*
Dois dias antes de sua viagem, Jefferson havia ligado pra mim, dizendo que precisaria de minha ajuda na manhã seguinte.
Por ser um domingo, eu achei que a tal ajuda seria algo no sentido de nossos jogos, mas ouvindo ele falar de forma tão séria que se tratava de uma competição importante que ele iria agenciar, cheguei ao ponto de ser enganado.
Fomos para o CT na manhã seguinte. O lugar estava fechado.
Era a primeira vez que via o ligar deserto. Sua imensidão tornava sei vazio ainda mais presente. No geral, era total silêncio. Mas a medida que chegavamos ao centro de lutas, começo a ouvir os sons esbaforidos de gritos e pancadas. Quando chegamos ao octogono, vejo dois rapazes treinando e mais dois do lado de fora, torcendo e tecendo comentários.
Quando entramos, um rapaz de tamanho médio e forte que estava do lado de fora nos percebeu chegar e chama a atenção dos outros
- Pessoal. Jefferson chegou.
Já estava acostumado a ter minha presença ignorada sempre que estava perto demais de Jefferson.
Os demais pararam o que faziam e vieram.
- Vejo que se aqueceram bem - os parabenizou. - Gostei do cabelo, Vinícius. Muito melhor raspado assim. Além de ser melhor para lutar. - falou com o moreno que anunciou sua chegada
O tal Vinícius era realmente um cara muito bonito. Vestia camiseta branca e bermuda preta. Era moreno e tinha belos bracos. Uma cara de garoto. Devia ser mais velho que aparentava.
- La vai ele, daqui a pouco implica comigo - falou um dos rapazes do octogono. Era mais alto e magro. Estava sem camisa e tinha uma boa definição no abnomem. Tinha alguns pelos no peito, barba e um cabelo na altura do ombro e amarrado atrás.
- Nem ia comentar, Max, mas já que você falou, está na hora de cortar memso. Isso ainda vai te atrapalhar.
Todos riram.
- E quem é ele? - um dos caras que lutavam notou minha presença. Era negro, careca. O mais baixo dos 4, mas o mais forte. Tinha as pernas bem volumosas e braços também.
- Ah sim. Desculpe os modos Vladimir. Esse é Patrick. Um amigo e patrocinado aqui do CT. - e se voltou pra mim - Patrick, esses são Vinicius, Pedro, Max e Vlad. Fazem parte do time oficial de MMA daqui e vão ter uma competição semana que vem.
Eu os saudei e foi retribuído.
- E qual será a dinâmica, Jefferson? Disse ter um treino especial hoje - Pedro perguntou. Parecia ser o mais velho do grupo. Tinha barba e cabelos pretos, olhos azuis e sérios. Parecia ser o tipo de pessoa extremamente disciplinada. Vestia uma camisa preta e os bracos fortes tinham uns pelinhos.
- Então, Pedro. Foi bom perguntar. Pensei numa dinâmica divertida pra vocês hoje, com a ajuda do Patrick aqui. - e sorriu pra mim e, naquele momento, vi seu olhar novamente ganhar aquele ar de malícia que eu tanto conhecia. - a dinâmica é simples. Faremos um amistoso. Quatro lutas, classificatórias. Os vencedores disputam entre si o primeiro e segundo lugar, e os perdedores da primeira rodada o quarto e terceiro.
- Tudo bem. Mas e aí, o que tem de mais? - Vlad perguntou.
- Ora, o que tem de mais é que reservei um prêmio para vocês. - e pôs a mão no meu ombro. - O vencedor, será o primeiro a comer o Patrick aqui.
A naturalidade com que ele falou foi tão estarrecedora que levou alguns segundos de silêncio antes dele mesmo o quebrar.
- O nosso campeão, vai poder brincar a vontade com esse garoto aqui no octogono. Aí, quando se satisfizer, será a vez do segundo lugar e ele também poderá fuder o Patrick da maneira que mais gostar. Então, o terceiro e daí ao último colocado, só vai sobrar o que restar. Provavelmente Patrick não tera muita disposição no ultimo, que tera que se contentar com um corpo sem muito atrito e sujo pelos demais companheiros.
Mais um silencio, então Pedro riu, com descrença.
- Ah, Pedro, desculpa. Esqueci que não é deste tipo de brincadeira. Por favor, não se sinta ofendido. Mas por favor também, não vá deixar os demais vencerem facilmente por isso. Prometo que, se ganhar, penso em outra resompensa para ti.
O tom de voz dele era o mesmo que usou com os guardas, sonso e contralado. Lembro de ver Pedro me fitar, com aqueles olhos azuis. Os braços cruzados e o ar sério me arrepiaram da cabeça aos pés. Ele claramente não era do tipo que pareica curtir uma brincadeira entre homens. Mas naquele momento, àquilo me deu ainda mais tesão e comecei a torcer secretamente que ele vencesse.
- Bem. Prêmio é prêmio - Max riu - tem degustação?
- Claro que não - Jeffeeson o cortou. - Somente ao vencedor os espólios. Então, quem se prontifica?
Max, que ainda estava no octogono, ficou e Vinícius o acompanhou. Ambos animados. Entre eles , Vinícius me chamava mais atenção, era mais forte e muito bonito. Me peguei torcendo para ele e só então me dei conta de quão fácil foi entrar naquele tipo de brincadeira.
Assim, de forma tão natural, eu já me envolvia no jogo e me via servindo de prêmio para aqueles quatro homens, que poderiam me usar até a exaustão, que revesariam conforme suas saciedades.
Acabei viajando nessa reflexão e nem percebi quando a luta tinha começado. Os dois foram com tudo. Vinícius era extremamente habilidoso. E compensava a vantagem da altura de Max, que lhe conferia melhor alcance.
Vinícius se esquivava com maestria e eu me segurava para não gritar em sua trocida. A animação da luta, mesclada com a excitação do jogo me deixavam louco. Meu corpo treima, era difícil me manter parado e sentado.
Mas foi então que, num leve vacilo, Vinícius deixou a guarda aberta. Max não deixou escapar e, num giro de corpo, lançou o pé contra o centro do peito do colega. O golpe foi forte, e o arremessou pra longe. Instantaneamente, ele correu para o amigo, preocupado por ter se empolgado. Mas Vinícius estava bem. Havia claramente perdido a luta, mas estava bem. Só com a respiração ofegante. Max então ajudou o amigo a sair do octogono. E, passando por mim, me lançou um olhar de cima a baixo, enquanto umedecia os lábios.
Tal olhar me paralisou. Me senti como um pedaço de carne exposto para venda. E isso fez meu volume apertar dentro da cueca. Foi um olhar rápido, fração de segundos, mas foi o bastante para me desestabilizar.
A próxima luta começou. Pedro contra Vladmir. Apesar de pequeno, Vladimir era muito forte e um golpe bem acertado encerraria a luta facilmente. Mas Pedro estava calmo, calculista. Tava na cara que tinha muita experiência.
- O tempo que essa luta irá levar vai me dizer muito sobre a pré disposição de Pedro. - escuto, de repente, Jefferson falar ao meu lado. Me assustei, pois não o tinha notado ali
- O que quer dizer com isso?
Mas Jefferson não pareceu ter ouvido minha pergunta.
- Olha, já acabou. Interessante - comentou, satisfeito.
E só então, voltando a atenção para a luta, que realmente vi Vladmir completamente imobilizado no chão.
Ao contrário de Max, o vencedor dessa luta não deu uma olhada no prêmio. E eu senti um misto de rejeição e desejo maiores ainda. Fiquei com medo e ao mesmo tempo, ansiei pela sua vitória.
A disputa entte o terceiro e o quarto lugar ocorreu depois. E Vinícius, claramente o mais jovem, foi subjugado pelo musculoso Vladmir.
- Ah muleke - ele comemorou - pelo menos ainda vai sobrar alguma coisa pra mim - e riu-se. Eles falavam de mim como se eu não estivesse ali. Como se eu não fosse uma pessoa. Sei o quanto isto é estranho e até certo ponto problemático. Mas não conseguia evitar sentir cada vez mais tesão com tal perspectiva
- Patrick, tira a roupa. - Jefferson fala, do nada, ao meu lado
Eu me voltei para Jefferson e ele me olhava decidido
Então levantei e comecei a me despir.
Todos paravam de falar e acompanhavam. Notei, pelo canto do olho, que até mesmo Pedro olhou. Mesmo que de forma furtiva.
Fiquei de costas para eles quando tirei a cueca. Inclinado pra frente e expondo minha bunda para a platéia.
- Nossa - ouço Max comemorar.
Jefferson vem até mim e abre minhas nádegas diante dos lutadores, e alisa meu buraquinho com a ponta do indicador. Minhas pernas tremeram e eu tive de me segurar a ele. Meu pau já estava umido àquela altura.
- Pedro, se quiser desistir, fique a vontade. - Max recomendou.
Mas Pedro nada falou.
Entrou no octogono e Max também. O primeiro, frio e calculista, o segundo agitado. Max tentava a todo o momento irritar Pedro, fazer o adversário dar um vacilo. Mas Pedro estava enfocado. A luta não durou muito. E logo Pedro venceu a vantagem do alcance de Max e encontrou uma forma de jogar ele no chão e o prender
Era um exímio lutador de jiu jitsu.
Assim, Max saiu derrotado. Olhou pra mim com um olhar de consolo. Ainda parecia guardar esperança e eu sabia o que àquilo significava. Pois se Pedro não reivindicasse o prêmio, significaria que ele seria o primeiro.
Sem esperar algum comando, me levantei e fui andando pelado até o octogono. Não esperei me chamarem, afinal, sabia meu papel. Sinceramente não sei o que me deu. Era como se minhas pernas tivessem vida própria. Eu estava cheio de receios, mas caminhava ainda assim.
O vencedor não esperava tamanha iniciativa e paralisou. Pedro, apesar da luta fácil, suava e me olhava sem uma expressão clara no rosto. Não sabia se minha proximidade o estava deixando ansioso ou irritado.
É ai que, quando passei por Max, ele alisa minha bunda e faz menção de me puxar para ele.
- Tira a mão dele, perdedor - Escuto a voz grossa de Pedro ressoar.
Notei que até mesmo Jefferson se impressionou. Eu me arrepiei todo com aquela voz grossa e autoritária.
- Pensei que não quisesse o prêmio - Max se defendeu.
- Querendo ou não. Você não pode pegar até eu disser que pode.
- Ele está certo - Jefferson falou calmamente, se recostando.
Eu cheguei até Pedro e ele continuava imóvel. Estava ali, pelado, exposto. Ele, imóve continuava. Seus olhos azuis andando sobre meu corpo, indecisos.
Eu então o ajudei a tirar as luvas, dando-o tempo para pensar se era isso que ele queria.
Um lado meu, agora, mais tentando que nunca, queria incentivar sua escolha. Fazer ele ceder seria minha grande vitória naquele jogo
Eu o abracei e ele respirou fundo. Coração acelerado. O cheiro de suor de macho me invadiu e eu salivei. Fui ajoelhando, agarrado a ele. Meu rosto tocou na sua gelitalia, dura por cima do short fino.
Levei a mão pelas laterais do short e baixei. Ele segurou, mas não resistiu muito tempo. Cheirei aquele pau suado, apertei aquelas coxas grossas.
Lambi do saco até a cabeça e delirei com o sabor. Meu nariz roçava em toda a extensão, cheirando tudo como um cão atrás de comida.
Pedro estava com a mesma expressão do guarda na beira da estrada. Seu rosto tentando manter a rigidez enquanto involuntariamente se contorcia com o prazer causado. Me ergui novamente e o abracei, afundando meu rosto em seu peitoral. Ele era tão grande, tão forte e tão maduro. Adorava como isso me fazia sentir pequeno, fragil e jovial em seu contraste
Peguei sua mão e a coloquei em minha bunda, deixando ela acariciar toda a nádega. Minha boca mordiscou seu peito e foi ali que eu senti ele perder um pouco o controle. Seu arfar me deu mais força, e saboreei cada mamilo, chupando e lambendo. Sua mão encontrou o caminho por entre minhas nádegas e introduziu um dedo contra o orificio. Delirei. comecei a gemer baixinho, abafadando a boca em seu peito.
Creio que meu gemido, assim como fazia com Jefferson, o incentivou.
Aos poucos, foi me condizindo ao chão, deitando por cima de mim no tatame. Me virou o corpo e começou a me abraçar. Um abraço forte, imobilizando meus braços e minha cabeça, como ele faria com um oponente
E ali, completamente imobilizado e a sua mercê, ele abriu minhas pernas com os joelhos e encaixou. Me abri o máximo que pude, arfando conforme seu órgão ia abrindo caminho, raspando as paredes de meu corpo.
Senti seu saco encostar em mim, gemi mais. Ele foi metendo devagar, me prendendo por completo contra o chão. Eu não teria escapatória, mesmo que quisesse. Como aquela sensação era gostosa. Eu me via perdido naquele mundo de violência.
- Mais forte - pedi baixinho, involuntariamente, gemendo e delirando
- O que? - sussurrou.
- Forte - repeti, ainda em êxtase.
- Vou te machucar assim.
- Forte. Forte - comecei a me desesperar. Meu corpo ansiava por aquilo.
Pedro então ergueu o quadril e deu um golpe poderoso contra minhas nádegas. O som ecoou e todos ficaram boquiabertos.
Ele esperou para ver minha reação. Mas eu não consegui dizer nada. Minha boca se abriu sem produzir qualquer som. Foi como se eu estivesee fora do ar, se tivessem puxado minha tomada. Eu simplesmente desliguei, tamanho o impacto do golpe e do prazer. Aquele pau fincado fundo em mim.
Ele ergueu novamente e golpeou. E de novo, e de novo. Logo os estalos foram sequenciais, fortes, ritmados e precisos.
Minha voz encontrou o caminho para a boca e eu gemi alto. Praticamente chorei levando as estocadas de Pedro. Eu empinava minha bunda ao máximo, tentando receber mais fundo que ele conseguia.
- Assim vai sobrar nada pra mim - Max se queixou.
- E eu? - Vinícius lamentou - Pedro sempre meteu bronca que não curtia essas coisas.
- Eu disse que o Patrick era especial - e essa foi a voz de Jefferson. Ouvir sua voz falando coisas tão bonitas sobre mim me fez delirar ainda mais. Eu estava literalmente babando, tanto pelo órgão quando pela boca, sujando o chão.
E foi quando Pedro enfiou tudo e ao máximo. E, ali dentro, gozou.
Ele trincou os dentes e segurou o grito, mas seu corpo tremeu tanto que ele acabou soltando aos poucos a voz até terminar em um desabafo exaurido.
Senti todo seu peso cair em mim de uma vez. Foi tão gostoso.
- Vaza - ouvi Max acima falando. Pedro riu e saiu de cima, rolando para o lado ainda exausto. Olhando o teto com os olhos azuis brilhando. Ficou ainda mais bonito assim.
Max me virou e me fez o encarar.
- Olha pra mim - mandou, segurando meu rosto enquanto abria minhas pernas e enfiava de uma vez
Ele, sem pudores, meteu com força sem pestanejar.
Metidas rápidas e precisas, como se quisesse me castigar por ter dado primeiro para outro homem.
Abri as pernas e recebi de bom grado. Retribuindo seu sorriso malicioso.
Minhas pernas balancavam com a força do impacto. Meu ânus ardia, mas eu gostava.
Ele segurou meu rosto e o pôs de lado. Então começou a me lamber do queixo até a testa, e depois mordeu toda a região. Eu suava muito e ele a todo o momento alisava minha testa e tirava meu cabelo dela.
A investida de Max durou pouco, tamanha pressão.
Quando gozou, acabou me beijando na boca involuntariamente. Ele se ergueu do chão me levando junto, agarrado a ele. Ainda me fez quicar umas cinco vezes em seu colo, encravando seu pau antes dele amolecer completamente.
Quando me pôs no chão, eu quase não tive forças pra me manter em pé. Mas fui apartado por Vladmir.
- Minha vez agora, garotinho
Disse e sem esperar resposta, me levou até a grade onde me fez abrir as pernas. Antes de meter, porém, se ajoelhou e enfiou o rosto entre minhas nádegas. Sua língua deslizou pra dentro, fazendo até meu corpo já exausto arrepiar. Meu ânus estava tão dilatado que foi fácil para sua língua entrar.e explorar.
Quando se deu por satisfeito, pegou uma de minhas pernas e ergueu, então meteu naquela posição. Ele foi menos violento que os outros dois. Pegou um de meus braços e jogou para trás dele. Dando a ele acesso melhor a meu peito, que ele chupou, me fazendo gemer ainda mais.
Mais uma gozada dentro de meu corpo.
Quando acabou, eu me virei e me apoiei na grade, os três sentados no canto, nus, paus ainda meio eretos, mas cansados.
Vinícius chegou, meio sem graça.
Eu respirava fundo. Estava cansado, fodido e gozado. Cheguei inclusive a pensar em pedir arrego. Mas quando ia falar, ele levou a mão a minha boca.
- Nem vem que não tem. Pode ser só o resto, mas quero minha parte.
E não me deixou responder. Pressionou seu corpo contra o meu na grade
- Você pode chorar, pedir pra parar, implorar. Eu vou te comer até a hora que eu quiser.
Ele me olhava nos olhos. Seu rosto jovial e bonito se contorcendo em um ameaça viva. Então, chegou ao meu ouvido e sussurrou.
- Se quiser que eu pare de verdade, só falar "impedido" - confidenciou, rindo baixinho - mas se não, pede por favor pra eu parar, vai? Implora e chora um cadinho, enquanto eu te violento. Vou gostar.
E então a coisa tinha ficado realmente interessante. Sem novos avisos, ele me pegou e me jogou contra o chão. Chutou minhas pernas para abrirem e arriou a calca, caindo em cima de mim. Enfiou na hora. Meu ânus já tão ardido gritou e eu também.
Ele meteu sem dó, arrastando meu corpo contra o chão.
- Ai, ta doendo - choraminguei e ele fez ainda mais força.
- Cala a boca - mandou, empurrando meu rosto contra o tatame.meteu com mais força ainda
- Ai. Ai ai! - gritei, enquanto era fudido. - Para, por favor.
Eu de fato estava cansado. Estava realmente doendo. Mas isso não significava que eu quisesse parar. Embora... Embora fingir que sim... Implorar daquele jeito que ele parasse e o ver ignorando e continuando a me foder daquela forma...
Nunca me senti tão usado na vida.
Percebi os demais se erguerem, provavelmente acreditando em minha atuação. Mas Jefferson os impediu. Ele me olhava com intensidade. Provavelmente tentando identificar se meu pranto era real ou não.
Como ele me conhecia. No fundo, sabia que era exatamente ali onde eu queria estar. E se não quisesse, tinha a palavra de segurança que...
E naquele instante, eu me peguei esquecendo a palavra de segurança. Aquilo, de alguma forma me deixou ainda mais agitado. Eu lutava para tentar lembrar, mas ela não me vinha a cabeça.
- Espera um pouco - pedi, tentando me concentrar.
- Cala a boca, putinho - e empurrou novamente meu rosto contra o chão e puxou minha cintura, me fazendo empinar. Continuou metendo com violência, o semem dos anteriores vazando.
- Espera, por favor eu ...
Mas ele não parava. Meu ânus queimando, minha bunda ardendo pelas fortes colisões de seu corpo contra elas.
- Ai. Ai - eu ainda estava aguentando. Mas e se não conseguisse mais? E se chegasse um ponto em que eu quisesse realmente parar e não lembrasse da palavra? Comecei a sentir medo. Vinícius era mais forte, e pegava meu corpo e o jogava com muita facilidade. E exausto comp eu estava, era uma presa fácil para ele. Então, ele me colocou de barriga pra cima, abriu minhas pernas e meteu. Uma de suas mãos abarrou meus pulsos, imobilizando-os. A outra, ia me dando dmtapas no rosto enquanto metia. Eram estalados, mas s muita força. O bastante oara me humilhar, mas não machucar.
- Veio pra isso, viadinho? Ta gostando? Gostando de levar rola de tanto macho? - seu sorriso sacana, sua aldacia.
Minhas pernas cansadas pendiam sem vida, meu ânus já estava anestesiado, tamanha judiação. Eu estava imóvel, preso, sendo fudido ssm piedade e sem escapatória, já que minha única chance real de parar com àquilo tudo havia me escapado da memória.
Mas ainda havia uma coisa, olhei para o lado e vi Jefferson. Ele, atento a tudo, observando. O ver ali, sabendo que zelava por mim, no fundo me deu mais confiança. Pois eu sabia, não sei como, que ele me acudiria se fosse necessário. Sabia que, se a coisa perdesse o controle, ele saberia e pararia tudo. Pois no fundo, apesar de toda a dor e medo que sentia, eu não queria parar, eu já tinha gozado umaa duas vezes durante toda aquela curra e sentia que ainda me masturbaria muitas e muitas noites pensando naquele dia.
Ninguém na vida conhecia aquele meu lado. Não é o tipo de coisa que você se sente a vontade para contar para alguém, não é mesmo?
- Ta olhando pro Jefferson? - Vinícius pegou meu rosto e me virou para encarar a ele - não adianta pedir ajuda a ele não. Ele não vai te salvar. Você é nosso. Ele te deu pra gente. Ele vai fixar ali, só vendo a gente fuder você. Aliás - e teve uma idéia - Vem galera. Vem fuder comigo - chamou os amigos e Vladmir foi o primeiro. Parecia já estar esperando muito esse chamado. Pegou meu rosto e enfiou na minha boca, me engasgando. Pau ainda com cheiro do último gozo.
Max veio também, pegou minhas pernas, puxando-as mais para trás e abrindo mais caminho para Vinícius me fuder.
Eu já não via mais Jefferson. Mas sabia que ele estava lá.
E isso me confortou. Já não tinha forças pra lutar, mesmo que quisesse. Já não tinha mais noção que pau estava onde. Que boca me beijava, que mãos me apertavam. Então, naquele momento de torpor, veio a palavra: "impedido"
Eu havia me lembrado. Tal recordação me encheu de tamanho alívio que eu comecei a rir. Eu não ri apenas, eu gargalhei. Eles não entenderam nada, mas foram contagiados. E continuaram a me foder enquanto riam.
Ao fim, estávamos apenas eu e Jefferson. Eu, sem forças deitado olhando o teto. E ele sentado no chão ao meu lado. Me olhava, não com fome, não com admiração, mas com carinho.
- Será que escangalhei você? - perguntou, com um sorriso tranquilo.
Eu ri. Só então notei que tinha gosto de semem na boca.
- Só estou... Descansando
- Também pudera. Você levou uma surra
E rimos juntos.
- Queria te dar slgo especial, antes de ir. Como sabe, terei de ficar fora pelo menos um mês. Sem condições de voltar a cidade tão cedo. E você não pode ir comigo, pois tem que treinar para os panamericanos.
Eu segurei sua mão e ele a apertou. Jefferson não era do tipo emotivo, mas senti que ele fraquejava naquela despedida.
Resolvi mudar o foco então, pois fiquei com medo de chorar também e estragar o momento.
*
E então, estávamos chegando no momento. Patrick narrava com o olhar vazio, sem parecer saber onde estava ou com quem falava. Sua voz, cada hora mais baixa, sentado no divã, abraçando as próprias pernas.
- Eu perguntei como ele iria. E ele disse que de carro. Eu lembro de ter zoado ele - e riu, saudoso - Que idiota. Avião seria muito mais rápido. Mas ele gostava, né? Gostava de dirigir... Gostava de correr com aquele carro...
Então, sua voz começou a ficar mais engasgada
- Eu acho que... No dia... Senti que haveria algo errado. Uma parte de mim pensou em pedir para ele ir de avião... Mas... Mas não falei... Eu... Não queria ser o cara chato, que estaria estragando o prazer de uma viagem pela estrada... Eu... Porquê nós fazemos essas coisas? O pai dele fez igual... Não impediu o filho de cometer tantas loucuras na juventude. E isso fez com que quase o perdesse. Eu... Eu podia simplesmente ter pedido a ele para mudar os planos. Não seria nada demais. Mas o deixei ir mesmo sentindo que algo ruim poderia acontecer. Por quê? Por que deixamos as pessoas que gostamos fazerem o que querem. É nosso direito tentar proteger.
- Mas aí, as estariamos transformando em algo diferente do que amamos nelas - respondi, baixo. Não queria interromper, então fiz minha voz adentar o recinto como se não fosse nada além de um som ambiente.
Então, finalmente, Patrick chorou.
E chorou muito. Uma cena dificil para qualquer espectador. Mesmo alguém com minha experiência. A dor emocional era tão profunda que transpassava a alma e atingia a matéria. Patrick soluçava e agarra o proprio corpo. Como quem tenta proteger de agressões externas
A mim, nada restava além de respeitar seu pranto. O deixei chorar como, acredito, ele não tenha conseguido fazer desde a morte de Jefferson.
O luto é um caminho dificil, mas absolutamente necessário.
Por nunca ter dividido aquela parte de sua vida com mais ninguém, Patrick se viu sem oportunidades de desabafar, de contar os momentos maravilhosos que tinha passado ao lado do homem que amou. Sem poder declarar o quanto sentia sua falta
Enfim havíamos chegado ao estágio da depressão. E agora era o caminho que faríamos para sua completa experiência no caminho do luto
Não narrarei essas partes aqui, por não cumprirem o objetivo deste portal. Mas posso adiantar que Patrick, aos poucos, foi se recuperando. Nada no mundo poderá cobrir o vazio deixado, mas "Aceitação" não é sobre tampar buracos em nossos corações. E sim, saber que cada um de nós vive muitas vidas e que todas valem a pena. A vida com Jeferson acabou e era a hora de Patrick iniciar uma nova história para si.
GOSTOU DESSA HISTÓRIA.
Primeiro capítulo disponível neste portal, com o nome "Colégio Militar : O Primeiro trote"
Muito boa essa saga! Continua o "quatro amigos em uma noite chuvosa" também, por favor! Você escreve muito bem
Nossa, adorei toda a trama!!!