Após o ritual onde a Deusa Eos havia sido invocada, todo mundo parecia atacado, havia pessoas fazendo sexo por toda parte, trepando, fazendo surubas, 69, tudo, e ainda era madrugada.
“- A coisa está pegando fogo, vamos tentar achar o Pierce.”
Pierce estava acordado, na sala dele, obviamente preocupado.
“- Estou recebendo ligações de vários lugares, as pessoas estão ...”
“- Paixões sem controle” completou Regina. “- Só pode ter sido o Ritual. Eos é a Deusa das Paixões Sem Controle. Ao invocar a Deusa, as pessoas canalizaram seus atributos...”
“- Mas e por que nós não estamos ‘atacados’?”
“- Talvez porque estivemos dentro do círculo, ou porque fizemos sexo recentemente...”
“- Mas, se isso seguir assim, ninguém mais vai trabalhar, vão ficar só trepando”
“- Será que pegou toda a ilha?”
“- Não sei, mas algo precisa ser feito. A tempestade tropical está para chegar, e se houver falta de luz ou algo mais, as pessoas precisam estar lúcidas.”
Aproveitei para dar um toque em Pierce. Ele parecia bem intencionado, mas seu ritual modificado ( com a ajuda de minha esposa) teve consequências no mínimo curiosas.
“- Hmmm...Mestre Pierce... com todo o respeito...acho que essas modificações nos rituais tradicionais deveriam antes ser apresentadas e discutidas com o Alto Conselho. Imagine se, em vez de sexo, as pessoas resolvessem se matar umas às outras...”
Pierce me olhou, entre preocupado e zangado.
“- Mas os rituais iam bem até que ...”
“-... Iam bem enquanto eram apenas teatro sexual. Quando realmente os atributos da Deusa foram invocados...” Regina completou.
Eu resolvi interferir, antes que ele jogasse toda a culpa nela.
“- Olha...o fato é que foi construído um templo dedicado a Eos. Provavelmente ela iria se manifestar de qualquer maneira. Agora, precisamos tentar reverter ou atenuar isso...”
“- Mas como?”
“- Lá no iate, fizemos um ritual para tentar reverter um outro. E funcionou. Temos que pensar em como podemos fazer.”
“- E se eu meter no cu do Pierce lá na estrela, será que reverte?” Regina não resistiu e riu maliciosamente.
Pierce retrucou:
“- Isso não!!!”
“- Eu estava brincando!” disse Regina. Acho que, invertendo as posições e os pontos cardeais, podemos mudar alguma coisa.”
“- Esperem...temos que ter pelo menos uma base de conhecimento... os pólos positivo e negativo, a própria posição... hmmm, acho que sei o que pode funcionar.”
“- O que?”
“- Existe uma posição onde podemos projetar a energia sexual, direcionando-a para o objetivo que desejamos. E, como Eos é a Deusa do Amanhecer, devemos apontar em direção ao Leste, de onde parte a Carruagem de Helios, o Sol. “
“- Tem lógica. Mas isso terá que ser feito logo, ao amanhecer. Temos que ir já para o Templo!”
No caminho, dois homens tentaram agarrar Regina, mas eu e Pierce conseguimos empurrá-los.
Ao chegar ao templo, a cena era impressionante: dezenas de casais fazendo sexo, uns sobre os outros, em grupos de três, quatro , cinco, chupando-se em círculos, trepando em pé, de quatro, deitados na grama, nas escadarias...tivemos dificuldade de chegar até o centro do templo, cheio de pessoas trepando. Tivemos que empurrar pessoas, chutar, até mesmo socar alguns que se agarravam à bunda de Regina ou tentavam pegar meu cacete.
Finalmente, conseguimos subir no círculo... mas então, eu fiz a orientação, conforme e havia estudado no livro de Magia Sexual da Irmandade. Pierce ficaria deitado embaixo, e Regina sobre ele. Nossas cabeças apontando para o Leste, onde Eos abriria as portas dos Céus para a chegada da Carruagem de Helios. O tempo era curto, mas tentamos fazer a sequência: Regina passou o óleo nele, massageando os pontos. Ele estava ansioso, então ela precisou dar uma boa chupada no cacete dele para que levantasse. Assim que o cacete ficou duro, ela montou sobre ele, encaixando a bucetinha . Eu passei o óleo nela, caprichando no cuzinho...ela pediu que eu me apressasse.
“- Aiii amor, enfia logo o cacete! Se amanhecer pode não dar certo!”
Então, enfiei tudo até o talo, sentindo as nádegas dela nas minhas bolas. Aproveitei e já dei uns tapas, sei que ela gosta.
“Hmmmm amor! Que gostoso! Dois cacetes quentinhos dentro de mim!”
Deitado, Pierce começou a recitar os cânticos em celebração a Eos. Algumas pessoas foram chegando perto, mas Pierce havia apertado o botão que fazia o círculo subir e girar.
A orgia era total.
Nessa posição, de joelhos sobre Pierce, a Estrela não seria preenchida pelos braços e pernas, mas a energia sexual seria direcionada em forma de um pedido sincero à Deusa para que permitisse que seus discípulos mortais amenizassem suas paixões sexuais; e ninguém melhor que minha esposa para tentar o contato com Eos.
Fomos movimentando nossos cacetes dentro de Regina, e ela passou a gemer e suspirar intensamente.
“- Hmmmmm...Ahhhh....Que gostoooosooo....”
Ela começou a estremecer, e então, de uma forma estranha, ela ergueu a cabeça para cima, como que fitando o céu. Aquela névoa rosada começou a nos envolver. Ela murmurava:
“- Ahhh....EEEEEEEEEEEOOOOOOOOSSSSSSS...”
A névoa acima de nós começou a tomar forma, uma forma de mulher.
“- EOOOOOOOOOOOOSSSSS...”
Regina certamente estava contatando a Divindade. Tive a impressão de que dois olhos enormes nos fitavam.
Pierce estava com os olhos fixos naquela visão. Então, pareceu que Eos , aquela forma feminina devia ser ela, chegou bem perto do rosto dele.
Pierce estava paralisado . A forma ficou mais nítida. Eu entendi o que estaria acontecendo. Eos, de acordo com a mitologia, se apaixonava por homens mortais.
Pierce estremeceu inteiro e ejaculou, Regina gozou logo em seguida, meu orgasmo também foi inevitável, como que provocado pela Entidade. Então, com aquela energia, ela tomou forma humana, pairando bem acima da Estrela.
Todos os presentes se acalmaram imediatamente. Eu e Regina fomos nos levantando devagar, mas Pierce continuava ali, deitado. Descemos com cuidado ali. A Deusa, materializada, uma mulher belíssima e nua, muito parecida com Regina ( a não ser pela cor dos olhos e cabelos) fez um gesto com a mão para que ele se levantasse. Pierce, incrédulo, tomou a mão de Eos. Em seguida, houve um clarão de luz violeta, e os dois desapareceram.
Tudo agora estava calmo. As pessoas, meio confusas, talvez se perguntando o que as havia levado a tamanho furor sexual, iam se retirando lentamente do Templo.
“- Você viu que a Deusa realmente parece com você?”
“- Mas os olhos dela eram bem azuis, e os cabelos dourados...”
“- Meu amor, você promete que não vai mais inventar moda nesses rituais?”
“- Aiii amor, mas deu certo, Eos gostou dele... vai que...”
“- Regina, ele sumiu!! Como é que vamos explicar isso à Agência?”
O Templo já estava completamente vazio. O Sol estava nascendo. Eu e Regina já estávamos saindo, quando vimos um clarão atrás de nós. Pierce havia retornado, estava nu, ali sobre a Estrela. A expressão dele era de beatitude total. Mas parecia um pouco diferente.
Ele olhou para nós, com um sorriso imenso.
“- Mestre Pierce, o que aconteceu?”
“- Estamos no mesmo dia? No dia do Ritual?”
“- Claro, não saímos daqui...você sumiu por uns minutos, e então reapareceu...”
“- Estive uma vida com ela! Anos se passaram!”
Então reparamos... ele parecia mais velho, os cabelos mais grisalhos. Mas a felicidade dele não tinha tamanho.
“- Uma vida? Mas isso é fantástico!”
“- Ela me amou ! Ela me ama! E ela está comigo...”
“- Agora fiquei confuso.”
“- Ela me ensinou os rituais para chamá-la, sem interferir com os outros mortais. Deverá ser à noite, porque é a função dela nos conceder o Amanhecer.”
“- Então, à noite, durante o Ritual, ela virá buscá-lo, e antes do amanhecer você retornará.”
“- E agora? Como será sua Ordem?”
“- Tenho tudo o que eu poderia querer na vida. Serão pouquíssimos adeptos, apenas os que realmente merecerem. E terei a companhia de Eos até o fim dos meus dias.
“- Que seja infinito enquanto dure” disse Regina.
“- Infinito enquanto dure, Regina. Muito, muitíssimo obrigado. Agora, se me permitem, preciso meditar”
Deixamos Pierce ali, em frente à estátua da Deusa.
“- Quem diria que , ao investigar ,estaríamos presenciando o nascer de uma Ordem legítima?”
“- Quem diria que, depois do ‘OOOPS!’ iria dar tudo certo?
Regina me deu um soquinho no ombro, depois me beijou e sussurrou:
(- Será que o cuzinho da Deusa também era gostoso?)
CONTINUA