De repente, pai - Final Eu havia acompanhado o Paulo ao aniversário de um primo gay. O sujeito era muito bem relacionado e o que não faltou foi gente bonita, garotas exuberantes e homens que pareciam ter sido retirados de capas de revista. - Finalmente você resolveu se livrar daquela baranga interesseira e, pelo que vejo, não perdeu tempo e seguiu meus conselhos. Onde foi que você descolou um gato desses? Ele vai monopolizar a minha festa! – brincou o primo, quando o Paulo me apresentou. Dei um sorriso amarelo e contido, diante do tipo espalhafatoso. - Rodrigo, esse é o Marcelo! Nunca dê ouvidos ao que ele diz, só te mete em furadas. – caçoou o Paulo. - Furada foi um bofe desses se enrabichar por aquela rachada. – retrucou o primo. – Se você desse ouvidos ao que eu falo não estariam depenando sua conta bancária como está fazendo a espertalhona. Concorda? – questionou, virando-se para mim. Outro sorriso amarelo foi tudo que consegui responder. Passava da meia-noite quando meu celular começou a tocar insistentemente. No visor, o flagrante de um delicioso sorriso do Arthurzinho. Eu ainda estava puto com o Bruno por conta da discussão daquela manhã e, na quinta vez que o celular tocou eu me afastei dos demais convidados, fui até a varanda e atendi a ligação. - Onde você está? – perguntava a voz do Bruno. - O que você quer? Você resolveu encher o meu saco hoje, foi? - Preciso da sua ajuda! Dá para você vir até aqui... – eu nem o deixei terminar. - Você só está me aporrinhando porque sabe que estou numa festa com o Paulo. É a coisa mais mesquinha que eu já vi alguém fazer. Vai caçar umas putas e me ..... - Estou com o Arthurzinho no pronto-socorro e ele não está bem. – balbuciou desesperado antes de eu terminar de esculachar com ele. De repente, engoli em seco. Não sabia o que falar, o que perguntar, fiquei sem reação. – Você ainda está aí? Está me ouvindo? – questionou, ante o meu silêncio. - O que ele tem? Em que pronto socorro você está? – consegui finalmente perguntar. - Não sei, estão examinando ele faz mais de uma hora, quando comecei a ligar para você. O que eu faço se acontecer alguma coisa com ele? – o Bruno estava desesperado. Quando cheguei ao pronto socorro ele correu ao meu encontro e desabou nos meus braços. Pedi que me contasse o que havia acontecido, ele despejava as palavras sem uma ordem ou cronologia que desse para entender. Ele já não era o cara petulante daquela manhã, mas o mais perdido dos seres. - O que os médicos disseram? – perguntei. - Não falei com nenhum depois que o levaram para uns exames. – respondeu. - Por favor, eu queria falar com o médico que está atendendo o Arthur Tommaso Robillard. – questionei na recepção ao lado de onde o Bruno se angustiava. - O senhor quem é? – perguntou a atendente - Um amigo do tutor dele! - Lamento, senhor, mas só familiares têm acesso aos médicos e aos pacientes. – respondeu ela, numa gentileza profissional e fria. - Se tenho que abrir o jogo, que seja, senhorita! Eu sou marido do tutor do Arthur, portanto, ele é meu enteado. Preciso ter mais algum parentesco além desse? – indaguei desafiando-a. Ela ficou constrangida e as outras pessoas na recepção me encararam como se eu fosse um alienígena. - Não, não senhor! Vou ver se o Dr. Marcos já terminou os exames. – cinco minutos depois, estávamos ao lado do Arthurzinho, prostrado, febril e choroso. O médico foi explicando os exames que haviam sido feitos para se chegar ao diagnóstico de uma otite média serosa, explicou-nos no que ela consistia e que tratamento estava sendo instituído. Alertou-nos sobre a demora na resolução do caso e indicou a visita a um otorrinolaringologista para acompanhamento do quadro e, uma possível intervenção cirúrgica caso não houvesse uma remissão em 60 dias. À medida que ele nos fazia seu relatório, eu sentia meu coração se comprimindo numa dor infinita. Aquele menininho que cessara de chorar assim que me viu, e que se aconchegou no meu colo quando o tomei nos braços tinha se transformado no que de mais importante eu tinha vida. Vê-lo naquele estado me mortificou. De repente, eu estava me culpando pelas ausências, pelo meu egoísmo em encontrar outra paixão, enfim por tudo que me vinha à cabeça. - Podemos levá-lo para casa? – perguntou o Bruno, tão ou mais desolado do que eu. - Sim, podem. É só seguir a prescrição e, como falei, procurar o especialista em alguns dias. – respondeu o médico. Ele devia pensar que éramos os mais relapsos dos pais, pelo menos foi isso que passou pela minha mente. Chegando em casa, eu não queria colocar o Arthurzinho no berço, no meu colo ele estava mais seguro. O calor do meu corpo o havia acalmado e agora ele dormia, fazendo um biquinho com os lábios. Eu não me cansava de olhar para ele, para sua inocência, para sua fragilidade. Estava quase amanhecendo quando, depois de muito relutar, coloquei-o no berço, atendendo aos reiterados pedidos do Bruno. Eu estava exausto quando fui me sentar ao lado dele no sofá da sala. Ele abriu os braços quando me aproximei e eu me soltei neles. Ficamos abraçados em silêncio, esperando todo aquele clima tenso desaparecer. Pela sacada, as luzes iam se apagando à medida que o novo dia surgia no horizonte, entre a linha dos edifícios. - Tive tanto medo! – disse o Bruno, quebrando o silêncio. - Eu também! - Fico perdido quando você não está por perto! Não nos abandone. – balbuciou, me apertando com mais força em seus braços. - Não vou, prometo que não vou! – eu não quis dizer que me sentia mais forte quando ele estava comigo, nem que aquele abraço significava muito para mim. - Vá se deitar! Você deve estar cansado e já está amanhecendo. – disse ele. - Se você não se importar, prefiro ficar. Vá você se deitar um pouco, eu fico com o Arthurzinho. Quando ele acordar vai precisar de cuidados. – sugeri. Mas, ele também não aceitou, estava tenso demais, dava para perceber em seus músculos retesados. - Então vá ao menos para cama, não está nada confortável aqui. – ele praticamente me arrastou até seu quarto. Eu ia dizer que estava muito à vontade e confortável em seus braços, porém não tive coragem. Ao encostar a cabeça nos travesseiros senti o cheiro dele impregnado neles, másculo e com notas que remetiam ao pós-barba que ele costumava usar, cujo perfume há tempos estava gravado em minha memória. Não foi difícil pegar no sono embalado por seu cheiro e por sua presença presente por toda a cama. Assim que ouvi o primeiro balbuciar do Arthurzinho acordei assustado e, confuso com o ambiente, precisei esfregar os olhos para descobrir onde estava. Ele parecia melhor depois da medicação que recebeu no pronto socorro e, que o fez dormir por todas aquelas horas. Ao me ver abriu um sorriso e agitou as perninhas no ar, não me lembro de ter respirado com tanto alívio como naquele momento. - Vamos ver o que tem dentro dessas fraldas? Você sabe que deu um baita susto no tio Rodrigo e no tio Bruno, não sabe? Ih! Olha só o tamanho desse cocozão! Vai precisar de uma faxina completa, não é, malandrinho? – enquanto eu falava ele apenas ria, agarrava meu polegar com sua mãozinha e balbuciava como se estivesse respondendo às minhas perguntas. Às minhas costas, encostado ao batente da porta, o Bruno me observava em silêncio. Demorei a notar sua presença. De braços cruzados sobre o peito nu, ele sorria em nossa direção. Foi quando veio a confirmação, eu estava apaixonado por aquele macho como nunca havia me apaixonado por alguém. - Bom dia, tio Bruno! Olha como eu estou sapeca outra vez! – exclamei numa voz em falsete, ampliando a tessitura para imitar uma fala infantil. - Bom dia, molecão e tio Rodrigo! Vocês já estão a mil por hora outra vez, estão? – disse ele, caminhando até nós e beijando a barriguinha do Arthurzinho que se agitou todo quando aquela barba o pinicou e, em seguida a mim, na testa, numa atitude tão natural que, apenas após o beijo, o alertou daquela intimidade. Só fui para casa para tomar uma ducha e trocar de roupa, pois ainda estava com as mesmas com as quais tinha ido ao aniversário do primo do Paulo, depois juntei-me a eles novamente. O Paulo me ligou pouco depois, querendo notícias. Ao desligar, eu sabia que teria uma missão pela frente e, que precisava encontrar uma maneira de dizer que não podia mais continuar com ele. - Estraguei o seu programa e a sua noite, não foi? – indagou o Bruno, assim que me despedi do Paulo. - Não se preocupe com isso! Foi por uma causa justa. – respondi. - De qualquer maneira, quero me desculpar. Eu deveria ter dado conta da situação sozinho. - Não diga isso! Você sabe o quanto me preocupo com o Arthurzinho e, não gostaria ser colocado de escanteio quando se trata de qualquer assunto relacionado a ele. – afirmei. - Desculpe! Dá para notar o quanto esse moleque te ama. Você sempre vai poder participar da vida dele, o quanto quiser. Naquele domingo também me incumbi de outra missão, que há tempos havia resolvido deveria ser tomada. Procurei o Sr. Garcia para suspendermos a ação que o condomínio movia contra o Bruno. - Fomos precipitados, Sr. Garcia! O Sr. Bruno não é má pessoa, estava abusando é certo, mas é totalmente outra pessoa e, acho que devemos reconhecer essa transformação e evitar maiores dissabores para todo mundo. – afirmei, depois de ter contado brevemente a história recente do Bruno. - Não me diga! Então ele precisou assumir o sobrinho assim de repente, depois de um fato tão trágico! – devolveu ele, concordando com o meu pedido. Aproveitei o dia para ir de apartamento em apartamento para, pessoalmente, convencer os moradores da suspenção da ação e, fiz, mais ou menos, o mesmo relato para conseguir sua anuência. Obtive uma unanimidade de assinaturas na petição que faria parte da próxima reunião de condomínio, com isso, tirei um peso enorme das minhas costas, pois vinha me sentindo culpado por ter sido tão implacável com a irresponsabilidade e a baderna que o Bruno promoveu ao se mudar. Desde que o juiz lhe colocou a guarda do Arthurzinho nos ombros, ele era outra pessoa. Durante a semana seguinte, agendei uma consulta com o otorrinolaringologista para o Arthurzinho, conforme o médico havia sugerido e, acompanhei o Bruno na consulta. Ele ia mesmo precisar de uma pequena intervenção cirúrgica para remover a secreção acumulada no ouvido médio. Meu coração disparou quando o especialista nos deu a notícia, apenas troquei um olhar com o Bruno e vi seus olhos marejados, engoli o nó na minha garganta e encarei o médico com determinação e firmeza, pois era disso que o meu molequinho precisava agora, alguém com a cabeça no lugar e pronto para providenciar o que fosse necessário. - Essa situação me fez lembrar que preciso incluir o Arthurzinho no meu plano de saúde. Por certo não será essa a única vez que precisaremos levá-lo ao médico. – disse o Bruno, no caminho de volta para casa. - Tem razão! Ele está nos fazendo descobrir um mundo novo, não é? Só fico me perguntando se somos mesmo capazes de ser os pais que ele merece. – sentenciei. - Eu não sei, mas você certamente é! – respondeu ele, colocando a mão sobre a minha coxa enquanto dirigia. A miringotomia foi agendada duas semanas depois, pois o Arthurzinho voltou a apresentar os sintomas agudos da otite serosa. Tirei uma dispensa do trabalho para estar ao lado dele durante a hospitalização, pois não teria um único minuto de tranquilidade, nem conseguiria produzir absolutamente nada sabendo que ele estava precisando passar por aquilo tudo com tão pouca idade. O Paulo me ligou e marcamos um encontro no dia seguinte à cirurgia. Como estávamos em constantes desencontros, ele queria transar, chegando a ter uma ereção assim que nos abraçamos na cafeteria onde combinamos de nos encontrar. Em outros tempos, aquele pauzão afoito sedento pelas minhas preguinhas teria deixado meu cuzinho ensandecido. Mas, o fato de não ter o tesão despertado pela visão daquele membro duro dentro de suas calças, me levou a concluir que aquela era a hora de pôr um fim naquele relacionamento. De ambas as partes ele era mais uma necessidade fisiológica do que algo mais emocional, e o ponto final se deu sem maiores questionamentos ou sofrimentos. - Dizem que não se deve dar conselhos aos outros, pois não servem para muita coisa, mas se eu puder te sugerir uma coisa, gostaria que refletisse sobre o que vou dizer. Procure sua esposa, fale com ela, tente se entender com ela, pois eu acho que vocês dois ainda tem futuro. Esse tempo que estivemos juntos me permitiu ver que você não se desligou dela de verdade. Perceba que seu principal assunto ainda é ela e seus filhos. Talvez o dela seja o mesmo. Tente! Você é um homem incrível, no lugar dela não abriria mão de alguém tão especial e gostoso. – aconselhei. - Incrível é você! Está me dando o fora ao mesmo tempo em que se preocupa com meu futuro. – respondeu ele. - Eu não quis ser intrometido. Sei que é um homem perfeitamente capaz de saber o que é melhor para você. - Não, você tem razão! Acho que nunca estive totalmente presente de corpo e alma em nosso relacionamento. Não digo que foi isso que o fez não ir adiante, pois aquele seu vizinho tem um bocado de influência nisso também. Mas, você está certo! Ainda sinto falta da minha mulher. Preciso botá-la na linha, sem dúvida, como bem mencionou meu primo. Porém, acho que é o certo a fazer. – ponderou ele. - Você vai conseguir! - Amigos? - Amigos! - Uma enrabada nessa bundinha tesuda de vez em quando? - Sem chance! Fechada para balanço! – ambos rimos e, nos despedimos com um abraço e um último beijo discreto que ele acabou selando no canto da minha boca. Quando o Arthurzinho voltou para casa, passei a dormir no apartamento do Bruno, em seu quarto, e ele no sofá. Saia todas manhãs para o trabalho só pensando na hora de voltar para casa e cuidar dele. Se um dia me dissessem que eu adotaria um filho eu teria chamado a pessoa de maluca. Mas, foi exatamente isso que aquele menininho encantador fez comigo, me transformou num pai coruja e abobado, sem a menor dificuldade. - Faz dias que você está aqui, do trabalho para casa, de casa para o trabalho. Estamos empatando a sua vida. O teu namoradinho não reclama? – questionou o Bruno, enquanto o Arthurzinho brincava num acolchoado ao nosso lado na cozinha e, nós jantávamos. - Não o chame de namoradinho! Primeiro porque ele é um homem bem maduro e adulto para ser tratado assim. Segundo, porque não estamos mais juntos, portanto, não há namorado, ficante ou, seja lá o que for. – respondi. Ou eu me enganava com aquela cara atenta às minhas palavras, ou podia jurar que isso deixou o Bruno feliz. - Não está mais aqui quem falou! – redimiu-se. Colocamos o molequinho para dormir no berço e, de repente, estávamos ociosos. Era cedo para ir para cama. Pensei em dar um pulo no meu apartamento e dedicar umas horas à minha tese que havia emperrado desde que o Arthurzinho ficou doente. - Aonde vai? - Acho que vou enfiar a cara na minha tese, preciso retomar a linha de pensamento. - Ah! Não dá para fazer isso aqui? Traga o notebook e fique, prometo não atrapalhar. - Preciso estar sozinho para me concentrar. Volto depois, não se preocupe. - Entre nós dois nenhuma chance de rolar alguma coisa, não é? – surpreendeu-me a pergunta quando eu já estava prestes a sair. - Não! Como é mesmo, beijo sofrível, bunda até que gostosa, mas um nerd mala sem alça, não é isso? – devolvi. - É meio por aí! Como, meu corpo não te causar o menor interesse, e ainda, como foi mesmo, servir para um bando de moscas ou as mulheres que você traz para o seu apartamento, não foram essas as palavras que usou? – revidou ele. Um súbito silêncio. Eu segurava a maçaneta da porta que estava prestes a abrir. Ele deu alguns passos decididos na minha direção, puxou meu tronco de encontro ao seu e colou sua boca na minha. Em segundos, sua língua driblava com a minha. Duas mãos agarravam minhas nádegas e se aproveitavam delas, bolinando e amassando a musculatura rija. Minhas mãos espalmadas sobre aqueles pelos sensuais do tórax dele não se decidiam se o repeliam ou se o acariciavam quando o tesão começou a me inquietar. Um puxão abrupto pelas nádegas me tirou do chão e, um impulso vigoroso apertou minhas costas contra a porta. Apoiei minhas mãos em seus ombros largos e musculosos, enquanto as pernas se fechavam ao redor de sua cintura. Meu short desceu até deixar os glúteos expostos e à mercê de suas mãos predadoras. Nossas bocas ainda não haviam se soltado, e meus lábios já se ressentiam das mordidas vorazes. Os dedos de uma das minhas mãos mergulharam em seus cabelos e trouxeram sua boca para os meus mamilos. Depois de sua língua rodopiar ao redor de um deles, uma mordida ávida prendeu meu biquinho excitado entre seus dentes. Ecoou meu primeiro gemido, e o fez enfiar um dedo no meu cuzinho. Pendurado ao seu corpo, fui transportado até o quarto. Meu short arrancado pelos pés, o dele descendo à minha frente e fazendo saltar aquele cacetão gigantesco e duro. Meu corpo ficou sob o peso do dele se esfregando em mim tresloucada e impacientemente. Uma mordida gulosa no meu cangote, enquanto minha bunda se encaixava em sua virilha garantiu-lhe a submissão. Uma estocada certeira, depois de a pica babona percorrer meu reguinho, meteu o caralhão no meu cuzinho. Meu ganido se juntou ao seu chiado escapando entre os dentes cerrados, e ecoou pelo quarto. Com a posse assegurada, começaram as estocadas, brutas, vigorosas, dolorosas na medida de provocar prazer, e meus esfíncteres já não conseguiam mais impedir que aquele mastro grosso de carne quente explorasse minhas entranhas. Primeiro, seus braços deslizaram sobre os meus, estirados para se agarrarem a cabeceira da cama; depois, envolveram meu tronco, me apertaram, enquanto as mãos acariciavam meus mamilos. - Quero esse cuzinho só para mim! – sussurrou o Bruno na minha orelha, presa em seus lábios molhados. Gemendo, empinei a bunda em sua virilha, era o meu sim, que palavra alguma poderia deixar mais evidente. O movimento do meu corpo se esfregando nos lençóis no mesmo ritmo em que meu cuzinho era bombado por aquele vaivém truculento, me fez gozar. A porra espirrava junto com meus ganidos de prazer. Ele continuava socando o caralhão no meu cuzinho, extravasando todo o tesão, toda a gana que se acumulara em seu corpo durante aqueles meses de convívio. Ele me fodia animalesca e primitivamente como ninguém jamais havia feito. Estava me arregaçando o cu e me esfolando e, eu nem pensava em impedi-lo. Era o tesão incontrolado que me fazia aceitar a voracidade desmedida daquele macho, só despertando em mim a vontade de acolhe-lo no meu cuzinho e afagá-lo carinhosamente até ele ter certeza do meu amor por ele. A cama sacudia com o peso dos corpos se fundindo quando ele socou a rola fundo no meu cu. Seu corpo tremia retesado, o meu trêmulo pelo frenesi que descera pela minha coluna sentiu sua pelve se contraindo. O primeiro jato de porra espessa e viscosa aderiu à minha mucosa anal esfolada. Em segundos, meu cuzinho estava todo encharcado com seu sumo viril. Ele gemia soltando do fundo peito o urro gutural do seu tesão aplacado e do prazer se consumando. À medida que o arfar acelerado das nossas respirações voltava ao normal, que aquele cacetão ia amolecendo dentro do meu cuzinho, que o silêncio ia tomando o quarto e o apartamento, nossos corpos engatados e enlaçados iam encontrando uma posição de relaxamento. Só ao alvorecer, com os resmungos e balidos vindos do quarto do Arthurzinho é que o cacetão do Bruno foi deslizando lenta e pesadamente para fora do meu cuzinho machucado. As visitas regulares da assistente social não tinham dia nem horário para acontecer. A impressão que tínhamos era que ela torcia para nos flagrar cometendo algum deslize para enriquecer seus relatórios ao juiz. Ela era uma figura ímpar. Era uma mulher já entrada nos 40, de corpo flácido que dava a seus passos um ritmo lento e pesado, certamente solteira, com um gosto duvidoso para se vestir e, que a deixava com uma aparência relaxada. Tinha sempre aquele olhar penetrante, a voz enigmática, o olhar perspicaz e petulante, ao mesmo tempo em que seus movimentos tinham a mesma falta de pressa e desleixo característica dos funcionários públicos entediados com sua profissão. Quando os porteiros anunciavam sua chegada à portaria, o Bruno e eu corríamos feitos desesperados pela casa para ver se havia algum sinal de algo fora do normal que pudesse nos prejudicar, antes de abrirmos a porta. Ela entrava desconfiada, seu olhar percorria rapidamente todo o ambiente antes de nos cumprimentar sem nenhuma emoção. Ela apareceu num sábado pela manhã, mal havíamos acordado, embora já não fosse mais hora de estar na cama. - Bom dia, Sra. Arminda! – o Bruno pronunciou seu nome propositalmente alto para que eu pudesse ouvir do quarto do Arthurzinho, onde terminava de trocá-lo. - Bom dia, Sr. Bruno! – respondeu seca. - Bom dia, Sra. Arminda, como vai? – perguntei ao entrar na sala com o Arthurzinho no colo. Não duvido que em seu íntimo ela tenha questionado minha presença tão cedo naquele apartamento. - O senhor por aqui. – respondeu ela, ajeitando os óculos para iniciar suas fatídicas anotações. - Tivemos uma semana agitada com esse garotão, não foi fofinho? – comecei, sem perder tempo. – Como a senhora soube, depois de termos que levá-lo ao pronto socorro, o médico havia indicado um especialista e, na terça-feira desta semana, depois de todos os exames concluídos semana passada, o Arthurzinho passou por um procedimento cirúrgico. Ele está bastante bem, como a senhora pode ver, a recuperação está nos surpreendendo. – emendei, esclarecendo-lhe os últimos acontecimentos. Ela anotou o nome da cirurgia quando a mencionei, fez mais alguns rabiscos e voltou a nos encarar. - Os senhores já legalizaram a sua relação? – perguntou ela, subitamente. Eu e o Bruno nos encaramos e engolimos em seco. - Como assim? – perguntou o Bruno. – Que relação? - É evidente que os dois são mais do que simples vizinhos, do que amigos mesmo. Qualquer um que os veja conclui que formam um casal. – respondeu ela. - Não! De onde a senhora tirou uma ideia dessas? – perguntei gaguejando e procurando apoio no olhar do Bruno, para que não falássemos algo que pudesse prejudicá-lo frente ao juiz. - Do cuidado que ambos dedicam ao menino e, um ao outro! – exclamou. - Não! A senhora está enganada! Gostamos muito do garoto, isso é certo, mas é apenas isso. – afirmou o Bruno, sem muita convicção. - Sei! – aquele ‘sei’ soou tão falso quanto uma nota de três reais. O Bruno e eu não sabíamos o que dizer, como desmentir algo que já estava se tornando visível a estranhos. - Pode ter certeza! Nossa amizade se formou a partir dos cuidados com o Arthurzinho, não foi Bruno? - Seria muito bom para a criança ser criada dentro de um lar constituído, que lhe dê segurança e apoio na formação. Já pensaram nisso? - Sem dúvida! Mas o Bruno se tornou um pai muito presente e capaz de dar uma excelente formação para o sobrinho. – argumentei, tentando não deixar nenhum vestígio que pudesse influenciar seus relatórios. - Ele mudou bastante desde aquele dia diante do juiz quando tentava a todo custo se livrar da responsabilidade de criar o sobrinho, não resta a menor dúvida! É isso que estou apontando nos meus relatórios. – revelou ela. - Ótimo! Que bom, pois posso garantir que ele é muito dedicado. – afirmei. Eu estava tão nervoso que minhas mãos suavam. - Também apontei em meus relatórios que o senhor é o grande motivador dessa transformação. Por isso, é que torno a sugerir que oficializem essa união. Vai ser bom para a decisão do juiz e consequentemente vai ser bom para o garoto. – afirmou. O Bruno e eu estávamos pasmos. Levá-la até a porta foi um alívio imenso. Trocamos uma risada tensa depois que ela se foi. Havia tempos que o Bruno atendia a algumas ligações no celular e se afastava de mim para conversar com o interlocutor. Não dei muita importância ao fato quando ainda não estava apaixonado por ele. Mas, ultimamente, isso passou a me incomodar. Nem sei se a palavra é bem essa, incomodar, era, na verdade, ciúmes. Um ciúme de algo que eu não sabia, ciúmes dele, pura e simplesmente, porque nessas horas eu sentia que ele não era exclusivamente meu como quando ambos só estavam centrados nos cuidados com o Arthurzinho. No entanto, isso tomou uma dimensão inesperada no dia em que ele estava no banho e o telefone dele tocou. Hesitei se devia me intrometer e atender a ligação, mas a curiosidade falou mais alto. A voz de mulher imediatamente reconheceu que não havia sido o Bruno a atender o celular. - Peça para ele me ligar tão logo saia do banho, tenho urgência em falar com ele. – disse ela, embora a tal da urgência não me parecesse mais do que uma desculpa fútil para ter a atenção dele. - Uma de suas amigas, a Stephany, acaba de ligar e pede urgência no seu retorno. – avisei, quando ele surgiu com a toalha molhada enrolada à cintura e os cabelos molhados. Imitei o mesmo tom de voz agudo e carregado no sotaque que a mulher tinha dado ao celular. Imprevistamente, eu estava irritado. Ele pegou o celular, foi até a sacada, fechou a porta de correr de vidro e fez a ligação. - O Arthurzinho já comeu uma maçã raspada e tomou a mamadeira. O almoço está pronto e quente, não o deixe esfriar. – disse, quando ele voltou para dentro. - Você não vai almoçar comigo? - Não! Tenho mais o que fazer! – exclamei, seguindo em direção ao meu apartamento. Eu estava puto. Eu estava morrendo de ciúmes. Eu precisava chorar feito um idiota melindrado e não o faria diante dele. - Volte aqui! – ordenou, antes que tivesse fechado a porta do meu apartamento. – O que deu em você? – questionou. - Nada! Tenho que trabalhar na minha tese! – respondi. Ela servia de subterfúgio plausível para uma porção de coisas. - Tem o escambau! É uma das putinhas com quem eu ficava, sim. Ela estava a fim da minha rola, sim. Ela foi mandada para o espaço, se é que isso te serve de consolo. – afirmou, impedindo que eu fechasse a porta na cara dele. - Não tenho nada a ver com sua vida amorosa! Portanto, não me interessa quem é essa tal de Sthefany. – retruquei. Ele caçoou de mim. - Não preciso de mais nenhuma delas, mete isso na sua cabeça! Estou tão apaixonado por você quanto um adolescente enfeitiçado pela primeira paixonite. Desde aquele dia em que comi essa sua bunda tesuda não penso noutra coisa que não me tornar o dono dela. E você vai voltar lá para casa agora mesmo, almoçar comigo, e ser meu viadinho comportado e obediente, estamos claros! – advertiu. - Está para nascer o homem que vai me dizer ..... – antes de eu concluir a frase ele me socou contra a parede, agarrou minha bunda e meteu a língua na minha boca. Minhas pernas começaram a bambear inusitadamente e, enquanto eu tentava afastá-lo de mim, empurrando seu tronco para longe, ele me fazia sentir que o comando daquela relação já não me pertencia mais. - Melhor assim! – exclamou, quando cedi ao seu beijo, dando-me um tapa estalado nas nádegas quando voltei ao apartamento dele. – Afinal, não foi você mesmo que se declarou meu marido naquele dia no hospital para conseguir ter acesso ao Arthurzinho? Então faça por merecer! – emendou. Dias depois, ele me relatou como tinha sido a última visita da assistente social e, de que ele a questionara a respeito da observação que ela tinha feito na semana anterior. Ela dava como certa a aprovação do juiz à oficialização da nossa união. Casais bem estabelecidos financeira e emocionalmente, fossem heterossexuais ou homossexuais, tinham mais chances nas adoções e, apesar do caso do Arthurzinho não ser de uma adoção, contava pontos a favor dele na guarda, ofuscando seu passado pouco recomendável. - Então eu te pergunto? Esse tesão todo que você sente por mim é algo puramente carnal, ou você seria capaz de se apaixonar por mim? – indagou, me encarando com seus olhos castanhos que já povoavam todos os meus sonhos havia algum tempo. - Quem disse que eu sinto tesão por você, convencido? - Esse cuzinho que se assanha todo quando vê meu peito nu e minha pica eriçada. – devolveu ele, cínica e debochadamente. - Não sou capaz de me apaixonar por você! Estou apaixonado por você! – respondi. - Casa comigo? – o deboche, a insolência e a provocação da expressão dele deram lugar ao mais terno e cúmplice olhar. - Sim! – fiz um esforço imenso para deixar a verdade escapar, pois sabia que esse aceite teria desdobramentos para toda a vida. - Garotão, você vai me dar uma licença e tirar uma soneca bem tranquila, pois eu preciso comer o cuzinho desse teu tio se não minha pica estoura minha calça. – sentenciou, levando o Arthurzinho para o quarto e vindo para cima de mim como um garanhão descontrolado. Já haviam se passado bem mais do que os dois meses que o juiz havia dado como carência para o Bruno se adaptar ao sobrinho. Na audiência ficamos sabendo que os relatórios da assistente social eram tremendamente favoráveis à concessão da guarda definitiva, sugerindo inclusive o compartilhamento dela comigo. Ele acabou expedindo a sentença nesse sentido. - O senhor, Sr. Bruno e, o senhor, Sr. Rodrigo podem se considerar os pais do menor Arthur Tommaso Robillard. – sentenciou, ao assinar a sentença do processo. Duas lágrimas rolaram pelo meu rosto, quentes, afortunadas e efusivas. Para coroar de felicidade aquele meu dia, enquanto eu dava banho no Arthurzinho e ele batia as mãos na água da banheira, com o cacetão do Bruno se esfregando sensualmente na minha bunda, o Arthurzinho me encarou e, em meio ao risinho de alegria, balbuciou seu primeiro som com algum significado – DIGO, DIGO – eu precisei me segurar para não desabar, chorava feito um palerma, enquanto o Bruno me abraçava. - É, esse tio Digo é a tua salvação, não é malandrinho? - Eu amo vocês mais do que tudo nessa vida! – exclamei, tentando segurar os soluços. - Chora, coração de manteiga, chora! Nós também te amamos, não é garotão? Fala para ele que a gente é apaixonado por ele, fala! – parecíamos dois idiotas felizes. Naquela mesma noite resolvi contatar meus pais. Estava tão eufórico que precisava compartilhar minha felicidade com eles. Estava um pouco temeroso da reação deles com todas essas novidades. - Oi mãe! Está sentada? – perguntei, quando o rosto sorridente dela apareceu na tela do notebook. - Oi Rodriguinho! Como você está? Faz dias que não dá notícias, sabe que não gosto disso. – foi logo despejando. – De onde você fala? Não é o seu apartamento. – observou sagaz. - Oi filhote! – interveio meu pai. – Tudo bem? Quais as novidades? - Tenho uma porção delas! Mas acho bom estarem sentados antes de ouvir o que tenho para contar. – meu coração batia acelerado, eu suava apesar do dia frio. - Desembucha logo, menino, está me deixando agoniada! – exclamou minha mãe. - Vocês são vovôs! – pela expressão da minha mãe ela não acreditou, pela do meu pai tinha a certeza de que eu tinha aprontado alguma. - Como assim, vovôs? – isso não acontece de uma hora para a outra e, semana passada não havia nem menção disso vir a acontecer. – afirmou minha mãe. - É um netinho, chama-se Arthur, e está com dezessete meses. – revelei. - Olá, boa noite! – o Bruno se juntara a mim em frente ao computador. - Esse é o Bruno, pai, mãe! Meu marido, isto é, não oficialmente ainda. – revelei. A cara dos meus pais não podia ser mais pasma. - Boa noite! – responderam formais e em uníssono. - Antes que esse seu lado carcamano, melodramático e gesticuloso de italiana exploda, mãe, quero confessar que não sou bem aquele tipo de homem comum. Eu sempre gostei de outros homens, porém só agora encontrei o que realmente amo, o Bruno. – fui falando pausadamente, para não dar o golpe de uma só vez e, quem sabe, por tudo a perder. - Você pensa que somos alienados? Isso não é novidade nenhuma! Ou você acha que engolíamos a desculpa de que aqueles seus ‘colegas’ boa-pinta eram apenas colegas inocentes? – afirmou ela. - Não importa se de mulher ou de homem que você gosta, filho! Queremos que seja feliz ao lado de quem te merece. Você e sua irmã sempre foram filhos exemplares, amorosos e dedicados. Não há pai que não se orgulhe de ter um filho como você. – afirmou meu pai, o que me levou às lágrimas novamente. Para descontrair o clima, o Bruno trouxe o Arthurzinho até a frente do computador. - Esse é seu neto! – exclamei, enxugando as lágrimas. – Vocês precisam vir conhecer. É a coisinha mais fofa que pode haver. - Olha Werner, olha o sorriso dele, não é maravilhoso? – derreteu-se minha mãe, começando a chorar. - É um doce! – concordou meu pai. - Gostaríamos de receber a visita de vocês em breve. Há uma longa história por trás disso tudo e gostaríamos de compartilhá-la com vocês. – disse o Bruno. - Iremos, sim! Dentro de alguns dias estaremos com vocês e com nosso neto. É só o tempo de eu me programar e estaremos aí, filho. – respondeu meu pai. - Bacana, seus pais! Vou ter imenso prazer em conhecê-los! – exclamou o Bruno, assim que encerramos a videoconferência. - São sim! Até mais do que eu pensava. Não achei que fossem ser tão compreensíveis logo de cara. – respondi. - Quer dizer que você já queimava a rosquinha desde novinho, seu putinho safado! – exclamou, abismado. - E você era um santo! Até posso imaginar. – devolvi - Santo não é bem a palavra! Digamos que minha pica fazia um tremendo sucesso. – retrucou jocoso. - Não é mais gostoso você saber de quem é a minha rosquinha agora? – indaguei, lascivo. - Quem é o dono desse cuzinho apertado, fala para mim! – exigiu, com a voz grave e sensual. - Você! Só você! – respondi. Em minutos ele me tinha em seus braços na cama, nu e transbordando de tesão por aquele caralhão que ganhava consistência a olhos vistos. - Prova para mim que sou o dono desse cuzinho, prova! – ronronou, enfiando um dedo no meu cu. Coloquei a rola pesada e babando dele na boca, lambendo seu sumo perfumado e másculo. Ele soltou um gemido e abriu as pernas para que eu tivesse acesso pleno ao seu falo. Lambi e chupei a verga reta e cabeçuda. Precisava das duas mãos para segurá-la e, mesmo assim, a cabeçorra ficava exposta, vertendo aquele suco translúcido e cheiroso. Meus dedos mergulhavam nos pentelhos densos e grossos a fim de acariciar seus culhões ingurgitados. Por mais viris que fossem outras partes de seu corpo, como o rosto hirsuto e anguloso, o tronco largo e peludo, os braços potentes e musculosos, era naquelas bolas gigantescas que se concentrava sua macheza. A mais cativante e sedutora virilidade. Chupei seus testículos, mordisquei a base da pica, lambi seus fluidos, tão carinhosa e suavemente que só se ouvia seu gemido prazeroso de entrega. - Isso, trabalha teu macho, tesãozinho! – sussurrou incontido. Ele girou meu corpo e abriu minhas nádegas. Suas dentadas iam lentamente se aproximando da minha rosquinha rosada, deixando a pele lisa marcada com seus dentes penetrantes. Eu entrei num estágio de ansiedade imenso, meu cuzinho piscava como uma sinaleira indicando que a entrada dele para o mundo dos prazeres e da luxúria era ali. O Bruno me torturava com sua língua úmida roçando minhas pregas. Eu gemia cada vez mais suplicante, pronunciando seu nome. Ele me lambia só para ouvir meus ganidos de desejo, implorando por seu pau sedento. - Ai, me penetra, Bruno! As pinceladas com o cacetão duro deslizando no meu rego se tornavam cada vez mais pronunciadas. Eu me abria, empinava o rabo, me oferecia feito uma cadela no cio. Ele rodopiou a cabeçorra babando em cima da portinha do meu cu para lubrificar as preguinhas. Eu segurava a respiração de tanta ansiedade, esperando o golpe que enfiaria aquele colosso na minha carne. Já na primeira forçada eu soltei um gemido pungente. Na segunda a cabeçorra distendeu meu ânus além do limite de resistência, e o caralhão mergulhou na maciez quente do meu cu. O Bruno me agarrou, me apertou contra seu corpo e deu outra estocada, metendo mais um tanto daquela jeba grossa em mim. Dava-lhe prazer ouvir meus gemidos, uma mescla de dor e prazer, que o deixava ensandecido. Ele enfiou os dedos grossos na minha boca e eu os chupava. A última socada prensou minha próstata contra o púbis, eu gritei. - É meu esse cuzinho, não é? – rosnou ele, na minha nuca. - Amo você, Bruno! – gemi - Repete que ama teu macho, repete! – ordenou. Eu repetia, enquanto ele bombava meu rabo com toda a impetuosidade de um macho carente. Aquilo foi demais para mim. Meu pau começou a ejacular espalhando minha porra por todo lençol, enquanto eu gania na cadência das estocadas, e ele arfava descarregando seu tesão no meu cuzinho. Ao sentir que ia gozar, ele tirou o caralhão do meu cu, virou-me de frente para ele, e ejaculou entre os meus peitinhos. Depois, lentamente, foi lambendo seu esperma cremoso e vinha me beijar com aquela cremosidade aderida à língua. Só parou depois de limpar todo meu peito e eu ter sorvido a última gota de sêmen de sua boca. - Te amo tanto, meu amor! Você é a luz que faltava na minha vida. – ronronou ele, me encarando com aquele olhar doce e possessivo. Eu descobri que não era tão importante eu ter as rédeas da minha vida exclusivamente em minhas mãos que, dividi-las com o homem que eu amo, mesmo que ele, às vezes, seja um pouco dominador, não roubava nem um pouco da minha felicidade. Valia mais eu me sentir seguro junto dele do que controlá-lo. Alguns meses depois da visita dos meus pais, o Bruno e eu nos casamos em Florianópolis numa cerimônia discreta e romântica entre nossos principais amigos. Acabamos por ocupar o meu apartamento que tinha uma distribuição mais racional para um casal com filho, do que o dele. Quando descíamos para uma caminhada na rua levando o Arthurzinho que ensaiava seus primeiros passos trôpegos, a vizinhança se encantava com a felicidade dele, sem imaginar que o Bruno e eu nos sentíamos os mais abençoados dos seres.
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