Aos 27 anos de idade posso me considerar um cara sortudo. Com um cargo executivo bem remunerado numa multinacional e uma carreira promissora pela frente eu, até pouco tempo atrás, achava que tinha tudo que queria. Obviamente nem tudo pode ser atribuído à sorte. Sempre estudando em colégios de primeira linha, me dedicava com afinco aos estudos e figurava entre os alunos com as maiores notas da turma. Isso se deve, em grande parte, ao exemplo do meu pai, um típico e bem sucedido executivo francês, e minha mãe, renomada arquiteta de origem suíça. Ainda na faculdade, consegui uma vaga de trainee na empresa onde estou hoje. Dominando, fluentemente, o francês e o alemão, aprendido em casa com meus pais, o espanhol, por ter vivido, quando adolescente, cinco anos na Argentina, onde meu pai foi diretor financeiro da filial da empresa em que trabalhava, e finalmente, o português, por ter nascido no Brasil, fui um dos jovens ex-trainees, com melhor desempenho, após a conclusão da faculdade, a ser enviado, por dois anos, para a sede da multinacional na Alemanha para continuar meu aprendizado. Ao regressar assumi o cargo que ocupo hoje na divisão de novos projetos da empresa.
Nessa divisão trabalham cerca de quinze jovens cujas idades pareiam com a minha. À exceção do meu chefe, e do Bruno, um brilhante engenheiro de produção de 35 anos, que deu o azar de se indispor com o ex-chefe da divisão, e consequentemente, teve sua ascensão barrada. Dono de um temperamento forte, aliás, como seu porte físico e, um tanto quanto truculento na defesa de seus pontos de vista, é o protótipo do macho alfa que está acostumado a dominar e determinar as coisas segundo sua vontade. Não deixa de liderar, seja se impondo pela energia de suas ações, ou usando da brutalidade para vencer seus oponentes. Esta segunda modalidade é vista principalmente quando está disputando uma partida de seus esportes favoritos, futebol e basquete.
No meu primeiro dia nesta divisão, ao ser apresentado aos colegas pelo chefe, notei que o Bruno não tirava os olhos de mim, medindo-me de cima abaixo, como que escaneando cada um dos meus 180 centímetros, para não perder nenhum detalhe do corpo esguio desenhado com curvas sensuais, que se destacavam sob a calça bem ajustada. Achei esta atitude estranha, mas não dei importância ao fato. Naquele momento havia outros interesses muito mais significativos em jogo. No entanto, ao estender a mão para cumprimentá-lo, foi como se eu recebesse um choque ao sentir a pele dele tocando a minha. Isso se repetiu, posteriormente, a cada vez que, acidentalmente, um esbarrava no outro.
Minha rotina se resumia ao trabalho, que muitas vezes eu levava para casa para concluir, e alguns finais de semana na praia. Ficava até tarde na empresa e, pouco tempo depois, idealizei um projeto simplificando grandemente uma planta industrial que modificava o processo produtivo gerando enorme economia em relação ao processo produtivo atual. Após a apresentação deste projeto recebi o aval para implantá-lo na nova unidade que estava sendo construída na Argentina. Feliz com esta conquista, passei a ficar ainda mais horas, com uma equipe na empresa, o que muitas vezes significava avançar noite adentro.
Acho que, um pouco incomodado com as minhas ideias, e por uma nova liderança que ia se esboçando, o Bruno começou a me tratar de forma mais agressiva. Fazia isso também com os outros, que até então, ele liderava com seu estilo brutamontes. Com a sensibilidade muito mais aguçada no trato com as pessoas, eu procurava conhecer cada um dos meus colegas, principalmente suas aptidões e seus anseios, conseguia mais apoio e resultados mais substanciais, num clima mais descontraído e harmonioso. Isso bastou para que ele sentisse seu domínio em xeque, e uma espécie de concorrência se instalou entre nós, sem que eu a pretendesse ou alimentasse. Havia pouco mais de seis meses que seu casamento de quase sete anos chegara ao fim. Esse era mais um motivo para ele sentir que estava perdendo sua posição de macho alfa.
Numa ocasião, as vésperas de uma viagem para a unidade argentina, fiquei tão envolvido com o trabalho que não me dei conta de ser muito tarde e o expediente haver terminado a muito. Supus estar sozinho na divisão, mas ao olhar ao redor, vi que o Bruno também continuava trabalhando em frente à tela do computador. Fui ao banheiro passar uma água no rosto antes de ir para casa e, quando levanto o rosto em frente ao espelho, noto que ele está atrás de mim.
- Viadinho! Ficou até tarde hoje, hein? – ele observou em tom sarcástico e me olhava de um jeito estranho.
Encarei-o com um olhar meigo e carinhoso desconcertando-o por completo.
- Preciso concluir alguns itens antes da viagem. – respondi docemente.
- Desta vez eu também preciso ir. Tenho que checar alguns pontos do projeto no qual a minha equipe está trabalhando. – ele acrescentou.
Não era a primeira vez que ele me chamava de viadinho quando estávamos a sós. A princípio fiquei surpreso e indignado, mas atribuí essa agressividade ao sentimento de uma suposta perda de território, e resolvi não por lenha na fogueira.
Dias depois viajamos para Córdoba, na Argentina, onde estava sendo construída a nova unidade. Por algum erro na reserva das acomodações, tivemos a informação de que só havia um quarto disponível no hotel que ficava a poucas quadras dos escritórios da empresa. Havia um evento na cidade e os hotéis estavam com sua capacidade esgotada. Tivemos que aceitar o compartilhamento do mesmo quarto por três dias.
Quem nos recepcionava no escritório da empresa era um diretor jovem chamado Pablo. Desde a minha primeira ida aos escritórios na Argentina travamos uma amizade que rapidamente passou por cima das formalidades convencionais. Acho que por conta de havermos nos conhecido na sede da empresa quando eu fazia meu estágio de trainee na Alemanha. Embora, na época, houvéssemos convivido pouco, porque eu estava chegando e ele já estava quase regressando, a empatia foi forte e mútua. Quando o Bruno viu a intimidade com que o Pablo me tratava ficou ainda mais ranzinza e chato que de costume, e fazia insinuações descabidas que eram sussurradas em meus ouvidos.
Eu havia namorado a garota mais bonita da turma durante a faculdade. Nosso relacionamento terminou quando eu notei, após nossas poucas transas, que me sentia péssimo. Em vez de prazer eu sentia uma espécie de frustração, como se meu papel nessa estória não fosse esse, e resolvi terminar o namoro.
Nestes dias de convívio forçado, repartindo as mesmas acomodações, notei que o Bruno, creio até que propositalmente, deixava a porta do banheiro entreaberta enquanto tomava banho e, da posição da minha cama era possível vê-lo nú sob o chuveiro. Ver o corpão musculoso e peludo do Bruno sob o chuveiro me intrigava a ponto de não conseguir desviar o olhar da fresta da porta entreaberta. Sentia um calor se apossando do meu corpo e meu rosto parecia arder como quando queimado pelo sol. Tudo nele era grande. As coxas grossas e peludas eram maciças e suportavam um tronco, em formato trapezoidal, que ia se alargando da cintura em direção aos ombros, donde os braços musculosos saiam como dois galhos de árvore. Os pelos se distribuíam de forma viril ora mais ralos, ora mais fartos e arrematavam com masculinidade aquele corpão delicioso.
Na última noite, antes de regressarmos ao Brasil, o Pablo me convidou para jantar em sua casa e conhecer seus pais, de quem ele já havia me falado muito, e que também eram descendentes de franceses. Quando ele me deixou no hotel já era madrugada e, ao entrar no quarto, tomei o maior cuidado para não acordar o Bruno, que eu supunha estar dormindo, uma vez que o vi todo enrolado sob o cobertor. Fui ao banheiro tomar uma ducha antes de deitar, e como sempre fazia, tranquei a porta e saí de lá já vestido num pijama. Enquanto ajeitava os travesseiros me preparando para deitar ele saiu debaixo do cobertor completamente nú e se aproximou da minha cama.
- O viadinho vai dormir de pijama outra vez? – ele inquiriu enquanto sentava na beira da cama.
- Estou bem assim. – respondi, encarando-o, como em toda vez que me chamava de viadinho, com um olhar doce e carinhoso. De alguma forma isso mexia com os brios dele.
- Você gosta de me provocar.... viadinho! – ele exclamou, sem desgrudar os olhos de mim.
- Não é essa minha intensão. Nunca fiz nada para te provocar. – continuei, não desviando minha atenção daquilo que estava fazendo.
Ele partiu para cima de mim como um leão sobre sua presa. Agarrou minha cabeça com as duas mãos prendendo-a, e selou seus lábios sobre os meus com tanta força que, para respirar, eu precisei aspirar o ar que vinha da boca dele, junto com a saliva morna que me invadiu fazendo acelerar meus batimentos cardíacos. Ele esfregou, insistentemente, sua boca contra a minha, mordia meus lábios e penetrava sua língua na minha boca procurando a minha para chupá-la.
- Viadinho tesudo! Viadinho tesudo! – ele repetiu entre um beijo e outro. Suas mãos deslizavam por todo meu corpo afastando as roupas que cobriam minha pele, sobre a qual eu sentia os choques se sucedendo a cada passada de mão dele.
Ele me forçou contra a cama com uma espécie de gravata e deitou–se sobre mim me imobilizando completamente. Chupava e lambia freneticamente meu pescoço aspirando o frescor da minha pele após o banho. Suas mãos não paravam, percorreram minhas costas, mamilos e ventre antes de começarem a despir a camiseta do pijama. Quando a visão da pele branca das minhas costas era plena, senti que ele me agarrava com mais força e me trazia inteiro para junto de si. Uma das minhas pernas estava apoiada sobre a cama enquanto a outra pendia para fora, eu tentava desesperadamente firmá-la no chão para me desvencilhar dele. Com esse movimento minha bunda se movia muito roçando o pau do Bruno e enchendo-o de tesão. Num só puxão ele arriou a cueca e a bermuda do pijama expondo meus glúteos carnudos, marcados pelo desenho bronzeado da sunga. Senti suas mãos agarrando e separando as nádegas, ele tateava a procura do cuzinho profundamente escondido dentro do rego. Quando o primeiro dedo dele alcançou meu anelzinho pregueado não pude segurar o gemido que emergiu da minha garganta. Ele havia alcançado meu íntimo e se apossou dele, eu resistia, mas o ímpeto e a determinação dele eram difíceis de controlar. Ele explorou com os dedos, cada vez mais impacientes, as pregas que piscavam no mesmo ritmo sôfrego da minha respiração. O tesão dele cresceu, e com ele o cacete, que me roçava melando minhas coxas com o líquido pré gozo, que escorria abundante e fez o ar se impregnar do cheiro viril de macho.
- Tesão de viadinho! Você sabe como enlouquecer um macho! – ele gemeu enquanto me apertava com mais força.
Um braço dele me laçou pela cintura enquanto ele pincelava a pica no meu rego, que ia se umedecendo com aquele líquido viscoso que não parava de escorrer. Senti que ele forçava a rola contra meu cuzinho, mas de tão tenso eu o contraía, dificultando seu intento. Eu podia sentir a determinação dele pela força que empregava para me penetrar. A pica escorregava e não entrava no cuzinho deixando-o impaciente. Depois de algumas investidas ele conseguiu vencer a resistência do meu esfíncter anal enterrando a jeba no meu cú. Eu gritava com a cara enfiada no travesseiro abafando o som da minha dor. Senti minha carne se dilacerando enquanto algo muito grosso se encravava nas minhas entranhas, era dolorosamente desesperador. Ele só parou quando a pica toda estava dentro de mim. Gemia com o prazer que aquela musculatura extremamente apertada ao redor de seu mastro lhe causava. Eu podia sentir a pica pulsando dentro de mim e isso me acalmou. Comecei a relaxar e empinei a bundinha franqueando o acesso. Ele sentiu a minha entrega e começou a movimentar cadenciadamente seu quadril num vai e vem que fazia a pica deslizar suavemente dentro de mim. Doía muito, pois esfolava minha mucosa anal, mas na medida em que o movimento ganhava amplitude, uma sensação nova e deliciosa me fez gemer de prazer. Ele bombava meu cuzinho num tesão desesperado e urgente, e ambos gemíamos num frenesi comum, um de puro prazer e, o outro, de prazer e dor. O Bruno intensificou as estocadas, que agora se sucediam rapidamente e me atingiam, tão profundamente, que me pareceu não ter forças para suportar.
- Para Bruno, por favor! Para! Eu não estou aguentando! Você está me machucando! – implorei entre os gemidos que estavam se transformando em choro.
Tomado pelo tesão ele pareceu não me ouvir, vieram mais umas quatro ou cinco estocadas breves, mas muito profundas, antes que eu sentisse meu cuzinho sendo inundado por jatos fartos de porra morna e pegajosa, que ia aderindo nas minhas entranhas e, o ouvisse urrando no meu cangote. Ele foi sacando lentamente o cacete do meu cuzinho, quando faltava apenas a cabeçorra, tirou-a de uma vez, estirando minhas pregas dilaceradas e me fazendo soltar um grito. Fechei instantaneamente minhas coxas sentindo um enorme vazio entre elas. Eu estava todo machucado, sentia espasmos em todo baixo ventre e um ardor anal. Ele se reclinou, todo suado, sobre mim e, eu o abracei, pousando sua cabeça sobre meu peito e afagando delicadamente seus cabelos entre meus dedos. Eu me senti completo pela primeira vez e só pensava acalentar esse macho delicioso que me experimentar isso. Apesar da cama estreita, adormeci abraçado a ele e só fui acordar com o barulho da água correndo no chuveiro.
O Pablo veio nos buscar no hotel para nos levar ao aeroporto, um silêncio constrangedor pairou no ar durante todo o trajeto. Ele chegou a me perguntar se estava tudo bem, não insistindo mais quando lhe disse que sim.
Para minha surpresa, poucas semanas depois, recebo uma cantada enfática durante uma discreta encoxada do Roberto, um dos colegas da nossa divisão, que até então se contentava com uns olhares pidões e em manter uma proximidade física um tanto quanto estreita demais. Procurando pela causa desse comportamento novo, descobri que o Bruno havia se vangloriado, numa rodinha de colegas, de ter me enrabado durante a viagem, achando que isso lhe traria de volta o domínio sobre o grupo. No entanto, ele logo percebeu que a estratégia não funcionou, pois a minha popularidade aumentou e, ao invés de ser repelido pelo grupo, passei a ouvir não apenas elogios, mas também cantadas e apalpadas mais ousadas. Esse assédio era tudo que o Bruno não havia imaginado e agora o deixava mais bravo e contrariado.
- Sempre compreendi seu receio em perder sua liderança, mesmo não a querendo para mim. – disse-lhe assim que descobri que ele havia exposto nossa intimidade.
- Mas não imaginava que você pudesse ser esse mau caráter que só sabe se impor através de ardis. - continuei, sem demonstrar rancor, apenas decepção.
Ele me encarou contrariado e não revidou. Me afastei dele e o evitava sempre que possível, pois algo nele me machucava mais do que eu podia imaginar.
Mensalmente a divisão de projetos realizava uma reunião conjunta onde era discutida a situação dos projetos em andamento, apresentavam-se eventuais novos esboços, cada grupo apresentava um relatório sobre os passos seguintes de cada projeto e, nosso chefe nos transmitia rumos e decisões da cúpula da empresa. Foi durante uma destas reuniões, ocorrida poucos meses após meu rompimento com o Bruno, que meu chefe me comunicou da disposição de um cargo na unidade argentina, o convite havia sido feito por indicação do Pablo e, em eu aceitando a transferência, implicava automaticamente numa promoção bastante tentadora, não só do ponto de vista financeiro, mas uma alavancagem na minha carreira. Eu tinha um mês para tomar a decisão. Entre parabenizações, lamentos por eu partir e conselhos dos meus colegas de equipe, no sentido de nem pensar em perder essa chance, o que mais chamou minha atenção foi o fato do Bruno se transfigurar quando nosso chefe deu a notícia. Ele que nas últimas semanas havia até recuperado o bom humor, estava expansivo e brincalhão, mudou radicalmente. Fechou-se pelo restante da tarde, cara metida no computador, mal deixava sua mesa, exceto se isso fosse extremamente necessário e, não falou com mais ninguém até o final do expediente. Nos dias seguintes continuava taciturno e recluso, os mais chegados a ele foram questioná-lo e não conseguiram descobrir o problema que o afligia.
Uma semana antes de eu ter que comunicar a minha decisão, até então ainda não tomada, havia sido uma sexta-feira que encerrava uma semana muito laboriosa, e o pessoal resolveu fazer uma happy hour para relaxar e, ensaiar uma espécie de bota-fora para a minha despedida. Não me demorei muito, pois estava exausto e queria descansar no final de semana. Nem bem fazia meia hora que estava em casa, o Bruno apareceu.
- Posso falar com você? – ele balbuciou constrangido, enquanto eu o fazia entrar.
- Será que ainda temos o que conversar? – retorqui, intrigado com aquela visita, mas com os batimentos cardíacos acelerados.
- Sei que pisei na bola com você e me arrependo do que fiz! – ele continuou cabisbaixo, como que procurando as palavras no chão.
- Me sinto traído e isso é difícil de esquecer. – falei determinado, encarando-o seguro da minha razão.
- É como eu também me sinto! – ele desabafou, agora menos tímido, olhando fixamente em mim.
- Não entendi! – exclamei, pensando não ter ouvido bem.
- Traído! Me sinto traído! – ele continuou elevando a voz.
- Você traído? De onde vem isso agora? .... Traído por quem? – perguntei perplexo.
- Por você! – foi a resposta abrupta.
- Você deve estar doido! De onde você tirou isso? .... Eu não te traí! ..... Mesmo porque não tenho nada com você, para poder te trair – continuei estupefato.
- Todo certinho, se derramando em sorrisos e atenções com o pessoal do escritório, com o talzinho do Pablo então ..., sem contar o metido do Roberto. – ele despejou enquanto caminhava de um lado para o outro, numa atitude de impaciência e contrariedade.
- Sinceramente! ... Eu não estou acreditando nessa nossa conversa. Não faz o menor sentido! Eu me relaciono com o pessoal do escritório profissionalmente. Tenho a sensibilidade de perceber como cada um é, e o trato segundo sua personalidade. Por isso me dou bem com todos. – fui me defendendo. E depois de tomar fôlego:
- O Roberto e outros tantos só começaram a botar as manguinhas de fora, depois que você, espalhou para quem quisesse ouvir e conhecer os seus feitos de garanhão. De como você enraba quem representa uma concorrência! E, o ‘talzinho’ do Pablo, como você diz, é um amigo querido. Uma amizade que começou nos meus tempos de trainee. Amizade que você não sabe como construir, muito menos manter! – descarreguei, aliviando aquilo que havia meses estava entalado na garganta.
- Eu te gosto. – ele murmurou quase engolindo as palavras.
- O que? – perguntei com a voz ainda alterada pelo desabafo.
- Eu gosto muito de você! – ele repetiu num tom mais audível.
- Estranho modo de gostar! Enfim, cada um tem o seu. – concluí irônico.
- Sou fissurado em você desde o primeiro dia que você apareceu na divisão! A partir dali só faço te adorar mais a cada dia que passa!... – ele declarou, mergulhando fundo nos meus olhos à procura de compreensão.
- ... Por isso me sinto traído a cada vez que alguém ganha sua atenção e seu carinho. Fico desesperado ao imaginar você partindo para outro país, onde eu não possa te ver todos os dias. – ele continuou, disfarçando enquanto a voz começava a embargar durante as últimas palavras.
Eu estava atônito com essa declaração. Sabia o quão difícil estava sendo para esse machão admitir que estava gostando de outro homem. Ele que construiu uma imagem de macho que domina tudo, das mulheres que sonham tê-lo na cama, que decide se a pessoa é, ou não, interessante, depois de tê-la fodido, capitulava diante dum sentimento novo, mas real. Olhei para ele e, quem estava diante de mim, não era aquele colosso de quase 190 centímetros e pouco mais de 100kg de músculos, mas um garotão crescido e carente. Caminhei até junto dele e coloquei minha mão sobre seu rosto, que foi espetada pela barba cerrada por fazer, o acariciei com suavidade e doçura no olhar. Ele cobriu minha mão com a dele e a beijou com cuidado, esperançoso da minha decisão em aceitar suas desculpas.
- Eu achava que tinha tudo, até aquela noite no hotel, na véspera do nosso regresso. Desde então sinto sua falta como nunca. – confidenciei envergonhado.
- Acho que tudo que experimentei até agora foi um aprendizado para viver com você! – ele admitiu confiante.
Seus braços me envolveram e fui puxado para junto dele. Com um cuidado de quem toca em algo extremamente frágil, ele encostou sua boca em meus lábios. Não fez nenhum movimento, esperando que eu o recebesse. Apenas quando abri minha boca, ele começou a me beijar, apertando em mordiscadas leves os lábios que eu lhe entregava. Sua língua foi me penetrando aos poucos, esperançosa de também ser acolhida. Ele tateava à procura da certeza da minha decisão e, quando a teve, seu beijo ganhou intensidade e minha boca recebeu sua saliva morna sem restrições. Passaram-se minutos antes dele me soltar com os lábios arroxeados pela intensidade dos beijos.
Como não havia ninguém em casa, guiei-o, pela mão, até meu quarto. Ele o esquadrinhou enquanto fechava a porta atrás de si.
- Então é aqui que meu anjo descansa! – ele constatou, esboçando um sorriso em minha direção.
- Tem o perfume da sua pele. – ele acrescentou, antes que eu pudesse fazer qualquer comentário.
Em seguida aproximou-se de mim e me trouxe novamente para junto de si num abraço envolvente e carinhoso. Tornei a olhar docemente em seus olhos e a acariciar seu rosto. Nos beijamos repetidas vezes antes das mãos dele começarem a passear por meu corpo sob as roupas. Ele começou a despir minha camisa e lançou um olhar faminto nos meus mamilos, que foram, em seguida, lambidos e mordiscados até que os bicos estavam intumescidos e salientes. Eu segurava sua cabeça enquanto meus dedos desalinhavam seus cabelos.
- Sou tarado por essa pele branquinha e cheirosa. Quando a toco chega a me incendiar! – ele murmurou ao beijar e lamber meus ombros e meu pescoço.
Uma das suas mãos se encheu com minha nádega, que ele apertava, sentindo sua consistência. Desabotoei os primeiros botões de sua camisa e pousei minha mão sobre os pelos do peito dele. Eram densos e grossos e achei que mereciam ser acariciados. Ele terminou de desabotoar e tirar a camisa. Um torso volumoso e quente estava à minha frente, beijei-o seguidamente em vários pontos. Sob suas calças uma saliência pulsátil se avolumava, sem a menor discrição, chamando minha atenção. Fiz deslizar minha mão sobre ela, o que apressou sua movimentação. Ele abriu a calça e a baixou, deixando a mostra uma mancha úmida sobre a cueca. Toquei-a delicadamente e a beijei, sentindo o cheiro de macho que saía dali. Ele arfava ao ponto de eu ouvir sua respiração profunda. Arriei sua cueca o que fez saltar a rola revestida por calibrosas veias. Não admira que daquela vez eu havia ficado todo machucado. Era a primeira vez que eu a via tão próxima, fazia jus ao dono, pois era enorme como ele. Grossa e reta, começava junto a um sacão globoso e terminava numa cabeçorra saliente e suculenta, donde agora escorria aquele líquido translúcido e mucoso, cujo cheiro atiçava todos os meus sentidos. Ele a pegou e começou a roçá-la em meu rosto, até que eu abocanhasse o que pude dela. Chupei-a obstinadamente enquanto ela terminava de endurecer na minha boca e, os primeiros gemidos dele se faziam ouvir cada vez mais altos. Olhei para cima e o vi se contorcendo pelo prazer que minha boca aveludada causava em sua jeba. Ele me levou até a beira da cama onde terminou de me despir. Meus glúteos expostos foram seu alvo. Apalpou-os com ambas as mãos e separou as nádegas, o que lhe permitia ver meu cuzinho cercado de pregas rosadas no fundo do rego. Seu polegar passeava sobre as pregas o que me fazia gemer de tanto tesão. Ele começou a lamber meu cuzinho, espetando com sua barba as laterais das nádegas. Por mais que eu puxasse o ar, parecia que ia sufocar de tanto desejo. A vulnerabilidade da minha posição, e meus gemidos contidos o estavam enlouquecendo.
- Quero você pra mim! Quero cada palmo desse corpo tesudo! – ele sussurrou num arfar morno em meu cangote.
Com cada uma das minhas pernas abertas de um lado da quina da cama, as nádegas abertas pela mão dele, comecei a sentir a pica forçando meu cuzinho. A experiência anterior me aterrorizava ao mesmo tempo em que o desejo sabia que era hora de ceder. Segundos depois ele habilmente fazia a jeba penetrar meu cuzinho, distendendo as pregas e as dilacerando. Só o grito parecia aliviar toda a tensão que meu corpo trêmulo guardava. Esse grito tinha o poder de fazer o tesão dele explodir. Vulnerável e submisso eu estava pronto para receber sua pica, que ia se aprofundando nas minhas entranhas, a cada estocada que ele desferia. Ele soltou um urro quando a havia colocado completamente dentro aquele cuzinho quente que o recebia desejoso. Ambos arfávamos com o prazer dessa convergência, dessa união. Os movimentos, de vai e vem, iniciaram lentos e curtos, até que muito depois se tornassem rápidos e profundos, acompanhados dos meus gemidos quase chorosos. Ele tirou a rola do meu cú, me levou quase até a cabeceira da cama, onde me pousou sob os travesseiros, ajoelhado sobre a cama, abriu minhas pernas trêmulas e as colocou sobre seus ombros. Eu estava novamente aberto, meu cuzinho exibia um halo vermelho e piscava desesperado, ele tornou a enfiar o cacete nele até que seu sacão batesse contra meus glúteos. Ele apoiou as mãos sobre a cama e começou a me foder. Abracei-o pelo tórax e gravava a ponta dos meus dedos nas costas dele, enquanto o movimento de entra e sai esfolava minha mucosa anal. Ele gemia como um touro, despejando em mim jatos abundantes de porra morna, que escorria me invadindo com sua virilidade. Ele olhava para mim com o desejo satisfeito e, eu retribuí acariciando seu rosto e com o olhar doce e suave que o abrandava.
- Te adoro! – murmurei exausto, puxando seu rosto para beijá-lo.
Ele sorriu e se entregou aos meus afagos. Ele sabia que me tinha.
Durante a reunião daquele mês, declinei da vaga na unidade argentina, para espanto do meu chefe e do pessoal da divisão. Assim, terei que esperar um pouco mais para ganhar uma promoção, mas ganhei o amor da minha vida, e sei que agora, tenho tudo de que preciso.
Esse é talvez o melhor conto que já li até agora nesse site. Muito bom.
Uma linda história.
Que delícia de conto.
Muito bom o conto .
Gostei