Divã: Arte da Submissão - Parte 1

Patrick foi um daqueles pacientes que conseguiu me surpreender ao longo das sessões. Ele era um jovem ginasta bastante promissor, cotado para representar o país nas olimpiadas.
Sua consulta veio na época em que estourou o escândalo de abusos envolvendo ginastas, amplamente divulgado por Diego Hypolito. E ao saber de seu contexto, onde o patrocinar de Patrick havia falecido tinha pouco tempo e que ele precisava falar dele, me deixou imaginando que aquela diante de mim era mais uma das vítimas, motivado pela coragem iniciada pelos outros a tentar falar sobre o tema.
Patrick chegou em meu consultório visivelmente triste. Seus olhos não emanavam brilho e suas tentativas de sorrir para ser amável não produziam qualquer efeito.
Percebendo que iríamos demorar até ele conseguir chegar ao cerne da questão, resolvi tomar um caminho menos direto ao Uma vez já o conhecendo. Na verdade, o pretexto utilizado foi sua própria carreira de ginasta, onde o tema poderia fazer ele entrar no assunto de Jefferson, seu benfeitor falecido, a hora que quisesse.

*
Não consigo lembrar de um momento em minha vida em que não quis ser ginasta. Na cidade pequena onde nasci, via pela televisão os atletas e sempre me encantou a leveza de seus corpos, a maneira como pareciam voar.
Com o tempo, comecei a perceber outras coisas também que me chamavam a atenção. Nessa última, nos atletas masculinos. Como seus corpos eram bem feitos, como a musculatura ganhava desenhos naquela roupa colada, suas bundas eram avantajadas e como eram bonitos.
Ambas as coisas, seja o esporte ou a atração por homens, tiveram de ser mantidas em segredo da vizinhança. A população daquela cidade era muito conservadora e, dizendo isso quero dizer preconceituosa também.
Os ginastas, sem exceção, eram logo taxados de viados sem qualquer consideração. E meu pai nunca mediu palavras para demonstrar o desprezo por quaisquer destes conceitos: ginastas e viados.
Minha mãe, submissa, nunca o contrariou. E eu segui uma vida tranquila como bom aluno, namorado da filha do pastor da cidade, e filho exemplar. Até que uma oportunidade abriu meus horizontes.
Eu havia ganhado uma bolsa para estudar na capital. Um mérito conseguido graças a minhas habilidades em computação. Ia estudar em uma grande escola técnica e moraria internado no colégio.
Àquela altura, meu pai já havia partido devido a um infarto e minha mãe não conseguiu me impedir. Estava bastante envolvida com o casamento de meu irmão mais velho para dar atenção a mim.
E foi lá, pela primeira vez longe dos olhares curiosos do povo de minha cidade e do cuidado de minha família, que meu mundo se abriu.
O colégio tinha uma equipe poliesportiva, atraia inúmeros atletas de diferentes modalidades. E foi ali que tive um novo contato com a ginástica. Não consegui me conter em tentar uma inscrição na turma de iniciantes. Tinha 15 anos na época.
O treinador, Ricardo, gostou muito de mim de cara. Falou, após alguns testes de alongamento, que eu tinha uma excelente mobilidade e que levaria jeito. Naquele primeiro dia ele me pôs para assistir aos treinos e a magia da ginástica se abriu para mim, mais forte do que nunca.
Em especial por conta de Thales, um negro de estatura média e musculoso, cujo corpo bem feito se mostrava naquela roupa colada. Ele tinha um sorriso muito bonito, cabelos crespos em estilo black power, muito bem cuidados e oscilavam cuidadosamente em cada salto. Tinha um brinco na orelha direita também. Era veterano, em seus 17 anos, terceiro ano do ensino médio.
Ao fim daquele primeiro dia, Ricardo, o treinador, me chamou e pediu para Thales me apresentar alguns movimentos e também as instalações do centro esportivo após o encerramento dos treinos. Muito simpático, ele aceitou sem hesitar.
Andamos por todo o lugar, as quadras, as piscinas, os vestiários. Estava calor e Thales havia despido a parte de cima do uniforme, deixando-o pendurado ao corpo, com o tronco nu. Foi dificil prestar atenção ao que ele dizia e sentia que teria de reaprender todos os caminhos novamente na próxima vez que viesse. E quando dei por mim, já tinhamos voltado para o tatame onde havia começado meu tour. Só que agora estava vazio.
Ao despertar, notei que ele estava diante de mim, braços cruzados. Esperando com uma expressão que mesclava graça e curiosidade.
- O que foi? - perguntei, perdido.
- Você prestou atenção em alguma coisa do que falei?
Senti meu rosto corar na hora e balbuciei:
- Ah... Sim. Um pouco.
Ele riu e pôs as mãos na cintura. O peitoral definido e levemente suado. Percebi de cara que ele notou o que eu olhava. Mas não comentou nada. Apenas mordeu o lábio e sorriu, parecendo pensar em alguma coisa.
- Vamos lá, que tal você me mostrar alguma coisa. Alonga um pouco que eu vou te passar uns movimentos.
Fizemos então um breve exercício de alinhamento e aquecimento, então fui mostrando para Thales o pouco que eu sabia. Dar estrela, ficar de ponta cabeça, cambalhota e outros movimentos simples eu tirava de letra. Já fazia quando criança.
Thales ficava próximo a mim o tempo todo. Me corrigindo e auxiliando. Sentir sua mão me tocando era dificil de ignorar. Dificil também era respirar tendo ele tão perto. Aquele corpo quente e com cheiro de suor de homem. Thales era mais alto e mais forte que eu e isso me atraia muito. Me sentir tão acuado, pequeno e vulnerável diante de um garoto daqueles. Difícil não prestar atenção no volume que aparecia em sua roupa, ou em seu corpo todo liso: peito, axilas, barba.
- Muito bom - falou enfim - consegue fazer ponte? Assim...
E falando isso, se jogou pra trás, apoiando as mãos no chão. Eu sabia o que era uma ponte, mas acredito que o motivo real de ele ter demonstrado, era pra deixar seu volume bem a mostra pra mim.
Estava indiscutivelmente duro por debaixo daquela calça de compressão.
Eu repeti e ele me parabenizou.
- Você vai pegar os movimentos rápido - concluiu. - agora faz um agaixamento. Quero ver até onde você consegue chegar.
Eu então agaixei, quase tocando a bunda no chão.
- Caramba, show - se impressionou - deixa eu só fazer uns ajustes - e se agaixou ao meu lado.
Thales pôs uma das mãos nas minhas costas e outra no peito, corrigiu minha postura. Então, desceu e pôs a mão na minha bunda e a deixou mais rente ao corpo
- Assim - conferiu, enquanto alisava uma nádega - perfeito
Ele estava bem perto. Meu joelho direito roçava em seu volume. Detalhe que ele pareceu não perceber.
- O segredo está aqui - e pôs a mão novamente na minha bunda. Eu estremeci. - nem todos conseguem fazer essa voltinha que você faz. Te da mais estabilidade - e alisou, então passou a mão pelo espaço entre as nádegas, alisando a entrada do orifício por cima do short. - fica abertinho assim mesmo, relaxa - e alisou o dedo.
Thales sorria, tranquilo, enquanto eu tinha meu coração em disparada. Estava feliz em brincar comigo, me fazendo ficar tão aceso.
- Diz ai, Patrick. Acha que consegue segurar essa posição mais tempo?
- Sim - respondi, embora meus joelhos comecassem a gritar.
- Legal - sorriu. Dentes muito brancos e alinhados - você tem um controle legal, sabia. A maioria ficaria desconfortável - e enfiou a mão por dentro do meu short, alisando o anel com o dedo diretamente pele na pele.
Acabei soltando um gemido. E ele riu.
Então enfiou um dedo com carinho e fez mais pressão pro meu joelho tocar seu volume duro. Mas ao fazer isso, acabei desequilibrando e cai. Ele riu e eu também.
Thales se levantou e estendeu a mão para me ajudar. A peguei e ele me puxou, apoiou minha cabeca e a conduziu diretamente para seu volume. Cai de joelhos diante dele.
- Opa, foi mal - pediu, meio sonso - puxei forte demais?
E dizendo isso, puxou minha cabeça com delicadeza, fazendo meu rosto roçar em seu volume. O cheiro de macho invadiu minhas narinas, que se dilataram como as de um cão farejador.
Olhei para ele e seu rosto estava concentrado, me fitando e esperando minha reação.
Eu nada fiz. Fiquei apenas ali parado, abobado.
Ele puxou de novo e eu deixei roçar meu rosto. Involuntariamente meus lábios beijaram ele. Thales sorriu e continuou a esfregar em meu rosto. Eu me atentava a cada detalhes. A roupa colada parecia relinear totalmente o órgão. Eu era capaz de ver cada veia, consegua distinguir com precisão os detalhes da cabeca, onde, na ponta, a roupa estava um pouco úmida.
Olhava seu rosto, vendo aquele peito forte inchar a cada suspiro. Lambi o tecido, ainda nervoso.
- Que tal irmos pro vestiário... Você sabe... Tomar um banho
Eu concordei, dócil.
Chegamos e ele ficou parado me olhando, esperando. Eu comecei a tirar a roupa, sem conseguir tirar meus olhos dele. Fiquei pelado e fui até ele. Ajoelhei e fui arriando sua calça de compressão. Era dificil ouyxar e Thales não me ajudou, achando graça de minha dificuldade. Enfim, a arriei até o joelho, o pau duro saltou pra fora e colidiu com a minha cara.
O peguei, e puxei a pele. O cheiro ficou mais forte. Salivei sem controle. Olhei pra ele e Thales continuava sem expressão, me deixando livre para tentar. Eu nunca havia chupado um homem antes. Mas era estranho, era como se meu corpo soubesse, instintivamente, como fazer.
Eu parecia estar indo bem, pois o rosto dele, imediatamente se contorceu em prazer. Gostei do que vi. Percebi estar agradando e isso me estimulou a continuar. Ele alisava minha cabeça com carinho, como quem afaga um cachorro por fazer um bom trabalho.
Tal analogia me ocorreu na hora e me deu ainda mais prazer. Estava feliz em servir Thales, que tinha sido tão gentil comigo. Eu olhava pra ele esperançoso, vendo ele gemer, ansioso por agradar.
Então, num impulso ele me pegou pelas axilas e me levou pra uma cabine.
- Vem. Deixa eu ver essa bunda.
Me empurrou pra dentro e se trancou comigo. O tesão o havia deixado menos cuidadoso e isso só me acentia mais. Me pôs contra a parede e abaixou. Abriu minha bunda sem aviso prévio e começou a chupar. Um choque atravessou meu corpo, subindo pela espinha até os fios do cabelo.
- Tu já deu o cu antes? - quis saber, atrevido
- Aham - não sei o que me levou a mentir, mas menti.
- Sério? Tão apertado. Que delicia - e devorou novamente.
Eu me esparramava naquela parede, mordendo o lábio para não fazer muito barulho. Thales levantou e colou atrás de mim, mordendo de leve meu pescoço enquanto encaixava o pau.
- Gostoso você, garoto. Não to resistindo - e encaixou a cabeça.
O pau era grosso e encaixou com dificuldade. A saliva dele tinha dado uma boa lubrificada, mas não seria o bastante. Mesmo assim, eu rebolei, tentando ajeitar melhor a entrada. Thales forçou um pouco e o pau escorregou. Foram poucos centímetros, mas ardeu. Segurei o grito, trinquei os dentes e respirei fundo.
- Ta machucando? Quer que pare? - perguntou, soltando o bafo quente no meu ouvido.
- Não. - menti sem pensar duas vezes. Não queria parar. Inconsequentemente, queria que ele enfiasse mais.
O órgão arrastando foi um martirio, mas eu encarei o desafio. Meus olhos lacrimejaram e eu mantive a cara colada na parede para que ele não visse. Doia, mas a dor dava uma inédita sensação de prazer.
Rebolei mais, ajudando o pau a entrar. Trinquei os dentes, empinando a bunda. Então, num escorregar, o resto do pau entrou de uma vez. Queimou quando eu senti a pelvis dele bater contra minha bunda. Eu imediatamente fiquei na ponta dos pés, empinado pelo órgão enganchado em meu corpo..
Foi difícil não gritar, mas consegui.
- Fode - minha voz era trêmula. Não sei se Thales percebeu que estava me machucando. Se percebeu, fingiu não.
Eu empinei bem a bunda e deixei ele meter. Com cada vez mais força.
Vendo que eu não me queixava, ele começou a castigar. Meu pau nunca esteve tão duro na vida, pela estranha sensação de estar sendo rasgado ao meio. Senti uma lágrima escorrer, a medida em que a dor e o prazer se mesclavam em uma sensação inédita.
Cada fincada parecia me queimar por dentro. Thales segurou minhas mãos e entrelaçou seus dedos nos meus, conduzindo meus braços e fazendo eu abraçar a mim mesmo. Naquele momento eu tinha todo o meu corpo bem preso entre seus músculos.
- Caralho, Gatinho. Que delícia você - sussurrou, conforme o ritmo de suas estocadas aumentavam .
Naquele momento, perdi completamente o controle da situação. Enlaçado como estava, não tive pra onde fugir e fui fudido com muita força. Meus pés eram tirados do chão vez ou outra. Eu me agarrei em seus braços e trinquei os dentes, arfando.
Meu pênis começava a verter gozo sem eu perceber, tamanho meu prazer apesar do claro sofrimento.
- Caralho, vou gozaaaarrr - anunciou num urro.
Dava para sentir o pau de Thales pulsando, tamanha a intensidade do gozo. Fiquei me perguntando quanto liquido estava saindo, pois parecia não parar nunca
- Vou tirar - avisou e puxou com calma
Mesmo com carinho, senti um vazio imenso deixado pra trás, enquanto uma fina linha quente descia pela minha coxa.
Fiquei aliviado quando passei a mão e vi que era apenas leite. Eu estava muito ardido e podia sim ter me machucaso no processo.
- Nossa - ele bufou, recuperando o ar. - nunca fudi uma bunda tão gostosa.
Eu sorri, aceitando o elogio. Poderia ter dito que nunca tinha sido tão bem fodido também, mas não cabia, já que eu nunca tinha sido fodido antes
*
Por instantes, Patrick esqueceu o motivo que o havia trazido ali e se entregou aquele relato. Então, parecendo se lembrar onde estava, Me olhou e sorriu, um pouco cansado.
- Não falei nada de Jefferson, não é?
- Você quer falar hoje ainda sobre ele?
Patrick me encarou, parecendo procurar em meu rosto algum sinal de julgamento ou desgosto. Não os encontrando, apenas sorriu e por fim falou:
- Hoje não. Fiquei satisfeito com o que pude falar. Nunca narrei pra ninguém essas coisas antes... Digo, só para meus leitores do blog que eu nem sei quem são... - e riu.
- Mas acho que... Na próxima consulta, poderei falar melhor
Assenti e ele se despediu.


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Comentários


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kevinho Comentou em 15/10/2021

Nossa, esse conto e a forma como você escreve é perfeito!! Parabéns!




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Ficha do conto

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fabiomendes

Nome do conto:
Divã: Arte da Submissão - Parte 1

Codigo do conto:
187507

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
07/10/2021

Quant.de Votos:
8

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