoiada em meu braço me sussurrou – Preciso falar com você com urgência, é sobre o Ramiro – virou-se e engatou o braço no do marido antes de passarem pela porta. Enquanto isso, minhas pernas resolveram tremer sem parar. O nome Ramiro desencadeou a tremedeira, junto com uma forte opressão sobre o peito que me dificultava respirar.
Dormi mal aquela noite, apesar de estar enroscado no corpão quente do Drew e sentir sua umidade viril aderida à mucosa anal, o que geralmente me guiava por uma noite de sono reconfortante. Vieram-me mil imagens do Ramiro à mente, ele me sorrindo, ele me cobrando por não ter lhe dito adeus ao fugir para o Marrocos, ele esmurrando a cara do Alejandro por ter ousado tocar no meu corpo, ele correndo de porta em porta atrás do meu paradeiro, ele doente, ele ferido naquelas costumeiras passeatas dos anarquistas antes do 1 de abril de 1939 e ainda, ele morto, sem aquele brilho doce no olhar como nas vezes em que seu pirocão estava entalado até as bolas no meu cuzinho. Dei um pulo na cama quando essa imagem se materializou, acordando o Drew com um susto, e sem conseguir reter as lágrimas que rolaram pelo meu rosto. No dia seguinte, apesar de estar assoberbado de tarefas, liguei para a Pilar combinando um encontro no café do Hotel Ancona, um dos mais luxuosos da cidade e onde teríamos a privacidade necessária para ter aquela conversa. Eu precisava ter notícias do Ramiro, esse homem que nunca saiu dos meus pensamentos e nem do meu coração.
De início, ela não se mostrou tão gentil quanto na noite anterior, foi até bastante agressiva. Me acusou de trair a confiança deles ao fugir com o Alejandro deixando todo staff do Clube Aliaga sem receber os salários e sem emprego em plena crise que a Espanha atravessava. Disse que souberam poucos meses depois, após o Ignacio se empenhar em descobrir o paradeiro do homem que o sustentava e que ele amava, que um agente de viagens havia lhe dito que o Alejandro comprou duas passagens de navio para Tânger no Marrocos. Para se vingar, ele revelou o destino do ex-amante para os credores que além de lhe darem uma surra achando que ele estava envolvido nos golpes, também se apropriaram de tudo que havia no Clube, inclusive umas poucas economias e, deixando-o sem teto. Me perguntou como pude ser tão sórdido, traindo a amizade deles e, principalmente o amor do Ramiro que ficou arrasado quando soube da minha fuga em companhia do homem que ele via como um rival. Chorou algumas vezes quando me contou que precisou exercer as funções que exercia, apenas com exclusividade no andar superior do Clube para uns clientes endinheirados, nas ruas de Madri para o primeiro homem que aparecesse. Quando quis colocar minha mão sobre a dela num gesto de solidariedade, ela a retirou recusando o toque. Aquilo reavivou em mim a sensação de ter sido um canalha ao aceitar as condições que o Alejandro me impôs no verão de 1937. Não tive coragem de me defender, não sabia nem como o fazer, e esperei até ela se acalmar.
- Não vou tentar me justificar, sei que agi mal com todos vocês. Também não vou me atrever a pedir seu perdão, não sou digno dele. – afirmei quando ela terminou de desabafar.
- Não estou aqui por isso! Preciso de sua ajuda e, considerando sua boa aparência que está ainda mais esplendida e as roupas caras que está usando, deduzo que o golpe que o Sr. Quilme e você aplicaram foi muito rendoso. – continuou ela.
- O Aleja... o Sr. Quilme foi assassinado em Tânger cerca de um ano depois de abrir um Clube por lá nos moldes do Aliaga, provavelmente pelos credores que agora sei como chegaram até nós. Lá fui obrigado a exercer a função de gerente, como o Ignacio, com todas as demais implicações e obrigações que o cargo exigia. – revelei, o que a fez mudar repentinamente a expressão de censura que vinha me dirigindo.
- Todas elas? – perguntou num balbucio, compreendendo que talvez eu não tenha fugido com o ex-patrão por mera vontade.
- Sim, todas elas! – respondi. Não sei porque senti vergonha ao admitir aquilo. – Creia-me, Pilar, se eu pudesse voltar no tempo nunca teria tomado aquela decisão. – acrescentei. Foi ela quem pousou a mão sobre a minha. Eu não precisei entrar em detalhes para ela saber que aquela decisão me custou caro.
- E como voltou à Espanha? Por causa da sua mãe e irmã? Como elas estão? – perguntou, para dar novo rumo à conversa.
- Ambas estão bem agora, eu suponho. Não vivo mais com elas, consegui à muito custo levá-las para o Marrocos para ficarem próximas de mim, mas isso também durou pouco. Tenho um cunhado, um argentino que me parece ser um bom homem e que está cuidando delas e do Clube que o Sr. Quilme abriu em Tânger e colocou em meu nome sem eu saber para fugir de eventuais credores. Bem, mas isso não importa agora, você me disse que queria falar sobre o Ramiro. – quando me encarou, ela notou que ao pronunciar o nome do Ramiro meus olhos adquiriram um brilho úmido.
- Só me diga mais uma coisa, por que voltou à Espanha e como se tornou dono do Clube onde jantei com meu marido? – perguntou curiosa.
- É uma longa história, talvez você me dê uma outra oportunidade de nos encontrarmos e falar sobre tudo isso. – respondi. – Também tenho uma pergunta.
- Faça-a!
- Como conheceu seu marido, tive a impressão de ser um homem distinto e bem situado? Se não quiser falar sobre isso, vou entender.
- Se pensou que ele foi um dos meus clientes, a resposta é, não! Eu o procurei quando uma amiga com quem eu estava dividindo uma espelunca teve um aborto espontâneo e precisou de ajuda médica. Ele a socorreu e dias depois me propôs um encontro decente, e desde então estamos juntos, nos casando há três anos. – revelou.
- Fico feliz por você, Pilar, acredite! É bom ouvir alguma história com um final feliz! – afirmei sincero.
- Você continua lindo e está muito bem vestido, mas isso é apenas uma fachada para esconder a tristeza que está dentro de você, não é Juan? – apertei os olhos e engoli o nó que se formou na minha garganta, não precisei expressar a resposta em palavras.
- E o Ramiro, me fale dele. Onde está, o que faz?
- É para ele, na verdade, que estou pedindo a sua ajuda. O Ramiro, você bem o conhece, esquentado, pavio curto, desaforado, sempre contestando tudo, se meteu numa baita encrenca quando resolveu aderir aos movimentos contra o governo a partir do 1 de abril. Nos primeiros dias após a instalação do governo Franquista, grupos saíram pelas ruas de Madri fazendo oposição ao governo e, nem preciso te dizer que o Ramiro estava entre eles. Acabou preso pelo regime opressor acusado de conspirar contra o governo e a segurança nacional e, desde então, está numa prisão nos arredores da cidade, esperando a sentença de execução. – revelou. – É preciso pressa, Juan, as últimas informações que consegui obter davam conta de que a execução se dará nos próximos meses.
- Acho que tenho como ajudar! – exclamei de pronto, assim que pensei em Sir Drynsdale e sua influência para mexer os pauzinhos em qualquer causa. – Não, eu vou ajudar! – emendei obstinado.
- Graças a Deus, Juan! O Ramiro é esquentado, mas é uma boa pessoa, não merece o que está passando.
- Eu sei, Pilar!
- Ele sempre te amou! – exclamou, me encarando
- Eu sei! Eu também! Eu também, Pilar! – precisei conter a lágrima que aflorou no canto do olho, e ela não se importou de constatar o quanto eu ainda o amava.
- Talvez, se você pudesse lhe fazer uma visita na prisão, ele se sentiria mais animado. Da última vez que um dos amigos anarquistas dele o visitou, me contou que ele tinha desistido de viver e que já não se importava de ser executado, que não queria mais viver num país com um regime ditatorial.
- Eu vou, com certeza eu vou! – asseverei.
- Aqui está o endereço da prisão e os dias e horários de visitação. É preciso agendar antes e passar por uma revista constrangedora para adentrar às instalações do presídio. – afirmou ela.
- Não me importo! Preciso vê-lo, preciso falar com ele! – nos despedimos com cordialidade e, combinamos uma data para eu jantar em sua casa com o marido.
Antes de partir, contei a ela em segredo que precisei mudar minha identidade e que agora me chamava Adnan Tremblay Al-Kudsi, cidadão marroquino. Ela estranhou o nome e até achou graça, mas como não sorri, ela entendeu que as razões que levaram àquilo deviam ser muito dolorosas e opressoras para mim.
No meio da manhã seguinte eu estava no escritório de advocacia do Sr. Urtiza para uma reunião urgente com Sir Drynsdale. Como sempre, a secretária me fez entrar no escritório no qual nunca se encontrava o Sr. Urtiza, apenas o próprio Drynsdale.
- O que há de tão urgente? Descobriu mais alguma coisa, têm novas informações? Por que não as depositou no Apartado de Correos – foi logo questionando.
- Por que é um assunto particular! Preciso de sua ajuda para tirar o irmão de uma velha amiga da prisão. Ele foi acusado de conspirar contra o governo Franquista e está para ser executado, daí a urgência. – revelei.
- Eu não o preveni de não procurar seus antigos amigos, que isso põe em risco a sua identidade e tudo o que estamos fazendo aqui na Espanha? Ademais, a mulher com quem se encontrou ontem no Hotel Ancona não é apenas uma velha amiga, ela foi funcionária do Sr. Quilme no Clube Aliaga, quer que todos descubram que você também fazia parte dos empregados daquele homem e que venham a saber que está se valendo das mesmas ligações com os alemães que ele tinha para nos repassar informações? Onde você está com a cabeça? Quer colocar tudo a perder? – esbravejou furioso.
- Ela não vai contar nada a ninguém, disso tenho certeza! – retruquei
- Você não tem certeza de nada! Ninguém nesses tempos atuais tumultuados têm certeza de nada! Não seja um moleque inconsequente! – berrou
- Não sou um moleque! Exijo que me respeite! Eu tenho feito muito por vocês e quero que me ajudem agora! Não vou permitir que um inocente morra na prisão! – devolvi aos gritos.
- Está fora de cogitação! Não vou arriscar nossa posição que já é bastante frágil nesse país, só porque um anarquista qualquer resolveu fazer oposição ao governo. Esqueça, Adnan! Não moverei uma palha para ajudar uma pessoa dessas. Isso só vai levantar suspeitas sobre nós britânicos sobre os interesses contra o general Franco. – determinou ele.
- Eu preciso arriscar a minha vida por essa maldita causa de vocês, que nem sei bem qual é, mas você não pode usar de sua influência para tirar um inocente da prisão. Creio que algo de muito destoante está acontecendo aqui. Eu vou tirar esse homem da prisão com ou sem a sua ajuda! Assim como vou rever a minha colaboração com a sua causa, Sir Drynsdale! Tenha um bom dia! – revidei, deixando o escritório.
- Eu o proíbo de tomar qualquer atitude nesse sentido, Adnan! E te advirto, pense quais podem ser as consequências para você! Não seja tolo, moleque! – vociferou ele, às minhas costas. Eu ia fazer o que me propus a fazer, à merda as consequências, à merda esse velho desgraçado, à merda a causa britânica na Espanha.
Só havia mais uma pessoa que podia me ajudar, general Krause.
Fui à Chancelaria naquela mesma tarde sem prévio aviso. Por precaução, levei uma caixa de bombons para quem podia me fazer chegar ao general por mais ocupado que ele estivesse, o tenente ajudante de ordens.
- Boa tarde, tenente Georg! – cumprimentei com um sorriso cativante. – Preciso falar com o general Krause, poderia me anunciar? – fiz a pergunta deslizando as pontas dos dedos sobre o distintivo com sua patente e nome e, encarando-o como se estivesse me oferecendo para aquilo que ele mais desejava, me enrabar.
- Boa tarde, Sr. Tremblay! Eu gostaria muito, mas o general está numa reunião e tem um compromisso logo em seguida fora da Embaixada, creio que hoje será impossível! – respondeu ele, dando uma discreta ajeitada na pica.
- É muito importante, me desculpe insistir! – devolvi, ampliando o sorriso e acrescentando um suspiro lamurioso.
- Talvez, se não se incomodar em esperar o fim da reunião, eu possa avisar o general que o senhor o aguarda. – eu podia sentir o tesão dele brilhando no olhar
- De forma alguma! Não me importo de esperar, o assunto que tenho a tratar é deveras importante e urgente. – ele estava quase babando pelos cantos da boca e sua ereção já se tornara bem visível. – A propósito, trouxe-lhe um mimo e ficaria feliz se o aceitasse. Entenda bem, não se trata de um suborno, apenas um agrado por sua gentileza para comigo. – emendei, estendendo-lhe a caixa de bombons que ele tirou das minhas mãos roçando as dele sobre as minhas. – Até porque um homem como o senhor, tenente, não se deixaria subornar por tão pouco. – ele sorriu e, se pudesse, partiria para cima de mim ali mesmo, em pleno corredor, me arrancando as roupas até ter meu corpo nu em suas mãos.
- Me chame apenas de Georg, Sr. Tremblay!
- E eu insisto que me chame só de Adnan! Só Adnan! – repeti.
Fui encaminhado para dentro do gabinete do general e logo em seguida trouxeram um bule fumegante de chá, o tenente ficou me encarando enquanto eu entornava o líquido âmbar na xícara e eu lhe sussurrei um – muito obrigado – que exacerbou ainda mais o tesão que o consumia.
Não podia deixar a oportunidade passar, enquanto esperava pelo Krause, caminhei pelo gabinete, tocando ora um objeto, ora um quadro na parede, ora tão somente dedilhando sua mesa de trabalho, sem resistir em abrir as gavetas. Numa delas encontrei folhas de salvo-conduto com o timbre da embaixada alemã, assinadas pelo general, mas sem o nome do beneficiado preenchido. Três delas foram direto para o bolso interno do meu paletó. Numa pasta em outra gaveta, havia uma papelada com nomes de agentes do serviço secreto britânico e, para minha surpresa, quem encabeçava a lista era Sir Drynsdale, até o nome da Molly aparecia mais abaixo. Além da lista, havia um dossiê de cada um. Percebi nisso uma oportunidade para negociar a soltura do Ramiro caso o Krause se mostrasse resistente em me ajudar. Eu tinha como fazer uma barganha entregando tudo o que sabia sobre Sir Drynsdale. Sorri sozinho. Nem tudo estava perdido.
O Krause se comprometeu em me ajudar sem a barganha. Me garantiu que o irmão da minha amiga estaria livre em um ou dois dias, no máximo, e sem nenhuma acusação pairando sobre ele. Num gesto ousado, beijei-o na boca em pleno gabinete, não só por ele estar me ajudando, mas por ser o homem que me tomava em seus braços com uma devoção quase paterna e me penetrava o cuzinho como o mais carinhoso dos amantes.
- Obrigado, general! Muito obrigado! Não sabe o bem que está fazendo para esse inocente, sim, eu juro que ele é inocente! – afirmei, afagando o rosto viril dele.
- Você é o que tenho de mais precioso, Adnan! Espero que possa passar esse final de semana comigo em minha casa. Sinto a sua falta quando não está entrelaçado em meus braços. – não era apenas sexo que ele queria de mim, era algo mais sublime e que eu estava disposto a lhe dar sem nada em troca para amenizar a solidão daquele homem.
- É claro que sim! Gosto da sua casa, gosto quando passamos os dias por lá, apenas nós dois. – respondi sincero.
No dia seguinte fui ao presídio, precisava dar a notícia ao Ramiro, ele precisava voltar a ter esperança, ele precisava acreditar que nunca o traí e que meu amor por ele continuava intacto.
A revista da qual a Pilar me falou foi realmente constrangedora. Pelado numa sala cheia de militares espanhóis, fui apalpado por pelo menos quatro deles, tive o rego apartado por um que me questionou quanto à visita a um condenado por oposição ao governo, e tive que me ajoelhar diante de outro que rapidamente recolheu a pica que havia tirado das calças quando um oficial adentrou à sala para apressar as revistas. Não fosse ele, talvez teriam me obrigado a colocar aquela coisa na boca ou a enfiado no meu ânus lisinho que deixou a todos excitados.
- Por que está aqui? Veio esfregar sua traição na minha cara? Pelo que vejo se deu muito bem com o golpe que ajudou o Quilme a dar em nós! Roupas finas e caras, até parece um nobre ricaço! Volte por onde veio, não quero olhar para sua cara! – despejou o Ramiro, assim que ficamos frente a frente.
- Sei que está zangado comigo, e não te culpo! No entanto, estou aqui para te ajudar. – ele não me deixou continuar.
- Não preciso da sua ajuda, quero que se foda! Zangado? Acha que estou zangado, Juan? Eu tenho ganas de apertar seu pescoço até você estrebuchar e morrer nas minhas mãos, seu desgraçado miserável! – continuou furioso
- Vai poder fazer isso se quiser, mas depois! Depois que estiver solto e livre da prisão e de qualquer acusação. – pela primeira vez ele prestou atenção em mim.
- Para quem está dando o cu agora para ter tanta certeza que consegue me tirar daqui?
- Eu daria o cu e o que mais fosse preciso para meio mundo só para te ajudar. Só soube que estava preso há poucos dias atrás, senão já teria vindo antes. Sei que está preso desde o 1 de abril. – confessei.
- Você sempre foi um veadinho desgraçado que não podia ver uma pica sem empinar o rabo para senti-la enterrada até o talo! – a grosseria das palavras divergia do olhar encantado que me dirigia.
- Foi apenas uma que sempre me interessou, a do homem que me desvirginou e pelo qual meus sentimentos nunca mudaram. As demais, fui obrigado a aceitar sem poder protestar. Mas não é isso que interessa agora! O que importa é que você vai sair desse inferno, vai poder reassumir a sua vida, vai poder se dedicar a alguém melhor do que eu. – devolvi, deixando-o abalado.
A Pilar e eu estávamos na porta do presídio debaixo de uma garoa fina quando o Ramiro foi libertado, dois dias depois. Nós três nos abraçamos como sempre fazíamos na época em que trabalhávamos no Clube Aliaga cada vez que as coisas se complicavam. Choramos abraçados, foi um dos dias mais felizes da minha vida.
- Para onde vai? – perguntou a Pilar ao Ramiro. – Tem com quem morar, até conseguir um emprego?
- Vou dar um jeito! Talvez um dos colegas anarquistas possa me abrigar por alguns dias. – respondeu ele
- Você vem comigo, para a minha casa, pelo tempo que for preciso! E isso não está em discussão. – impus.
- Não quero sua ajuda, já fez muito! Prefiro ficar longe de você! Vá cuidar da sua vida e do macho que está te enrabando! – revidou.
- Não sei como o Juan, que aliás agora se chama Adnan, conseguiu essa proeza em tão pouco tempo. Mas procure não ser tão rude e ingrato com ele, pois não sabe o preço que ele precisou pagar para te soltar. Lembre-se da nossa amizade, esses tempos difíceis não podem abalar tudo o que construímos, Ramiro! – argumentou a Pilar, conciliadora
- O que você quer, que eu me ajoelhe diante dele e o endeuse por ter me livrado da execução? Se for isso, prefiro voltar lá para dentro e seguir meu destino. – retrucou o Ramiro.
- Não diga bobagens! Se esses anos na prisão não serviram para controlar a sua rebeldia, não sei o que fez por lá! – devolveu ela
- Não vou mudar quem sou, só porque esse veadinho reapareceu como um bom samaritano! Quero que se foda!
- Disso ninguém nunca duvidou! Contando que quem o fodesse fosse você, que sempre foi apaixonado por ele. – a Pilar sabia jogar com as palavras, sabia impor sua opinião.
- Disse bem, fui, no passado, quando ele não era esse escroto de almofadinha que é hoje. – típico do Ramiro, sempre precisava ter a última palavra.
- Ficar discutindo aqui no meio da rua debaixo de chuva não é o mais inteligente a se fazer! Obrigado, Pilar por me acompanhar! Nos vemos no sábado em sua casa, no jantar! E você, seu rebelde sem causa, vem comigo! – determinei
- Veadinho puto! Ainda quebro essa cara arrogante se continuar a me dar ordens! – resmungou o Ramiro. A Pilar e eu rimos.
Por sorte, na véspera, o Drew me comunicou que precisava fazer uma viagem e se ausentar por umas semanas. Ele estranhou eu não lhe pedir explicações e partiu um tanto quanto desconfiado. Caso contrário, eu teria que explicar ao Ramiro o que aquele homem exalando virilidade fazia na minha cama. E, certamente, não aceitaria o abrigo que eu lhe oferecia.
Ele examinou o apartamento com cuidado, e devia estar se perguntando de onde vinha todo aquele luxo, do dinheiro que ajudei o Alejandro a roubar, deve ter concluído. Eu não ia explicar nada, não era a hora e talvez nunca houvesse uma hora para falar sobre isso, pois teria que revelar mais coisas do que seria prudente.
- Você realmente se deu bem, não foi veadinho? É o Quilme quem está bancando tudo isso, com o golpe que deu nos credores? Para onde fugiram quando me abandonou sem dizer uma palavra, sem ao menos um adeus? – questionou.
- O Alejandro foi assassinado no Marrocos pelos credores, faz alguns anos. Nada disso aqui é meu de verdade, mas isso não lhe diz respeito. – respondi
- É claro que não! Nada me diz respeito, nunca passei de uma diversão para você e esse seu cuzinho insaciável. – revidou
- Você sabe que não! Não se faça de vítima, pois em cada momento que estivemos juntos você teve a confirmação e a certeza do que eu sentia por você! – devolvi. – Vai ficar nesse quarto, eu vou me arranjar na sala. O quarto de hóspedes está ocupado por um amigo que está viajando por algumas semanas.
- Um amigo! Até posso imaginar que tipo de amigo é esse, um que preenche seu rabo nas noites em que não consegue dormir de remorsos pelo que fez conosco.
- Pense como quiser, Ramiro! Eu fui um canalha, sei disso! Não precisa ficar me jogando isso na cara a todo momento. Estou pagando pelo meu erro, se isso te deixa mais feliz! – respondi
Preparei um banho para ele e troquei a roupa de cama abrindo também um pouco de espaço para as poucas roupas que trazia consigo. Quando saiu do banheiro com a toalha enrolada na cintura percebi o quanto havia emagrecido. O corpão continuava lindo e másculo, todos aqueles pelos sensuais continuavam lá como nos dias em que eu os afagava com as pontas dos dedos depois de ele ter me inseminado com sua paixão desenfreada. Estremeci só de olhar para ele e para aquele rosto que tantas vezes cobri de beijos. Ele notou que fiquei sensibilizado com sua aparência.
- Pois é, a prisão cobrou do meu corpo o que ele tinha de melhor, enquanto o seu deve estar ainda mais desejável do que antes, mais insinuante, mais provocante. Os homens devem estar fazendo fila para tê-lo sob seu jugo e à mercê de suas taras. - provocou
- Você continua lindo! Meus olhos nunca o verão de outra forma! – exclamei, morrendo de vontade de me atirar em seus braços, de sentir o calor no qual costumava me perder, de o deixar entrar em mim e me presentear com sua gala farta e tépida.
- Você é um veadinho!
- Sou! Mas só tive certeza disso no dia em que você tirou a minha virgindade, e fez de mim a criatura mais feliz desse mundo! – devolvi, encarando-o com os olhos marejados. Ele deve ter feito um esforço hercúleo para não partir para cima de mim e me jogar na cama para me foder até a última prega despejando tudo o que estava acumulado em seus colhões. Não o fez, me mandou sair pois não queria se trocar na minha frente, como se eu não conhecesse cada centímetro, cada detalhe daquele corpo másculo. – Vou preparar algo para você comer, deve estar com fome. Dentro de algumas horas preciso ir para o trabalho, terá toda a privacidade e sossego de que precisa. – acrescentei, deixando-o com seus pudores descabidos.
Ele tinha puxado uma poltrona para perto do sofá e me observava dormindo. Não sei há quanto tempo estava ali, pelado, com o olhar fixo no meu rosto, pois quando retornei do Clube ele dormia no meu quarto. Levei um susto quando acordei no meio da madrugada e me deparei com aquela silhueta na penumbra.
- O que foi, precisa de alguma coisa? Está se sentindo bem, Ramiro? – perguntei de pronto
- Não consigo dormir!
- Quer que eu te prepare uma bebida? Talvez um chá?
- Não! Quero segurar a sua mão! – respondeu, como se fosse uma criança que acabara de ter um pesadelo.
- Venha, vou te levar de volta para a cama e fico segurando sua mão até você adormecer. – devolvi, e só então notando que ele estava pelado.
- Você faz caretas e mexe a boca enquanto dorme! – exclamou, quando ajeitei o travesseiro sob sua cabeça
- Há quanto tempo estava me espionando?
- Bastante, não sei! Tire a roupa e venha se deitar ao meu lado, preciso de você! – afirmou, enfiando a mão dentro do meu pijama até alcançar um dos meus mamilos.
- Há algumas horas atrás, você estava com raiva de mim, não queria me ver nem pintado a ouro na sua frente e agora quer que me deite nu ao seu lado, o que deu em você? – perguntei, deixando-o bolinar com o biquinho do meu mamilo.
- Eu estava, já passou! Não consigo sentir raiva de você, nunca consegui! – respondeu, enquanto eu me despia e ele ia guiando a mão sobre a minha nudez. – Estou de pau duro!
- Que novidade! Me diga alguma vez em que não bolinava comigo e não ficava logo duro? – questionei, lembrando-me das inúmeras vezes em que bastava ele ficar me seguindo com o olhar para as ereções se consumarem.
- Eu me masturbava na prisão pensando em você, quase podia sentir seu cuzinho apertado encapando minha rola e, logo em seguida, a porra jorrava para todo lado como um chafariz. – confessou, se aninhando em mim.
- Não precisa mais se masturbar, eu estou aqui agora! Vou te dar todo o carinho e amor que você precisa! – asseverei, pousando um beijo suave em seu rosto.
- Para quantos caras você já disse a mesma coisa?
- Só para um, você! – respondi.
- E o sujeito do quarto de hóspedes, o que ele é seu? Ele meteu em você? Por que mora aqui com você? Está apaixonado por ele? – indagava enciumado
- Eu já disse, é um amigo! Está aqui porque precisa de um abrigo temporariamente, nada mais. Sim, já transamos, foi só sexo, nada que se compare ao que tive com você, eu juro! – respondi
- Por que deu para ele?
- É complicado, são “n” motivos que não vêm ao caso agora.
- E os outros, quantos foram ou são? Por que dá para eles? Um dia você me prometeu que eu seria seu único macho. Você me enganou, me traiu! – retrucou revoltado.
- É sobre isso que quer falar, depois de ficarmos tantos anos afastados, você quer me interrogar para saber com quantos homens eu trepei?
- Só quero entender!
- Não há o que entender, Ramiro! Se te serve de consolo, fui coagido, me forçaram a isso e ainda me obrigam. As coisas mudaram durante esses anos, e para continuar seguindo em frente, preciso fazer coisas das quais não me orgulho. O que posso te garantir, é que só fui feliz com você. Você é o único homem que eu amei e amo. – era o primeiro dia dele em liberdade, não era o momento de eu despejar em cima dele todos aqueles anos de coerção.
Ele guiou minha mão até seu falo teso e úmido, em torno do qual eu a fechei carinhosamente, palpando-o e acariciando suas bolas peludas. Ele rolou por cima de mim, segurou meu rosto entre as mãos, me encarou e beijou lascivamente minha boca, metendo a língua nela quase até a garganta. Fui abrindo progressivamente as pernas com ele encaixado no meio delas, até meus joelhos tocarem seus ombros. Interrompi o beijo por alguns segundos.
- Entra em mim, Ramiro! – pedi, afagando sua barba cerdosa.
No mesmo instante, a cabeçorra do falo fez pressão sobre a minha rosquinha anal. Eu gemi permissivo. Ele meteu impetuoso, com força, movido pelo tesão explosivo, rasgando as pregas e distendendo os esfíncteres com seu membro cavalar. Meu ganido pungente ecoou entre as paredes, me agarrei ao seu tórax e me entreguei, deixando-o saciar sua tara represada durante anos. O corpo podia ter perdido um tanto de massa muscular na prisão, mas o caralhão continuava tão grande e voluntarioso como sempre. Ele o socava fundo em mim, me obrigando a gemer e me contorcer sob o peso de seu corpo, num vaivém rítmico que logo me fez gozar, tamanha a paixão que eu ainda sentia por ele.
- Ai Ramiro, meu homem, meu macho! – balbuciei ganindo, enquanto ele metia freneticamente a carne rija dele na maciez quente do meu cu.
- Amo você, veadinho tesudo! Sempre vou te amar, nunca se esqueça disso! – ronronou ao mesmo tempo em que todo seu corpo se retesava culminando num estremecimento que liberou todo o gozo e um urro gutural, ejaculando como um chafariz até meu cuzinho ficar todo encharcado e parte do sêmen começar a vazar.
Com as mãos deslizando sobre suas costas largas, comecei a chorar. Aquilo era amor, não simplesmente sexo. Aquele sim era o macho com quem sempre sonhei, não apenas um homem que entrava no meu ânus apenas para satisfazer seus instintos. Aquele era o homem que me amava como nenhum outro ainda tinha feito.
Nos dias seguintes, ele veio comigo ao Clube, fizemos passeios durante as tardes em que eu não estava ocupado com os assuntos de Sir Drynsdale, do general Krause, ou de investigar as ligações e tramas entre o governo Franquista, o regime nazista e os interesses britânicos naquela guerra que ia se alastrando por toda Europa como um fogo soprado pelo vento. Nos momentos em que estávamos nos braços um do outro, tudo aquilo parecia deixar de existir, era um mundo só nosso, onde só havia paixão e amor. O Ramiro só se zangava quando eu precisava sair e não podia lhe contar com quem ia me encontrar, nem o que fazia. Ficava exigente, ranzinza.
- Vai dar o cu para quem? Não quero que se encontre com outros machos! Ordeno que pare de fazer essas coisas! Não vou tolerar ser corneado por um veadinho que tem fogo no rabo. – dizia revoltado.
- Eu te amo mais que tudo nessa vida, Ramiro! Você vai precisar acreditar nisso, pois é tudo que posso te dizer e, não é porque está metendo e esporrando em mim que vai me dizer o que eu posso ou não fazer. Aceito e até gosto que me domine na cama, mas jamais vou permitir que homem algum conduza a minha vida me submetendo às suas vontades. Amor é compartilhamento em confiança, não submissão irrestrita. – impus.
- Você ainda vai me contar tintim por tintim no que está metido e, se eu souber que outro macho está galando seu cuzinho eu quebro a cara dele, e te dou uma surra que teu pai nunca te deu. – retrucou furioso, liberando seu lado rebelde e selvagem. Por isso, o melhor que eu tinha a fazer era continuar omitindo as tramas nas quais estava envolvido, só me restando esperar que um dia tudo aquilo fosse acabar.
Aquela aparente tranquilidade durou poucos dias. Sir Drynsdale me abordou no Hotel Ritz para onde me mandou seguir através de um bilhete enviado por um mensageiro, o que não era seu costume e que me fez desconfiar da origem da mensagem. Ele almoçava com outros dois sujeitos quando entrei no restaurante do hotel e me sentei numa mesa a um canto do salão. Pelas regras estupidas dele, a ausência de um lenço na lapela de seu paletó significava que o assunto era de vital importância e que eu deveria seguir para os banheiros onde ele discretamente me enfiaria as ordens cifradas num dos bolsos durante uma topada casual. Pedi apenas uma salada e uma água, estava sem fome e tinha combinado de sair com o Ramiro, por isso tinha pressa de sair dali. Li a mensagem num banco sob as árvores próximas da Fuente del Ángel Caído no Parque El Retiro, a caminho de casa. Ela me mandava procurar imediatamente pelo general Krause, sondá-lo sobre um dos negociantes da Galícia que estava em Madri discutindo detalhes com a cúpula da Chancelaria sobre a compra do Volfrâmio. O homem se chamava Miguel Santalla Alvarez, segundo a mensagem, e eu deveria arrumar um jeito de me aproximar dele, pois era ele quem chefiava os empresários donos das minas de volfrâmio de Portugal e Espanha que negociavam com os alemães. Amassei com raiva o papel da mensagem uma vez que não podia fazê-lo com a cara de Sir Drynsdale. Dê seu jeito de se aproximar do homem e extraia dele tudo que nos interessa, a qualquer custo, Adnan! – dizia o texto. Ou seja, em outros termos, seduza o sujeito, dê o cu se for preciso, mas traga informações. Para aquele velho britânico meus sentimentos, meu corpo, meus pudores não passavam de meios de barganha que o beneficiavam junto ao governo britânico.
- Que cara é essa? – perguntou-me o Ramiro assim que adentrei em casa.
- Nada, não se preocupe! – respondi. Ele sabia que eu estava mentindo. – Vamos ao nosso passeio? Você me prometeu uma tarde memorável. – emendei, o que o fez sorrir, ciente de que ao final da tarde, antes de eu seguir para o Clube, enfiaria a rola no meu cuzinho e se despejaria todo dentro dele, depois de usufruir de todas as carícias com as quais o cobriria.
Além de estar atrasado, ainda precisava procurar pelo general Krause e convencê-lo a me apresentar o tal sujeito. Como, eu ainda não sabia, mas não podia passar daquele dia. Saí de casa com o ânus arregaçado pelo Ramiro e todo úmido, e corri para a Chancelaria. Encontrei o general se dirigindo todo apressado para um carro que o aguardava junto a entrada, acompanhado pelo tenente Georg.
- Ah, que pena! Queria tanto falar com você, faz quase uma semana que não nos encontramos. – sussurrei quando nos cumprimentamos formalmente.
- Também precisava falar com você! – devolveu, me puxando discretamente para trás de uma coluna do pórtico. – Vamos oferecer um jantar dentro de três dias para alguns empresários, quero sua presença, pois precisamos impressionar essas pessoas, e sei que seu charme e beleza vão ajudar muito nesse quesito. Traga uma companhia, pois não vou poder me dedicar a você o tempo todo. Prometo que compenso tudo no próximo final de semana em minha casa de campo. – sentenciou afobado. – Tenente! Providencie um convite para o jantar dessa semana para o Sr. Al-Kudsi e sua acompanhante. – ordenou ao ajudante de ordens que já me encarava cheio de tesão por poder ter alguns minutos comigo a sós no gabinete do general. – Lamento estar tão apressado, nos falamos depois. – afirmou, voltando-se novamente para mim.
- Um beijo carinhoso! – sussurrei de volta. – Estou com saudades!
- Eu também, meu garotão! – devolveu ele.
- Queira me acompanhar, Sr. Tremblay! – exclamou satisfeito o ajudante de ordens, me fazendo seguir à sua frente para que, na escadaria, pudesse contemplar minha bunda gingando a cada degrau.
- Será um prazer, tenente! – devolvi. Ao fechar a porta depois que entramos no gabinete, o pauzão dele formava uma saliência próximo a braguilha. Eu lhe sorri acanhado, sem desviar o olhar de sua impetuosidade viril.
Ele precisou deixar o gabinete por alguns minutos, pois precisava carimbar o convite em outro andar com o selo da Chancelaria após preenchê-lo com meu nome. Cada oportunidade de estar sozinho no gabinete me levava a vasculhar por tudo à procura de algo de importância. Sentei-me na cadeira do general diante de sua mesa e abri apressadamente as gavetas para ver se encontrava algo. Ao mesmo tempo, rabiscava um desenho numa folha de papel. Desde criança tinha um talento para fazer desenhos, o que acabei aprimorando na Academia de Belas Artes, especialmente caricaturas e esboços de pessoas, era ágil com o lápis e, em poucos minutos, os traços já permitiam identificar o objeto do desenho. Ao regressar, o tenente Georg me flagrou vasculhando a papelada de uma das gavetas que não consegui fechar a tempo quando ele irrompeu pela porta.
- O que está fazendo, Sr. Tremblay? Terei que informar ao general que o senhor estava mexendo em documentos oficiais da Embaixada, e sei que ele vai ficar furioso com o senhor. Espiões recebem uma punição deveras severa, Sr. Tremblay, é bom que saiba. – afirmou ao me flagrar, enquanto eu me debruçava rapidamente sobre o desenho para encobri-lo.
Ele deu dois passos acelerados na minha direção e me puxou com força pelo braço, para ver do que se tratava. Parou incrédulo quando seus olhos se fixaram no desenho. Reconheceu-se de imediato nos traços do grafite, o rosto anguloso e másculo numa expressão compenetrada, o torso nu e os músculos avantajados até ligeiramente maiores do que na realidade. Do abdômen trincado para baixo e sob a braguilha, um imenso volume se salientava entre as coxas musculosas.
- Me perdoe, tenente! Não sei o que me deu, sinto muito, sinceramente, sinto muito mesmo! – exclamei afetado e corando ligeiramente. Sem palavras, ele enfunou o peito feito um pavão. Como todos os machos, ter seus atributos másculos reconhecidos e admirados, os fazem se sentir mais viris e cobiçados, o tenente Georg não fugia à regra, sabia que era um homem atraente e desejado e, me ver encabulado por admirar suas qualidades lhe dava uma vantagem sobre mim.
- Sou eu quem lhe deve desculpas, Sr. Tremblay por duvidar de sua idoneidade, me perdoe! – exclamou, sem tirar os olhos do desenho e do meu rosto intimidado.
- Não, o senhor está certo, tenente, está apenas cumprindo seu dever. Eu que não deveria estar mexendo nas coisas do general à procura de um lápis com uma ponta melhor do que essa. – devolvi, quebrando discretamente a ponta do lápis que tinha nas mãos.
- Os lápis ficam nessa gaveta! – retrucou, colocando alguns à minha frente. – Terminou o desenho? O senhor é muito talentoso, Sr. Tremblay! – ele não cabia em si de contente.
- Estão faltando alguns retoques para que fique à altura do modelo! – respondi, retomando o desenho com o lápis que ele colocou na minha mão. Avivei detalhes do contorno volumoso sob a braguilha, acentuando sua expressividade. Ele acompanhava cada traço, respirando junto ao meu cangote com o tesão a lhe trincar o caralhão rijo. De vez em quando, eu desviava o olhar do papel para sua ereção, e lhe dirigia um sorriso tímido.
Perdido o controle, ele desabotoou a braguilha e deixou o cacetão cair pesadamente para fora da calça, todo envaidecido de seu dote.
- É lindo e impressionante, tenente! – exclamei, fingindo estar com a mão trêmula ao pegar na rola e fechar os lábios ao redor dela.
- Verdammt nochmal, Herr Tremblay! (Porra, Sr. Tremblay!) Habe noch nie so ein guten geblasen gekriegt! (Nunca ganhei um boquete tão bom!) – grunhiu ele, deixando o pré-gozo escorrer farto e me sentindo sugar seu precioso néctar.
Pouco depois, eu estava debruçado sobre a mesa com as calças arriadas e as pernas abertas, gemendo enquanto aquele mastro grosso e rijo entrava e saía do meu cuzinho acolhedor deslizando frenético através dos meus esfíncteres já dilacerados pelo Ramiro, pouco antes. Ao sair da Embaixada com o convite e o tenente Georg me escoltando, o esperma dos dois machos formigava no meu rabinho lanhado. Tudo tem seu preço, e eu nunca negligenciei uma conta.
Eu contava com duas amigas para essas ocasiões, elas faziam parte da sociedade madrilenha e sempre faziam boa presença nos eventos que frequentávamos. Por sua vez, quando elas precisavam de um homem como companhia para alguma festa ou evento, recorriam a mim que ora era apresentado como namorado, ora como amigo, ou ora simplesmente como algum conhecido ou parente distante. Funcionava para todos e acabava sendo divertido em certas ocasiões criando situações até hilárias. Foi com uma delas que compareci ao jantar da Embaixada oferecido para os empresários.
Tudo caminhava bem, sem percalços, o general Krause me parabenizou pela companhia, ciente de que ela não representava nenhum perigo para o nosso relacionamento, que meu interesse por ela em termos sexuais era completamente nulo. Não demorei a identificar o empresário que tinha visto através de uma porta entreaberta poucos meses antes durante uma reunião com os generais alemães. Deduzi que fosse ele o Miguel Santalla Alvarez, e não me enganei. O general Krause fez questão de me apresentar a ele como o dono do mais badalado Clube da cidade e como um amigo dos interesses alemães na Espanha. No princípio, achei que ele estava espichando aquele olhar lupino e devorador para o decote sensual da minha companheira, mas logo descobri que ele estava de olho em mim, um quase ninfeto de rosto imberbe e angelical com um corpo escultural e uma bunda tão carnuda e roliça como ele só tinha visto em algumas negras quando esteve nas Américas, e que o terno alinhado e caro não desvirtuava. Eu era mais alto do que ele, quase uma cabeça, mas isso parecia não importar para aquele sujeito atarracado de traços grosseiros, e cujo interesse residia tão somente na minha bunda e na grutinha que devia estar camuflada no fundo de toda aquela carne rija. Em alguns momentos ele chegou a ser até impertinente, vangloriando-se de sua masculinidade, e ignorando os demais ouvintes que estavam ao nosso redor. Só faltou mesmo ele me propor sexo explicitamente depois de algumas taças de vinho. Eu sorria, estava sendo bem mais fácil do que eu imaginava, bastando dar-lhe um pouco mais de corda para ser convidado a passar alguns dias em alguma de suas propriedades onde ele pudesse meter livremente seu cacete no meu rabão.
No entanto, algo com que não contei, foi a chegada atrasada, quando os convidados já degustavam licores e café após o jantar, do general Richter e sua esposa. Cheguei a gelar quando seu olhar percorreu o salão identificando os convidados, e pedi a minha companheira que me camuflasse e me ajudasse a fugir na direção das toilettes.
- O que deu em você, está branco feito uma vela e suas mãos geladas? – perguntou ela, enquanto eu lhe dava as costas e corria em direção aos banheiros.
- Me dê cobertura, aquele homem não pode me ver, ou estou fodido! – respondi, quase sem fôlego.
- Quem é, um ex que não se conformou de ser trocado por outro? Ou foi a esposa que se viu traída e exigiu que ele abrisse mão dos seus préstimos sexuais? – perguntou ela, fazendo pilheria.
- Nada disso! Um homem que pode mandar me matar, ou fazê-lo ele mesmo, por ter sido enganado. – respondi, correndo para dentro do banheiro.
- Você e seus segredos misteriosos! Homens traídos são mais vingativos do que nós mulheres, é bom ter cuidado, ainda mais tratando-se desse tipo de homem, cheio de estrelas sobre os ombros do uniforme. – retrucou ela, achando graça da minha situação.
Estava quase dando por perdida a minha tentativa de ser convidado pelo Sr. Alvarez quando ele próprio adentrou ao banheiro. Antes de saber de quem se tratava, tranquei-me numa das cabines, pois se tivesse sido o general Richter ele não hesitaria um segundo para sacar a Luger do coldre e meter uma bala na minha cabeça ali mesmo. Respirei aliviado quando notei tratar-se do Sr. Alvarez esvaziando a bexiga num dos mictórios. Aproximei-me dele, mesmo sem precisar mijar, postei-me no mictório ao lado e tirei o pinto para o qual ele olhou com grata satisfação ao constatar que o dele era ligeiramente maior e bem mais grosso. Fez questão de exibi-lo soltando o jato abundante e amarelado, e sacudi-lo ao terminar de urinar. Não se apressou em recolocá-lo dentro da calça, queria que eu o admirasse, e meu sorriso tímido ao encará-lo confirmou suas suspeitas de que eu gostava de uma bela rola.
- O lugar não é o mais apropriado, Sr. Alvarez, mas vou aproveitar para me despedir do senhor. Foi um imenso prazer conhecê-lo e espero que possamos nos rever muito em breve, achei sua conversa deveras interessante! – exclamei, interpretando meu papel de homem delicado e sensível que admirava os que deixavam se levar pela testosterona que corria em suas veias.
- Lamento que tenha que partir, gostei muito do senhor, Sr. Al-Kudsi, é um jovem com muitos talentos e atributos, que eu gostaria de conhecer a fundo. – respondeu, praticamente babando em cima de mim. – Talvez possamos tomar um drinque em seu Clube amanhã à noite. Ainda permaneço na cidade por uns dias. – emendou, com o tesão a lhe agitar os testículos.
- Certamente! Vou esperar ansioso por sua visita, e prometo lhe dedicar todo meu tempo e atenção. – devolvi, fazendo-o ouvir exatamente o que queria, uma abertura para que sua próxima abordagem pudesse ser bem mais explícita. Quando veio me abraçar, roçou a ereção na minha coxa e sorriu feito um idiota iludido.
Dei o braço a minha companheira ao deixá-lo e corri em direção à saída, não podia prolongar minha estadia e correr o risco de o general Richter topar comigo. Fui detido pelo tenente Georg antes de alcançar a escadaria, a trepada recente ainda devia estar a atiçar seus colhões e seu dote avantajado, saudosos da maciez úmida e quente da minha mucosa anal acolhedora.
- Já nos deixando, Sr. Tremblay? – perguntou, me obrigando a esconder o rosto atrás dos ombros da minha companheira. – É cedo, os convidados vão se ressentir da sua ausência! – o garotão tinha lá seu charme, sabia passar uma cantada para meter sua pica numa fenda estreita.
- Infelizmente, tenente Georg! Peço-lhe a gentileza de levar meus cumprimentos ao general Krause! – retruquei, voltando a tomar o rumo da saída.
- Darei, Sr. Tremblay, darei! Mandei emoldurar o seu desenho! Tenho-o na minha cabeceira! – emendou, feliz por eu tê-lo esboçado com tamanha virilidade.

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Ficha do conto

Foto Perfil kherr
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Nome do conto:
De ninfeto sexy a espião uma jornada libertina 4

Codigo do conto:
222124

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
02/11/2024

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