Boa noite, eu me chamo José, tenho 23 anos e o que vou relatar aconteceu no final do primeiro semestre de 2015. Eu ainda era um universitário de Arquitetura e Urbanismo. Desde o primeiro semestre da faculdade é comum que se criem grupos por afinidade e comigo não foi diferente, apesar de me dar bem e conversar com todo mundo, minha turma, era meio que o clube do bolinha, o curso tinha por volta de 11 homens e de cara eu e mais 3 nos tornamos inseparáveis, todo trabalho era junto, toda balada era junto e por ai vai. Em menos de 6 meses nos tornamos melhores amigos, além de partilhar a vida acadêmica, passamos a visitar a casa um do outro, os interiores de que cada um era, viagens, festas e tudo isso que costuma rolar com seus melhores amigos. A intimidade ficava cada vez mais forte, visto que não nos desgrudávamos e muito menos saiamos perto um do outro.
Eu, José. Em 2015 estava com meus 19 anos, 1,73 de altura e na minha melhor forma, focado na academia, corpo definido, não tão volumoso, mas o corpo que eu sempre almejei ter, dos 4, eu era o mais tranquilo em relação a mulherada, talvez pelo fato de eu preferir me relacionar com homens, mas devido a toda construção social e preconceito, medo da reação principalmente desses amigos que eram o mais forte ciclo de amizades que eu tinha na época e eu não tinha a menor intenção de perder.
Kaique, 21 anos, era só um pouco mais alto que eu, tinha por volta de 1,75, o corpo bem parecido com o meu, era o famoso como quieto, seus olhos azuis e seu cabelo castanho claro ajudavam a deixar ele com a cara de bom moço que ele vendia, estava sempre se envolvendo com alguma menina mais nova que ele, mas eram só rolos.
Junior, era o mais velho, com 24 anos na época e também o mais impossível, com 1,87 de altura, seu corpo deveria ser o mais foda de todos, mas como ele bebia de segunda a segunda, apesar de ser o mais forte, era o com a maior barriguinha também, Junior era o zoeiro da turma, nascido e criado na capital com tudo, fez a faculdade por fazer e sempre precisava dos nossos empurrões pra passar.
Weslei, tinha 20 anos, 1,80 e era o mais magro dos 4, curtia uma farra, mas sempre escondido, já que tinha uma namorada na época em seu interior, mas isso não o impedia de aprontar todas.
Nesses 3 anos e pouco de amizade, rolaram coisas bem comuns de acontecer entre amigos heteros, nada demais. Todo mundo que tem uma turma e que tem liberdade, acaba vivenciando coisas como dormir na casa um do outro, ver o outro se trocando, ver acordando de pau duro na cueca, está tomando banho e o outro entrar pra mijar, nada demais, nunca nos masturbamos na frente um do outro, falávamos de boa, mas nunca rolou nem de ver um porno junto, já havia acontecido de viajar os 4, cada um com sua mina, por mais que rolasse sexo, era sempre discreto, embaixo de coberta, não descaradamente na frente um do outro. Esse semestre da faculdade em questão, 2015.1 era o nosso sétimo período e sem dúvidas um dos mais difíceis, não víamos a hora do semestre acabar e Junior nos chamou pra curtir uma o final de semana após as provas finais em uma casa de praia que a família deve tinha em Flexeiras-CE, sem nem titubear, os 3 aceitaram e combinamos tudo e foi ai que tudo começou, sem dúvidas algo que marcaria, mas não mudaria nossa amizade.
Terminamos as provas, entregamos o projeto na sexta feira, marcamos de dormir na casa do Kaique, por estar cansados, geral apagou cedo e por volta de 8 da manhã estávamos prontos e seguimos pra um supermercado pra abastecer o carro de comida e bebidas, depois seguimos viagem pra Flexeiras. Praia, julho, apesar de ser só os 4 na casa, imaginamos que daria pra aprontar um monte, já que a praia estaria bem movimentada, devido a alta estação. Rapidinho chegamos a casa, literalmente em frente ao mar maravilhoso de Flexeiras. Jogamos as coisas pela casa, cervejas no freezer, carnes e frios na geladeira, vestimos a sunga ali na sala mesmo e partimos pra praia, o sol tava maravilhoso e aproveitamos bem o dia, almoçamos na praia, fizemos amizade com uma galera do Sul que estavam passando uns dias pelo litoral cearense e curtimos a tarde toda por ali. O dia todo no Sol nos destruiu naquele sábado, ao pôr do sol, caminhamos pra praia, procurando uma cama pra deitar e ao chegar não deu outra, tomamos uma chuveirada no chuveirão da piscina. Eu vesti um samba canção, Kaique e Junior vestiram cuecas e Weslei um daqueles shorts de jogador de futebol e deitamos em um dos quartos que haviam duas camas de casal uma em cada canto do quarto. Deitei com Junior e Weslei com Kaique e apagamos.
Após dormir umas 4 horas fomos acordando aos poucos, quando acordei, Kaique estava no celular, Junior vendo TV e Weslei ainda dormindo.
EU: E ai, galera. Vamos fazer o que?
KAIQUE: Devíamos chamar a galera do Sul pra beber e ouvir um som aqui mesmo.
JUNIOR: Nãm man, a maioria deles tá de casal e as outras dá pra pegar não.
EU: Oh doido seco, só pensa em trepar.
Começamos a rir e com isso o Weslei acabou acordando e se juntando a gente na sala.
JUNIOR: Que foi? só eu que quero trepar nessa porra?
WESLEI: Mano, eu to de boa, se tudo mundo for, eu to dentro.
KAIQUE: Vão vocês, eu não to afim, vim pra descansar e curtir os amigos mesmo.
EU: Eu to com Kaique, parece que nunca viu buceta mano, deixa de ser seco porra.
Na real, eu não estava mesmo afim de foder uma mina, eu tava tranquilo, nunca esperei nada dos meus amigos, pra falar a verdade eu nunca nem os vi desa forma, nunca desejei eles, claro que umas manjadas sempre rolava, afinal que homem, até mesmo hetero não manja a rola dos amigos. Mas nunca confundi as coisas, eu sempre os considerei demais.
Acabou que decidimos da uma volta pela cidade, comer uma pizza e ver qual era a da noite. Tomamos mais um banho, cada um num banheiro e vestimos aquela farda praia, shorts, regata ou camisa e havaianas, pegamos o carro de Junior e seguimos em direção ao centro da cidade. O movimento até que tava bom, praça lotada, sentamos em uma pizzaria, pedimos a pizza e ficamos bebendo uma cerveja. Ficamos ali por mais ou menos uma hora e o Junior por ter casa na cidade, tinha conhecidos por lá e sempre saia pra falar com alguém que estava em outro estabelecimento ou mesmo na praça e em uma dessas ele voltou com sorriso de menino ruim.
JUNIOR: Ei, desenrolei duas GP pra gente meter, ai a gente divide, topam?
KAIQUE: Porra mano, tu é foda, já não tava afim, ainda sendo puta, pode ir, eu fico de boa.
WESLEI: Se forem massa, eu topo. Vai ser massa dividir mina.
JUNIOR: Zé? vai melar o rolê junto com esse paia ai?
EU: Ah mano, se o cara não tá afim, deixa, e eu também não to na vibe de foder puta não mano, mal ai. Mas vão lá, a casa é cheia de quarto, mete vocês dois.
WESLEI: Ah vei, ou vai todo mundo ou ninguém, mo paia esse lance de ir uns e outros não, a gente tá junto nessa porra, somos amigos ou não?
JUNIOR: Borá pelo menos da uma olhada nelas po, né obrigado meter não, a gente pode só curtir de boa, fazer uma sacanagem e tal.
KAIQUE: Ah mano, vamos ver essas mina ai.
Ao chegar na praça, parecia piada, pense em duas putas feias, pareciam ser menores de idade e eram bem magrinhas, na hora eu olhei pro Kaique e rir, nos dois eramos os mais bonitos e consequentemente os mais seletivos, na hora já saímos andando e os outros dois nos seguiram.
KAIQUE: Junior, cê não tem juízo não macho? Tu achou mesmo que a gente ia curtir com umas doida dessa, tu é doido mesmo, viu.
EU: Tem nem perigo, viu macho. Sou mais bater uma.
Junior meio contrariado entrou no carro e fomos pra casa. Chegando lá, Junior fez uma picanha e umas linguiças na churrasqueira e resolvemos ligar a Jacuzzi que ficava no segundo andar da casa, enfrente a ela havia uma TV e uma estrutura toda de madeira e na lateral o mar, ninguém de fora da casa conseguia ver a jacuzzi, já que a casa ficava mais afastada da cidade e bem na frente do mar. Subimos levando um cole de cerveja e a carne.
WESLEI: Tive uma ideia, o que vocês acham da gente brincar de verdade ou consequência?
EU: Ih mano, quer voltar pro fundamental também não? porque isso ai eu brincava no com 13 anos pra beijar as meninas da escola.
JUNIOR: Tá ai, gostei, não tem ninguém pra beijar, mas já que atrapalharam minha foda, é o melhor que tem a se fazer, pode sair umas coisas engraçadas. Vão melar isso também, Zé e Kaique, seus estraga prazer.
KAIQUE: Ah, eu topo de boa.
EU: Então borá.
Na real eu tava me cagando de medo, vai que eles desconfiavam de algo e resolveram me perguntar, fiquei muito tenso com isso, mas não deixava transparecer, ou pelo menos tentava..
CONTINUA...