Sobre homens e lobos

Sobre homens e lobos*
* Uma utopia fanfiction no universo ABO
A implantação do chip que carregava todas as informações sobre a minha genética havia ocorrido há exatos vinte anos, imediatamente após o parto, daí a expectativa de toda a família para a chegada do primeiro cio. Embora a ciência ainda não conseguisse explicar satisfatoriamente a ampla variação do cio entre os ômegas, o meu poderia ser considerado tardio. Eu conhecia muito bem essa fase, tinha-a presenciado em alguns colegas do colégio e outros conhecidos, e a aguardava com muita apreensão cada vez que era acometido de alguma enfermidade, por mais simples e completamente diagnosticada que fosse. Na verdade, eu sentia pavor só de me imaginar tendo os ciclos tri ou quadrimestrais que, via de regra, duravam em média sete dias. A vulnerabilidade dos ômegas durante o cio e, todos os sintomas que o acompanhavam nos tornavam muitas vezes vítimas de um destino que fugia ao nosso controle. Histórias de submissões catastróficas não faltavam e, eram exatamente elas que me incutiram esse medo que não encontrava explicação racional, apenas subjetiva.
Havia quase cinco séculos que a ciência se debruçava sobre a terrível transformação que atingiu a humanidade, após desastradas pesquisas conduzidas como segredos de estado, resultando nos híbridos cuja carga genética lhes determinava características únicas e peculiares, totalmente distintas dos betas, a população de homens e mulheres que não tiveram seu DNA transformado com a grande hecatombe. Segundo a história, tudo teria começado por volta do ano 2550, quando uma nação, então ainda existentes e, denominada China, manipulava em secretos laboratórios subterrâneos, genes humanos afetados por vírus das diversas pandemias que assolaram o mundo nas décadas anteriores. Determinado a obter a hegemonia global a qualquer preço, o governo da então China, financiava projetos secretos na área da biociência, conduzidos por pesquisadores tão ou mais sem escrúpulos éticos que os próprios governantes. Eles não eram os únicos a manipular material genético humano sem um controle adequado. Sob a grossa camada de gelo das estepes de outra nação, a Rússia, acontecia algo semelhante, bancado por um governo longevo e corrupto que conduzira a nação ao declínio. Ambas as nações viviam do roubo e contrabando de informações sigilosas e, pesquisadores das duas eram raptados ou simplesmente executados pela rival, a fim de conseguirem o controle total da humanidade. Ivanov Sukarov teria sido o pivô do desastre. Agente russo infiltrado na China, conseguiu com seus homens o que o país guardava como seu maior trunfo nas pesquisas, uma geração de humanos criada em laboratório, com total imunidade às constantes mutações virais que vinham dizimando a população global. Em uma década e meia, as pandemias haviam reduzido o contingente humano em mais de 70%, especialmente as que viviam entre os paralelos 45. No auge das pandemias, quem não conseguiu fugir para os extremos do globo, teve poucas chances de sobreviver. Esse material genético roubado foi manipulado na Rússia por pesquisadores cujo maior desafio era atender as exigências do governo com as parcas verbas destinadas às pesquisas. Erros humanos e falta de segurança nos laboratórios cravados sob o gelo e a taiga da Sibéria, puseram em contato genes da família hominidae com a da espécie canis lúpus, na qual se estudava sua incrível resistência a certas enfermidades, particularmente as causadas por uma série de vírus mutantes que afetavam o sistema respiratório em humanos. Desde então, surgiram os humanos híbridos, basicamente divididos em duas classes. Os denominados alfas, homens e mulheres, que passaram a ocupar o topo da hierarquia social, são os mestres da sociedade. Relativamente raros, numa proporção de 30% da população total e, sempre fortes tanto física quanto psicologicamente, impõem seus desejos às demais classes, ou seja, aos betas e aos ômegas, persuadindo-os por seu timbre de voz ao mesmo tempo encantador e agressivo, quando chegam a apelar até para os rosnados intimidadores e as mordidas. Machos alfa têm cacetes enormes e fêmeas alfa têm clitóris avantajados capazes de penetrar em fêmeas betas e ômega, engravidando-as, por apresentarem vesículas seminais em seus órgãos reprodutivos. Machos alfa costumam apresentar um cio, período no qual sua maior fixação se dá sobre os ômegas, embora também possam desejar, em menor escala, os betas. Ao terem o ferômonio liberado na corrente sanguínea, são acometidos de um desejo insano de acasalar, masturbam-se com uma frequência impulsiva mas, só se satisfazem plenamente quanto acasalam. Outra classe de híbridos são os ômegas, apenas cerca de 8% da população de humanos que se caracterizam por concentrar uma beleza ímpar em seus corpos, são os menos agressivos, na verdade, totalmente dóceis, receptivos e acanhados. Tanto homens quanto mulheres ômegas apresentam um cio durante o qual são acometidos por sintomas indesejáveis que causam grande desgaste emocional, assim como liberam um odor frutado e floral intenso, sinalizando que estão sexualmente receptivos. É quando são assediados principalmente pelos alfas, embora alguns betas também possam deseja-los nesse período. Quando estão no cio, os ômegas são atraídos pelos ferômonios exalados pelos alfas também no cio, o que leva ambos a desejarem o acasalamento e, geralmente, à formação de um par praticamente indissolúvel, independentemente de estarem ou não vivendo juntos. O período é tenso para ambos, gerando angustias e uma procura desesperada por sexo, pois só ele e, preferencialmente com um ômega no cio, pode satisfazer todos os desejos carnais de um alfa no cio. Ele chega a se tornar até mais dócil para subjugar o ômega que lhe interessa, apenas para poder fodê-lo. A classe que não sofreu nenhuma mutação é composta pelos betas, que estão imediatamente abaixo do status dos alfas, são tanto homens quanto mulheres que mantiveram intactas as características fenotípicas dos humanos antes da grande transformação. São mais pacíficos em seus relacionamentos que podem ocorrer tanto com alfas quanto com ômegas. Quando os humanos, que restaram depois da grande devastação, passaram a ser chipados com as informações de seu status, a ciência avançou pelo modo particular de tratar qualquer uma de suas enfermidades, além de assegurar pessoas com mais vitalidade e saúde. Geralmente essa identificação genética é feita logo após o nascimento, e pode ser consultada pela simples aproximação de leitores ópticos que captam as informações do chip implantado sob a pele. Eu era o quarto e, último filho de um pai alfa e uma mãe beta, cujo primogênito era um beta, o segundo um alfa e a terceira também uma beta.
Meu primeiro cio veio algumas semanas depois do meu vigésimo aniversário, sem dar sinais prévios de sua chegada. Afortunadamente, ele aconteceu durante um final de semana, em casa. Alguns colegas o tiveram no colégio, quando todos os alfas podiam sentir seu odor e os colocaram em situações embaraçosas, quando não perigosas, devido ao destempero com que alguns alfas os perseguiram para consumar uma transa. Como eu sempre fui tímido, meu maior receio era ter o primeiro cio em público, talvez esse fator psicológico fosse o motivo pelo qual meu cio veio tão tardiamente, embora meu corpo escultural já atraísse muitos alfas há algum tempo. O constrangedor disso, era que meu próprio pai e meu irmão Derek, os dois alfas da família, pareciam estar ansiosos por esse dia.
A sensação desagradável de uma cólica que durou algumas horas precedeu o cio. Pensei que estivesse relacionada a algo que tinha comido, mas quando senti que meu rego começou a ficar úmido, soube imediatamente do que se tratava. Era tarde e eu já havia me recolhido ao meu quarto, o que achei providencial por não ter que me expor nesse momento tão delicado. Lavei-me sob a ducha e pude notar como ao menor toque no meu cuzinho meus sentidos se concentravam nele e se aguçavam tanto a ponto de eu querer me masturbar. Nem a dor da cólica tomando conta da minha pelve era capaz de sufocar esse desejo de me tocar. Estudávamos isso na escola, portanto, todos sabiam como se davam os cios dos alfas e dos ômegas. Machos ômega como eu tinham um útero e ovários entre a bexiga e a ampola retal, na qual desembocava a abertura da cloaca por onde entrava o sêmen de outro macho, além de também ser a via de saída da cria que podia gerar. Quando entram no cio, machos ômega apresentam um intumescimento da cloaca que se torna vermelha, saliente e começa a apresentar um corrimento que atrai outros machos. Precisam higienizar constantemente o reto tanto para lavar o corrimento quanto para impedir que fezes sejam enfiadas pelo pênis de um macho com o qual esteja eventualmente acasalando para dentro do útero. Toda essa atividade fisiológica e, o que a envolve é o que costuma deixar os machos ômegas muito vulneráveis e sensíveis nesse período, tanto física quanto psicologicamente.
Quando desci para o café na manhã seguinte, um sábado ensolarado e de céu límpido, todos os homens da casa souberam imediatamente que eu estava no cio. Chris, meu irmão beta não deu grandes demonstrações de ter sido afetado pelo meu odor adocicado, mas meu pai e, principalmente meu irmão alfa Derek, que também estava no cio, foram acometidos de uma ereção incontrolável. Com o cio, também pude notar, pela primeira vez, o cheiro dos ferômonios do Derek e quase enlouqueci quando aquele cheiro almiscarado adentrou minhas narinas. Afastei-me dele quando vi sua jeba enorme debaixo do short, mas ele veio na minha direção querendo me abraçar, o que não costumava ser do seu comportamento normal. Meu pai sacou as intensões dele e, instintivamente, rosnou em sua direção, intervindo e afastando-o de mim. Embora aquilo me trouxesse um ligeiro alívio, o calor do corpão do meu pai me atraiu e eu senti o cuzinho se contorcer quando ele tocou em mim. O ar em torno da mesa do café ficou carregado de testosterona. Foi constrangedor saber que eu era o responsável por aquele clima tenso carregado de sensualidade, desejos e três ereções mal disfarçadas. Eu mal conseguia encarar meu pai, seu sorriso de satisfação por saber que eu havia amadurecido se mesclava com sua vontade de me possuir, com a qual ele lutava para não cometer um incesto. Incestos eram recorrentes, uma vez que muitas famílias vivenciavam a mesma situação que a minha naquela manhã, todas as vezes que, ou um macho alfa ou um ômega, entravam no cio. Contudo, a maior preocupação do meu pai naquele momento era com o Derek. Ele estava no auge de seu desenvolvimento, era um macho alfa jovem, muito musculoso e forte, disposto a demarcar seu território como determinavam os genes lupinos que carregava em seu DNA. Meu pai sabia que não seriam suas palavras, nem seus argumentos que o desestimulariam de me possuir na primeira oportunidade que tivesse. Era chegada a hora de afastá-lo de casa, sem com isso romper o elo familiar que nos unia. O pior disso tudo, era que eu sempre tive uma ligação muito próxima com o Derek desde a infância. Era ele quem tomava minhas dores quando meus outros irmãos me aporrinhavam, era ele quem me dava uma força com as tarefas do colégio, com uma paciência que nem minha mãe tinha. Aquela sensação inusitada que eu estava sentindo agora por ele, medo e ao mesmo tempo um tesão enorme, conflitavam em meu peito e me entristeciam por não saber como agir. Tudo ainda era muito recente, mas dava para concluir que esses cios vieram para acrescentar uma gama de problemas à minha, até então, pacata vida. Como quase todos os ômegas, eu permaneci recluso por aqueles dias enquanto durou o cio. Era a única maneira de nos safarmos dos predadores que não hesitariam em nos foder, tal era o fascínio que exercíamos sobre eles. Fiquei feliz quando, ao final do sexto dia, o cio terminou e todo meu corpo pareceu voltar ao normal. Junto com ele também acabou aquele desejo insano de me sentar no colo do meu pai, de acariciar sua barba hirsuta, de sentir suas mãos enormes e seus braços peludos me abraçando e, de fixar meu olhar fascinado em seu tronco vigoroso e peludo. Sei que para ele não foi menos fácil resistir aos meus encantos, àquela fragilidade quase feminina, àquele perfume inebriante que aflorava na minha pele lisinha, a controlar suas seguidas ereções assim que eu me aproximava dele.
A tensão dentro de casa só voltou a imperar quando o Derek entrou novamente no cio. Ele exalava testosterona por todos os poros, o que me tornou sensível a ele; como nunca antes, eu passei a reparar em seus músculos, sua inquietação, suas constantes ereções que ele tentava camuflar e, eu já não duvidava que ele se masturbava toda vez que desaparecia de nossas vistas por breves períodos e se mantinha recluso até resolver suas questões fisiológicas. Meu pai redobrou sua vigilância sobre ele, sabendo que nesse período seu alvo preferido seria eu.
- Mantenha-se longe do seu irmão! Não quero saber de vocês dois juntos sozinhos, está me entendendo? – advertiu-me, quando notou que eu começava a ficar todo dengoso para o lado do Derek.
- Não sou mais nenhuma criança! Já entendi o que está acontecendo com ele, mas não quero que ele sofra. – respondi.
- Ele não está sofrendo! É adulto e sabe como contornar esse período, sem que você fique rondando em volta dele feito uma borboleta procurando encrenca. – meu pai sabia ser convincentemente autoritário quando queria, como todo macho alfa. Eu dei de ombros e ia deixando-o falando sozinho, quando ele me puxou pelo braço num safanão apertado e me encarou furioso. – Você me entendeu, não entendeu? Pois faça o que estou mandando, ou resolvo essa questão de outra maneira.
Essa tal de ‘outra maneira’ já era minha velha conhecida. Desde que o Derek apresentou o primeiro cio, meu pai sentiu que seu território havia ficado pequeno para os dois e, algumas vezes mencionou o desejo de que o Derek procurasse um lugar para morar. Meu irmão, por seu lado, não facilitava as coisas e, não eram raras as ocasiões em que os dois se enfrentavam por questões banais. O Derek era bastante desafiador, como todo macho alfa jovem, não se deixava intimidar por quem quer que fosse. Mesmo ainda estando na universidade, que foram das poucas instituições que permaneceram praticamente nos mesmos moldes de antes da hecatombe, ele já empreendeu um negócio próprio e, com outros colegas, deu início a uma startup no ramo de hardwares para os supercomputadores que passaram a dirigir quase que totalmente o cotidiano das pessoas. Era o mesmo ramo de negócio no qual meu pai atuava como CEO de uma empresa que ele também fundara ainda bastante jovem. Não havia dúvida de que o Derek se espelhava nele e, ao mesmo tempo, demonstrava do que era capaz sem depender de sua ajuda ou conselhos. Dessa genialidade aguerrida de ambos é que brotavam as animosidades, embora o amor filial nunca tivesse desaparecido por completo de ambas as partes.
Eu sempre fui muito obediente, não negando meu status de macho ômega com a tendência homossexual latente como a grande maioria de nós. Havia machos ômega heterossexuais que se relacionavam, quase exclusivamente, afetiva e sexualmente com fêmeas ômega, as únicas que aceitavam homens com pouca disposição empreendedora, cacetes pequenos e, uma libido bastante reprimida. A maioria, como eu, acabava por admirar os machos beta e, principalmente os alfas, desenvolvendo sua homossexualidade sem grandes problemas, uma vez que a sociedade não mais encarava isso como uma aberração ou anomalia de comportamento como nos séculos passados. Casais de homens alfa e ômega eram tão comuns quanto qualquer outro casal de homem e mulher beta. Em nossos dias, mal podíamos compreender como os gays podiam ser discriminados pela sociedade naqueles séculos antes da hecatombe, quando, segundo a história, chegavam a ser assassinados. Era algo tão distante da atualidade na qual eles têm um papel fundamental no equilíbrio que proporcionam aos machos alfa, assim como as lésbicas com as fêmeas alfa, que fica praticamente inimaginável conceber as barbáries daquela época.
Contudo, eu agora estava num período de rebeldia, longe daquela do meu irmão Derek ou do Chris, mas o suficiente para tentar driblar algumas recomendações do meus pais. Foi por isso que fui ter com o Derek em seu quarto enquanto ele ainda estava no cio, contrariando a ordem do meu pai. Ele se apressou a desligar o computador no qual assistia e, se masturbava, com algum tipo de pornografia. Não cheguei a ver as imagens, mas seu caralhão estava completamente fora do short e me fascinou.
- O que você quer aqui? Estou ocupado! – sua voz era ao mesmo tempo agressiva devido ao cio e, afetuosa por se tratar de mim.
- Nada! Só queria saber como você está. Será que agora nem posso mais ficar perto de você? – se ele queria privacidade, ela desapareceu quando minha voz suave e meiga despertou sua libido.
- Não, claro que não! Você agora já é capaz de compreender plenamente como são difíceis e complicados esses cios pelos quais passamos. Também sabe que, para o seu próprio bem, deve manter distância dos meus arroubos. – ele tentava ser o mais racional possível, mas aquele caralhão duro que não tinha a menor intenção de amolecer dizia exatamente o contrário.
- Eu sei, mas o que posso fazer se eu gosto de você? Não consigo simplesmente ignorar o que sinto quanto te vejo nessa aflição. – minhas palavras não facilitavam as coisas para ele, pelo contrário, davam-lhe uma imensa vontade de me tomar em seus braços.
- Você é um anjo! Vem cá, ou tem medo do meu caralho? – seu olhar me devorava.
- Não, não tenho! Eu só queria saber como te ajudar. – balbuciei, quando fui abraça-lo, mais imprudentemente do que o recomendado.
- Não tem como você me ajudar! Vou fazer isso sozinho como das outras vezes. – retrucou ele.
- Mas eu quero! – exclamei, porque o cheiro daquele cacetão molhado estava mexendo comigo.
- É melhor você sair daqui! Anda, vá caçar o que fazer se não tem ..... – não o deixei concluir sua bronca, ajoelhei-me entre suas pernas e coloquei a cabeçorra na boca. Ele grunhiu e agarrou-me pelos cabelos.
O sabor daquela verga era delicioso demais para eu desistir dela. Era a primeira vez que eu tinha uma pica na boca, por isso fui explorando-a demoradamente, tateando com os lábios em toques suaves e delicados, lambendo o sumo que minava abundante da uretra enorme, chupando aquela carne quente que pulsava na minha boca com um frenesi tresloucado. O Derek apenas grunhia e se deliciava com o meu boquete, não me deixando afastar a boca de seu pau por mais do que alguns segundos para que eu pudesse respirar. Algumas vezes, ele o estocou na minha garganta, quase me sufocando. Foi durante uma dessas vezes que ele gozou na minha boca, liberando um urro gutural junto com tanta porra que mal consegui engolir tudo, enquanto os jatos me enchiam a garganta de gala morna e pegajosa. Foi a coisa mais deliciosa que eu já havia engolido, e ele sorria para mim quando fixei meu olhar cândido no dele, como que agradecendo por aquele néctar saboroso.
- É delicioso, Derek! – sussurrei, depois de terminar de lamber todo o caralhão lambuzado.
- Gostou? Pode ser toda sua quando quiser. – devolveu ele, ainda mais excitado com a minha atitude.
- Muito! Você é muito gostoso. – ele mal podia acreditar que eu o provocasse tanto, sabendo de sua situação.
- Não fala isso! Está me deixando maluco! – exclamou, me beijando e começando a me bolinar as nádegas.
Comecei a tremer, não sei se de tesão por vê-lo naquele estado, ou se do receio que começava a me inquietar, por estar a um passo de virar sua presa. Ele ergueu minha camiseta e chupou meus mamilos, mordendo-os algumas vezes com tanta força que gemi sensualmente. Enquanto me chupava os peitinhos, arrancou minha bermuda e amassou meus glúteos avantajados.
- Você é um tesão moleque! – grunhiu desesperado.
Antes que eu pudesse responder e pedir para ele parar, fui colocado sobre a cama dele, de bruços, tive as pernas abertas e logo senti ele me lambendo do rego feito um lobo checando o cio de uma fêmea. Fiquei com tanto tesão que mal conseguia raciocinar. Ele me lambia numa voracidade desmedida, como que me preparando e me instigando a ser receptivo ao seu imenso falo. Quando fui me sentido cada vez mais cerceado pela monta que ele vinha conduzindo sobre meu corpo, subitamente fui apossado de um medo incontrolável, e gritei pedindo para ele parar. O tesão descontrolado não o deixou assimilar meu pedido e meu desespero. A verga úmida já deslizava ameaçadora dentro do meu reguinho liso e imaculado, totalmente arreganhado pelo cacetão calibroso dele.
- Não Derek! – gritei tão alto que ele saiu daquele torpor que o tesão lhe provocava e, por alguns segundos, afrouxou a pegada com que me retinha debaixo de seu corpanzil, dando tempo de eu escapulir de sua gana desenfreada.
- Viu o que você fez! – berrou enfurecido.
- Me desculpa Derek, não posso continuar. – balbuciei choroso, e arrependido por tê-lo levado àquela situação.
- Não é culpa sua! Mas, saia daqui agora mesmo! – ele não estava zangado, apenas frustrado e infeliz por não poder se satisfazer em mim. E eu, triste por ter sido tão imprudente.
Algumas semanas depois, o Derek anunciou, durante o jantar, diante de toda a família, que estava se mudando para um lugar só seu, recentemente adquirido, alegando que já era tempo de ter seu próprio canto.
- A culpa é toda minha! Não faça isso, por favor, Derek. Eu prometo que vou me comportar. Juro! Mas, não saia de casa, não vou aguentar ficar longe de você. – implorei, sabendo que fora aquele nosso encontro em seu quarto o motivo de ele ter tomado essa providência.
- Eu sempre estarei por aqui. Além do que, vocês podem me visitar quando quiserem, afinal não estarei tão distante daqui. Vou continuar sendo seu irmão querido não importa onde eu esteja. – respondeu ele. Pelo olhar que meus pais trocaram entre si, pude perceber que já tinham sacado que algo havia ocorrido entre nós e, dado que o cio do Derek tinha sido recente, concluíram que tínhamos extrapolado alguns limites.
- É bom você ter sua independência! Todos estamos felizes com mais essa conquista sua. Só temos que parabenizá-lo e te desejar felicidades. As portas dessa casa sempre estarão abertas para você, nem preciso mencionar, não é? – afirmou meu pai.
- Claro! Isso não é uma despedida, não fiquem com essas caras! – retrucou meu irmão, embora apenas eu estivesse demonstrando toda a minha tristeza e inconformidade com essa notícia. Naquele momento, desejei nunca ter nascido um ômega.
Alguns amigos tinham planejado uma semana esquiando entre as montanhas durante o período de férias, logo após eu ter concluído meus estudos básicos antes de entrar na universidade. Isso costumava acontecer quando os jovens tinham por volta de vinte e um anos, pois desde a grande devastação, os currículos escolares formavam cidadãos com mais estudos, dado que se aprofundavam mais nas ciências básicas. Normalmente, a conclusão de uma formação universitária só acontecia por volta dos trinta anos, a depender da profissão escolhida. Como esquiar era um dos meus esportes prediletos e, a companhia desses amigos sempre era algo instigante, parti para os 500 quilômetros distante da cidade onde vivíamos, para a estação de esqui encravada nas montanhas. Lá conheci o irmão de uma amiga do colégio, Gary. Assim que nossos olhares se cruzaram e, nossos odores foram identificados, estabeleceu-se algo entre nós que eu nunca tinha sentido antes. Com um metro e noventa de altura, cento de quinze quilos, uma musculatura muito desenvolvida e, aqueles braços peludos sinalizando que todo o restante do corpo coberto pelas roupas também deveria estar revestido deles, além daquele cheiro almiscarado que eu identificava de longe, não deixavam dúvidas de tratar-se de um macho alfa. Ele, por sua vez, sentiu meu cheiro adocicado muito antes de estarmos frente a frente quando minha amiga nos apresentou. Machos alfa tinham a capacidade de sentir um ômega a quilômetros de distância, tal como faziam os lobos, cuja parcialidade dos genes passou a fazer parte do DNA desses machos. O Gary não escondeu seu entusiasmo por me conhecer. Senti toda sua energia e interesse quando nos abraçamos e, aquele sorriso que ele abriu para mim, veio carregado de significados que eu bem sabia quais eram. Ele era um excelente esquiador, não se furtando da oportunidade de exibir suas potencialidades para mim. Também não escondeu sua surpresa ao descobrir que eu não ficava a desejar em se tratando de descer as montanhas driblando com maestria os obstáculos que surgiam nas pistas. Assim, o primeiro dia foi revelando não apenas nossas habilidades como outros interesses em comum, isso sem mencionar a atração carnal mútua que se estabeleceu entre nós. Logo ficou evidente para os demais que um relacionamento estava se consolidando entre o Gary e eu, uma vez que nossos status eram conhecidos por todos. Ele devia ser dois ou três anos mais velho do que eu, também já tinha conquistado sua independência da família e tinha seu próprio negócio, algo relacionado com investimentos que não me preocupei em conhecer em detalhes, pois ele e seu odor másculo me seduziam mais do que qualquer outra coisa.
Desafortunadamente, meus cios ainda oscilavam bastante e eu quase nunca conseguia prevê-los com precisão, o que era algo normal no primeiro ano após o primeiro cio. No terceiro dia nas montanhas, fui surpreendido com os sintomas logo após ter acordado. Com a sensibilidade à flor da pele, o olfato e o paladar aguçados, as cólicas a me torturarem o ventre, minha disposição para acompanhar a galera tinha desaparecido. Pensei em voltar para casa, não apenas por segurança, uma vez que estaria exposto a qualquer macho alfa que estivesse na estação de esqui, como pelos incômodos que acompanhavam o cio. Quando não apareci no café da manhã do hotel onde estávamos hospedados, o Gary veio ter no meu quarto.
- Está tudo bem com você? Por que ainda não desceu? Estamos todos esperando por você. – questionou, do outro lado da porta que eu não abri após ele ter batido.
- Estou um pouco indisposto! Podem ir sem mim, acho que vou descansar um pouco por aqui mesmo. – respondi inventando uma desculpa que eu sabia não ia colar, uma vez que ele podia sentir o cheiro do meu cio do outro lado da porta.
- Abra! Sei o que está acontecendo. Sinto seu cio daqui e quero ficar ao seu lado. – disse ele.
- Por favor Gary, não acho uma boa ideia. Você sabe como posso ficar vulnerável. É melhor não nos vermos hoje. – retruquei.
- Exatamente por isso! Os dois gerentes do hotel estão no cio e você bem sabe que são machos alfa. Não tardarão a perceber que você está receptivo e, virão certamente ao seu encontro. Não posso permitir isso! – devolveu determinado.
- Mais tarde então, ok? – eu sabia o que ia acontecer no momento em que abrisse aquela porta. Perderia completamente o controle sobre meus atos e ele não ia resistir com a firmeza que estava afirmando.
- Não! Abra! Não vou sair daqui enquanto você não abrir essa porta, não importa o que diga. – insistiu.
Eu cedi. Já tinha aprendido o quão persuasivos machos alfas podiam ser e, como podiam ser aguerridos para terem suas vontades atendidas. Eu havia acabado de sair debaixo da ducha onde lavei meu corrimento quando abri a porta. Ele se atirou sobre mim, tomou-me nos braços e me beijou sem que eu pudesse me desvencilhar de sua pegada forte. Tinha acontecido exatamente o que eu temia, ele não conseguir se controlar.
- Você prometeu Gary, por favor me solte. – implorei, enquanto ele me lambia a pele da nuca excitado pelo perfume que emanava dela.
- Você é um tesão! Não me peça o que não posso fazer. – grunhiu ele, voltando a me beijar e me apertar contra seu corpo quente.
- Você prometeu! Não posso confiar em você! É melhor você ir embora. – balbuciei, enquanto minhas pernas bambeavam e a umidade tomava conta da minha cloaca, traindo meus desejos.
- Eu sei que você não quer que eu vá. Te conheci há pouco, mas sei o que estou sentindo por você, não me negue seu corpo e sua alma, eu as desejo mais do que tudo que já desejei. – afirmou ele.
- Não é você quem está dizendo isso, são seus hormônios estimulados pela minha condição. – retorqui.
- Sei muito bem quando quero alguma coisa! E eu quero você para mim. Desde que coloquei meus olhos em você sabia que era você quem estava faltando na minha vida. – declarou seguro.
Ele esfregava sua ereção nas minhas coxas para me convencer de suas intenções e, eu, naquele momento, não estava em condições de negar nada a um macho alfa. Assim que ele me desnudou por inteiro, meu corpo começou a clamar por ele, por aquele membro que distendia o tecido da calça e mostrava todo seu tamanho colossal. O Gary me levou até a cama e se despiu. Era o homem mais lindo que já tinha visto e, tinha o sorriso mais confiável que se podia esperar. Movi-me languidamente sobre a cama, seduzindo-o como faria uma cadela no cio. Ele deu dois passos e ficou ao lado da cama, pegou meu rosto entre as mãos e o levou para sua virilha pentelhuda. Uma benga grossa de vinte e cinco centímetros, úmida e à meia-bomba, pendia entre suas coxas portentosas, acima de um sacão igualmente descomunal onde se viam perfeitamente delineados dois testículos cavalares. Machos alfa eram super-dotados, ele não fugia à regra, a monstruosidade de seus caralhos e a virilidade eram sua marca registrada; a ciência já comprovara isso através de amplos estudos conduzidos após a transformação genética sofrida pelos híbridos. Coloquei-a na boca e comecei a chupar seu sumo saboroso, ele soltou um gemido rouco. Havia algo tanto no odor quanto no sabor daquele néctar que me fez ter a certeza de que aquele seria meu macho por toda a vida. De onde veio essa certeza eu não saberia explicar, mas meu corpo já não tinha mais nenhuma dúvida disso. À medida que eu ia me oferecendo, receptivo e desejoso por acasalar, ele ia se apoderando de mim, tateando, lambendo, beijando meu corpo sem nenhuma restrição. Como tinha feito meu irmão, ele logo começou a me explorar o rego, que expôs apartando os glúteos carnudos e volumosos, e passou a lambê-lo sôfrega e vorazmente, para sentir todo o potencial do meu estro. Eu comecei a gemer quando senti sua língua úmida devorando minhas preguinhas anais. Tanto elas quanto minha cloaca se contorciam dolorosamente esperando pela penetração. À medida que meus gemidos se intensificavam e se tornavam cada vez mais estridentes, ele sabia que eu estava pronto para recebê-lo. O Gary então pincelou a rola sedenta sobre meu cuzinho piscante, e a forçou contra o buraquinho que se contraía desesperadamente e se projetava para agasalha-lo. O furor que minhas entranhas experimentavam era muito mais intenso do que aquele que senti quando o Derek quis me pegar. Desta vez fui incapaz de negar qualquer coisa àquele macho montado em mim. Na verdade, eu o queria tanto que já não aguentava mais aquela demora em ser enrabado.
- Ai Gary, por favor! – exclamei num gemido angustiado.
- O que você quer, meu tesão? – grunhiu ele junto ao meu ouvido, que lambia e mordiscava sem parar.
- Você! – murmurei, empinando a bunda de encontro a sua virilha.
- Já vou atender seu pedido, tesudinho do caralho. – sussurrou ele, forçando mais a pica contra a portinha do meu cuzinho.
Um ganido agudo meu ecoou pelo quarto quando ele meteu aquela coisa imensa em mim, me rasgando para alojar seu caralhão no meu cuzinho. Não parei de ganir enquanto aquela dor não começou a ceder. Ele esperou pacientemente minha carne encapar apertadamente seu falo e começar a relaxar antes de continuar a enfiar todo aquele cacete no meu cu.
- Ai Gary! – gemi, sentindo minhas entranhas se distenderam para alojar aquela verga.
- O que tem o Gary, para você gemer tão gostoso assim? É o Gary que você quer, meu tesãozinho? É o Gary que você quer que seja seu macho, é? – sussurrava ele na minha nuca.
- É, eu quero você! Eu quero ser seu. – gani, enquanto ele começava a bombar meu cuzinho.
- Sente como eu estou aqui, sente! Você já é meu, todinho meu! – ele mal se continha, seus atos eram geridos apenas pelo tesão, pelo desejo másculo desenfreado de copular, de satisfazer seus instintos primais.
Ele me estocava revezando entre as profundezas da ampola retal e da cloaca, onde aquele cacetão chegava a entrar no meu útero que, pela primeira vez, pude sentir fazer parte do meu corpo, pois até então ele tinha sido um órgão cuja presença eu só conhecia por saber que era um ômega, mas que nunca se fizera notar antes. Era justamente para alcançar essas estruturas anatômicas que os machos alfa eram tão dotados. Daí também a grande fixação que tinham pelos machos ômega homossexuais, cujos prazeres que eram capazes de proporcionar tinha virado sua fantasia predileta. Da monta sobre meu corpo, o Gary tirou o pau brevemente do meu cu e girou meu corpo, abrindo minhas pernas e apoiando-as sobre seus ombros largos, antes de voltar a me penetrar sob mais um ganido que assomou meus lábios. Nossos olhares não se desgrudavam, uniam-se e fundiam-se num sentimento sem igual. Eu trouxe seu rosto para junto do meu e o beijei, tão terna a carinhosamente que ele sentiu-se abalar por uma força inusitada.
- Eu te amo! – grunhiu ele.
- Também te amo! – balbuciei.
Sabíamos que nosso destino havia se selado naquele momento, quando éramos apenas um só corpo fundido para todo o sempre, naquele compasso sincronizado dos batimentos dos nossos corações e naquele pulsar de seu caralho nas minhas entranhas. Então ele me mordeu, na lateral da nuca, logo abaixo da implantação dos cabelos e me marcou para todo o sempre. Quando machos alfa mordiam sua presa estabelecia-se uma união permanente. Um macho ômega marcado era sinal de que pertencia a um macho alfa, que tinha um dono, que era propriedade não disponível e, que quem ousasse desejar intimidades teria que acertar contas com ele. Comecei a sentir que estava chegando ao clímax, minha cloaca estava mais inchada e irrigada, sensível e dolorida, meu cuzinho estava todo machucado pela fricção daquele cacetão entrando e saindo feito um bate-estacas e, meu pau, apesar de pequeno permanecia duro e senti quando meu saco se contraiu para expelir a porra que lambuzou meu ventre. Gani durante todo o gozo, o que deixou o Gary maluco. Mal terminei de gozar e ele começou a ejacular despejando uma quantidade espantosa de seu sêmen cremoso e viscoso no meu rabo. Só então me dei conta de que poderia engravidar com todo aquele volume de esperma se espalhando nas minhas entranhas. Ele gozava ao mesmo tempo em que procurava desesperadamente socar seu caralhão no meu útero desprotegido e indefeso. Cobri-o de beijos depois que ele se largou relaxadamente, arfando e satisfeito, sobre a cama. Ele se entregou às minhas carícias, apenas ronronando, enquanto eu o beijava e o lambia por todo rosto, pescoço, orelhas e, descendo esporadicamente até seu peito peludo. Ele sabia que aquelas carícias eram o reconhecimento por seu desempenho másculo e, machos alfa gostavam especialmente dessa demonstração de afeto. Eu estava feliz como nunca por ter perdido minha virgindade com um macho como aquele.
Como faria qualquer lobo na natureza, ele me perseguiu e acasalou comigo diversas vezes por dia nos demais dias que ficamos na estação de esqui. Eu quase já não conseguia andar de tanto que meus genitais estavam machucados por sua voracidade. A mordida que ele me deu durante o primeiro coito, ia se atenuando aos poucos, mas já sinalizava que seria permanente como uma cicatriz que nos recorda de um acontecimento marcante. Eu a carregaria por toda a vida, sinalizando que tinha um parceiro, um macho do qual eu nunca mais esqueceria enquanto vivesse, mesmo que nossos destinos seguissem caminhos distintos. Quando um ômega é marcado por seu alfa através da mordida em qualquer lugar do corpo, suas almas se interligam, formando uma espécie de laço inquebrável invisível, uma conexão para a vida toda, e isso significa que um pertence ao outro para toda a eternidade. Quando essa conexão acontece, o casal em questão passa para um nível absurdo de ligação, onde, entre outras coisas, um pode saber o que o outro está pensando sem perguntar, saber onde o outro está, se está passando mal ou em perigo e, até se está em período de cio. Estar consciente de que eu teria isso com o Gary me encheu de felicidade e, dava para notar que ele também se sentia assim a meu respeito.
- Gosto de saber que você está ligado a mim. Vou cuidar de você, protegê-lo e te foder até você me dar uma prole. – disse ele, deitando minha cabeça sobre seu peito, enquanto acariciava minha bunda.
- Também gosto dessa sensação de pertencer a você. Sou a pessoa mais feliz desse mundo, sabia? – devolvi carinhoso.
- Algo me diz que sim! – exclamou, cheio de si.
Desde o regresso daquelas duas semanas na estação de esqui, eu e o Gary assumimos nosso relacionamento diante de nossas famílias. Os pais dele se orgulharam de o filho ter encontrado justamente um ômega, o que constituía a união perfeita para um macho alfa. Já meus pais foram menos efusivos e acharam que eu tinha me precipitado me entregando tão rapidamente a um alfa logo nos meus primeiros cios. Essa era ao menos a opinião do meu pai, o que menos entusiasmo demonstrou com esse relacionamento. Por ser o caçula, ele imaginava que eu seria o último a deixar o ninho e, como nossa ligação sempre foi muito intensa, uma boa dose de ciúmes também podia ser atribuída como uma razão para ele não ficar eufórico com a notícia. Iniciou-se então uma vigilância constante sobre o Gary, como uma cobrança para que não me fizesse infeliz, ou teria que se haver com ele.
- Quer dizer que roubei o bem mais precioso do seu pai? Nem foi preciso ele afirmar que se eu mijar fora do penico terei que ajustar contas com ele, ficou explícito na maneira seca como me tratou. – disse o Gary, após revelarmos nosso relacionamento aos meus pais. Eu ri da constatação dele.
- É, ele é um pouco possessivo, vá se acostumando! – devolvi, zombando da cara preocupada dele.
- Possessivo? Ele mais parece um leão protegendo a prole! – afirmou. – Mas, vou provar que ele não tem com o que se preocupar, vou cuidar desse cuzinho como nenhum outro faria. – acrescentou, excitado esperando eu mamar seu caralhão assim que estivéssemos a sós.
- Tarado! – exclamei, quando ele me exibiu sua ereção.
- Culpa sua! É você que me deixa assim. Espere só até eu entrar no cio, não vou te largar nem por um segundo, vai preparando essa fendinha apertada. – proclamou, cheio de tesão.
Ele cumpriu a palavra quando o cio dele veio, dois meses depois. Tão intenso que ele mal sabia o que fazer com aquele caralhão permanentemente duro, enquanto seus pensamentos só tinham um foco, me foder até saciar seus desejos carnais. Fomos até a casa de praia dos pais dele durante os cinco dias que durou o cio dele. Pensei que não fosse aguentar todo aquele tesão que parecia não encontrar alívio mesmo ele me enrabando seguidas vezes durante o dia. No entanto, nosso entrosamento ia se consolidando como a mais perfeita das uniões. Éramos almas gêmeas, disso ninguém duvidava.
Foi um baque em nossas vidas quando o destino nos levou a termos que nos separar, por conta de um contrato que a empresa dele precisava fazer num continente distante, exigindo que ele permanecesse por, no mínimo, um ano fora. Eu não podia acompanha-lo, pois estava na fase mais exigente da universidade, onde uma interrupção, por mais curta que fosse, teria um impacto sobre a minha formação futura.
- Vou desistir desse contrato! Nada vale à pena se eu correr o risco de ficar sem você. – afirmou ele.
- Você não vai ficar sem mim! Eu vou me encontrar com você dentro de alguns meses durante as férias. Sua empresa vai dar um salto com esse contrato, é todo o nosso futuro garantido. Não podemos nos deixar levar apenas pelo nosso amor, ele sempre vai estar conosco. – argumentei, para não deixá-lo desistir de seus projetos.
- Não sei se posso ficar tanto tempo sem você! Ainda mais sabendo que você estará solto por aí. – retrucou ele.
- Não estarei solto por aí, vou ficar na casa dos meus pais. Também não gostaria de ficar longe de você, mas se é esse o preço que temos que pagar para assegurar nosso futuro, precisamos ser realistas. – ponderei.
- Longe das minhas vistas você estará solto, não gosto disso! Sei que é importante concluir esse contrato, mas não consigo me imaginar perdendo você por causa dele.
- Veja isso aqui! Acha que vai me perder algum dia? Eu carrego você na minha pele, no meu ser, no meu coração por toda a vida, já se esqueceu? – questionei, mostrando-lhe a marca da mordida dele.
- Essa é minha única garantia! Ainda bem que eu te marquei. – devolveu ele.
Ômegas são sensíveis por natureza. A partida do Gary me deixou mais sensível do que nunca. Além de prostrado e tristonho, minhas entranhas sentiam a falta daquele caralhão gigantesco me preenchendo de amor e virilidade do meu macho. Com a fragilidade exposta, logo comecei a ser assediado por machos alfa que tinham uma capacidade extraordinária de farejar esses estados nos ômegas. Ao entrar no cio, esse assédio se intensificou, me obrigando a ficar recluso em casa, apesar das injeções que tomei para controlar os sintomas do cio. Mas, os machos alfa tem uma reação agressiva aos ferômonios que exalamos esse período, tornando-os incapazes de controlar seus instintos quando sentem nosso aroma. As injeções tinham diversos efeitos colaterais, como dores de cabeça, enjoos e tonturas e; uma alternativa a elas, uns comprimidos que também abrandavam os sintomas do cio, não funcionavam comigo, conforme constatei após tê-las prescritas por um médico. Tentei evitar as injeções ao máximo, porém logo percebi que estava difícil resistir ao meu pai. Ele sempre havia se mostrado compreensivo e controlado diante dos meus cios, no entanto, dessa vez não me impedia de aproximar-me dele todo dengoso e carente. Já no primeiro dia do cio eu o procurei, afinal ele era um macho alfa cinquentão cheio de testosterona e energia. Ao invés de me repelir e não me deixar fazê-lo perder o controle, ele aceitou que eu me sentasse em seu colo como fazia quando criança, de acariciar sua barba, até seus pelos do peito, através da camisa desabotoada. Aquilo ia me enchendo de tesão, pois seu corpo musculoso e peludo me instigava desde a juventude. Ele procurou ficar mais afastado de todos, a sós comigo, deixando que eu o acariciasse sem impor limites. Minha bunda roçando suas coxas deixou-o de pau duro, ele fungava no meu pescoço e em poucos minutos nossas bocas se uniram num beijo intenso e carnal. O cheiro viril dele me deixava cada vez mais descontrolado e úmido. Ele me farejou sem reservas e começou a me tocar a intimidade. Fomos para o meu quarto, onde ele já chegou com a imensa verga fora da calça. Eu me despi e caminhei até onde suas mãos podiam me alcançar. Ele me puxou contra seu corpo e voltou a me beijar lascivamente. Eu gemi sedutor e provocativo. Ele esfregou sua ereção nas minhas coxas, enquanto amassava minhas nádegas com força e um desejo que já não podia controlar.
- Ah meu filhote gostoso! Quero meter nesse cuzinho. – rosnou ele, voraz e predador.
- Ai papi! Estou todo molhadinho, sinto seu cheiro másculo e quero ser seu. – murmurei, afetado pelo calor do cio.
Ajoelhei-me diante dele e terminei de tirar seu mastro colossal da calça. A verga reta e coberta por grossas veias sinuosas me ensandeceu. Tomei-a nas mãos para acariciá-la e trazê-la para a boca. Apertei meus lábios ao redor da cabeçorra e sorvi a baba viscosa e translúcida que rescindia a um aroma penetrante e amendoado. Meu pai soltou um urro, e uma porção generosa daquele fluido espesso formando um fio entre a minha boca e a chapeleta arroxeada. Punhetei-o vagarosamente, movendo minha mão fechada na base da pica, enquanto com a ponta da língua fazia movimentos circulares ao redor de seu orifício uretral. Meu pai gemia e se contorcia de tanto tesão. As pontas dos meus dedos vasculhavam entre os densos pelos pubianos dele e acariciavam o sacão globoso no qual duas bolas gigantescas deslizavam pesadas entre minhas mãos. Ele afastou mais as pernas para que eu tivesse total acesso aos seus genitais, e deixou-se acariciar pela suavidade dos meus dedos longos e delicados. Eu mal tirava a cabeçorra da boca, chupando-a com gula e tenacidade. O cacetão terminou de endurecer na minha boca e eu agora mal conseguia movê-lo de tão rijo. Meu pai o manipulava e o enfiava na minha garganta, até eu bater em suas coxas agoniado pela falta de ar que aquele bagulhão entalado em mim provocava. Mas, voltava a abocanhá-lo assim que minha respiração se restabelecia. Sem me prevenir, ele começou a gozar, segurando firmemente minha cabeça entre as mãos, enquanto enfiava meu rosto em seus pentelhos. A porra quase me fez engasgar, pois eu não conseguia engolir tão prontamente todo aquele volume que ele despejava em jatos abundantes na minha garganta. Encarando-o meigamente, eu engolia sua porra cremosa mostrando como estava gostando de seu sabor. Ele grunhia, se contorcia e deixava a porra fluir naquele prazer que eu lhe proporcionava.
- Ah moleque! Mama a porra que te fez, mama! Há tempos eu sonho em sentir sua boquinha aveludada no meu caralho. Engole tudo, engole, é toda sua! – rosnava ele, liberando sua satisfação.
Só parei quando terminei de lamber e limpar todo o caralhão lambuzado dele. Sorri para o rosto satisfeito dele, que não parava de me encarar ainda cheio de tesão. Deitamo-nos na minha cama, eu enroscando minha perna entre as apartadas e peludas dele, enquanto minha mão brincava com o sacão e o pinto dele e, ele, mexendo no meu cuzinho com um dedo que não parava de tatear minhas preguinhas. Ele puxava meu rosto e me beijava, enfiando a língua na minha boca e movendo-a libidinosamente junto à minha. Eu sempre gostei do cheiro do meu pai, poder saboreá-lo daquela forma era a coisa mais sensacional que podia haver. Nossas salivas se mesclavam aumentando o tesão que nos corroía por dentro fazendo-nos arder como uma fogueira. O dedo dele foi ficando mais incisivo e persuasivo, penetrando levemente meus esfíncteres anais e vasculhando meu cuzinho em movimentos circulares. Eu me abria e projetava o esfíncter para ele saber que eu o desejava. Ele sorria bondoso e satisfeito para mim.
- Amo você papi! – sussurrei, entre um beijo e outro.
- Também amo você filhote! – devolveu ele, me apertando com mais força contra seu corpo.
Eu rolei para o lado e fiquei com as costas apoiadas sobre a cama, ele se deitou sobre mim. Lentamente fui abrindo as pernas, roçando-as nas coxas dele até enroscá-las ao redor de sua cintura. Ele deslizou a rola dentro do meu reguinho aberto, lambuzando-o com seu pre-gozo. Isso me deixou tão excitado que comecei a erguer minha pelve, apertando-a contra os genitais dele, numa demonstração do quanto eu o desejava dentro de mim. Ele deslizou até os pés da cama, mantendo minhas pernas abertas e meu cuzinho exposto. Começou a lambê-lo vorazmente, sua barba por fazer espetava minha pele branquinha deixando marcas avermelhadas por toda a superfície. A língua áspera dançava sobre as minhas preguinhas e minha fenda anal corrugada, me fazendo gemer de tesão a agonia. Ele olhava fixamente para aquele botãozinho rosado piscando alucinadamente, desejoso daquilo que ele tinha de mais impetuoso entre suas pernas. Guiando o pinto com mais de um palmo de comprimento para a portinha do meu cu, ele começou a força-la, uma, duas, três vezes, enquanto meus gemidos se intensificavam e começavam a se transformar em vagidos de pura angustia. Não havia mais porque adiar o que ele desejava desde que meu corpo começou a ganhar aqueles contornos esculturais. Soltando seu peso sobre mim, ele meteu a verga naquele buraquinho, atolando quase a metade dela naquele casulo quente e receptivo. Eu gani, pois o cu de um ômega sempre era pequeno demais para as vergas monstruosas dos machos alfa. Ele parou por uns instantes, pois sabia o estrago que estava fazendo naquelas preguinhas.
- Relaxa! Se não, vou acabar te machucando. Respira e abre esse cuzinho para o papi, abre. – rosnou ele. Eu obedeci.
Soltei um último grito quando a rola comprimiu minha próstata provocando uma dor lancinante que se espalhou por todo baixo ventre. O cacetão estava todo dentro de mim, eu podia sentir o sacão batendo no meu rego aberto. Ele não parava de meter, como se ainda não sentisse que estava todo atolado nas minhas carnes. Gemíamos em uníssono, eu mais de dor, ele de puro êxtase. Minhas unhas arranhavam suas costas largas, vez ou outra, quando levava uma estocada mais potente, eu crispava os dedos e os afundava em sua pele. Nossas bocas não se desgrudavam e as línguas ensaiavam um balé devasso e sensual que nos permitia sentir todo o sabor um do outro. O vaivém constante daquela verga se esfregando nos meus esfíncteres contraídos deixava-o fora si, extravasando toda sua necessidade de satisfazer seus instintos carnais. Eu me sentia tão preenchido que o furor das minhas entranhas se aplacava com aquela jeba dando pinotes como um animal enjaulado. Gozei quando ele chupou e mordiscou meu mamilo com o biquinho rijo tão sensível que ao menor toque eu gemia lascivamente. Aos poucos as estocadas diminuíram a cadência, me penetravam mais profundamente, tanto sua expressão quanto seu corpo se retesaram, e ele ejaculou, aliviando a pressão de seu sacão movendo a pica dentro de mim e despejando toda sua virilidade no meu cuzinho. A cabeçorra do cacetão do meu pai ficou tão inflada que não permitia que ele a tirasse do meu cuzinho sem me estraçalhar as pregas, por isso deixou cair o peso de seu corpo sobre o meu, à espera do nó do seu caralho se desfazer à medida que o tesão diminuía. Isso sempre acontecia com os machos alfa quando copulavam, obrigando a quem estivesse atado às suas rolas a esperar paciente e submissamente até que o desatamento pudesse acontecer sem maiores problemas. Nos encarávamos com um sorriso cúmplice e pecaminoso. Desde aquele dia não houve mais pudores para ele usar meu corpo para suas fantasias de luxúria, enquanto eu o procurava toda vez que o tesão se apoderava de mim e a saudade do Gary se tornava tão torturante que apenas um macho podia me restabelecer a tranquilidade.
- Preciso tanto de você, papi! – sussurrei em sua orelha enquanto mordiscava o lóbulo dela.
- Ainda não me conformo que aquele safado tenha tirado não apenas a virgindade do meu menininho, como te marcado com sua mordida. Você é jovem demais para enfrentar todas as necessidades de um macho. – afirmou ele, acariciando meu rosto.
- Então não gostou da maneira como procurei satisfazer as suas? – perguntei, retribuindo cada um dos beijos que ele ia colocando suavemente sobre os meus lábios.
- Claro que não! Você acaba de me fazer o homem mais feliz da face da terra. Não, não é isso! É que não consigo lidar com a situação de ter meu menininho enrabado por esses machos brutos que só pensam em si mesmos. Você é capaz de suprir todo e qualquer desejo ou necessidade de um macho, está no seu DNA, mas eu não queria que fosse tão cedo. – sentenciou.
- Já pensou que para você nunca vai ser tarde o suficiente para que um homem venha me tirar da sua tutela? Você é o melhor pai do mundo, eu te amo e, agora há pouco, você provou isso mais uma vez. – devolvi. Ele apenas sorriu, e concordou que nunca estaria pronto para me deixar abandonar o ninho. – Além do que, o Gary é maravilhoso, papi! Ele é tão cuidadoso comigo, tão carinhoso e amoroso, que eu me sinto realizado ao lado dele. – emendei.
- Mas não está ao seu lado agora! Te largou mordido e marcado, porém sozinho! – exclamou
- Acha mesmo que estou sozinho com um papi como você? – brinquei. Ele voltou a sorrir e enfiou o dedo grosso no meu cuzinho úmido e esfolado. Eu o beijei, pois sabia que ele ainda precisava de mais atenção.
Aproximadamente um mês depois, o Gary quis que eu fosse ao seu encontro. Alegou que já não suportava mais a saudade, que eu lhe fazia muita falta, que seu último cio tinha sido uma tortura sem fim por eu não estar ali para acasalar com ele, que sua produtividade no trabalho não era a mesma sem as minhas carícias. Pediu-me que fosse ter com ele o quanto antes, que deixasse tudo num segundo plano e desse prioridade às carências dele.
- Tenho algumas provas nas próximas semanas, não posso simplesmente sumir deixando tudo para depois! – aleguei, sem que ele tentasse entender minhas razões. – Depois, também estou para entrar no cio logo após as provas, seria imprudente me lançar numa viagem tão longa. – argumentei, mais veementemente.
- Venha mesmo assim! Sei que você é capaz de sentir toda a minha aflição, eu o marquei, sei o que se passa com você mesmo havendo esses milhares de quilômetros entre nós, e você também sente isso. – afirmou.
- Sim, eu já senti o quanto você está aflito. Mas, dê-me ao menos uns dois meses até que meu ciclo tenha terminado e eu possa viajar mais tranquilo. – pedi.
- Não! Dois meses é mais do que posso aguentar! Preciso de você aqui o quanto antes, faça as provas e venha! Como seu macho, não me faça tomar outras atitudes! – sua voz grave tinha aquele tom dominante que nenhum outro ser, beta ou ômega, ousaria desobedecer por conhecer as consequências de tal atitude.
- Amorzinho, seja mais compreensivo comigo, por favor, estou pedindo. Eu vou aí me encontrar com você, também estou morrendo de saudades. Você sabe quanto eu te amo. Seja paciente, só mais um pouquinho. – o dengo que empreendi na voz o teria dissuadido em outra ocasião, mas não funcionou desta vez.
- Não pense que vou me deixar levar por essa voz melosa! Só vou me dar por satisfeito quando você estiver aqui, bem atado à minha rola, ganindo como meu ômega. – sentenciou.
Meu pai, que ainda não estava completamente convencido de que o Gary era o homem ideal para mim, ficou furioso com aquela sandice, como ele classificou aquele pedido para eu viajar em pleno cio. Tive então que trabalhar também por esse lado para não melindrar ninguém. Fiz as provas na universidade e parti, exatamente no dia em que se iniciou o cio. Ao desconforto da viagem, somou-se o dos sintomas que a injeção provocava, tomada na véspera, quando surgiram as primeiras cólicas. Por onde eu passava, conseguia perceber as cabeças se virando na minha direção farejando o rastro do meu aroma adocicado sinalizando que eu estava fértil e pronto para acasalar. Evitei todo e qualquer canto mais ermo temendo ser assediado por algum alfa carente e descontrolado. Só não consegui evitar os assédios verbais, me convidando a conhecer seus dotes e seus predicados sexuais. Era, como sempre, um período tenso e angustiante, pelo qual eu torcia passar o mais brevemente possível.
O Gary veio me buscar no aeroporto, estava lindo e atraente como sempre. Tomou-me em seus braços, beijou-me devassamente e me apalpou sem se importar com os olhares cobiçosos que nos assistiam, pois ele tinha o direito de se apossar do que lhe pertencia e não se furtava ao prazer de demonstrar que aquela linda criatura que estava em seus braços era sua propriedade. Fodeu-me assim que chegamos em casa, sem dó nem piedade. Agradeci por estar no cio e estar carente e receptivo às suas investidas, tornava mais fácil aguentar aquela pica enorme me arregaçando sem descanso.
- Estou louco para te engravidar! – disse ele, numa das vezes em que esperávamos o nó do seu caralho desatar para que ele pudesse tirá-lo do meu cuzinho.
- Seu maluco! Nem pensar! Preciso terminar a universidade, você tem que resolver a questão desse contrato, nem estamos morando juntos ainda. Era só o que me faltava! – retruquei zangado com aquela invencionice.
- Ficou zangadinho, ficou? Você vai ficar ainda mais lindo com um barrigão carregando nosso filho! – zombou, quando viu que eu falava sério.
- Tarado, sem escrúpulos! Foi para me irritar que quis que eu viesse para cá?
- Eu quis que você viesse para te foder, já não aguentava mais me controlar durante os cios. Pena que não estou num deles agora, caso contrário, você ia voltar para casa prenhe do teu macho. – debochou, para me provocar ainda mais.
- Meu pai tem razão! Você é um bruto insensível que só me marcou para afirmar sua virilidade. Você não me ama! Se me amasse não estaria judiando assim de mim. – devolvi, magoado.
- Ei, ei! Seu pai é um lobo possessivo que não consegue abrir mão de você! Não se pode levar em consideração o que ele pensa sobre mim, pois sou o macho que roubou o filhote preferido dele. E, nunca mais diga que eu não te amo, porque você sabe que isso não é verdade! Sou capaz de morrer por você! Em vez de ficar zangado comigo, com o que digo movido por toda essa carência que sinto de você, deveria estar me bajulando, me dando todo o carinho que tem guardado aí dentro. – disse, ao me tomar nos braços e me beijar. O cheiro da pele daquele torso peludo nu e o sabor daquela saliva que se misturava à minha, eram como um veneno que me subjugava e me fazia ficar de quatro diante daquele macho impetuoso, a quem eu já não conseguia negar mais nada.
Na viagem de regresso, quinze dias depois, além da saudade do Gary, eu carregava a preocupação dele ter me fecundado com aquelas quantidades absurdas de esperma que inoculara nas minhas entranhas em pleno período fértil. O enjoo que senti no dia seguinte à minha chegada, me deixou desesperado. No entanto, ele não passou do fruto das minhas preocupações e do resultado da ingestão impensada de um prato pesado demais para uma viagem tão exaustiva.
Desde que o Derek saiu de casa, além de eu não conseguir me auto redimir da culpa, eu ligava diariamente para ele, como forma de não quebrar aquele vínculo que os unia desde a infância. Minha ligação com ele era tão intensa que até através da conexão por vídeo eu conseguia sentir sua angústia quando estava no cio. Bastava ver sua expressão indomada na tela para saber o que se passava em seu íntimo. Como durante a minha visita ao Gary nos falamos pouco, assim que retornei entrei em contato com ele.
- Estou morrendo de saudades, maninho. Vou passar aí quando sair da universidade. – afirmei, quando o rosto contraído dele apareceu na tela.
- Não! Estou ocupado e não posso me distrair. – respondeu seco.
- Serão só uns minutinhos. Não vou te atrapalhar, juro! – insisti, já desconfiando do motivo pelo qual ele não me queria por perto.
- Não! Será que você não consegue sequer uma vez fazer o que eu mando? – retrucou, o que era um sinal evidente de que aquela agressividade vinha do cio.
- Consigo. Fique com seu mau humor. Pensei que fosse sentir ao menos um pouquinho de saudades de mim, mas já que quer assim, até!
- Até! – respondeu, enfezado.
Não ia ser meia dúzia de palavras grosseiras, ditas no furor de um cio, que me demoveriam da minha intenção de estar junto dele. No final da tarde fui à empresa dele onde me disseram que ele já havia saído para resolver umas questões e, que provavelmente, não voltaria. Fui então à casa dele, toquei a campainha seguidas vezes, em vão. Fiquei sentado nos degraus junto à entrada esperando seu retorno. Já estava escuro e meu intercomunicador computadorizado assinalava que passava das 22:00 horas, quando ele acessou a garagem.
- O que faz aqui? Eu não disse para você não vir para cá? O que quer comigo? – questionava, enquanto abria a porta. – Vá para casa!
- Quero ficar com você! Sei o que está passando e vim te ajudar. – respondi, ignorando sua agressividade.
- Acha mesmo que consegue me ajudar, justo agora. Da última vez em que tentou me ajudar nessa situação, precisei recorrer a um puteiro para saciar os desejos que você deixou de satisfazer. – alegou.
- Não fique zangado comigo, eu só não soube como agir e fiquei assustado. É diferente agora. – devolvi.
- Não é diferente não! Você até pode estar satisfazendo seu namoradinho, mas não devemos ficar perto um do outro quando estou assim. Você sabe que fico impulsivo, descontrolado e que não consigo te sentir por perto sem ficar excitado. – retorquiu ele, procurando manter-se o mais distante possível de mim.
- Juro que não vou fugir dessa vez! Deixa eu te acariciar. – disse meigamente, sabendo que ele não resistiria à minha sedução.
- Será que vou precisar te expulsar daqui à força? Vá, ande, vá para casa! Preciso tomar um banho, foi um dia exaustivo, preciso relaxar e não ficar aturando sua safadeza. – respondeu.
Comecei a me despir e caminhei na direção dele. Seu olhar havia se fixado em mim assim que tirei a primeira peça de roupa. Sua primeira reação foi a de tentar me impedir, mas quando expus meu peitinho ele estancou diante de mim e ficou perdido, sem saber como agir. Totalmente despido, peguei sua mão e conduzi-o até o banheiro de seu quarto. Ele rosnou algumas palavras de protesto, porém já se sentia tentado demais para voltar atrás.
- Foi seu namoradinho quem te ensinou a ser tão safado? – questionou, quando comecei a despi-lo.
- Você me acha safado, só porque não quero te ver passando por esse sufoco sozinho? – questionei.
- Sempre passei por isso sem a ajuda de ninguém! Temos que aprender a conviver com nossos cios, mesmo enfrentando alguns problemas. – devolveu.
- Concordo! Mas não precisa ser assim nesse momento. Eu estou aqui! E, você precisa arranjar alguém que te mereça e que te satisfaça nesses momentos. – argumentei.
- Você está me saindo melhor do que a encomenda! Preciso ter uma conversa séria com aquele seu namoradinho, não estou gostando da maneira como ele está conduzindo as coisas com você, ou melhor, como não está. Pois, deveria estar ao seu lado cuidando de você, e não te deixando solto por aí com essa cabecinha desmiolada. – sentenciou, já debaixo da ducha, enquanto eu deslizava o sabonete sobre seu peito peludo e, sua ereção descomunal já era evidente.
- Tenho você para cuidar de mim, enquanto ele não pode! – exclamei. Ele me agarrou e colou sua boca à minha, deixando os pudores de lado e apenas aceitando meus afagos.
Retribuí seu beijo molhado e ávido chupando sua língua intrépida se movendo na minha boca. Suas mãos deslizavam pelo meu corpo molhado, acariciando minha pele que parecia queimar ao toque de suas mãos gananciosas. Deslizei meus dedos para dentro de sua cabeleira e o trouxe até meu mamilo. Ele o abocanhou, me mordeu até eu soltar um gemido, enquanto eu jogava minha cabeça para trás e fechava os olhos para desfrutar aquela boca sedenta me sugando os peitinhos. Meus esfíncteres anais se contraíam tresloucadamente ao sentir sua ereção pincelar minhas coxas e, suas mãos amassando minhas nádegas voluptuosamente. Eu voltava a insistir em ensaboá-lo, embora ele mal se contivesse de tanto tesão.
- Você sabe como provocar um macho, seu putinho safado! Quem diria que meu maninho virgem e inocente se transformaria nesse depravado! – exclamou, quando minha mão deslizou para sua virilha e começou a acariciar seu membro consistente.
- Sabia que você sempre foi meu maior estímulo?
- Você não faz ideia de quantas vezes eu te desejei desde que meus cios começaram. Sou tarado por essa sua bunda carnuda e por esse seu jeitinho angelical. Até hoje nunca encontrei alguém que me desse tanto tesão quanto você. – revelou.
- Você vai encontrar, pois merece ser muito feliz! Eu te amo muito, sabia?
- Sabia! Você sempre deixou isso bem claro, que sou seu irmão preferido. O Chris e a Pamela não disfarçam a ciumeira que sentem com a nossa relação. – devolveu.
Então trate de se comportar para que eu possa terminar de ensaboar esse corpão que parece não ter fim! – exclamei, sob o olhar devasso e o sorriso jubiloso dele.
Depois que chupei seu cacetão ajoelhado diante de suas coxas musculosas, ele ensandeceu e quis, a todo custo, me enrabar ali mesmo, sob a ducha. Esquivei-me o quanto pude para fugir de seu assédio e me enxugar, depois de jogar uma toalha na direção dele para que fizesse o mesmo. A paciência e a urgência dele não estavam dispostas a isso, porquanto ele apenas tocou a toalha desleixadamente sobre o próprio corpo, enquanto focava o meu se movendo sedutoramente diante de seu olhar voraz enquanto eu me secava. Atirando a toalha sobre a cama, ele veio para cima de mim. Um abraço forte vindo por trás, me prendeu junto ao corpo ainda molhado dele. A jeba dura se alojou na fissura apertada do meu reguinho quente, sentindo-se abraçada pelos glúteos musculosos. Ele sugou o ar por entre os dentes cerrados e lambeu a cicatriz da minha mordida. Rosnou algo sobre ter sido ele que deveria ter deixado aquela marca em mim. Eu virei meu rosto em sua direção e ele me beijou os lábios rosados que o atentavam. Ao mesmo tempo em que suas mãos desciam pelos contornos do meu corpo, ele me inclinou sobre a cama e foi intercalando beijos, lambidas e mordiscadas nas minhas costas, que desciam em direção à minha bunda. Após alguns minutos torturantes de espera, quando cessaram aqueles toques que me deixaram completamente excitado, ele beijou uma das nádegas, depois a outra, voltou a primeira e a mordeu até marcá-la com seus dentes, partiu para a outra onde repetiu a investida com mais ímpeto, o que me fez ganir.
- Quero você! – rosnou, no que me pareceu mais uma determinação do que um pedido
- Sempre fui seu! – sussurrei, franqueando meu cuzinho
Amassando minhas nádegas, ele as apartou para ter livre acesso ao cuzinho rosado que o aguardava cheio de tesão. A língua salivando se fez sentir sobre minhas preguinhas úmidas de excitação, e eu gemi. Ele mordeu o entorno da minha fenda anal com tanta voracidade que meus gemidos se transforaram em ganidos agudos para aliviar a dor de sua agressividade. Machos alfa eram pouco sutis quando dominados pelo desejo de copular, não mensurando a intensidade com que se apossavam de seus parceiros. O Derek era especialmente agressivo quando estava no cio, fazia parte de seu comportamento, não apenas do sexual. Notando que estava me machucando, ele começou a me lamber o cuzinho numa atitude animalesca de um macho seduzido pelo aroma de um parceiro receptivo. Sua barba me espetou a pele das nádegas quando as travei excitado com sua investida. Mais um gemido sensual ecoou pelo quarto, sinalizando que eu estava pronto para recebê-lo.
- Tem certeza de que é isso que você quer? – questionou, valendo-se do último resquício de racionalidade que ainda lhe sobrara.
- Sim, desde aquele dia em que fugi de você! – respondi, afetuoso e mais seguro do que nunca.
Mal minha resposta havia chegado aos seus ouvidos e o caralhão distendeu minhas preguinhas, rasgando-as e me obrigando a deixar escapar um grito agoniado, semelhante ao de uma cadela possuída à insubmissão de sua natureza acolhedora. Ele só parou quando sua verga estava totalmente encapada pela minha musculatura anal apertada e úmida. Seu gemido de prazer tomou conta do quarto, e eu me deixei foder, gemendo num tom mais agudo, porém no mesmo ritmo do dele. Ao encará-lo, submisso e devotado, não consegui deixar de me sentir feliz por estar realizando aquele tão acalentado sonho dele de me ter por inteiro.
- Viu no que deu ficar me provocando? Se eu te machucar não me venha acusar depois! – rosnou, enquanto o vaivém cadenciado daquele caralhão esfolava toda minha mucosa anal, estocava meu reto, penetrava na minha cloaca e atiçava meu útero.
- Eu sei que você é incapaz de me machucar! Você enfrentaria o mundo se fosse preciso para que nada me magoe. Você sempre foi assim comigo e, é por isso que te amo tanto, seu brutão querido! – balbuciei entre gemidos de prazer. Ele sorriu por eu reconhecer o enorme amor que ele sentia por mim.
Numa única puxada, ele tirou o pirocão do meu rabo, me pegou em seus braços e me levou até junto da parede, onde grudou minhas costas num baque que, ao mesmo tempo que me fez perder a respiração, me fez sentir seu falo insaciado entrar novamente no meu cuzinho. Eu gemi e agarrei sua cabeça, beijando sua boca antes de guiá-la até meu peitinho enrijecido, onde ele cravou descontroladamente os dentes, movido pelo tesão. Toda a atração que eu sentia pelo Derek desde criança, estava sendo recompensada por cada uma de suas estocadas firmes e másculas. Aquilo era o que faltava para criar um elo eterno entre nós, ambos sabíamos disso, e não nos furtamos ao prazer de nos insurgir contra qualquer sentimento que pudesse cercear aquele antigo desejo. Às vezes, ele parava de bombar meu cuzinho, olhava encantadoramente nos meus olhos, esperava pelo meu beijo cúmplice e continuava começando lentamente a deslizar sua carne rija dentro da minha, até o ritmo ganhar toda a impetuosidade que sua gana exigia. Foi pendurado em seu pescoço e, enleando minhas pernas ao redor de sua cintura que ele se deitou sobre mim na cama. Moveu-se com cuidado para que a pica não saísse do meu rabo contraído. Enfiei meus dedos em suas costas e gemi com a potência das estocadas. Soltei gemidos cada vez mais curtos e sequenciados, pois o tesão me levava rapidamente ao gozo. Um ganido o acompanhou, quando a porra jorrou do meu pintinho ensandecido. Depois disso, concentrei-me em satisfazê-lo. Travava ritmicamente os esfíncteres ao redor daquele mastro grosso, agasalhando-o sensual e carinhosamente. O Derek não demorou a responder. O cacetão estufou prendendo-o a mim. O tesão de sentir aquele nó na pica presa pelo meu furor, fez com ele se retesasse. A pressão nos culhões ingurgitados já o torturava. Ele meteu mais fundo em mim e começou a ejacular, garantindo que seu sêmen me encharcasse as entranhas, ficando como um presente pelo carinho com o qual eu o acolhi. Enquanto esperamos o cacetão dele desinflar para poder ser retirado do meu cu, eu o cobri de beijos que ele recebia como um paxá embevecido recebe a cortesia de seus súditos.
- Estou perdoado agora, por ter te deixado na mão aquela vez? – questionei, num sorriso doce, enquanto ele tirava lentamente e, a contragosto, a enorme verga ainda pingando porra do meu cuzinho esfolado.
- Meu maninho maluco e tesudo, não tenho nada a perdoar depois do que você acaba de fazer comigo! É por isso que eu te amo, seu viadinho safado! – exclamou, tomando meu rosto em suas mãos antes de colocar um beijo carinhoso e fraternal na minha testa. O que ele não sabia, até então, era que eu ficaria ao seu lado durante todos os dias daquele cio, tornando-o o menos problemático que já tinha enfrentado.
Quem não gostou muito de saber que eu estava passando uns dias na casa do Derek foi meu pai. Ele não era tolo, sabia o que eu tinha ido fazer na casa do meu irmão. Deu-me um sermão quando me ligou ordenando que voltasse para casa, mas percebeu que não podia ser egoísta, deixando que seu único filho alfa não recebesse o mesmo afeto que eu havia dedicado às suas necessidades em situação semelhante. Ele ficou de cara amarrada quando voltei para casa, o que não durou mais do que alguns poucos dias quando voltei a entrar no cio e a tentação do meu odor, o fez esquecer de qualquer contrariedade.
Meses depois, apresentei o Derek a um colega da universidade, um ômega homossexual lindo e cobiçado por uma leva de machos alfa, de quem ele fugia como o diabo da cruz, por não se sentir seguro em entregar sua virgindade à algum daqueles inconsequentes tarados e, pelos quais não sentia nenhuma atração. O Derek alegou que não tinha ido com a cara dele, depois que os coloquei frente a frente; típico do meu irmão, que via nos relacionamentos uma maneira de se sentir prisioneiro. Continuei a promover encontros, aos quais dava ares de casualidade, onde o Luke estava sempre presente. Levei algumas broncas do Derek quando sacou minha intenção de aproximá-los, e continuava a procurar defeitos no Luke. Mostrou-se beligerante, intolerante e até ofensivo com o Luke, só para fazê-lo desistir de alguma aproximação. Porém, eu notava que a cada uma dessas atitudes, ele ia se arrependendo do que estava fazendo. O Luke, sempre dócil e compreensivo, tinha ficado encantado com meu irmão desde a primeira vez que o viu. Ele fingia não notar as grosserias do Derek e, se eram muito contundentes, despedia-se magoado e tristonho.
- Viu o que você fez! – exclamou o Derek, depois de o ver partir após mais uma de suas grosserias.
- Eu fiz? Foi você quem fez o que não devia. Não sei como você consegue ser tão grosso! – revidei.
- Foi você quem me colocou nessa sinuca! É tudo culpa sua! – esbravejou, sabendo que estava errado.
- No seu lugar, eu pediria desculpas pelo que aprontou. – sugeri.
- Você não está no meu lugar, e não passa de um ômega destinado a satisfazer um macho. Como o macho aqui sou eu, dispenso esse conselho ridículo. Assim como te proíbo de ficar bancando o cupido! Se eu quiser me envolver com alguém, sou perfeitamente capaz de fazê-lo por mim mesmo, sem a sua ajuda. Estamos conversados? – ele já estava encantado com o Luke e lutava contra esse sentimento sem se dar conta disso.
- Você é um grande bobão, isso sim! Vá pedir desculpas para o Luke, antes que ele resolva dar uma chance para aquele bando de tarados que o vive perseguindo. – afirmei.
- Vai sonhando! – no entanto, no dia seguinte, o Luke recebeu uma ligação dele e, pela felicidade com que veio me contar a novidade, eu soube que o Derek havia capitulado. Semanas depois, estavam namorando. Eu nunca tinha visto o Derek tão feliz.
O Derek namorando o Luke, ambos trocando carícias por todo canto, aumentava a saudade que eu sentia do Gary. Nos falávamos diariamente, ele podia ver meu sofrimento estampado na fisionomia inconformada. Tentava me animar fazendo a contagem regressiva dos dias que faltavam para estar comigo, mas sempre se despedia sabendo que só sua presença devolveria meu sorriso espontâneo e realizado. Quando estava no cio, ficava ainda mais contrariado por não me ter ao seu lado e, até a ligação era mais breve e truncada por frases que ele queria expressar e não conseguia, por parecerem frias demais quanto ditas com toda a distância que nos separava. Enquanto isso, os sintomas dos meus cios eram aliviados na rola indomável do meu pai. Bastava ele sentir o primeiro odor das minhas glândulas, lançando ferômonio no ar, para começar a me perseguir feito um garanhão sedento. O mesmo acontecia durante os cios dele. Aquela certeza de conseguir copular comigo como lhe aprouvesse, tinha me colocado no status de sua segunda fêmea, sem que isso tivesse qualquer implicação moral.
- Você acha que aquele sujeito ainda se importa com você? – questionou, ante mais um dos meus cios que o Gary não satisfazia.
- Claro, papi! Nós nos amamos! É apenas uma questão de tempo, até ele deixar tudo acertado na empresa. – garanti.
- Espero que você esteja certo! Eu terei que ser mais enérgico com ele se te deixar na mão depois de tudo o que fez com você. – retrucou ele, pouco confiante das minhas palavras.
- Estou! Você implica com ele. Não quero que você se intrometa na nossa relação, sou adulto o suficiente para resolver meus problemas! – exclamei atrevido, mesmo meu pai estando com a pica completamente atolada no meu cuzinho.
- Implico porque não confio naquele sujeito! Ele deveria ter vindo falar comigo antes de tirar sua virgindade e desaparecer. – devolveu ele. E, só para me lembrar de que era ele quem estava no comando, deu-me duas ou três estocadas seguidas com tanta força que soltei um gritinho ao ter minha próstata comprimida contra o púbis. O que ele não contava, era que aquele gritinho viesse acompanhado de um contorcionismo do meu corpo debaixo do dele e, de uma travada de cu que agasalhou seu membro, fazendo-o gozar imediatamente. Ele deu-me um sorriso enquanto ejaculava, ciente de que não conseguia mais ser enérgico o suficiente para me dominar, pois para isso bastava me penetrar e foder meu cuzinho acalentador.
Ainda levou um ano para que o Gary voltasse. Houve imprevistos que o retiveram. E, ele depois de um tempo, deixou de dar desculpas que criava só para não me deixar aflito. Foi enfático e certeiro quando disse que eu teria que esperar por mais alguns meses. Falou com meu pai, uma vez que eu tinha lhe transmitido o descontentamento dele com aquela situação.
- Em que século seu pai está? Esse negócio de ficar pedindo a permissão para o sogrão é coisa do passado. Não gosto de ser pressionado! Você é meu e está acabado. – disse ele, quando me ligou.
- Está no século de todo pai que tem um filho ômega, descabaçado e marcado por um macho alfa que me deixa por mais de um ano à mercê de qualquer safado. Portanto, tenha paciência com ele, por favor. - argumentei
- Que história de ‘qualquer safado’ é essa? Tem alguém dando em cima de você? Não se atreva a abrir essas pernas para outro macho, entendeu? – esbravejou.
- Foi só nisso que você prestou atenção? Eu falei isso em sentido figurado, não tem ninguém dando em cima de mim. – tranquilizei-o, pois não seria prudente ele descobrir que o Derek e meu pai estavam tendo livre acesso ao meu rabinho.
- É bom mesmo! – rosnou. – Eu que te peço para ter paciência, amor. Juro que estou fazendo de tudo para voltar o mais brevemente para você, acredita em mim! – emendou, com aquele tom de voz persuasivo que todo macho alfa sabia usar quando queria alcançar seus objetivos.
Para me fazer uma surpresa, ou para me flagrar cometendo uma traição, o Gary não me avisou de sua vinda. Fiquei tão pasmo quando ele estava diante da porta de casa que mal consegui articular uma frase expressando minha felicidade, simplesmente pulei em seus braços e deixei-o devorar-me com seus beijos lascivos e saudosos. Nem ao menos sua ereção ele tentou disfarçar quando entrou em casa e deu de cara com meu irmão Chris e meu pai. Tive a impressão que ele a usou para deixar claras suas intenções para comigo, e nada melhor que o sogro possessivo testemunhar sua potencialidade. Meu pai rosnou, como há tempos não fazia para outro macho alfa, demonstrando seu descontentamento com aquela demonstração explícita e carnal. Não fosse eu voltar a me enroscar no Gary e beijar seu rosto, enquanto o acariciava, provavelmente os dois teriam se estranhado, tamanho era o sentimento de posse que tinham sobre mim. Eu não era o único homem homossexual ômega a passar por isso, nossa condição, o fato de não representarmos mais do 8% da população e, o imensurável desejo que os machos alfa sentiam por nós, costumava gerar disputas acirradas. Os séculos haviam passado, a civilização havia passado por grandes transformações, mas aquele instinto animalesco de dois machos disputando seu direito de copular ainda não havia desaparecido da face da terra.
- Vim buscá-lo, conforme prometi! Pegue suas coisas que vou levá-lo para a sua casa! – exclamou o Gary, com voz firme, quase autoritária, embora olhasse para mim com seus olhos ternos e doces.
- Não é assim, sem mais nem menos, que se resolvem as coisas. Você só vai se essa for a sua vontade, caso contrário, é essa a sua casa. – sentenciou meu pai, nada contente com aquele arranjo precipitado e aquela voz desafiadora.
- Eu sei, papi! Mas é o que mais quero nessa vida, vivê-la ao lado do Gary. Esperei tanto por esse dia, tente entender. – argumentei.
- O que está acontecendo aqui, que estão me deixando de fora? Ah, Gary, como vai querido? Não me disseram que você havia voltado! – disse minha mãe, ao se juntar a nós depois de ouvir as vozes vindo da sala.
- Não fique tão entusiasmada, Ethel! Ele veio para levar o Axel. Como se ele estivesse largado nesse mundo, sem família. – retrucou meu pai.
- Você não faz ideia do quanto nosso menininho aguardava por isso. Ultimamente só falava e contava os dias para o seu retorno. Nos enche de alegria saber que vocês vão construir suas vidas juntos. – afirmou minha mãe, ignorando a fisionomia carrancuda do marido. – Porém, acredito que devamos comemorar essa nova etapa de suas vidas, uma cerimônia e uma festa com as duas famílias e amigos seria maravilhoso, não acha? – emendou, com aquele seu jeitinho de contornar toda sorte de turrice que todos aqueles anos casada com meu pai lhe haviam ensinado.
- Podemos pensar nisso. Mas o Axel segue comigo hoje mesmo! – não seriam algumas palavras afetuosas, mesmo que sensatas, que demoveriam o Gary de suas intenções. Não quando isso significaria ceder diante de outro macho alfa.
- Claro, claro! É apenas uma sugestão na qual quero que se empenhem o mais brevemente possível. – retrucou minha mãe.
Antes do Gary partir para consolidar sua empresa, eu e ele fizemos uma reforma na casa que ele havia adquirido meses antes. Pela maneira descompromissada com que ele se envolveu na reforma, deixando praticamente todas as decisões e escolhas ao meu encargo, eu sabia que ele fazia isso para que eu me sentisse acolhido e dono daquele lugar. Embora eu houvesse cuidado da manutenção da casa e cruzado aquela porta centenas de vezes durante a sua estadia fora, ele me prendeu em seus braços, me beijou e me levou para dentro de casa em seu colo, sorrindo feito um garotinho que acaba de ganhar o troféu por ter vencido um campeonato. Após ter-me colocado no chão, deixando tudo o mais para trás, ele me levou até nosso quarto. Despiu-me tão afobadamente, entre beijos vorazes, que mal pude serenar sua tenacidade. Inclinou-me sobre a cama e tirou sua camiseta, expondo aquele tórax que me persuadiria a me render aos seus caprichos. Mergulhou a língua na minha boca como se quisesse me devorar por inteiro. Quanto mais eu me entregava, mais ele queria, não disfarçando a urgência que estava sentindo para me foder. Pondo-se em pé para terminar de se livrar de suas roupas, me encarava admirando meu corpo languido ao seu dispor, como se há meses não copulasse. Ele me sorria, lindo e encantador, com aquele corpão vigoroso completamente nu, a rola gigantesca dura, onde a cabeçorra arroxeada, exposta e úmida, se salientava seduzindo meu corpo desejoso. Eu tremia de tanto tesão, ante a eminência de ser penetrado por meu macho. Levei meus joelhos até quase os ombros, ao mesmo tempo em que abria minhas pernas, expondo meu cuzinho. Ele se ajoelhou aos pés da cama e foi mordiscando minhas coxas, percorrendo lentamente o caminho que o levou até meu reguinho. A primeira lambida no meu orifício anal me fez gemer de tanto tesão. Ele se divertia com o meu desejo incontrolável por sua pica e, simultaneamente, ficava cada vez mais excitado lambendo meu cuzinho úmido onde se concentrava o odor dos meus hormônios, assinalando o quão receptivo eu estava para ele. Com a mesma firmeza que seu olhar me encarou, ele meteu o caralhão na minha rosquinha, me fazendo ganir. Duas estocadas potentes terminaram de colocar toda a jeba no meu cu, a despeito dos meus gritinhos de dor.
- Ahn, ahn, ahn, Gary! – gani, enquanto ele enfiava seu falo intrépido em mim.
- Você é meu, Axel! É meu! – rosnou, para se certificar de que eu o estava entendendo, bem como, a tudo o mais que isso significava.
- Foi o que eu sempre quis, desde o dia em que você me desvirginou. – sussurrei, entre gemidos.
- Deixe isso bem claro para o seu pai e aquele seu irmão que pensam que não sou capaz de cuidar de você! Doravante não os quero te rondando toda vez que entrar no cio. Sou eu quem vai atenuar teus sintomas! – exclamou, quando começou a bombar meu rabo com todo furor que se acumulara em seus genitais.
- Eles estão apenas tentando me proteger, fizeram isso a vida toda. – devolvi, omitindo detalhes desse cuidado que no momento seriam inoportunos mencionar.
- Você não vai mentir para mim em nosso primeiro dia juntos, vai? – o questionamento me pegou de surpresa. No mesmo instante, tive a certeza de que o que diziam sobre machos alfa que morderam e marcaram ômegas estarem vinculados para sempre e sentirem, mesmo que distantes, o que se passava um com o outro, era pura verdade. Ele devia ter sentido que eu havia copulado com meu pai e com Derek.
- Não, claro que não! Eu nunca vou mentir para você, Gary! Eu te amo como nunca amei ninguém! Você é meu homem, sempre foi. – murmurei, o que ele entendeu ser uma confissão.
- Eu também te amo! Não quero que haja mentiras entre nós, omissões ou meias verdades. Tanto quanto eu confio em você, quero que confie em mim. Só haverá você em minha vida, agora que somos um único ser. – essas palavras também me soaram como uma confissão e, deduzi que muita daquela inquietação que eu senti durante a ausência dele, se devia a ele estar satisfazendo seus desejos carnais em outras fendas dadivosas.
Puxei seu tronco sobre mim e o beijei ávida e sedutoramente, enquanto cravava as pontas dos meus dedos em suas costas. Ele movia a pelve bombando meu cuzinho, estocando a verga gigantesca ora no cu, ora na cloaca. Os esfíncteres de ambos se contraíam involuntariamente prendendo aquele intruso enorme entre minha mucosa quente e acolhedora. O cacetão começou a inchar, o volume insuflado da cabeçorra me esfolava. Eu gania, ele soltava o ar entre os dentes cerrados e, um ou outro urro esporádico. O vaivém ritmado ia aumentando de intensidade. Com o tamanho descomunal de seu falo insaciado ele entrou no meu útero, devassando-o com seu furor animalesco. Eu gania feito uma cadelinha, despertando ainda mais o tesão dele. A cabeçorra engatada firmemente na minha cloaca puxava meu útero, me proporcionando um prazer indescritível que diluía a dor em meu baixo ventre. Gozei me lambuzando todo, inclusive os pentelhos da virilha do Gary. Aquilo o ensandeceu de vez. Seu corpo se retesou, ele urrou e começou a esporrar minhas entranhas. O creme espesso e quente escorria pela minha mucosa alojando-se tão profundamente nas minhas entranhas que durante as contrações eu podia sentir como estava encharcado de sua virilidade.
- Ai, Gary! – gemi. Naquele instante, algo me disse que aquela sensação inusitada que eu estava experimentando, era resultado da fecundação que aquele macho conseguira com aquele coito voluntarioso.   
Eu estava certo. Alguns meses depois, sintomas que eu nunca tinha tido antes, foram atribuídos pelo médico a uma gravidez em pleno desenvolvimento. Eu ainda estava com as pernas abertas e o médico examinando meu cuzinho com um espéculo distendendo minhas preguinhas, quando o olhar emocionado do Gary se inclinou sobre mim e sua boca se fundiu com a minha. O médico nos parabenizou, mas ele não prestava atenção nas palavras dele, apenas se concentrava nos meus beijos, nas minhas mãos acariciando seu rosto, nos peitinhos sobre os quais sua mão atrevida deslizava possessivamente.
- Te amo tanto, meu amor! – exclamou o Gary. Foi uma das poucas vezes em que ouvi sua voz embargada pela emoção.
- Em nenhum lugar eu estaria mais feliz do que ao seu lado! – sussurrei no ouvido dele.
Durante oito anos seguidos, eu pari três machos alfa e um macho ômega a cada dois anos. Pelo lado da família dele eram os primeiros netos, acolhidos com festa e entusiasmo. Pelo meu lado, embora não fossem os primeiros, pois minha irmã tinha tido um casal de betas, o acolhimento daqueles netos também foi muito bem recebido e comemorado. A cada parto, o Gary encarava meu pai com mais empolgação, ciente de que era ele quem estava formando e dominando sua própria matilha. Os três primeiros machinhos alfa precisaram ser retirados do meu útero por meio de cesáreas, pois eram grandes demais para passar pela minha cloaca; já o ômega, o último, me fez gritar quando me dilacerou todo ao escorregar para fora. Tão logo o puseram nas minhas tetas para mamar, o Gary o farejou minuciosa e demoradamente. Seu olhar encantado não escondia o que eu havia visto a vida toda no olhar do meu pai, uma possessão que não conhecia limites. Ali mesmo na maternidade, eu tive a certeza de que aquele meu caçula teria um destino que eu conhecia muito bem, pois seu futuro não seria diferente do meu.
Estava ali mais uma realidade que a grande hecatombe e os séculos não conseguiram mudar. Embora os genes do DNA dos antigos homens permanecessem quase intactos, o advento dos híbridos trouxe novos comportamentos para a sociedade. Aqueles poucos genes que determinavam as características de alfas e ômegas, em nada se diferenciava do dos lupinos e, a humanidade passou a conviver com o mesmo comportamento das matilhas, onde o status de cada indivíduo já vinha definido na sua origem, cabendo ao amor moldar o comportamento de cada um.

* Esta é uma obra de ficção, escrita dentro da livre criação de um universo imaginário de seres alfa, beta e ômega, não tendo nenhum compromisso com a realidade.



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Comentários


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miguelcontos Comentou em 02/06/2020

adoro universo ABO e seu conto foi muito mais que perfeito. gostaria muito que vc escrevesse mais contos nesse mundo ABO, pois é realmente muito excitante.

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mamadorcentrorj Comentou em 19/05/2020

Nossa, adorei!!! Me senti no o próprio Axel. Parabéns pelo conto 🥰

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lordricharlen Comentou em 19/05/2020

Gostei muito do tema interessante diferente.




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Ficha do conto

Foto Perfil kherr
kherr

Nome do conto:
Sobre homens e lobos

Codigo do conto:
156478

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
16/05/2020

Quant.de Votos:
10

Quant.de Fotos:
3