Amor e Sexo sem Fronteiras - Parte I

Amor e sexo sem fronteiras – Parte I
Eu não devia estar tão perplexo e assustado. Há tempos eu previa que aquele magnetismo exacerbado entre o Ross e eu podia acabar dando nisso. Só não esperava que fosse numa ocasião tão inoportuna, quando havia tanta outra coisa em jogo.
- Para! Você está me machucando. Você é grosso e truculento demais. Ai, Ross! Está doendo muito, para! – protestei suplicando. Ele continuou a me foder como um touro.
- Você resmunga muito. – grunhiu, pois estava tão afoito e sentindo tanto tesão que não tinha paciência para conversa. Não agora, que estava se deliciando no meu cuzinho, conforme vinha sonhando há tempos.
- Ross, estou falando sério! Está doendo muito, pare! Eu não estou mais aguentando! Seu grosseirão, insensível. Ai, ai, ai, Ross! – acabei gritando, ao mesmo tempo em que mordia o travesseiro, pois ele havia intensificado as estocadas e estava gozando. Ao passo que eu seria incapaz de descrever essa dor intensa que estava sentindo lá dentro, bem no fundo do meu ânus. Ergui meu corpo, com o dele me cobrindo, como se estivesse fazendo um exercício de flexão de braços e, ao mesmo tempo girei o corpo derrubando-o de cima de mim. A pica à meia bomba saiu do meu cu e, quando a glande estufada passou pelos esfíncteres eu senti mais uma vez uma dor dilacerante que me fez gemer.
- Você é fresquinho demais! Choraminga por qualquer coisinha! – exclamou ele, contrariado por ter seu falo expulso à força daquele ninho macio e quente.
- Seu brutamontes, ogro! O fato de eu ter um corpo grande não significa que meu ânus não seja uma região bastante sensível. E, você não pensou nem um pouco nisso antes de enfiar esse troço enorme em mim. Estúpido! A palavra gentileza não existe no seu dicionário, não é?– protestei zangado.
- Olha! Ele ficou bravo mesmo! – debochou cínico. – O que você queria, que eu te tratasse como uma menina moça? Posso fazer isso se você quiser. Vem cá, que eu te mostro como posso ser gentil. – revidou, voltando a se lançar sobre mim, antes mesmo de eu conseguir sair da cama.
- Para! Para, Ross! Aaaaiiii! – Era inútil tentar enfrentar aquele homem com um metro e noventa e, mais de cem quilos, possuído por uma tara que só podia ser comparada ao de um garanhão diante de uma égua no cio, determinado a tudo para copular.
- É assim que você quer? De mansinho, um pouquinho a cada vez, para te dar tempo de usufruir de mim? Pois então que seja assim. Agora não dá para você dizer que estou sendo bruto. – ele já estava dentro de mim novamente. A investida foi tão rápida e inesperada que, segundos após ter aberto minhas pernas como se fossem as pontas de uma tesoura, o caralhão já estava deslizando para dentro das minhas entranhas. De maneira menos tosca desta vez, mas não menos dolorosa.
- Grosso! – murmurei, minhas mãos em seus ombros tentando afastá-lo de mim. Não pronunciei mais do que isso, pois sentia aquele nó na garganta querendo explodir num choro. E, eu não ia chorar diante dele. Não. Isso nunca! Também estava difícil encará-lo de frente como ele estava agora, o rosto quase colado ao meu, seu arfar excitado roçando a pele do meu rosto. Em dado momento, aquele vaivém cadenciado do cacetão dele entrando e saindo do meu cu, foi me enchendo de sensações que eu jamais havia experimentado. Não sei como aquele frenesi entre as minhas coxas conseguia ser tão receptivo e carinhoso com a jeba ensandecida dele. Até minhas mãos se rebelaram contra os pensamentos do meu cérebro, e haviam migrado dos ombros para as omoplatas e a base de implantação dos cabelos na nuca dele, onde se moviam com uma suavidade e uma destreza impudica.
Era complicado encarar aquele par de olhos cheios de tesão, que iam do amarelo-dourado ao marrom-dourado e, até ao marrom enegrecido, ao se moverem a pouca luz, tão próximos e tão cheios de significado. Como eu pude ser tão ingênuo a ponto de achar que conseguiria lidar com esse olhar, que começou no dia em que nos vimos pela primeira vez, sem sucumbir à tentação de decifrá-lo. O resultado não podia ter sido outro, o de agora estar a menos de um palmo dele sentindo um rebuliço no meu peito. Ele deixava o ar escapar por entre os dentes, suas costas, por onde minhas mãos deslizavam, estavam suadas. Mas seus quadris continuavam a se mover, vai e vem, vai e vem, aquilo parecia não ter fim. Nem o ardor que se espalhava pelo meu cuzinho parecia querer arrefecer. Do instante em que o caralhão dele entrou em mim, até agora, eu não fazia outra coisa senão gemer. Não sei se isso me trazia algum alívio, porém ajudava a externar aquela miríade de sensações.
- Então é assim que você prefere? – indagou ele, aquela cara cínica me encarando quase a delirar de prazer. Pensei em revidar com um arsenal de impropérios, mas virei meu rosto para o lado, pois no fundo, estava louco para beijar sua boca. Como ele, em nenhum momento, se mostrou disposto a isso, não seria eu a demonstrar meus sentimentos, e me tornar mais fragilizado diante dele. Especialmente agora, quando mais uma vez seus jatos de porra pegajosa iam aderindo à minha mucosa anal, numa demonstração evidente de dominância.
- Cínico! – proferi junto com esses últimos gemidos mais intensos, tomando o cuidado de pronunciar a palavra tão baixo quanto possível para que ele não a ouvisse e, ela só servisse para atenuar meu rancor.
Empurrei-o com força e desenrosquei minhas pernas que estavam enleadas ao redor da cintura dele. Havia sangue no lençol e eu quis ir ao banheiro num passo acelerado para sair logo das vistas dele. Porém, no primeiro passo, constatei que não conseguiria nem caminhar normalmente, tanto era o desconforto e a quantidade de esperma que havia entre as minhas coxas. Ele veio atrás de mim, mas bastou um olhar meu para que ele desistisse fosse lá do que pretendia. Ele percebeu que eu estava puto, e não queria comprar uma briga. Não depois de ter se realizado no meu cuzinho, um sonho de consumo que acalentava desde há muito.
Eu já estava quase pronto de me vestir quando ele retornou ao quarto sem a toalha, nu e exibindo sua masculinidade avantajada sem nenhuma modéstia. Fingi não reparar naquilo balançando entre suas coxas peludas, ou me impressionar com sua nudez, virado para o espelho e fazendo o nó da minha gravata.
- Você ficou bravo comigo, Diego? – arriscou, a uma distância segura de qualquer revide.
- Não me provoque, Ross! Você não podia ter escolhido lugar nem momento mais inconveniente para fazer o que fez. Eu estou todo machucado e temos um dia complicado pela frente. – respondi, deixando o quarto do hotel e me dirigindo até o restaurante onde estava sendo servido o café da manhã, sem esperar por ele.
Procurei caminhar com a maior firmeza possível, o que não estava sendo nada fácil com o cu queimando como se houvesse uma tocha acessa dentro dele e, aquele montão de sêmen morno não me deixando esquecer o que acabara de acontecer lá em cima. Assim que encontrei o restante do pessoal e, respondi a alguns risos enigmáticos junto com o – bom dia! – a insegurança voltou. A impressão que eu tinha era a de que estava escrito na minha testa – acaba de ser fodido. Muitos já tinham ido para o salão onde acontecia o seminário quando terminei de me servir no bufê. O Ross tinha acabado de entrar no restaurante e seu olhar me procurava. Parecia um canário no amanhecer de um dia esplendoroso, feliz e pronto para cantarolar de alegria.
- Estamos atrasados! Culpa sua! – exclamei, assim que ele se sentou à mesa. – Você vai ver a cara que o velho Austin vai fazer quando nos vir entrando para a conferência.
- Hoje nada vai abalar o meu bom humor. Muito menos o rabugento do Austin. – devolveu ele, avançando sobre o prato bem montado que estava a sua frente. – Estou com uma fome danada! – emendou.
- Detesto chegar atrasado. Ao contrário de você, meu humor não é dos melhores hoje, graças a você. – retruquei, puto com aquela descontração dele.
- Você não devia estar assim. Na segunda vez eu fiz exatamente como você me pediu. E, eu sei que você gostou. – ele murmurava enquanto comia, como se aquele tipo de conversa fosse a coisa mais natural entre nós dois.
- Convencido! Você se acha mesmo o maioral, não é? O que te faz pensar que eu tenha gostado das suas safadezas abjetas? – indaguei furioso.
- O fato de você estar aí sentado com toda a minha porra nesse seu cuzinho delicioso! – retrucou ele, dirigindo-me um risinho debochado.
- Petulante! Não pense que estou gostando disso. O dia vai ser cheio e eu nestas condições deploráveis. Tenho vontade de esganá-lo! – revidei, cada vez mais abalado.
- Se você não tivesse gostado teria tirado tudo de dentro você, lá na ducha. Você só não quer admitir que está gostando de guardar minha essência viril dentro do seu corpinho, como forma de me ter bem juntinho. – devolveu. Eu amarrotei o guardanapo que estava sobre a minha perna e o joguei furiosamente sobre a mesa, deixando-o sozinho com suas convicções.
O velho Austin estava entabulando uma conversa animada a poucos passos da porta de entrada do saguão de conferências do hotel, dirigiu-me um bom dia com um daqueles sorrisos condescendentes que os CEOs cumprimentam seus subalternos, ao contrário daquela cara sisuda com a qual eu esperava ser recebido devido ao meu atraso. Percebi que ele havia perdido o fio da meada da conversa que estava tendo, pois uma das pessoas com as quais conversava precisou repetir a pergunta que lhe tinha dirigido. Ele simplesmente havia se distraído examinando pormenorizadamente minha bunda rechonchuda. Não tenho a menor dúvida de que ele tenha gravado na memória, além do meu nome, a filial na qual eu trabalhava, como esse detalhe da minha anatomia, desde o instante em que fomos apresentados. Rodavam pela empresa os boatos de seu apetite voraz pelas secretárias mais novinhas e, por um seleto grupinho de rapazes jovens em início de carreira com as características do meu tipo físico. Parecia não haver limites quando se tratava de satisfazer suas perversidades sexuais, nem uma esposa ausente, nem um casal de filhos que abandonou o lar assim que alcançaram a maioridade e, muito menos, os preceitos éticos que deveriam governar sua posição dentro da hierarquia da empresa.
Logo que cheguei ao saguão fui cercado por alguns colegas que trabalhavam em outras filiais mundo afora e, que estava conhecendo pessoalmente apenas agora, pois até então, nosso contato sempre havia sido através de videoconferências. Alguns comentaram sobre o meu carisma durante essas videoconferências e estavam animados para me conhecer pessoalmente. Foi justamente quando Simon, um gerente solteiro e bronzeado da filial de Sidney na Austrália fazia esse comentário, que o Ross se aproximou do grupo vindo por trás de mim sem que eu o percebesse. Simon, além de um corpo musculoso e um rosto angulado e másculo, tinha aquele olhar calculado e furtivo de um caçador. Um pouco encabulado com seu comentário, devolvi-lhe um sorriso franco e amistoso, que interrompi bruscamente ao sentir a mão do Ross apertando uma de minhas nádegas impetuosa e descaradamente. Ao me virar abruptamente, surpreso com aquela ousadia, dei de cara com sua fisionomia carrancuda, procurando disfarçar a fúria que estava dentro dele. Eu já conhecia aquela expressão no cotidiano do nosso trabalho na empresa, bem como, conhecia seu significado, ciúmes. Por estar furioso e zangado com ele naquela manhã, pelo que me fez no quarto, eu, propositalmente, enganchei meu braço no do Simon ao caminharmos até as poltronas, assim que foi dado o sinal de que o seminário iria começar. Voltei a me lembrar do Ross no momento em que fui me sentar, pois precisei acomodar-me à poltrona meio enviesado e apoiado apenas numa das nádegas, uma vez que tocar o cu no assento provocou uma fisgada dolorosa que penetrou minha região pubiana. Grunhi um – desgraçado – baixinho e com os lábios apertados por conta da dor, ao qual o Simon questionou por não ter entendido.
Havia quase quatro anos que aquele era meu primeiro emprego, depois de formado e concluído um MBA, num grupo financeiro e de investimentos americano espalhado por diversas capitais nos cinco continentes. Também era a primeira vez que participava desse seminário intercontinental, que visava alinhar as ações de todos os diretores e gerentes e, que ocorria a cada dois anos em Nova Iorque, onde ficava a sede da empresa. Por quinze dias as equipes de todos os países tinham a oportunidade de estreitar relações, participar de treinamentos e, apresentar novas modalidades de negócio que tenham sido desenvolvidos pelas equipes de cada país. Eu figurava como um dos palestrantes a apresentar o que minha equipe tinha implementado, experimentalmente, nos países da América Latina, com um sucesso estrondoso de novos negócios. Durante toda a manhã fiquei preocupado com essa palestra, pois ela precisava ser impecável e convencer o conselho deliberativo a expandir essa ideia para outras filiais. Esse era mais um dos motivos pelo qual eu estava zangadíssimo com o Ross, uma vez que a pressão psicológica que estava sobre mim era enorme e, eu não precisava de mais aquela sensação ardente e úmida entre as coxas para me deixar com os nervos à flor da pele.
No intervalo para o almoço o Ross se aproximou novamente de mim, pois durante as palestras da manhã eu procurei evita-lo e sentar-me distante dele.
- Ainda muito zangado comigo? – questionou.
- Não seja sarcástico! Fique longe de mim, estou uma pilha de nervos e, a última coisa que estou precisando é de você me aporrinhando. – respondi secamente.
- Eu só queria saber se você precisa de alguma ajuda para hoje à tarde. – disse ele, cauteloso, pois sabia que tinha pisado na bola e que eu não o tinha perdoado dessa vez com nas outras, quando seus delitos costumavam não ser tão agressivos como tinha sido o desta manhã.
- Tudo o que você podia ter feito por mim já fez! Eu vou lhe ser muito grato pelo resto da vida se as coisas derem errado. – retruquei irônico.
- Vai dar tudo certo, confie em você! Eu estarei torcendo durante todo o tempo por você. – retorquiu, arrependido de sua investida fora de contexto.
- Se você ficar bem longe de mim já será um enorme favor. – assegurei ríspido. Eu ia acrescentar que já me bastava sua presença pegajosa aderida a minha intimidade, porém desisti, uma vez que isso o deixaria mais cheio de si.
O Ross tinha vindo dos Estados Unidos trabalhar na filial paulista quase ao mesmo tempo em que eu ingressara na empresa. Ambos estavam sob a diretoria geral de investimentos, o ramo mais agressivo do ponto de vista mercantil, cada um liderando uma equipe de funcionários. Eu sempre fui bastante competitivo. Tinha sido capitão do time vôlei tanto no colégio quanto na faculdade e estava habituado a vencer. Levei essa garra ao trabalho e logo me destaquei. O Ross também tinha liderado a equipe de futebol americano da universidade e era muito bom em derrotar os oponentes fazendo uso de sua força física, uma vez que se transformava numa verdadeira barreira humana em campo contra os adversários. Ocorre que na empresa essa qualidade não lhe valia de muita coisa e, no campo intelectual, ele tinha pouca paciência, embora fosse um excelente estrategista. No dia em que nos conhecemos, houve uma troca de olhares da qual jamais vou me esquecer. Eu me senti nu diante daquele olhar penetrante e cheio de cobiça. E, pela primeira vez, aquilo me agradou. Havia algo em torno dele, uma energia, um transbordar de testosterona, um quê de macho alfa que me deu vontade de pertencer a ele, de mostrar-lhe que eu queria satisfazer seus desejos, que eu queria ser parte dele. Imediatamente, estávamos atados por um magnetismo difícil de compreender, quanto mais explicar. A dominância que até então ele sempre exercera sem grandes dificuldades, viu-se posta em xeque quando a equipe liderada por mim, mês a mês, obtinha resultados superiores aos dele. Em outras circunstâncias, ele simplesmente partiria contra o adversário fazendo uso da força ou de subterfúgios menos nobres, mas agora o adversário era alguém que ele desejava com todas as forças de seu ser. O adversário era alguém por quem ele sentia uma atração sexual que tinha abalado todas as suas convicções e, à medida que ia me conhecendo melhor, por quem ele começava a sentir um calor no peito que não tinha outro nome que não paixão. Como subjugar um adversário assim? Como torna-lo submisso e, se isso fosse impossível, como conseguir que esse adversário o aceitasse como líder? Eram respostas que ele não tinha. Procurava-as incessantemente, dia após dia. Enquanto elas não vinham, era obrigado a admitir a si mesmo que estava arriado, de quatro, por mim. Isso o fazia remoer seus conflitos e, de quando em vez, termos algumas discussões mais acaloradas, nas quais eu geralmente levava a melhor. Ao sobrepuja-lo, deixando-o o puto com isso, só lhe restava esmurrar a mesa, diante de nossas equipes perplexas com o potencial bélico de ambos. Findos esses embates, ele saia jurando, a si mesmo, que a única coisa a fazer era me deitar debaixo dele e meter a vara gigantesca, que o enchia de orgulho, naquela bundona que o alucinava, e me obrigar a admitir que o macho era ele. Passada a raiva, ele voltava a se deixar contaminar pelo meu jeito carinhoso e cuidadoso, querendo ser o único alvo dessa ternura que eu distribuía numa fartura sem precedentes.
Logo que o seminário foi agendado, ele me propôs tirarmos férias juntos depois do evento, para viajarmos até Los Angeles, onde residia sua família. Ele queria me mostrar a costa oeste de seu país, que eu ainda não conhecia e, talvez, com a sorte a seu favor, conseguir não só penetrar no meu coração, como também no meu cuzinho, pelo qual sua tara vinha aumentando cada vez mais. O que ele nem desconfiava, era que eu já o tinha colocado em meu coração numa espécie de altar onde ele reinava soberano. Mas, aquele seu jeito abrutalhado de conseguir as coisas me tirava do sério e, me fazia ter dúvidas quanto a deixa-lo avançar além do ponto onde eu me sentia seguro. Contudo, acabei aceitando seu convite. Ele já tinha demonstrado ser uma excelente companhia quando o levei para passar um verão em nossa casa de praia. Além de encher minha cabeça de fantasias quando olhava para ele com aquela sunga da qual emergia um par de coxas grossas e peludas, e se camuflava uma verga colossal que me deixava sem fôlego.
Apesar da insegurança, minha apresentação no seminário teve uma repercussão positiva que eu não esperava. Fui elogiado pelo Austin diante de todos pela inovação, e fui cercado por vários diretores de outras filiais, para esclarecer dúvidas ou sugerir algumas adaptações, no modelo por mim apresentado, que pudessem ser aplicadas à realidade do país onde atuavam. Eu estava tão feliz com o resultado que mal cabia em mim de contentamento. Enquanto conversava com as pessoas que me abordavam, percebi o olhar do Ross fixo em mim, talvez houvesse uma pontinha de inveja naquela expressão com a qual ele me fitava, mas era notório que estava orgulhoso de mim. Essa carinha de cachorro que aprontou das suas não vai me convencer, pensei comigo mesmo, embora meu coração já estivesse se derretendo como uma manteiga fora da geladeira. Era essa cumplicidade, esse reconhecimento mútuo das qualidades do outro que tinha nos unido, e estava nos levando como uma correnteza marítima para novos e inexplorados destinos. E, nenhum dos dois parecia querer lutar contra essa correnteza, apenas nos deixávamos levar, pois a sensação era muito boa.
As atividades diárias se encerravam com um jantar que era servido nalgum recanto dos extensos jardins que cercavam o hotel, aproveitando o clima ameno da primavera. Eu ainda estava com aquela cara de - não chegue perto que eu mordo – dirigida exclusivamente ao Ross, mas ele continuava me rondando como um cão de guarda. Quatro taças de vinho tinham deixado o Simon mais descontraído e ousado, eu começava a perceber que seu interesse por mim não estava ligado apenas aos assuntos do trabalho. Numa conversa que surgiu à mesa do jantar do pequeno grupo onde eu estava, motivada pela presença de um funcionário do hotel que participava do serviço, cuja beleza todos repararam e, que inegavelmente era homossexual, o Simon declarou que já tinha tido dois casos com gays e que nunca se arrependeu desse envolvimento, confessando que eles tinham sido extremamente prazerosos do ponto de vista sexual. A exceção de um dos colegas de mesa, que se declarou incapaz de compreender o envolvimento de dois homens, os demais foram menos incisivos e, eu podia jurar que também haviam provado da experiência, embora não se sentissem a vontade para admitir. Um deles aproveitou para elogiar a minha beleza fazendo um comparativo com a do funcionário do hotel, como que querendo dizer que eu tinha todo o potencial de ser gay. Não era a primeira vez que eu passava por uma saia justa dessas e, inegavelmente, a minha bunda era a responsável por esse tipo de observação, pois ela sempre foi motivo de cobiça de caralhos impetuosos desde os meus tempos de colégio. Limitei-me a um sorriso tímido e forçado que pareceu apenas confirmar a impressão que tiveram de mim. Como eu havia negado a afirmação sobre a minha beleza, e admitido que o funcionário do hotel era, sem dúvida, muito mais bem apessoado, o Simon interveio.
- Eu nem sonharia em troca-lo por esse rapaz, isso se você fosse meu namorado, é lógico! – exclamou tomando minha mão entre as suas, como se estivesse fazendo uma declaração de amor. Constrangido, atribuí a ousadia ao álcool, mas tive que ouvir o assentimento dos outros concordando com o ponto de vista dele.
- Vocês estão querendo me deixar sem graça! Vamos mudar de assunto. – afirmei. Na mesa ao lado, o Ross não estava gostando nem um pouco das frases que chegavam a ele truncadas pela conversa em sua mesa e pelo barulho do ambiente.
A contragosto deixei que o Simon me acompanhasse quando as pessoas começaram a subir para os quartos. Ao entrarmos no elevador, distraído por uma conversa com outro colega, esqueci-me a apertar o botão do meu andar. Só me dei conta quando todos saíram e o elevador continuou subindo até o andar do Simon. Ele me sorriu assim que as portas se fecharam e o elevador iniciou a subida. Quando retribuí, ele deu um passo na minha direção e me encurralou contra a parede. Seus braços cingiram meu corpo e num puxão, eu estava colado ao corpo bronzeado e musculoso dele. Senti suas mãos descendo até a minha bunda e agarrando minhas nádegas com volúpia. Antes de conseguir afastá-lo empurrando-o com as mãos espalmadas sobre seu peito, um beijo molhado ainda carregado do sabor do Riesling gelado que ele havia tomado, penetrou minha boca. Minhas pernas tremiam, meu cuzinho se contorcia com a proximidade predadora de suas mãos vigorosas e, um calor sensual tomou conta do meu peito. Num único dia dois machos tinham me tomado nos braços, uma façanha inédita, que me deixou inquieto.
- Você é muito gostoso! Sempre gostei dos teus sorrisos durante nossas videoconferências, mas pessoalmente você é muito mais encantador do que eu supunha. – afirmou ele, partindo para mais um beijo roubado, sem me dar chance de revidar.
O elevador chegou ao andar do Simon, abriu as portas, aguardou, fechou-as novamente e, iniciou a descida. Eu sentia a ereção dele se esfregando na minha coxa, enquanto sua língua me penetrava cheia de desejos. O pavor se apossou de mim quando imaginei sermos flagrados naquela circunstância dentro do elevador. Fui mais veemente ao afastá-lo de mim e, felizmente, consegui que sua boca e suas mãos se afastassem no exato momento em que o elevador abriu as portas no meu andar, onde o Ross estava parado, pronto para descer novamente à minha procura. Nós três nos encaramos num silêncio constrangedor. O Simon e eu ainda estávamos afogueados com o que acabávamos de fazer e, ao desejar-lhe boa noite numa voz insegura, quase gaguejando, não consegui encarar o Ross. A passos largos caminhei ao longo do corredor até o nosso apartamento, ele vinha na minha cola num silêncio que me deixou em pânico. Quando enfiei o cartão na fechadura, ele colocou a mão sobre a minha e me obrigou a virar-me em sua direção. Estava furioso como nunca.
- Você passou dos limites! Não pense que vou tolerar essas suas ceninhas tentando me fazer ciúmes com esse sujeito! – ele apertou minha mão com tanta força que senti meus dedos estralarem.
- Eu não estou tentando fazer ciúmes em ninguém, deixe de tolices. – respondi, ainda tremendo incontrolavelmente.
- O que aconteceu dentro daquele elevador? – exigiu saber.
- Nada! O que haveria de acontecer dentro de um elevador? – retorqui, cheio de culpa.
- Não me tire do sério! Se eu pegar aquele sujeito derramando aquele olhar de bagre, mais uma única vez, para cima de você, não respondo por mim.
- Quem me tirou do sério foi você, esta manhã! Não venha querer me dizer com quem eu posso ou não estar. Solte-me! Não vamos fazer escândalo aqui no corredor. – revidei, procurando demonstrar uma coragem que não tinha naquele momento.
- Diego, Diego! Você não me conhece! Ninguém vai mexer com o que é meu. Enfie isso na sua cabecinha. – ameaçou.
Eu entrei no apartamento e fui direto para o banheiro trancando a porta atrás de mim. Ele girou a maçaneta, mas me deixou em paz. Meu coração parecia querer sair pela boca. Em que enrascada eu estava me metendo? Tudo que me faltava era um escândalo que todos da empresa ficassem sabendo, ou uma demissão por comportamento inadequado. Fiquei sentado sobre a tampa do vaso fechado até que aquele agite do meu corpo cessasse. O Ross girou a maçaneta mais umas duas vezes, mas não disse nada. Enfiei-me debaixo da ducha para me acalmar. Inconscientemente, peguei-me fazendo uma ducha anal como se estivesse me preparando para uma relação sexual. Onde eu estava com a cabeça? Tinha passado o dia todo revoltado com o homem que havia deixado meu cu em pandarecos, mas estava me comportando como se estivesse pronto para receber um macho outra vez. Será que esse comportamento não estava ligado ao fato de eu não ter conseguido esquecer, por um segundo que fosse, durante todo aquele dia, a presença daquele macho cheio de tesão por mim, pulsando com seu membro potente na minha mais íntima cavidade, e ter me encantado por essa experiência nova e única? Quando voltei ao quarto ele estava deitado em sua cama com os braços cruzados atrás da nuca. Ficou me encarando em silêncio enquanto eu vestia uma cueca e a bermuda do pijama. Vi sua ereção debaixo do lençol, sem que ele se preocupasse em disfarça-la. Deitei-me na minha cama e apertei o interruptor no painel da cabeceira entre as duas camas, o apartamento mergulhou na penumbra.
- Boa noite! – desejei, antes de me virar para o lado e agarrar o travesseiro. Ele não respondeu.
Ele estava inquieto, podia ouvir sua respiração profunda na cama ao lado. Achei que, a qualquer momento, ele viria se esgueirando e entraria debaixo do meu lençol, pronto para me foder. Porém, sua respiração foi se tornando cada vez mais espaçada e leve, o que me deu a certeza de que havia pegado no sono. Exausto pela vigília, acabei dormindo. Precisei levantar uma vez durante a madrugada para mijar. O Ross estava quase todo descoberto, embora fizesse frio dentro do quarto. Não fosse pela benga descomunal à meia bomba entre suas coxas, ele se parecia com um garotinho sonhando com alguma brincadeira que lhe desse muito prazer, pois havia um sorrisinho inocente em seu rosto tranquilo. Cobri-o puxando o lençol por cima daquele corpanzil quente, ele se moveu um pouco, ficando deitado de costas e esparramando as pernas até ocuparem toda a cama, a rola caiu pesada sobre a coxa direita, e ele soltou uns grunhidos. Tive vontade de acariciar seu rosto e beijar sua boca. Que tipo de pervertido eu estava me tornando?
Acordei ouvindo o barulho da água correndo no chuveiro. A cama ao lado estava vazia, uma parte da cortina estava puxada para o lado e deixava ver o céu azul claro e algumas nuvens brancas iluminadas pelos primeiros raios do sol. Espreguicei-me e esfreguei os olhos. O Ross saiu do banheiro como veio mundo, apesar das transformações impostas pelo passar dos anos e pelos hormônios, e pela ingenuidade que se perdera em algum lugar durante esse trajeto. Ao contrário da cara carrancuda da noite anterior, abriu um sorriso cheio de encantamento quando me viu acordado.
- Bom dia! Dormiu bem? – disse, numa voz ainda rouca, enquanto terminava de abrir o restante das cortinas.
- Bom dia! Sim, e você? – devolvi retribuindo o sorriso.
- Podia ter sido melhor se pudesse dormir juntinho de você. – afirmou, vindo em minha direção e sentando-se na cama.
- Engraçadinho! – exclamei, procurando não olhar para o caralhão dele. – Vou me enfiar rapidamente debaixo do chuveiro e podemos descer. – emendei, antes de ele começar a ter ideias pouco confiáveis.
Eu estava terminando de passar o barbeador em frente ao espelho da pia quando ele regressou ao banheiro. Não tinha se vestido nesse tempo todo. Passou os braços ao redor da minha cintura e tirou a toalha que me cobria. Senti sua mão entrando no meu rego, firme e decidida. Quando ia me preparando para protestar, ele enfiou dois dedos na minha boca e me encoxou. A verga se insinuou no meu rego, latejava de tesão. Senti o primeiro beijo no ombro esquerdo, depois outro na nuca, outro na base da mandíbula e o mais demorado na boca, após ele virar meu rosto em sua direção. Ele tentou me penetrar ali, a pica estava rígida como aço e dois dedos vasculhavam meu rego a procura do meu anelzinho pregueado, como uma espécie de guia abrindo a trilha para a pica.
- Não, Ross! – balbuciei quase sem forças, pois lutava contra o desejo do meu corpo. Ele me apertou com mais vigor, prevendo que eu ia me esquivar.
- Só um pouco? É cedo, temos bastante tempo. – gemeu ele, já arfando como um touro.
- Ainda estou todo machucado de ontem! Não posso ter outro dia como aquele. – asseverei, sem fazer nenhuma tentativa para escapar dele. Eu queria que ele me soltasse por vontade própria, em respeito ao meu pedido.
- Eu sei que você me quer tanto quanto eu te quero. Por que não deixar simplesmente acontecer? – questionou ele.
- Pelo que acabei de afirmar, estou muito machucado. Vou ficar pior e me sentir inseguro pelo restante do dia. E, estamos cheios de compromissos com o trabalho. Não é hora nem lugar para pensarmos nisso. – respondi. Ele foi me soltando aos poucos, lutando contra o desejo que ardia em sua virilha.
- Temos quase duas semanas pela frente. Não me diga que não vai rolar nada durante esse tempo todo. – retorquiu contrariado. – Não acredito que você tenha esse autocontrole todo.
- Hoje não, Ross! Vamos deixar os dias passarem, sem precipitações. Pode ser? – pedi.
- Não vou prometer nada! Mesmo porque não sei se vou poder cumprir. – respondeu. Tomei seu rosto entre as mãos e o beijei.
- O que foi isso, se não quer que eu faça amor com você? – perguntou, enquanto o caralhão tinha recomeçado a se enrijecer cheio de esperanças.
- Você acaba de fazer amor comigo, me mostrando o quanto me ama. – respondi, num sorriso cheio de gratidão.
- Não entendi!
- Você respeitou minha vontade. Você me respeitou! – exclamei.
- Ah! Tá, você ouviu isso, fomos elogiados, mas ficamos na secura, e ainda, temos que nos conformar e ficar contentes. – disse, baixando o olhar como se estivesse conversando com a própria rola. Eu ri e dei mais um beijo naquele rostinho frustrado. Ele me agarrou com força e enfiou a língua na minha boca, como se quisesse dizer, já que não posso meter no cuzinho vou me enfiar nessa boca aveludada.
Tomei uma postura mais fria e distante assim que o Simon veio ter comigo durante mais um dia de seminário, deixando claro que, o que havia acontecido na noite anterior não se repetiria. E, que não havia nenhuma chance de acontecer algo entre nós dois. À distância, vi que o Ross nos vigiava. Para tirar toda e qualquer expectativa do Simon, fiz sinal para ele se aproximar. Quando estava junto a nós, fiz questão de trocar um olhar significativo com o Ross, enquanto ele sorrateiramente passava o braço ao redor da minha cintura, como quem diz, esse território tem dono. Simon se mostrou um cavalheiro. Disfarçou sua frustração, mas teve a hombridade de nos desejar boa sorte e muito amor.
- Eu não esperava outra coisa de você, meu amigo! – exclamei. – Não tenho dúvidas de que vai encontrar alguém que mereça todo esse seu carinho. – emendei, num sorriso amistoso.
- Precisava ser tão meloso? Só faltou dar uns beijinhos por se justificar pelo fato de não lhe dar a rosquinha que ele tanto queria. – desdenhou o Ross.
- É o que eu teria feito se não estivéssemos onde estamos, no meio de toda essa gente. – respondi. Ele rosnou para mim.
Meu cu ficou sensível por três longos e torturantes dias. Ao mesmo tempo em que não me deixava esquecer o que o Ross tinha lhe infligido, cada vez que ia evacuar; o sem-vergonha se assanhava todo quando meu olhar ia parar sobre a jeba que ele não conseguia manter dentro da cueca quando estávamos a sós no apartamento. No quarto dia, os trabalhos terminaram no meio da tarde ensolarada. O Ross e eu aproveitamos para dar uma volta no Union Square Park, fazer umas compras e tínhamos programado comer alguma coisa nos inúmeros restaurantes espalhados pelos arredores. Optamos pelo Gramercy Tavern pelo ambiente intimista, onde ele quis que eu escolhesse os pratos. Fui lendo o cardápio em voz alta, embora ele estivesse com um diante de seus olhos. Salada de couve-bruxelas, vieiras, cheddar e limão, apontei para o garçom que me encarava com um sorriso profissional; depois tortellini com cogumelos e parmesão, pedi estendendo-lhe o cardápio e apontando para o Ross como responsável pela escolha do vinho. Sem consultar o cardápio ele pediu um Chardonnay francês e água. Regressamos ao hotel depois das dez, caminhando sob um luar brando que se camuflava entre a passagem de algumas nuvens pelo céu.
- Gosto de olhar para você quando está compenetrado fazendo alguma coisa, como há pouco ao escolher as opções do menu. – disse ele, enquanto nos despíamos.
- Posso saber por quê? – questionei.
- Não sei explicar. Me dá tesão, só isso. – respondeu, vindo me abraçar.
- Já eu me encho de tesão quando te vejo assim, só de cueca. – afirmei, espalmando as mãos entre os pelos do peito dele.
- Quero você! – exclamou ele, colando imediatamente os lábios nos meus. Não tive tempo de dizer que também o queria.
Que sensação estranha era aquela, que me deixava numa fissura danada desejando sentir o Ross dentro de mim, como se tê-lo em minhas entranhas me deixasse mais completo? Aquilo era uma novidade para mim. Depois dos beijos que trocamos, de eu sentir seu sabor, parecia que só ele me bastaria para me nutrir durante toda uma vida. Enquanto suas mãos percorriam meu corpo numa volúpia insana, meu desejo por ele só aumentava. Agora que aquele cacetão já estava duro novamente, eu só pensava em coloca-lo na boca, sentir seu sabor e sua consistência. Eu nunca tinha colocado uma pica na boca. Aliás, eu nunca nada. Tudo o que eu sabia sobre sexo era o que tinha acontecido há quatro dias, quando aquele caralhão entrou em mim, dilacerou minhas pregas anais e esfolou minhas entranhas. E, a única percepção da qual me lembrava era aquela dor pungente se alastrando pela minha pelve, embora a sensação de ter o Ross encravado em mim tenha me deixado alucinado. Esse desejo carnal e libidinoso, me fez ajoelhar diante dele, escorregando as mãos do peito ao ventre e deste à virilha pentelhuda, até ficar cara a cara com seu pintão molhado e suculento. Lambi a glande lustrosa e úmida, imediatamente senti seu sabor almiscarado, instigando-me a sugar o néctar viscoso que saia de sua uretra. Aquilo tinha o poder de uma droga que deixou meu corpo num estado de êxtase inexplicável. Quanto mais a rola babava, mais eu chupava. Meus lábios queriam devorar aquilo tudo, embora pouco mais do que a glande coubesse na minha boca. Ele gemia e se contorcia todo, o que me deixava ainda mais alucinado. Lambi, chupei e mordisquei cada centímetro daquele falo impetuoso e quente, que vibrava de tão duro, como se fosse a corda de um violino.
- Calma! Desse jeito vou gozar na sua boca. – grunhiu ele, afastando minha boca de sua pica enquanto segurava minha cabeça entre as mãos. Eu o encarei com o único olhar de que dispunha naquele instante. E, esse olhar dizia, goze. Peguei o membro novamente na mão e voltei a chupar com mais empenho e dedicação. Ele se rendeu e gozou, enchendo minha boca com seus jatos de porra, que eu engolia com a avidez famélica de um esfomeado. – Ah, Diego! Você acaba me matando de tesão!
Nunca senti tanto orgulho de mim mesmo quanto no momento em terminei de engolir todo o esperma e lamber até limpar completamente a pica dele. Eu havia entrado num estado de transe que nem tinha reparado que tinha gozado também. Minha porra estava nas minhas coxas e sobre o carpete. Ele me ergueu e me apertou contra o peito, feliz pelo prazer que eu lhe fizera provar. Mesmo sem uma música de fundo, começamos a nos mover. Inicialmente, eram apenas uns passos desordenados e lá para cá. Porém, quando sentimos que nossos corpos se roçavam de tão juntos que estavam, os passos ganharam cadência e ritmo, nossos pés se moviam fazendo um desenho imaginário no chão, embalando os corpos e fazendo-os rodopiar. Sua mão desceu pelas minhas costas, apalpou minha bunda, explorou meu rego, agarrou meu cu enquanto a dança continuava, tendo como música o palpitar de nossos corações. Ele me inclinou sobre a cama dele até eu ficar de bruços com as pernas penduradas para fora. Apartou minhas nádegas e começou a mordiscar a pele. O rego era tão lisinho quanto o de um bebê, o que o fascinou. Era a primeira vez que ele via meu cuzinho tão próximo e tão deliciosamente vulnerável. As pregas ainda estavam um pouco eritematosas de sua voraz investida, mas o orificiozinho piscando era um convite a luxuria. Ele enfiou um dedo nele só para me ouvir gemer. Girou-o em movimentos circulares sentindo minha mucosa úmida e as contrações espasmódicas dos meus esfíncteres. Aos poucos foi montando em mim, esfregou a jeba dentro do rego, enquanto me chupava o pescoço e lambia minha orelha, grunhindo indecências.
- Sei que hoje você está pronto para eu te foder, seu putinho guloso. Vou comer teu cuzinho até você pedir arrego. – sussurrou entre os dentes cerrados.
Quando senti que ele pincelava a rola ao redor do meu cu empinei a bunda, feito uma cadela no cio. Ele meteu a verga na rosquinha e tapou minha boca com a mão pesada, abafando meu grito. Há quanto tempo ele queria aquilo, eu debaixo dele rendido à sua mercê, levando sua vara no cu e berrando na opressão de sua dominância. Naquele momento ele estava definindo nossos papéis, assegurando-se do que sentia por mim, desejando ardentemente a minha compreensão e o meu amor. Ao aceitar suas condições, eu não só demonstrava meu afeto, como me convencia de que aquele homem seria meu porto seguro. Eu gania enquanto ele bombava meu cu, vigoroso e potente, mas com uma doçura e um cuidado que eu não supunha existir naquele macho enorme. Ele bramia num tesão desenfreado, sentindo sua pica ser agasalhada num carinho ímpar. De quando em vez, eu soltava um gritinho, quando a estocada bruta provocava um choque que se irradiava pela pelve. Senti-as ficando mais lentas, o cacetão estufando, o Ross se retesando todo e, quando estava prestes a suplicar por nem sei o que, os jatos de porra me encharcaram e encheram minha ampola retal. Ele deixou-se cair sobre mim, arfando e todo suado.
- Amo você, seu putinho! Ficou claro quem é seu macho agora? – rosnou exausto.
- Desde o dia que te conheci quis que você fosse meu macho. Mas, precisava ter essa certeza que tenho agora, a de te amar como nunca amei ninguém. – respondi gemendo, pois meu cuzinho ainda se contraía tresloucadamente ao redor da jeba entalada nele.
Nem preciso dizer como foram os dias finais do seminário. Não houve um único sequer em que participei sem a umidade do Ross a se fazer sentir entre as coxas, e as pregas ardendo de tão arregaçadas. Os trabalhos foram encerrados com um jantar na sexta-feira à noite, que também serviu como uma espécie de confraternização antes dos participantes regressarem aos seus países no dia seguinte. Por ter bebido um pouco além da conta, o Simon me abordou numa última e desesperada tentativa de meter seu cacete no meu cu. Chegou a me seguir até o banheiro em dado momento antes do jantar, onde me surpreendeu tirando sua jeba para fora das calças para ver se eu me interessava pelo brinquedão dele.
- Segura ele para mim enquanto dou uma mijada? – pediu com a voz embolada pelo álcool.
- Simon, meu querido! Você é um cara incrível, divertido, inteligente e, aposto, com muito amor a oferecer. Não faça isso! Desse jeito em vez de atrair alguém, você afasta a pessoa. – aconselhei, embora duvidasse que ele estivesse assimilando minhas palavras.
- Sou tudo isso, mas você não me quis! – revidou, tentando mirar o vaso com seu jato de mijo cavalar.
- Mas isso não tem haver com você e sim, comigo mesmo. Eu não estou disponível para um relacionamento. – retruquei.
- É aquele Ross, não é? Não negue! Eu vejo como ele olha para qualquer um que se aproxime de você. Parece um cão de guarda! Você está dando para ele? – seu tom de voz havia adquirido um quê de ironia e raiva.
- Eu não acho que tenha que te dizer com quem eu vou para cama. E, não gostaria de me despedir de você com grosserias. – afirmei.
- Desculpe! Não quis te ofender. Não fui com a cara desse sujeito. Não gostava dele antes e muito menos agora que o conheci pessoalmente. Ele não te merece! – exclamou ele, chacoalhando o caralho após ter mijado praticamente tudo no chão.
- Vá para o seu apartamento Simon, você não está legal. Nesse estado só vai arrumar confusão e isso não vai ser nada bom para o seu futuro na empresa. Eu vou aproveitar para me despedir de você aqui. Vemo-nos na próxima reunião por videoconferência. – Abracei-o o que o fez perder o equilíbrio e quase nos derrubar. Ele me agarrou mais uma vez impetuosa e libidinosamente, procurando minha boca para um beijo. Eu desviei ligeiramente o rosto, pois o bafo de álcool era insuportável, mas ele acabou tocando o canto da minha boca num beijo torto e desengonçado. Ao passar por um funcionário do hotel na saída do banheiro, pedi que ele o acompanhasse até o apartamento.
- Não deixe aquele desgraçado tocar no seu cuzinho. Ele não te merece! – berrou ele, apoiando-se no umbral da porta à saída do banheiro.
O nosso voo para Los Angeles só partiria depois do almoço. O Ross e eu ficamos na cama até um pouco mais tarde, mas não deixei-o me foder nas duas tentativas dele. Tinha dado o cu quando nos deitamos na noite anterior e queria chegar menos esfolado na casa dos pais dele. Ele riu da minha observação e concordou com uma pontinha de frustração. Depois de seis horas de voo o avião da Delta Airlines pousou no aeroporto internacional de Los Angeles, pouco antes das sete horas da noite. O Ross havia dispensado a oferta do pai de nos buscar no aeroporto, alegando que chegaríamos mais depressa se pegássemos um taxi, evitando desencontros no movimentado terminal.
Os pais do Ross, e ele antes de aceitar o emprego na filial brasileira, moram num sobrado amplo e moderno na Greenleaf Street no distrito de Sherman Oaks ao norte de Beverly Hills. Eu estava com as mãos suadas quando o Ross pegou na minha no caminho do taxi até a porta de entrada, onde o pai dele nos aguardava, aparentemente sem notar esse detalhe. Fiquei constrangido quando cheguei perto dele e puxei minha mão para fora da do Ross. Era um homem grandão, o que justificava o corpanzil do filho, um pouco acima do peso e calvo no topo da cabeça. Seu sorriso largo e espontâneo apareceu assim que me aproximei. Ao invés de apertar a mão que lhe estendi, ele preferiu me abraçar como se eu fosse um velho amigo da família. Quando me largou, deu um tapa na cabeça do Ross e o abraçou com a mesma intensidade por uns longos instantes, havia um brilho úmido em seus olhos quando se soltaram.
- Como é, vocês vão demorar a entrar? – chamou uma voz feminina que vinha da cozinha, eu supus.
- Mãe! Espero que você tenha caprichado na janta, estamos famintos! – respondeu o Ross, ainda do vestíbulo.
- E quando é que você não está faminto? Não sobrava uma gota nas minhas tetas quando você era bebê. – retrucou a voz feminina, numa intimidade que me deixou constrangido. Gary, o pai do Ross se desculpou pela esposa, pois notou que fiquei encabulado.
- Esta é minha mãe, Francis, Diego! – exclamou o Ross, quando chegamos à cozinha cheirando a manjericão, tomilho e talvez um assado de carneiro.
- Muito prazer! – cumprimentei com um sorriso gentil. Ela me abraçou, me beijou umas três ou quatro vezes, passou a mão úmida pelo meu rosto, antes de responder.
- É um belo rapaz, não é Gary? Você é descendente de espanhóis, Diego? – indagou, dando um último beliscão nas bochechas, como se eu fosse um garotinho.
- Deixe seu interrogatório para depois Francis. Creio que os rapazes estão cansados e com fome. – retorquiu o esposo.
- O que temos de bom? – perguntou o Ross, abraçando-a e a fazendo rodopiar em seus braços, assim que ela me soltou.
- Está vendo como esse moleque é, Diego? Antes de perguntar por mim ele quer saber o que tem para comer. Eu já devia estar acostumada com as grosserias dele. – ralhou ela, dando um tapinha carinhoso na cara dele. – Mas é lindo esse seu amigo! – acrescentou, voltando seu olhar novamente para mim.
- Obrigado! – retruquei envergonhado.
- Acho que nunca vi você trazer um amigo seu aqui em casa e que não se parecesse com um modelo de revista. Porém, esse superou a todos. – comentou ela.
- Não seja indiscreta Francis! Você está assustando o rapaz. – disse o marido.
- Não repare! Minha mãe é dada a exageros. – emendou o Ross, me encarando como se a mãe tivesse falado demais.
Como eu havia imaginado o assado era mesmo de carneiro, estava acompanhado de um purê e, alguns legumes crocantes salteados na manteiga, uma delícia. Ela aceitou meus elogios com uma modéstia fingida. Parecia estar mais interessada no que eu tinha a lhe contar, por isso não perdeu tempo e começou a me encher de perguntas tentando desvendar tudo sobre minha família, minha vida e o que mais pudesse arrancar. O pai do Ross às vezes intervinha, sempre protestando e pedindo para ela maneirar. O Ross parecia estar se divertindo com a saia justa na qual eu me encontrava, com um risinho sarcástico que me dirigia entre uma garfada e outra, por isso eu belisquei a coxa dele duas vezes por debaixo da mesa. Sobre um móvel da sala de jantar reparei num menorá de estanho com sete velas brancas. O Ross nunca tinha me dito que era judeu, não que isso tivesse qualquer importância para mim, mas estranhei ele ter omitido isso de mim. Devo ter ficado um pouco alheio à conversa enquanto minha vista se concentrava no menorá, pois logo a Francis me perguntou se eu tinha alguma religião.
- Hã? Ah, sim! Meu pai é ateu, mas minha mãe vem de uma família católica, embora ela não seja uma praticante. – respondi.
- Como nós! – disse o Gary, notando que eu estava desconfortável com alguma coisa.
- Sirva-se de mais um pedaço do assado e do que desejar, você não vai conseguir manter esse corpo comendo como um passarinho. – ofereceu a Francis, já se preparando para colocar mais comida no meu prato.
- Viu? Essa é a senhora Francis, mãe de eternos bebês. – debochou o Ross.
- Fique quieto! Você não vai deixar de ser um bebê pelo resto da vida! – devolveu ela, querendo se fazer de ofendida.
- Estou acostumado! Lá em casa não é diferente. – retorqui.
- Vocês filhos são todos uns ingratos! Nunca dão valor às mães que têm. – choramingou a Francis.
- Eu até gosto! – exclamei, mais para deixa-la feliz.
- Aprenda com ele Ross. Ele dá valor à mãe e não é um malcriado como você. – revidou ela, encarando o filho.
- Por isso é que ele é esse bebê chorão! – exclamou o Ross. Eu quis dar-lhe outro beliscão, mas ele se adiantou e afastou a perna.
O Ross me mostrou Los Angeles nos dias que se seguiram. Os lugares de que mais gostava, a escola onde estudou, os pontos turísticos, e o que mais julgasse me interessar. Também fomos andar de bicicleta ao longo da costa em Santa Monica e curtir as praias e o píer de Malibu, uma vez que o sol parecia estar nos ciceroneando toda aquela semana. Depois, durante duas semanas, subimos a costa oeste até São Francisco, parando em alguns destinos paradisíacos na ida e outros românticos e pitorescos na volta. Aquelas duas semanas juntos me fizeram tomar a decisão de ir morar com o Ross assim que regressássemos ao Brasil, atendendo ao pedido que ele vinha me fazendo insistentemente desde que viémos para os Estados Unidos. Não havia um único dia em que ele não me cobrava uma resposta, mas eu relutava em aceitar, pois achava que tudo estava indo depressa demais. Enquanto a gente se curtia durante todo o dia, à noite o Ross dava com a porta trancada na cara. Quando regressamos à casa dos pais dele e na noite avançada casa caía no silêncio, ele vinha ter à minha porta, não a encontrando aberta nenhuma das vezes. Ele levou dois dias para comentar o fato.
- Está fazendo greve comigo? – perguntou, na tarde em tomávamos um sorvete no píer de Santa Monica.
- Greve? Como assim? – inquiri, fingindo não saber do que ele estava falando.
- Há duas noites que encontro a porta do seu quarto trancada. – disse ele, fazendo rodeios para não me afrontar diretamente.
- Nem percebi. Estou tão cansado no final do dia que caio no sono e durmo feito uma pedra. – afirmei.
- Ah! Desde que chegamos à casa dos meus pais que não dormimos juntos. – precisei conter minha vontade de esboçar um risinho para não deixa-lo perceber que sabia onde ele queria chegar com aquela conversa mole.
- Acho melhor assim. Não quero faltar ao respeito com eles debaixo do próprio teto. – retruquei.
- O quarto deles fica bem afastado, nem vão perceber se estamos juntos ou não. – revidou ele.
- Não importa! Eu sei e você sabe que não é o correto, portanto, vamos deixar as coisas como estão. – devolvi.
- E eu fico como? – questionou.
- Ora, eu sei lá! Tome uma ducha fria e durma. Simples, não é? – respondi.
- Têm horas que tenho vontade de te dar uma surra, sabia? Quando você me enfrenta no trabalho diante de todos, quando sai distribuindo sorrisos e gentilezas para um bando de filhos da puta que estão obviamente atrás do seu cuzinho, como o tal de Simon, e quando fica me deixando de escanteio sabendo que meu pau está maluco por você, e você fica regulando. Caralho! Eu fico puto quando você age assim! – protestou zangado.
- Quer dizer que quando eu ajo segundo aquilo que eu sou você fica puto? Eu não vivo exclusivamente para te servir, para ficar a sua disposição, você já deveria saber disso...
- Não é isso que estou dizendo para você fazer! Mas, eu pensei que este mês de férias juntos era para a gente se acertar de vez, para a gente se curtir. – interrompeu-me ele, antes de ter me deixado terminar.
- E não é exatamente isso que estamos fazendo? Eu estou curtindo cada momento ao seu lado, estou adorando o convívio com seus pais, o que mais você quer? Ah, já sei! Você quer que eu pague cada gesto magnânimo seu, cada passeio, cada minuto de sua atenção, dando o cu para você se esbaldar. É isso? – retorqui exasperado. Ele amassou o copinho de sorvete dele entre os dedos, com tanta raiva, que melecou toda a mão.
- Só dando umas porradas mesmo! Já deu, vamos sair daqui, preciso caminhar ou vou explodir. – vociferou, levantando-se e caminhando a passos largos sem um rumo definido.
Segui-o sem a mesma pressa, o que fazia a distância entre nós ir aumentando. Deixei-o com sua raiva, não queria polemizar e, muito menos, discutir no meio da rua, só por que ele não estava conseguindo tudo o que queria. Ele olhava para trás, de vez em quando, para ver se eu chegava junto dele, como isso não acontecia, a cara amarrada continuava lá, como a de uma criança que não ganha o que pediu aos pais. Ele dirigiu até em casa sem abrir a boca. Abusou propositalmente da velocidade e fez os pneus chiarem em algumas curvas do trajeto só para demonstrar sua irritação. Ele cruzou o semáforo no encontro do Ventura boulevard com a Hayvenhurst avenue, embora aberto para nós, acima do limite de velocidade permitido. Antes de chegarmos a próxima esquina um policial numa Harley Davidson, acionou a sirene e gesticulou para que ele encostasse. O Ross deu um soco no volante antes de descer o vidro e entregar seus documentos ao policial. Rosnou um sim, sem olhar para a cara do policial quando este lhe questionou sobre a velocidade em que estava conduzindo o veículo, e examinava seus documentos.
- Viu Ross, eu disse que não precisava dirigir tão afobadamente, vamos chegar ao hospital antes da Julia ter o bebê. Vai dar tempo e a gente não põe ninguém em risco. – O policial se abaixou e me encarou amolecendo a cara sisuda. Eu abri um sorriso para ele.
- Alguém da sua família está para ter um nenê? – perguntou o policial, numa voz muito menos dura do que tinha usado há pouco.
- Sim! A esposa dele. – respondi, antes de o Ross tentar articular uma resposta. – É o primeiro filho dele, policial Ryan, por isso o senhor imagina como ele está. – acrescentei num sorriso ainda mais terno, após identificar o nome dele na lapela da jaqueta.
- Em consideração ao seu estado emocional e, por ser um horário de pouco movimento, vou deixar passar. Mas, tente não se matar antes de conhecer seu filho. – retrucou o policial, querendo fazer piada.
- Obrigado Ryan! Uma boa noite para você. – agradeci.
O silêncio dentro do carro permaneceu por mais alguns quarteirões quando não me contive mais e comecei a rir. Segundos depois o Ross estava rindo junto comigo.
- Está vendo no que dá você ser todo enfezado assim? Por pouco não toma uma multa. – observei.
- E você fez de novo. Precisava dar aquele sorrisinho todo para cima do camarada. – retrucou ele, querendo se fazer de machão.
- Claro que precisava! Foi por isso que ele aliviou a sua barra. Além do que, você reparou no tamanho daqueles bíceps? E aquelas coxas que mal cabiam nas calças? – provoquei.
- Deixa eu te pegar de jeito, seu veadinho! Vou te mostrar bíceps e coxas. Depois não me venha choramingando por que as preguinhas estão doendo. – devolveu carrancudo.
- O que, estas coisas mirradinhas aqui? – questionei, apertando seus bíceps. Ele agarrou minha mão e a levou até a sua pica.
- Não! Vou te mostrar o que é mirradinho, enfiando isso aqui no seu cu. – grunhiu exasperado.
- Esse shmekele* não me assusta mais! – exclamei irônico. Ele quis rir pelo fato de eu ter usado o termo iídiche, mas disfarçou.
- Vai me provocando, vai! – ameaçou. Eu abri o zíper, enfiei minha mão pela braguilha e, segurando a pica na mão, comecei a acariciar a glande com a ponta do polegar. Segundos depois, a jeba estava praticamente toda fora da calça, dura e pulsando como um animal selvagem e, ao entrarmos na rua da casa dos pais dele, enquanto ele dirigia a menos de 20 km/h sob as árvores que sombreavam toda a rua, eu me abaixei e lambi a cabeçorra de onde brotava o pré-gozo saboroso e abundante dele. Ouvi um longo ssshhhh saindo de seus lábios apertados, quando suguei uma quantidade considerável daquele fluído viscoso e salgado.
Um grupo de amigos do Ross havia ligado convidando-o para um barzinho a fim de se encontrarem e matar as saudades dos tempos em que ele vivia em Los Angeles. Chegamos ao Seven Grand pouco depois das 22:30, onde duas mesas próximas ao longo balcão em frente a estante de inúmeras marcas de uísque estavam ocupadas por uma galera barulhenta e animada. Assim que entramos no salão escuro cheio de jovens bonitos, principalmente rapazes a procura das poucas garotas disponíveis, um braço sacudindo de uma daquelas duas mesas chamou a minha atenção. Sinalizei para o Ross e ele caminhou apressado em direção ao grupo, puxando-me pelo braço. Fomos recebidos com uma algazarra ruidosa que procurava superar o barulho do ambiente. Ocupamos as duas cadeiras vazias enquanto o Ross me apresenta a galera. Houve uma discreta troca de olhares entre o pessoal e eu soube no mesmo instante que isso se devia a mim. À medida que as brincadeiras com o Ross iam esquentando, eu me via envolvido numa profusão de histórias que contaram a respeito dele. Descobri que além de muito querido pela turma, ele tinha aprontado um bocado desde os tempos do colégio quando a maioria daquela galera se conheceu. Eu não duvidava das histórias cabeludas que me contaram, uma vez que a personalidade do Ross estava ficando cada vez evidente para mim. A maioria das histórias era hilária e típica de rapazes ávidos por aprontarem uma boa confusão, nada diferente do que eu próprio havia vivido. No entanto, um fato chamou minha atenção, quando pouco antes da meia noite se juntou a nós um retardatário que alegou vir de uma festa da qual não conseguiu se livrar. Seu nome era Brad e ele tinha uma beleza indiscutível e suave. Houve um ligeiro silêncio constrangedor e outra daquelas trocas de olhares entre o grupo quando ele chegou. Por instantes tive a impressão de que todos olhavam para mim e, que a aparição daquele cara tinha algo haver comigo. Em dado momento, sem que ninguém percebesse, exceto eu, o sujeito foi atrás do Ross que havia ido até o balcão fazer mais um pedido de petiscos. Eles foram até a ponta mais distante do balcão que mal podia ser avistado de nossas mesas e, esforçando-me para parecer interessado no papo que acontecia ao meu redor, não deixei de notar que os dois estavam tendo uma discussão ou, ao menos, que estavam tendo uma conversa pouco agradável que certamente estava ligada ao seu passado. Acabei por me distrair tentando fazer uma leitura labial dos dois que nem ouvi a pergunta que a garota ao meu lado fez.
- Perdão, estava distraído com a decoração do bar. – afirmei, quando ela tocou meu braço e teve que repetir a pergunta que havia me feito sob o olhar dos demais.
- Há quanto tempo você conhece o Ross? – repetiu ela
- Ah! Desde que entrei na empresa onde trabalhamos, há uns três anos e meio mais ou menos. – afirmei.
- Então foi pouco tempo depois que ele se mudou para o Brasil. Foi uma decisão tão repentina que nenhum de nós conseguiu entender. Ficamos achando que foi por conta do Brad. – disse ela, enquanto o carinha ao lado dela acertava seu braço com o cotovelo.
- Como assim? O que houve entre o Brad e o Ross? – perguntei de supetão. Os olhares se cruzavam sobre as mesas e alguns encararam a garota com ar de censura.
- Nada além de um desentendimento entre velhos amigos. Mas, essa questão já está resolvida há muito tempo. – afirmou o cara que estava do outro lado da garota, tentando terminar com o assunto que nem deveria ter começado.
- Não é o que me parece, os dois estão no balcão tendo uma conversa que tem cara de tudo, menos de reconciliatória. – asseverei. – Você pode me dizer o que houve? – perguntei à garota, pois algo me dizia que ela estava doidinha para dar com a língua nos dentes.
- Pelo visto o Ross não mudou muito nesses anos. Está na cara que ele não contou nada. – disse a garota, procurando a anuência dos demais para continuar. – O Brad foi namorado do Ross antes de ele se mudar para o Brasil sem dizer uma palavra ao Brad. Foi um choque, pois o Brad estava tratando da adoção de um garotinho que eles pretendiam criar juntos. Um garoto fofinho, Ashley, que está com seis anos agora. – contou, como que se vingando pelo Brad.
- Então o caso entre eles era bastante sério, se estavam prestes a adotar uma criança. – balbuciei, enquanto sentia o chão se abrindo debaixo dos meus pés.
- O namoro deles começou na faculdade, por isso ninguém entendeu a atitude do Ross. – disse o sujeito que tinha dado a cotovelada no braço da garota.
- Isso são águas passadas! Não vamos ficar remoendo o que não é da nossa conta! – exclamou outro, que me pareceu estar tentando defender o Ross.
- Você não acompanhou o sofrimento do Brad quando ele descobriu que tinha ficado sozinho. – sentenciou a garota.
Eu não conseguia mais desviar o olhar da ponta do balcão. De repente, a zoeira do ambiente entrava nos meus ouvidos e reverberava em todo meu cérebro. Lembrei-me das palavras da mãe do Ross no dia em que cheguei a Los Angeles – ‘Acho que nunca vi você trazer um amigo seu aqui em casa e que não se parecesse com um modelo de revista’ – ela certamente estava se referindo ao Brad, pois seu rosto bem que podia estar estampado na capa de uma revista. Então me apercebi de que o Ross tinha um passado do qual ele nunca me falou, assim como não mencionou o fato de ser judeu. Por que esconder essas coisas? Ele não me achava capaz de entender e aceita-lo como é? Ou seria por que havia coisas que não deveriam ser descobertas? Eu tinha abrigado em meu coração um cara que de um momento para o outro se tornou um completo estranho. A raiva que a garota sentia do Ross enquanto me contava a história não foi refutada por ninguém nas mesas, à exceção do cara que disse para não remoerem o passado. Eu nem me recordo da desculpa que dei para deixar a mesa, se ir ao banheiro ou se para ver se o Ross e o Brad precisavam de ajuda para trazer os petiscos. Sei que deixei o bar e ganhei a calçada sem rumo. Apesar de estar no centro da cidade, àquela hora havia pouco movimento nas ruas, olhei o relógio e faltavam dez minutos para as duas da manhã. Há cerca de dois quarteirões, na mesma rua do barzinho, do outro lado da calçada, avistei o Sheraton Grand. Temendo andar pelas ruas naquele estado de espírito sem conhecer bem a cidade e, precisando urgentemente de um refúgio, dirigi-me à recepção do lobby. A recepcionista me encarou com um olhar desconfiado.
- Pois não, em que posso ajuda-lo? – disse, procurando com o olhar pelas minhas bagagens ou por alguém que talvez estivesse me acompanhando.
- Preciso de um quarto, por uma noite. – balbuciei.
Enquanto ela me apresentava às opções eu acenava com a cabeça sem me ater a nada do que ela dizia, minha mente não conseguia se desvencilhar do balcão do Seven Grand onde o Ross e o Brad deviam estar fazendo um acerto de contas. Por fim, dei uma resposta afirmativa ao que a recepcionista havia dito, embora não soubesse a que. Um bellboy surgiu ao meu lado e perguntou pelas minhas bagagens, eu simplesmente o encarei e agradeci por nada. Ele me devolveu um olhar de desagrado. Dirigi-me aos elevadores por puro instinto, pois não fazia a menor ideia de onde meu quarto ficava. Entrei, apertei um botão qualquer e, ao ver meu rosto refletido no espelho do fundo do elevador, comecei a chorar. Aquilo não podia estar acontecendo. Eu imaginava voltar dessa viagem com o Ross para vivermos um sonho. Tudo perdera o sentido, eu estava tão perdido quanto uma criança que se desencontra dos pais num shopping center. O elevador parou e abriu as portas, meus pés continuavam fincados no chão como as raízes de uma árvore. O elevador entrou em movimento e eu continuava lá recostado contra a parede com os olhos úmidos e os pensamentos me atormentando. Vi rostos entrarem e saírem que me encararam ora com espanto, ora com compaixão. Alguém me dirigiu a palavra, eu não respondi, mas saí do elevador. O cartão que estava em minhas mãos tinha o número 1012 e eu estava num longo corredor acarpetado e vazio no quinto andar pelo que dizia a placa próxima aos elevadores. Eu parecia um idiota de tão perdido. Quando finalmente fechei a porta atrás de mim e mergulhei no silêncio do quarto em penumbra, atirei-me sobre a cama, moído e com a cabeça latejando. Acordei sem saber onde estava no dia seguinte, assustado por estar atravessado na cama e com todas as roupas do dia anterior. Assim que a ficha caiu, consultei o celular e vi que passava do meio dia. Começava então, o meu maior pesadelo que era encarar o Ross, suas desculpas e, principalmente, seus pais. O que diria a eles?
Nem preciso mencionar que todos estavam num alvoroço só quando apareci na porta da frente. Foi o próprio Ross quem a abriu, assim que percebeu o taxi estacionando em frente.
- Onde diabos você se enfiou? Eu estava prestes a ir à polícia. Por que saiu do bar sem me avisar? Por onde você andou todo esse tempo? – a enxurrada de perguntas acontecia sob o olhar atento dos pais dele. Eu estava furioso com ele e, ao mesmo tempo, envergonhado diante dos seus pais.
- Podemos conversar a sós por um instante lá em cima? – minha voz gaguejava e eu percebi que seria uma conversa muito difícil.
- Está tudo bem com você Diego? – perguntou a mãe dele. Eu só consegui acenar que sim com a cabeça.
- Estou desesperado atrás de você desde que me disseram que você disse aos meus amigos que ia a toilette e não voltou mais. Reviramos o bar e as ruas próximas atrás de você. Que maluquice foi essa? – ele estava tão agitado que mal conseguia se controlar.
- Eu vou voltar ao Brasil no primeiro voo que sair de Los Angeles. Depois de ficar sabendo da sua história com o Brad acho que não há mais o que falar entre nós dois. – disse, com o tom de voz mais brando que consegui formular.
- Mas falta uma semana para o nosso regresso! Que história do Brad comigo é essa? Quem te contou que eu tive uma história com ele?
- Isso não importa! O fato é que fico sabendo coisas a seu respeito ou por descobertas próprias ou pelos outros, nunca por você. – afirmei.
- Nossas vidas não começaram no dia em que nos conhecemos, é óbvio que cada um de nós teve um passado. Eu não vejo onde isso pode influenciar a nossa relação. – explicou-se.
- Eu sei que tivemos um passado, mas ir descobrindo coisas dessa relevância aos poucos me dá a impressão de que você não confia em mim ou não quer que eu saiba desse seu passado. – argumentei.
- Eu não falo sobre coisas sem importância.
- Então a origem da sua família e, o fato de você ter abandonado seu namorado enquanto estavam tentando adotar uma criança são coisas sem importância?
- O desejo de adotar uma criança era do Brad, eu nunca disse a ele que queria criar uma criança com ele.
- Mas, deixou que ele levasse a adoção adiante e, quando finalmente a coisa se concretizou você simplesmente pulou fora, sem dar nenhuma explicação.
- Encheram a sua cabeça de fofocas. Eu não queria discutir com ele, por isso me mudei para o Brasil.
- Ross, você deixou o cara que te amava sem ter uma conversa aberta e franca com ele, você abandonou o amor que ele sentia ou sente por você como se isso não tivesse nenhum valor. Como quer que eu acredite no amor que você diz sentir por mim?
- O Brad é um cabeça dura. Você é totalmente diferente. – alegou
- Eu vi a discussão entre vocês dois ontem à noite no barzinho e, mesmo de longe, pude perceber que para ele esta história não está encerrada.
- Mas está para mim! Não vou voltar para ele só por que ele resolveu adotar uma criança, isso não tem cabimento!
- Nada disso estaria acontecendo se você fosse sincero com ele e expusesse seu ponto de vista. Mas, abandoná-lo pura e simplesmente, não foi a coisa mais descente a se fazer.
- Você é um latino temperamental!
- Posso até ser, mas do que se trata aqui é de ser honesto e verdadeiro com as pessoas. Em especial, com aquela com a qual se quer ter uma relação de confiança e amor. Parece-me que você não consegue ser assim. Você é truculento quando deseja alguma coisa sem se importar com os outros. Naquela manhã em que você me pegou no hotel em Nova Iorque, de nada adiantou eu te pedir para parar. Você só se deu por satisfeito depois de ter alcançado o que queria. – afirmei
- O que você queria? Que eu te pedisse com flores na mão, um anel e uma caixa de bombons para abrir suas pernas e me deixar enfiar o cacete no seu cu? Isso é teatral e novelesco! – revidou.
- Não seja ridículo, claro que não! Mas, você podia ter vindo com gentileza, com respeito por minha vontade e pelo meu tempo e, não simplesmente se atirar com a rola dura sobre mim e me pegar à força, praticamente me estuprando. – retorqui.
- Quem está sendo ridículo agora é você! Eu te estuprando? Você estava morrendo de vontade de ser enrabado! – sentenciou numa frieza desconcertante.
- Eu não nego que te desejava. Mas isso não quer dizer que a coisa precisasse acontecer como aconteceu. Volto a repetir, você podia ter criado um clima, fazer surgir uma oportunidade como qualquer homem faz. Ninguém sai por aí pegando as pessoas na marra! – devolvi, percebendo que ele não assimilava essa sutileza.
- Lá vem você outra vez com romance de novela latina. Eu não sou assim! – afirmou.
- Vamos ficar aqui discutindo por horas, talvez dias e não vamos chegar a ponto algum. Eu não sei se consigo conviver com esse Ross que acabei de descobrir, por isso estou voltando ao Brasil. – disse, querendo encerrar o assunto.
- Ridículo! Simplesmente ridículo! Alguém fala mal de mim e você me abandona. – devolveu.
- O que me disseram é mentira? Você não fez o que disseram?
- Fiz, e daí? Era outro cara, era outra história, não tem nada haver conosco!
- Eu não vou esperar acontecer comigo, entenda isso. É de confiança e respeito que estou falando.
Ele tentou me impedir de fazer as malas, usando mais uma vez de intimidação. Pior foi descer com as bagagens nas mãos e me despedir dos pais dele. Eu não sabia que argumentos usar para explicar minha partida repentina e, não queria entrar em detalhes, pois isso revelaria que estávamos tendo um caso e eu não sabia até onde os pais dele tinham conhecimento disso. Eles estavam sentados na sala à espera de um desfecho que talvez já tivessem visto outras vezes. Isso me deixou mais tranquilo uma vez que eles também deviam estar sabendo do caso com o Brad. A mãe dele me pediu para ser paciente com ele, o pai foi mais racional e entendeu meu ponto de vista. Não permiti que nenhum deles me acompanhasse até o aeroporto. Algo dentro de mim sabia que aquele adeus que dei ao Ross diante de sua casa, antes de embarcar no taxi, era definitivo.
Minha chegada uma semana antes do previsto e do final das minhas férias pegou meus pais de surpresa. Eles não comentaram nada, mas era óbvio que adivinharam que algo havia acontecido durante a viagem. Eu nunca me abri com eles a respeito da minha homossexualidade e, como não tinham conhecimento do que rolava entre o Ross e eu, suponho que não fizeram conjecturas nesse sentido. Como sempre, respeitaram meu silêncio e minha dor que era a única certeza que tinham quando me viram macambuzio pela casa e sem vontade de aproveitar esses últimos dias de férias.
Fazendo um esforço sobrenatural eu me preparei na véspera de meu regresso à empresa para enfrentar o Ross. Ele só me ligou quando chegou ao Brasil, dois dias antes de acabarem nossas férias. Não atendi nenhuma de suas ligações, pois não queria retomar a discussão que tivemos antes da minha partida de Los Angeles. Isso o deixou puto. Após pelo menos uma dúzia de ligações que caíram na caixa postal, ele acabou perdendo a linha, como sempre, e me enviou uma mensagem – Você me tira do sério! Amanhã não vai conseguir se esconder. Acerto as contas com você e, nem adianta dizer que sou grosseiro. Você preferiu assim. – Tive uma noite péssima, não consegui pegar no sono só imaginando o que estava por vir.
Mal tive tempo de cumprimentar os colegas e contar um pouco da conferência e das férias quando o Ross apareceu no meu setor com a cara mais carrancuda que conseguiu implantar em seu rosto. O pessoal que estava ao meu redor desapareceu como num passe de mágica, adivinhando que boa coisa não ia sair daquele encontro.
- Por que não atendeu minhas ligações? Você sabe que sua indiferença me deixa puto! – começou, procurando conter o tom da voz, embora seu olhar me fuzilasse.
- Bom dia para você também, Ross! Não temos mais nada a conversar, acho que tudo foi dito na casa de seus pais antes da minha partida. Ou melhor, talvez haja uma coisa sim. Como está o Brad? – proferi com calma, enquanto me controlava intimamente.
- Não seja cínico, ou não respondo por mim! – ameaçou.
- Não estou sendo cínico. E não vou conversar sobre assuntos pessoais com você aqui na empresa. – revidei.
- Você vai me ouvir nem que eu tenha que te dar uns socos na cara na frente de todo mundo, está me entendo? – grunhiu, pegando-me pelo braço e me arrastando para dentro da minha sala onde ninguém podia nos ver.
- Chega Ross! Estou farto de suas ameaças, da sua truculência e das suas mentiras. Era dessa forma que você estava tratando o Brad naquela noite no barzinho, não era? Como foi que você se despediu dele, batendo nele? – questionei.
- Não tenho mais nada com o Brad! Quantas vezes vou ter que repetir isso? Além do que, isso não é da sua conta! – retorquiu.
- Eu não vou deixar você fazer a mesma coisa comigo. Posso aceitar sua dominância na cama pelo prazer que isso me dá, mas aceitar suas grosserias e ameaças na vida cotidiana não vai rolar. Uma relação se baseia no respeito e na igualdade. Não sou masoquista e não quero você determinando como devo me comportar. – afirmei.
- Vou te foder! Se não for na cama, para te mostrar quem é o macho aqui, vai ser de outra forma. E, uma coisa eu garanto, você não vai gostar de nenhuma delas! Isso aqui serve para mostrar às mulheres e a veadinhos como você quem é que dita as regras! – disse, pegando no cacetão. A porta da minha sala bateu com um estrondo quando ele saiu. Eu inspirei fundo para me manter em pé, enquanto meu corpo tremia todo. Eu me sentia como se tivesse acabado de correr uma maratona. Estava esgotado física e emocionalmente.
- Está tudo bem? – perguntou minha secretária, enfiando cautelosamente o rosto através do vão da porta. Eu acenei que sim. Ela não acreditou.
Se nossos setores já eram competitivos, depois daquele dia as coisas ficaram insuportáveis. Ele me afrontava abertamente e, quando levava a pior, descontava sua raiva nos colaboradores. Ele chegou a demitir um de seus funcionários por ele ter me repassado uma planilha que o Ross vinha retendo propositalmente em sua gaveta, com o único objetivo de me fazer conhecer alguns dados num intervalo insuficiente para eu os estudar antes de uma importante reunião de diretoria. Dizem que é nas desavenças que melhor se conhece o inimigo e, era isso que estava aprendendo a respeito do caráter do Ross.
* Smekele = pênis pequeno, pênis de criança

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Comentários


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lordricharlen Comentou em 02/09/2018

Como tu se superar,nas histórias, Ross é filha da puta, tava com saudades de lê tuas histórias, porque não tenta o wattpad aposto que tu faria o maior sucesso.




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Ficha do conto

Foto Perfil kherr
kherr

Nome do conto:
Amor e Sexo sem Fronteiras - Parte I

Codigo do conto:
124898

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
31/08/2018

Quant.de Votos:
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