Aos poucos, o Guto e eu não mantínhamos mais aquela discrição inicial, mesmo porque aquela mania dele me encoxar todas as manhãs com o pau ainda duro, tinha virado rotina. Talvez pela liberalidade com a qual eu o deixava ser tão explícito, o Rodrigo começou, ainda que sutilmente, a fazer o mesmo, numa forma de receber um pouco de carinho para aquele tesão que assolava todas as manhãs. Não sei por que razão, a cozinha do apê parecia exercer a mesma atração sobre aqueles dois que um puteiro, pois era ali que geralmente costumavam me assediar. Quando o assédio ia além das encoxadas, das passadas de mão voluptuosas e, dos beijos roubados, a mesa virava meu cadafalso. Era ali que, como da primeira vez, me deitavam de costas enquanto um enfiava a rola na minha boca e o outro se valia do meu cuzinho, revezando-se nos meus orifícios. Eram momentos ímpares, únicos, de completo entrosamento que terminavam com todos satisfeitos e felizes, repetindo-se mais frequentemente do que minhas pregas suportavam. Daí o fato de eu estar quase sempre assado, com o cu sensível e, muitas vezes, repleto de porra daqueles dois safados. O Rodrigo ainda hesitava em adentrar ao meu quarto quando o desejo o impelia a transar comigo. Fui eu quem o procurou quando notei sua carência. Surpreso com a minha iniciativa, ele não deixou de demonstrar o quanto aquilo o agradou. Embora não tomasse nenhuma atitude, seu rosto não escondia o tesão que estava sentido por eu estar em sua toca. Tenho que confessar que tudo naquele quarto tinha sua personalidade, sua cara e, especialmente, seu cheiro. Não era recente o fascínio que o cheiro dele despertava em mim. Eu tinha entrado lá para deixar uns xerox que ele havia me pedido para tirar. Deixei-os sobre a escrivaninha enquanto ele teclava no computador. Apenas a minha proximidade foi suficiente para mexer com ele. Notei-o quando deslizei lentamente os dedos sobre o tampo da escrivaninha e eles sutilmente tocaram seu braço. Foi como se uma descarga elétrica o tivesse atingido, mas ele manteve a postura controlada, a que preço não sei dizer. Querendo prolongar aquela estadia por mais tempo possível, fiz algumas observações sobre objetos pessoais dele que estavam pelo quarto. Ele parou de teclar e seu olhar me acompanhou. Travesseiros fora do lugar e, duas camisetas que há pouco ele havia resgatado da lavanderia estavam sobre a cama. Ajeitei os travesseiros controlando a vontade de cheirá-los. Depois, fui dobrando as camisetas numa lentidão que apenas o meu desejo de segurar algo pertencente a ele podia explicar. Ele cruzou as pernas para que eu não visse a pica endurecendo, mexia-se, incomodado, girando a cadeira de um lado para o outro, numa inquietude perceptível. Foi exatamente a agitação que desviou meu olhar para ele. Sem nenhum controle, a pica acabou escapulindo pela abertura de uma das pernas, rápida e tarde demais para que ele conseguisse tomar uma atitude a fim de escondê-la. Eu comecei a rir. - Você bem que podia me ajudar fingindo que não notou. – disse ele, um pouco constrangido por ter sido flagrado. - Por que eu faria isso, se gosto de olhar para ele! – por isso ele não esperava. - Você deve me achar um adolescente bobo que não consegue segurar o tesão e as ereções, não é? - Eu sei que você não é um adolescente. Lembra que eu já te senti em mim? Posso te garantir que não há nada de adolescente em você, pelo contrário, há um homem que sabe nos levar às nuvens de uma maneira tão maravilhosa que é difícil se esquecer dele. – sentenciei. Foi a vez de ele sorrir. - Então não esqueça! Por via das dúvidas, isso pode te ajudar a refrescar a memória. – afirmou, levantando-se e caminhado até mim, enquanto baixava o cós do short o suficiente para que a benga saltasse para fora. Tomei-a delicadamente na mão, encarei-o erguendo o rosto em sua direção, e fechei suavemente meus lábios ao redor da chapeleta. Só ouvi um silvo do ar escapando entre seus dentes tomando conta do quarto. Sorvi a babinha que começou a fluir, ora lambendo-a, ora chupando-a. Ele não tirava os olhos de mim. Mantive a pica erguida com uma das mãos, enquanto ia mordiscando a parte inferior em direção ao sacão. Para se controlar, ele marchava sem tirar os pés do chão, e soltava o ar pela boca como se estivesse assoprando. - Esse teu jeito de abordar o caralho da gente é de matar! Judia, sabe? – rosnou. - Mas eu não quero judiar de você! Só quero fazer carícias. – pela quantidade de pré-gozo que minou do orifício uretral eu pude avaliar a intensidade do tesão dele. Não fosse eu ainda estar vestido, ele teria podido sentir a intensidade do meu, pois meu cuzinho piscava alucinadamente. - Estou inteiro ao seu dispor! – exclamou. Os culhões dele me deixavam maluco, eram grandes, bem destacados dentro sacão, pesados ao toque e, mereciam ser lambidos e beijados com ternura. Apesar dos densos pentelhos, abocanhei um deles para chupá-lo, o que o fez agarrar meus cabelos e afundar meu rosto em sua virilha. Meu rosto estava todo lambuzado do pré-gozo dele quando voltei a chupar a chapeleta em movimentos circulares insistentes, apertando meus lábios contra ela. Levou um tempo até ele sacar o que eu estava querendo com aquele empenho todo. - Quer experimentar a minha porra? – conseguiu balbuciar, excitado com a ideia. Bastou eu piscar os olhos para que ele abrisse mais o sorriso. Mantive a boca ativa trabalhando naquela pica até consumir todas as forças daquele macho. Seus dedos enfiados nos meus cabelos se fechavam guiando minha cabeça toda vez que ele sentia a iminência do gozo. Na terceira vez que foi tomado desse desejo rendeu-se ao prazer. Aos borbotões, fui engolindo aquele sumo viril, tão quente e saboroso como o próprio Rodrigo. Ele o despejava na minha boca aos urros, festejando aquele momento sublime. - Gostou? – questionou, quando terminei de lamber seu pau. - Muito! – balbuciei encantado. - Você diz isso a todos? – levei um choque quando ouvi a pergunta. - Como assim? – questionei estupefato. - Me pareceu que você se diverte provando porra, como se fosse um suco, um drinque, algo que nunca provou antes. – respondeu ele. - Sinceramente, não estou entendendo o objetivo do seu questionamento. – revidei. - Esquece! Não vamos estragar esse momento que foi tão mágico. – retrucou ele. - Foi mágico sim, e muito especial para mim, porém, começo a duvidar que tenha sido para você. – devolvi. - Não! Foi também, foi sim. – não senti nem firmeza nem sinceridade naquelas palavras. – Não vamos perder tempo com semântica. – emendou, enfiando a mão dentro da perna do meu short, intencionado de alojar aquele caralho insaciado no meu cuzinho. - Talvez outro dia, no qual você acredite na sinceridade do que digo! – exclamei, antes de deixar o quarto. Ainda deu para ouvir do corredor o soco que ele desferiu sobre o colchão. Num piscar de olhos começamos a enxergar o fim do ano de se aproximando. De tão envolvido com a quantidade de matéria que tinha para estudar, só percebi que o Rodrigo estava frequentemente circulando com uma garota do curso de economia e administração, quando alertado por um colega de turma fazendo um comentário sobre o tamanho dos seios da garota. Em casa, o Guto me confirmou que estavam ficando, talvez um pouco mais do que isso, acrescentou com seu risinho malévolo. Desde o início de outubro é que eu notei que ele havia deixado de participar das nossas surubas. De início, atribuí sua ausência às demandas da faculdade, pois ele havia assinalado que talvez não conseguisse pontuar o suficiente para passar na disciplina de bioquímica. Somente depois, conjecturei que fosse relacionado àquela interrupção abrupta e não concluída ocorrida entre nós dois em seu quarto. - Estranho o Rodrigo começar a se interessar por aquela garota perto do final do ano letivo. – comentei com o Guto à caminho da faculdade. - Não sei o que ele viu nela. Sempre tive a impressão de que ele se interessasse por outro tipo de garota. – respondeu meu primo. - Que tipo? - Sei lá! Mais reservada, mais tímida, mais recatada. – enumerou ele. - Por que você acha isso? - Não sei disser. Pelo jeitão dele, quem sabe? - Para mim parece que ele é bem chegado numa sacanagem. - Com certeza! Mas, me parece que ele curte uma sacanagem só quando ela acontece só entre ele e mais alguém, ou bem restrita, tipo o que rola entre a gente. – ponderou meu primo. - O que te leva a pensar assim? Ele é bem desbocado e curte quando as garotas dão em cima dele, até aquele garotão da secretaria se derrete com as piscadas que ele dá para ele. – firmei. - É pura azaração! Ele sabe que é cobiçado, então aproveita para fazer uma onda. – devolveu o Guto. - Esse é o mal dele! De tanto tirar uma com a cara dos outros, não consegue ver quando alguém está falando sério com ele. – retruquei. - Hummm! Está me parecendo que aí tem. Vocês andaram se estranhando? – questionou. - Tem nada! Esquece. Não vou ficar perdendo meu precioso tempo tentando entender aquele maluco. – respondi, enciumado. O risinho debochado do Guto foi a gota d’água que faltava para entornar a minha paciência por aquele dia. A última semana de novembro estava reservada para os alunos que tinham ficado de recuperação, como nem o Guto nem eu estávamos entre eles, nos vimos livres para iniciar as férias de fim de ano. No entanto, o Rodrigo não teve a mesma sorte, precisou ficar para realizar mais uma prova, a de bioquímica médica. Era a segunda disciplina que estava arriscado a não obter o conceito suficiente para aprovação. Devido a isso, ele precisava ficar por mais uma semana fazendo a recuperação. - Quer que eu te ajude a estudar? Podemos nos concentrar sobre o conteúdo e, com certeza você vai tirar de letra. – ofereci-me ao Rodrigo. - Não é preciso, obrigado! O Guto está louco para voltar para São Paulo e, como vocês estão com o carro dele é melhor você aproveitar a carona. – respondeu. - Isso não é problema, posso pegar um ônibus depois. É mais importante que você obtenha a nota para passar na disciplina. – retruquei. - Te agradeço, mas já combinei de estudar com o Fernando que também precisa fazer a recuperação. - O Fernando? Você bem sabe que ele não está nem aí. Ele vai mal num montão de disciplinas. Creio que ele nem vai terminar o curso, desistirá no meio do caminho. – argumentei. - De qualquer forma, agradeço sua oferta, mas vou dar conta disso sozinho. – persistiu - Ok! Você é quem sabe. Talvez um dia eu consiga entender porque você ficou tão reticente comigo de uma hora para outra. Te desejo sorte nas provas! Vou te ligar no Natal para desejar boas festas. – devolvi magoado - Ok! Valeu! Boas férias! – aquela resposta lacônica me feriu mais do que um punhal cravado no peito. Eu estava apaixonado por ele, mas não tinha coragem de confessar. Ele provavelmente nunca pensou em mim nesses termos, era heterossexual e jamais conjecturou se relacionar comigo. Se eu me abrisse com ele, provavelmente perderia até aquela minguada atenção que ainda restava entre nós. E, eu preferia isso, suas raras participações nas surubas com o Guto, do que nada. A caminho de São Paulo meu primo e eu conversamos não apenas sobre a situação do Rodrigo, mas também sobre a nossa própria. - Eu gostaria que você não mencionasse nada com seus pais sobre o que rolou entre a gente. Sabe como é, vão encher a cabeça de caraminholas e, talvez, até resolvam que não podemos mais morar juntos no ano que vem. – pedi. - Claro! Você tem razão. Vão surtar se souberem que estamos transando. Eu quero aproveitar para esclarecermos mais uma coisa em relação a isso. Eu adoro quando você me chupa, quando a gente transa é maravilhoso, porém, é só isso. Você me disse que me chupou da primeira vez porque teve vontade e queria saber como é, certo? Bom, eu curti muito. Contudo, não devemos criar expectativas em relação a isso, entende? - Sim, entendo! A gente transa porque é legal, porque nos sentimos bem com isso. Eu jamais pensei em te cobrar mais do que isso. – respondi. - Ótimo! É bom que deixemos tudo bem definido, para não nos magoarmos depois. Durante esse ano eu aprendi a te conhecer melhor, nós tivemos poucas oportunidades antes de virmos morar em Ribeirão. Viramos meio que irmãos, irmãos que cometem incesto vamos ser sinceros. – ele ria com a própria constatação. - Eu também curti muito te conhecer a fundo! – devolvi, retribuindo a mesma risada libidinosa. - Se a gente conhecer outra pessoa e se envolver com ela, nossa brincadeira acaba e, cada um segue seu rumo, sem arrependimentos, remorsos ou mágoas, valeu? - Claro! Concordo plenamente. - Mas, voltando as aulas ano que vem, vou continuar estudando anatomia interna nesse cuzinho delicioso, valeu? – concluiu, levando minha mão diretamente para sua pica. - Presta atenção na estrada, maluco! Não quero morrer antes de aproveitar as férias. – recriminei-o. - Uma última chupadinha, vai. Só para me deixar na saudade. Estou transbordando de tanto leitinho. Deve estar cremoso do jeito que você gosta. - Enquanto você estiver dirigindo, nem pensar! Vou me decidir se na próxima parada resolvo seu problema! – afirmei. Ele já estava com o pau duro. No final daquela semana liguei para o Rodrigo querendo saber como tinha se saído na prova, mas ele não atendeu a ligação nem me devolveu a mensagem do Whatsapp. Tornei a ligar na tarde da véspera de Natal, ele atendeu e nos falamos brevemente, pois disse que estava em trânsito com a família para a casa de parentes onde passariam o Natal. Foi aí que soube que não tinha conseguido a nota para passar. - Vem passar umas semanas na praia comigo? Minha família costuma passar o verão na praia, você podia vir e depois a gente volta juntos para Ribeirão, o que acha? - Quem sabe. O final de ano também é meio agitado por aqui, mas eu te ligo qualquer coisa, ok? Valeu! Bom Natal e boas férias! – eu sabia que não precisava esperar por ligação alguma, pois ela jamais ia acontecer. Assim como sabia, que aquelas seriam as mais tristes férias da minha vida. Eu ia passar dias remoendo aquele amor não correspondido, me perguntando por que me apaixonei por um cara como ele, que se sentiria ofendido se soubesse da verdade e, que só tinha metido seu cacetão em mim para se divertir um pouco. À semelhança do ano anterior, o Rodrigo só voltou para Ribeirão depois de iniciada a primeira semana de aulas no início de fevereiro. Eu havia pedido para o Guto ligar para ele, receando que não atenderia minha ligação, para perguntar pelo motivo do atraso. Mas não obtivemos resposta. Ele apareceu no primeiro sábado após nosso regresso, já no final da tarde. Não conversou nem por meia hora conosco para atualizarmos o papo e foi para o quarto. O Guto e eu ficamos desconcertados quando ele, depois de aproximadamente uma hora, reapareceu com todos os seus pertencentes arrumados em mochilas. - Encontrei outro lugar para morar e estou de partida! Valeu pela força que me deram quando cheguei aqui ano passado e, pelos momentos legais que tivemos. – suas palavras pareciam ter sido ensaiadas para que nenhuma emoção transparecesse na hora de pronunciá-las. - Como assim, cara? – reagiu o Guto, surpreendido pela notícia. - Você não pode nos deixar! – exclamei, tentando segurar o nó que se formara na minha garganta. - Foi legal, mas está na hora de eu partir para novos rumos. Sempre vou ser muito grato pelo que fizeram por mim. Depois, não é nenhum adeus definitivo, a gente vai se ver todos os dias na faculdade. – disse ele. - Não é a mesma coisa! Como é que vamos ficar sem você aqui dentro todos os dias, convivendo conosco? – questionei. - Vocês dois nem vão sentir a minha falta! O Guto vai te manter ocupado depois das aulas e, quando não estiver envolvido com os estudos. – afirmou, num risinho sacana, ao mesmo tempo em dava uma piscada para meu primo. - Poupe-me dessas ironias nesse momento! Estou falando sério, deixe dessa besteira de se mudar. Não vejo nenhum motivo para você fazer isso e, se houver algum, conta para a gente. Vamos resolver isso juntos. – implorei. - Também estou falando sério, você é que ainda não percebeu! Assim como você acha que não tenho motivos para me mudar, eu também não consigo uma razão para ficar. – devolveu ele, fechando a cara. - De qualquer forma, valeu cara! A gente curtiu muito ter você conosco. E, nem preciso dizer, se mudar de ideia, teu quarto vai estar aí te esperando a hora que quiser. – afirmou o Guto, ciente de que a decisão do Rodrigo era irrevogável. Eu poderia ter dado uma razão para ele ficar, confessar que estava apaixonado por ele. Porém, não o faria diante do meu primo correndo o risco da rejeição dele ser ainda maior, por talvez ver sua masculinidade questionada com essa confissão. Eu devo ser um masoquista, pois desci com ele até a garagem, ajudando-o com a bagagem e, prolongando aquela despedida com a qual estava inconformado. Antes de ele entrar no carro, fiquei parado diante dele, não sabíamos bem se devíamos nos abraçar ou se era melhor apenas dizer tchau. Não contive as lágrimas, apenas fiquei olhando para ele sem dizer nada. Por um segundo, achei que elas tinham colocado em xeque toda sua determinação, fazendo-o vacilar se entrava mesmo no carro e dava a partida, ou se voltava para cima comigo. No entanto, ele preferiu entrar no carro e me dar um ‘tchau’ apático. Caí no choro quando a porta da garagem se fechou depois de ele sair. Quando cheguei ao apê, derrotado, confuso e com o coração estraçalhado, meu primo me esperava com a porta aberta. - Você está amarradão no Rodrigo, não é? – perguntou, vindo me abraçar. - Aquela besta nunca percebeu que eu o amo! – respondi. - Por que não disse isso a ele? - Por que ele vai me odiar se souber. Um viado confessando que está a fim dele. Pondo em dúvida sua masculinidade com uma revelação dessas. Fazendo com que fique exposto à gozação das pessoas. – respondi. - Talvez ele não se importe com isso. Você nunca vai saber se não abrir o jogo. – ponderou - Vamos esquecer esse assunto! Vamos continuar levando nossas vidas e tocar o barco para a frente. Vai ser melhor para todos! – afirmei - Você é quem sabe! Deixar questões dessa importância mal resolvidas só traz sofrimento. Foi o que senti na pele tomando a atitude que tomei. À exceção das aulas que assistíamos juntos, eu mal via o Rodrigo no campus. Trocávamos um ‘oi’ despretensioso e era só. A garota peituda do ano anterior tinha sido substituída por uma caloura na qual ele havia dado o trote. Onde ele estava morando continuava a ser um mistério. Essa nova situação também mexeu com a minha relação com meu primo. Embora ele continuasse a me encoxar todas as manhãs, eu já não sentia meu tesão sendo despertado quando sua rola era impulsionada no meu rego. Também não dormíamos mais juntos depois das transas que se tornaram eventos raros. Ele se mostrava insatisfeito quando eu apenas concordava com um boquete para aliviar sua tara. Meu primo continuava sedutor e delicioso como sempre, mas nem o sabor de seu esperma, nem sua rola vasculhando os mais íntimos recônditos do meu cuzinho me devolviam a alegria de estar com um macho. A razão era uma só, não era o macho pelo qual eu estava apaixonado, não era o macho que apenas com um sorriso podia acender uma fogueira no meu peito, não era o macho que só com seu cheiro me fazia flutuar nas nuvens. Eu passei a carregar uma dor que logo foi percebida pelos amigos, que me questionavam sem nunca obterem uma resposta satisfatória. Enfiei a cara nos livros como válvula de escape, funcionava por algumas horas, mas não tirava aquela dor do meu peito quando, deitado sozinho na cama, varava as madrugadas sem conseguir dormir. A situação chegou a tal ponto que, do nada, eu tinha crises de choro e meu rendimento na faculdade seguia uma curva descendente. Aquilo não podia continuar. Sem conseguir obter o novo endereço do Rodrigo com ninguém, nem com a caloura, resolvi segui-lo após as aulas de uma sexta-feira chuvosa. A chuva torrencial e a escuridão que tomou conta do céu no meio da tarde seriam um bom escudo para ele não notar que estava sendo seguido. À espera dos semáforos abrirem, eu meditava sobre a loucura do que estava fazendo, ponderando ao que tudo aquilo havia me levado prestando-me a uma atitude como aquela. Ele entrou com o carro numa garagem de uma casa térrea na Rua Avanhandava no bairro Ipiranga. Eu estacionei alguns metros antes considerando se seria prudente ir ter com ele. A possibilidade de ficar furioso comigo por tê-lo seguido é o que me mantinha dentro do carro enquanto a chuva não parava de cair sobre o para-brisas. Foda-se o que ele vai pensar ou fazer comigo, pensei com meus botões, e saí na chuva apertando o botão da campainha da casa, enquanto minhas roupas brancas se encharcavam, aderindo ao meu corpo cada vez mais transparentes. Um senhor de mais ou menos sessenta anos enfiou a cara pelo janelão da fachada, me examinando com olhar suspeito. - O que é? - O Rodrigo, por favor. - Quem quer falar com ele? - Um colega da faculdade! – exclamei, embora fosse óbvio pelas minhas roupas. Ele veio destrancar o portão com a camisa aberta quase até a cintura e tufos de pelos grisalhos forrando o peito e uma barriga saliente. Indicou-me o corredor lateral que ia dar numa edícula no fundo do terreno e, seu olhar acompanhou minha cueca cavada completamente encharcada desenhada sobre a pele das nádegas que apareciam na transparência da calça. De tão certo que aquele olhar me despia, virei-me para trás com um sorriso tentando ser cordial. O homem tirou apressadamente a mão pelo cós da bermuda que trajava, onde estivera acomodando a pica numa posição mais confortável, uma vez que ela resolvera ressuscitar com aquela visão sensual. - Oi! – balbuciei inseguro. - O que faz aqui? Como chegou até aqui? – questionou ele, dirigindo um olhar carrancudo para o homem que continuava a nos observar. - Podemos conversar? - Sobre o quê? Se for para insistir que eu volte a morar com vocês, desista! Estou muito bem alojado aqui. – afirmou. - Não é o que está me parecendo. É uma edícula pequena, desconfortável e escura. Você nem tem onde preparar um simples café da manhã, e eu sei que é uma das refeições que você mais curte. Sem falar nesse senhorio bisbilhoteiro. Acha mesmo que está melhor aqui do que conosco? – questionei, ante o local deplorável. - Não faço as refeições aqui, saio para comer fora. Você veio aqui para esculhambar com o lugar onde moro? Qual é a sua? Acho que tenho o direito de fazer as minhas escolhas! – devolveu ele, zangado. - Não, claro que não é esse o motivo de eu estar aqui. Só estou perplexo diante do que vejo. Você tem condições de morar num lugar muito melhor do que este. Conosco você estava muito melhor instalado, por que saiu de lá? - Eu já te expliquei que tive minhas razões! Respeite-as! – retrucou exasperado. - Que razões? Dê ao menos uma que seja convincente! Não posso acreditar que você tenha saído do apê e vindo morar nessa espelunca por vontade própria. - Não lhe devo satisfações sobre a minha vida, será que não dá para entender? - Por que está me tratando dessa maneira? O que foi que te fiz? Por que não respondeu minhas ligações durante as férias e, por que não foi passá-las comigo na praia como te pedi? – emendei a enxurrada de perguntas tentando compreender o que estava se passando com ele. - Terminou o interrogatório? Fiquei de me encontrar com a minha namorada e já estou meio atrasado. – devolveu ele. - Que namorada? Essa garota não tem nada a ver com você! Assim como a anterior também não tinha. Elas só podem estar dando para você por conta do tesão de macho que você é e, por causa desse pintão, ou vai querer me convencer do contrário? - E isso, por acaso, é problema seu? - É, é claro que é! Eu estou apaixonado por você até a raiz dos meus cabelos, sua besta, será que você não consegue perceber isso? – lá estava eu começando a sentir um nó se formando na minha garganta, enquanto meus punhos se fechavam e minha raiva quase me levava a socar aquele tronco musculoso que estava diante de mim. Nem o olhar embasbacado dele eu deixei de notar por de trás da umidade dos meus olhos. - Você o quê? - Não me faça repetir o que você está cansado de saber! - O que eu sei e, o que eu vi durante todo o ano passado, foi você e seu primo mais íntimos e cúmplices do que muito casal que existe por aí. O que eu sei é que vocês se completam na cama, onde você o acolhe toda vez que ele precisa. O que eu sei é que não existe mais espaço nessa relação de vocês para mais ninguém. O que eu sei é que passei um ano morrendo de ciúmes toda vez que você colocava a pica dele na boca, ou que ele te fodia como dono absoluto da sua bunda. Isso estava me fazendo mal, porque não tinha espaço para eu te dizer o que sinto por você. – desabafou, enumerando exaltadamente cada um dos seus motivos. Agora era eu quem deveria estar com uma cara abobalhada, mal acreditando no que estava ouvindo. - E foi procurando consolo entre peitos e bucetas que você encontrou uma maneira de resolver a questão? Você faz ideia de como eu me senti quando te vi aos amassos com aquela peituda dentro do seu carro no estacionamento? Meu mundo desabou! Vi morrer ali a chance de te conquistar. Como, um garanhão feito você, ia receber a notícia de que um gay estava sucumbindo aos teus atributos, ofendendo-se ou até me batendo por eu ter tido a ousadia de falar uma coisa dessas? A única coisa que eu podia fazer era esperar ansiosamente que você participasse da suruba com meu primo com o qual, diga-se de passagem, nunca tive nada que fosse além da curiosidade de transar com outro homem sem cair na boca do povo, e me contentar com aquele pouco de felicidade que eu sentia quando você estava dentro de mim. Eu estava disposto a tudo para não te perder, para não melindrá-lo pondo em xeque sua masculinidade, para poder estar ao seu lado mesmo que fosse durante os breves momentos que partilhamos naquele apê. – confessei. - Estou pasmo, nem sei o que dizer! - Até vista grossa eu fiz quando você me acusou de dizer a todo macho que eu chupava, que seu esperma era muito gostoso, quando o do Guto e o seu foram os únicos pintos que coloquei na boca. Eu te entreguei a minha virgindade naquele dia em cima da mesa da cozinha, quando senti a mais sublime e maravilhosa sensação da minha vida. – revelei. De tão exaltado eu não parava de falar, despejando todos os meus argumentos por cima dele. Ia iniciar mais uma leva de protestos quando ele me puxou com força contra o peito e colou sua boca na minha, enfiando vorazmente a língua dentro dela e exigindo toda a minha atenção. As mãos espalmadas sobre o peito do Rodrigo queriam afastá-lo com um empurrão, mas minhas forças não tinham nem a determinação, nem a força para superar a dele. Como resultado, ele apalpou minha bunda através da calça molhada, apertando-a em suas mãos desmedidamente. Eu estava com frio com aquelas roupas encharcadas grudadas ao corpo e, o único calor alentador vinha do corpão dele enroscado em mim. Se um dia me senti confuso, foi naquele momento. Aquela boca sugando e devassando a minha seria mesmo fruto do amor que ele acabara de confessar que sentia por mim, ou mais um daqueles seus tesões de macho que não conseguia se controlar frente ao corpo que tinha nas mãos? - Amo você desde aquela primeira vez que meti minha rola nesse rabão! – gemeu ele, junto à minha orelha. Estava dada a resposta da qual eu tanto precisava. - E eu descobri que te amava no dia em o seu sorriso passou a ser o sol que iluminava meus dias. – devolvi, retribuindo o beijo que não queria terminar. Ele enfiou a mão na minha camisa, deu um puxão que fez os botões voarem pelo ar, arrancou-a do meu torso e abocanhou um dos meus peitinhos. Ambos se enrijeceram, os bicos dos mamilos saltaram, a língua dele os lambeu demoradamente, depois a boca chupou um deles me fazendo perder a noção do tempo e, por fim, seus dentes o morderam como se ele fosse arrancar minha carne. - Vou te foder como nunca te fodi! Você nunca mais vai duvidar do que sinto por você, seu putinho gostoso do caralho! Vou te mostrar quem é o seu macho! – grunhiu, enquanto arrancava minha roupa e me lançava sobre o encosto do sofá. Com a calça embolada nos pés eu mal conseguia abrir as pernas. A rola que ele tirou da calça já estava dura, enorme e predadora como eu a conhecia. Ele a meteu no meu rego até sentir onde estava aquele buraquinho quente rodeado de pregas rosadas e, enfiou-a com força dentro dele. Eu gritei. - Quieto! Ou quer que o velho sacana que estava te secando venha ver o que estou fazendo com você? – rugiu na minha nuca. - Ai Rodrigo! – tornei a gemer. - Ai Rafa! Vou te fazer repetir que me ama até você não aguentar mais! Foi tudo o que sempre quis ouvir saindo desses teus lábios suculentos. – murmurou ele, enquanto bombava meu cuzinho feito um touro reprodutor. Eu já havia gozado a algum tempo enquanto ele ainda continuava estocando meu cu sem brida ou nada que o sofreasse; comecei mesmo a repetir que o amava à medida em que minha mucosa anal esfolada começava a arder dolorosamente me fazendo ter a certeza de que ele seria meu macho para todo o sempre. Eu estava tão mal posicionado pendurado sobre o encosto daquele sofá que, vira e mexe, na ânsia de me foder, o cacetão escapava do meu cu. Ao perder a paciência com aquilo, ele me tomou nos braços e me levou até a cama, onde apressadamente terminei de me livrar das roupas e dos sapatos. Agora nada o impediu de abrir aquelas coxas musculosas e lisinhas, de contemplar o cuzinho lanhado, inchado e vermelho como a vagina de uma macaca no cio; onde, sem perder um segundo, ele voltou a meter o caralhão, mesmo sabendo que um novo grito ecoaria enchendo o ar daquela edícula de suspeitas pecaminosas. Bastou ele atolá-lo em mim, sentindo os culhões se comprimindo no meu rego, algumas estocadas que extraíram gemidos da minha boca tentadora e, a ponta dos meus dedos afundarem em suas costas para que o gozo viesse tão violento quanto a erupção de um vulcão, aliviando-o de todo peso, culpa e hesitação que havia acumulado todos esses meses. A noite caiu, nós continuávamos trocando carícias, fazendo confissões, desatando meses de angústia, questionamentos e incertezas. Fomos juntos à ducha, eu sangrava ligeiramente, ele sorria externando o prazer que aquilo lhe provocava. - Amo quando vejo essa fragilidade me você! – ronronou, antes de me beijar. - E eu te amo toda vez que tua virilidade continua aqui dentro, me dando a certeza desse amor. – sussurrei. Voltamos ao quarto, parecia que se deixássemos de nos abraçar, aquele encanto poderia findar e nos levar a concluir que tudo tinha sido apenas um sonho. Chupei-o para que o tesão voltasse aos nossos corpos revelando que tudo era real, que éramos um par de agora em diante. Ele gozou na minha boca sabendo o quanto eu gostava de seu néctar másculo. Sorvi e lambi até a última gota se seu sêmen, encarando aquele par de olhos que demonstravam o quanto eu significava para aquele homem. - Você não estava indo se encontrar com a sua namorada? – provoquei, enquanto brincava com sua rola entre os meus dedos. - Quer que eu te mostre mais uma vez quem é minha namorada? – devolveu ele, com uma expressão ameaçadora no rosto. - Vou fingir que sou eu! – respondi. - Só fingir? - Você entendeu o que eu quis dizer. Não quero jamais venham duvidar da sua masculinidade, ou colocar você numa situação constrangedora. Prometo que vou continuar tão discreto quanto sempre fui, mesmo que esteja morrendo de tesão por você. – asseverei. - Escuta aqui! Eu quero que se fodam aqueles que não conseguem compreender o nosso amor. Da minha masculinidade sei eu! Não vou deixar de expressar o que sinto por você apenas porque algum recalcado preconceituoso não sabe conviver com as diferenças. E, se você, algum dia, ficar constrangido com algum dos meus carinhos diante de outras pessoas, juro que te dou uma surra de pica que você nunca mais vai esquecer. – sentenciou, exigindo que eu o encarasse, ao tomar meu rosto em suas mãos e fixar seu olhar persuasivo nele. - Eu já te disse o quanto te amo? – perguntei, para quebrar a tensão. - Até disse, mas não custa repetir. – respondeu, abrindo aquele sorriso lindo. Meu primo estava aflito quando chegamos ao apê na manhã seguinte. Correu em direção à porta assim que notou quando enfiei a chave na fechadura. - Caralho! Por onde você andou .... – ele parou assim que viu o Rodrigo tirando as bagagens do elevador. – Custava vocês me avisarem que estavam fodendo? Puta merda! Liguei para Deus e o mundo atrás de você, Rafa! E agora você me aparece com essa cara de quem levou pica a noite toda, trazendo esse viado de volta para casa! – emendou, caminhando até o Rodrigo e abraçando-o com a cumplicidade de velhos amigos. - Vê como fala, seu boca suja! Eu estava empenhado numa missão hercúlea para convencer esse traste a voltar para casa. – respondi. Ambos se entreolharam e riram. - Hercúlea? Estou sabendo! Basta você empinar a bundinha na direção desse tarado do caralho para ele ficar de quatro aos teus pés! – sentenciou. - Cala essa boca suja, Guto! Que coisa! – protestei. - Estou errado, mano? Fala o que você fez com esse enrustidinho a noite toda! Nega que meteu essa trolha no rabinho gostoso dele, nega! – o Rodrigo apenas riu, concordando com aquele depravado. - Nojento! Pois pode ficar sabendo que não tem mais boquete nessa pica e, muito menos cuzinho para você vir chorando as pitangas, acabou! – devolvi zangado. - Uau! Quer dizer que agora a exclusividade é dele! Se você soubesse como esse cara ficou depois que você se mudou. Parecia um zumbi pelos cantos da casa. – revelou meu primo, enquanto o Rodrigo se divertia com a informação. – Mano, você precisa ver isso, chega mais! – emendou, levado o Rodrigo para o meu quarto, abrindo a gaveta da minha mesa de estudos e apontando para seu conteúdo. Eu os havia seguido, mas já deduzindo que eu o impediria de revelar meu segredo, ele bloqueava minha passagem com os braços. - Reconhece? – perguntou o Guto, enquanto o Rodrigo tirava uma de suas cuecas de dentro da gaveta. - Você me paga, Guto! – exclamei, quando vi o sorriso do Rodrigo se abrindo. - Ele passou horas com tua cueca nas mãos, aposto que choramingando, depois que você deixou o apê. Por aí você calcula como ele ficou com a sua partida! – revelou meu primo. - Vem cá, seu bobinho! Juro que você nunca mais vai precisar se consolar numa das minhas cuecas, vou estar sempre aqui, te abraçando e cuidando de você. – afirmou o Rodrigo, tomando-me em seus braços e me beijando. - Eca! Que isso aqui está meloso demais para o meu gosto! – exclamou meu primo, saindo do quarto. O Guto arrumou uma namorada alguns meses depois, mais para ter onde enfiar a rola do que por gostar verdadeiramente dela. O Rodrigo e eu, mantendo a discrição, não escondemos nosso relacionamento dos amigos mais chegados e, nos surpreendemos com a acolhida deles, desmistificando um monstro que nós mesmos havíamos criado. A cada período de férias íamos para a casa de um de nós, assim permitindo que nossas famílias nos conhecessem sem, contudo, sem abrir o jogo. Isso só fizemos às vésperas da formatura, depois de concluído o sexto ano da faculdade. Nenhum dos nossos pais digeriu a novidade. Não fizeram nenhum escândalo, mas deu para perceber que teríamos muito trabalho pela frente para que aceitassem nossa vontade. Após a formatura, viemos para São Paulo para fazer a residência médica, outro período exaustivo e que consumiu muito do tempo que desejávamos ficar juntos. Nesse período, o Guto se casou com uma médica solteira que tinha conhecido durante o estágio do último ano da faculdade. Quando o Rodrigo e eu anunciamos que estávamos nos mudando para Rondonópolis para montar uma clínica, a coisa ficou um pouco tensa com nossos pais. Aquilo significava que nosso relacionamento não era uma aventura da juventude, um arroubo carnal, mas algo muito mais sério e duradouro. Ficou evidente que tinham feito outros planos para os nossos futuros e, que esse jamais tinha feito parte desses planos. A aceitação veio com os anos, quando nossas carreiras deslancharam e, aquela união permanecia inabalada. - Quero fazer amor com você esta noite, aqui na praia. – disse o Rodrigo, quando havíamos ido passar o verão com meus pais. - Ficou maluco? Quer ir parar na cadeia por atentado ao pudor? Que ideia doida! Imagina o delegado nos interrogando e descobrindo nossas identidades, dois médicos fodendo na calada da noite em plena praia. Dá até manchete de jornal! – retruquei. - Sempre sonhei com isso! Você vai ter coragem de me negar um sonho antigo? – questionou. - Nem vem com esse papinho mole. – respondi, quando a mão dele alisava a minha coxa. No entanto, a proposta não saiu da minha cabeça pelo restante do dia. Quando o Rodrigo sugeriu que fossemos dar uma volta para tomar um sorvete na noite quente daquele verão de janeiro, eu bem sabia como aquilo ia terminar. Passava de uma hora da madrugada, uma lua cheia se derramava sobre a escuridão do oceano. Apenas o reflexo da lua que pintava de prateado a espuma das ondas que quebravam próximos à areia delineava o contorno entre o que era mar e o que era terra firme. Era sobre a areia molhada que caminhávamos de mãos dadas, afundando nossos pés na água das ondas que vinham lamber a areia. Em terra, as luzes das casas iam se apagando lentamente, à medida em que os veranistas iam se recolhendo. Paramos próximos, um frente ao outro, no final da pequena baía, junto às pedras que as dividiam de outra praia. Nossos troncos se tocaram quando aconteceu o beijo apaixonado, longo, sem pressa, carregado de paixão. Um despiu o outro, também lentamente, para que pudéssemos admirar a beleza dos nossos corpos. De mãos dadas, caminhamos mar adentro, nus como viemos ao mundo. Paramos pouco antes da água cobrir nossas bundas. O beijo trocado agora tinha mais do que paixão, tinha o tesão aflorado à pele. Mesmo na escuridão, eu pude ver o caralhão excitado do Rodrigo flutuando na superfície da água, virei-me e encaixei minha bunda em sua virilha. Ele a comprimiu com força fazendo com que a rola se encaixasse no meu rego apertado. Enquanto eu virei meu rosto em sua direção para beijá-lo, ele acariciava meus mamilos, apertando os biquinhos em seus dedos. O cacetão foi me penetrando lenta, progressiva e firmemente, até eu sentir seus testículos se alojando no meu rego. Gemi e aspirei a brisa salgada que roçou nossos corpos unidos. Enquanto bombava meu cuzinho numa cadência crescente, o Rodrigo lambia e mordiscava minha nuca. Eu me segurava em seus braços, empinava a bunda para trás e deixava ele me foder. Meu pau despejou meu gozo na superfície da água, onde os grumos esbranquiçados flutuaram até que uma onda os levou. - Amo você Rodrigo! – gemi enquanto gozava. Ele me estocou mais algumas vezes, tão brutalmente que precisei ganir, antes que sua pelve se retesasse prenunciando o gozo. O primeiro jato veio junto com a última estocada e escorreu molhando minha mucosa. Os demais vieram abundantes ao mesmo tempo em que ele fazia sua verga deslizar no meu cuzinho num vaivém carinhoso. - É muito melhor do que sonhei! Amo você por realizar esse sonho, por ser esse parceiro maravilhoso que me ensinou a viver, por ser a pessoa que mais amo nessa vida. – disse ele, enquanto sua virilidade se fazia sentir cada vez mais presente na minha ampola retal.
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Maravilhoso. Não é apenas um conto erótico, é um romance erótico, cheio de detalhes e com uma escrita impecável. Gostaria de acreditar em um amor assim.
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