COLÉGIO PRACINHAS - CAPÍTULO 9 – OBRIGAÇÕES

Voltar para o colégio naquela semana foi nostálgico. Nem parecia que eu estava fora apenas um domingo. Pela primeira vez eu chegara ali e sentia poder olhar com clareza o colégio, apreciar cada parte de sua arquitetura, de suas pessoas. Sem a preocupação de entrar em algum conflito, de ter de me defender de algo.
Mas minha alegria durou pouco, pois já entrei também na semana de provas, e como já haviam me avisado, essas são de arrancar o couro. Estudei muito na semana que antecedia, reservando todo meu tempo vago para isso. Não interagi com Siqueira. Só não sabia se isso se devia apenas a semana de provas ou se meu ataque havia surtido efeito sem eu precisar encerrar a guerra de uma vez. Torcia para a segunda opção.
A verdade é que ele me evitava. Nem mesmo olhar pra mim no corredor ele fazia. O que foi bom. Acho que a única vez que o vi por mais tempo naquela semana, foi numa tarde de quarta, quando estávamos eu, Elias e Pedro na biblioteca, estudando. O vimos entrar com Soares e Pinheiro e se sentarem em uma mesa distante. Sequer nos viram ali.
- Engraçado que aqueles três vivem andando juntos - comentei com meus amigos - Parecem nós três. Engraçado serem respectivamente nossos superiores
- Verdade - Elias concordou e depois se virou pra Pedro - Eu só não sei como teu noivo e Pinheiro aguentam esse cara.
Pedro então pareceu se lembrar de algo.
- Agora que lembrei, acho que tenho uma boa notícia pra ti, Fábio. Henrique perguntou nesse fim de semana de você para o Siqueira, e pelo que parece, ele desistiu de ti enfim. Acho que agora vai ficar mais folgado
- Ele disse por que? - Perguntei
- Não. Só que cansou
- Que bom, amigo - Elias me parabenizou. - Enfim está livre
E Pedro emendou.
- Acho, na verdade, que ele deve estar menos rabugento esses dias também. Afinal a mãe dele melhorou. Foi até pra casa
- Como assim? - Eu quis saber.
- A mãe dele estava em tratamento de câncer. Mas enfim a químico deu resultado e ela pôde ir pra casa nesse sábado. Só não estava disposta para vir pro centenário.
Elias então completou
- Bem, seria melhor que o pai dele. Vocês viram o cara? Maior mal encarado. Minha mãe o reconheceu, disse que é o Almirante Ivo. O diabo em pessoa
Pedro riu
- E é incrível como os pais dele são diferentes. O pai é de fato um monstro, mas a mãe é um doce. Gabriel também, é outra pessoa perto da mãe. Nem parece o babaca que lida conosco
- Pera aí, quem é Gabriel? - Elias perguntou
- O Siqueira. - Eu respondi, meio distraído, olhando para a mesa de nossos vizinhos - Gabriel Siqueira
- Ah sim. Esquisito, trato todo mundo, com exceção de vocês dois, pelo sobrenome. As vezes esqueço que as pessoas tem nomes próprios
- Verdade - Pedro emendou - Soares é Henrique, Siqueira é Gabriel e o Pinheiro é Gustavo - enumerou
- Você parece conhecer eles bem - Elias questionou para Pedro.
- Sim, conheço - confirmou - eles são os melhores amigos do meu noivo e já fui apresentado. Estiveram esse domingo na casa com Siqueira. Por isso, sei da mãe dele. É uma mulher encantadora
- Pera ai, você esteve lá também? - Despertei, de repente, com aquela informação.
- Estive.
- E Siqueira e Pinheiro sabem de você e Soares? - Fiquei incrédulo.
- Claro. São os melhores amigos do Henrique. Na verdade foi ideia do Siqueira o meu noivo me pegar para subordinado direto. Ele preferia que eu fosse livre. Não queria que eu me sentisse preso ficando subordinado a ele. Mas o Gabriel argumentou, que tímido do jeito que eu sou, seria trucidado aqui dentro. E que era melhor ele me proteger. Bem, não posso discordar. Prefiro assim.
Acho que uma mosca poderia ter entrado e saído de minha boca nesse tempo que estive com ela aberta. Não estava acreditando naquilo.
- Eu nunca imaginei Siqueira dizendo ou pensando algo assim - desabafei
- Nem eu - Elias emendou - achei até que ele não levaria de bem a relação sua com seu noivo
- Sabem, eu também tinha essa impressão no início. Mas até que não. Tá bom, ele ainda faz piadas muito sem graças. Mas no geral sempre ajudou. Já nos acobertou algumas vezes aqui no colégio. Uma vez até teve uma briga feia com o pai, pois eu e Henrique estávamos de mãos dadas na casa dele e parece que o Almirante não gostou
- Que isso - Elias se inclinou.
- Sim, foi feio. Sorte que a mãe dele estava no hospital no dia e não viu. Não suporto o pai dele. Nem ele, na verdade, mas ele bem que tenta ter uma boa relação com o Almirante. Acho, na verdade, que só o suporta pois, apesar de ser um pai horroroso, pelo menos é um bom marido. E trata a esposa com carinho e cuida muito bem dela. Engraçado como as pessoas tem muitos lados, né? O Almirante, um monstro com o filho e seus subordinados, vira um doce com a esposa. E o filho, tal qual, uma pessoa completamente diferente lá e cá
- Eu não sei vocês, mas eu ainda o acho um pouco babaca - Elias se manteve firme.
- Eu também. Um pouco só. Mas dá pra tolerar quando se conhece bem - Pedro relativizou
- E você, Fábio? - Elias quis saber, mas eu voltei a ficar distraído - Fabio? Terra pra Fabio
- Oi? Desculpe. Sim... Sim... Ainda é um babaca
E voltamos a estudar. Apesar de ficar profundamente surpreso com aquelas revelações, ainda assim não me foi o bastante para tirar a atenção muito tempo dos estudos. Afinal, a semana se aproximava.
Estava tão tenso que, de véspera, não consegui dormir. Fiquei virando de um lado pro outro, procurando uma forma de relaxar. Foi então que ouço meu nome sussurrado ao meu lado.
- Caramba - dei um pulo, mas mantive a voz baixa - que susto, Elias. Que merda.
- Foi mal - pediu, rindo baixinho - mas não estou conseguindo dormir. E vi que você também não
- Eh - e me virei para ele
- Aí pensei que poderia tentar relaxar de uma forma. Se liga só - e pegou minha mão e enfiou entro da calça dele. Estava completamente duro – Não baixa nem por um decreto.
- Nossa - e apertei o pau - o que propõe?
Ele não falou, só subiu na minha cama, se metendo dentro das cobertas. Ficou oposto a mim e foi botando meu pau pra fora e mamando.
Eu o cobri por completo, olhei em volta pra me certificar e depois joguei os lençóis em cima de minha cabeça também. Arriei um pouco de sua calça e comecei a chupar também, enquanto apertava sua bundinha macia.
Ficamos nos chupando até gozarmos. Na boca do outro, pra não sujar o quarto. Terminamos e limpamos bem o pau um do outro com nossas línguas, e então Elias saiu.
- Valeu, amigão - e foi pra cama dele.
- Disponha - e mudei de posição. Aquilo havia funcionado. Dormi logo depois.
E a semana foi. Duas a três provas por dia. Meu cérebro queimando. Mas sobrevivi. Na semana seguinte, vieram os resultados e fomos pegar. No geral, mandei muito bem, tirando a prova de matemática que tirei apenas 4.5. Pior que não foi uma grande surpresa. Era de longe a que me deixou mais inseguro. Elias e Pedro vieram comentar. Pedro mandou muito bem, era um gênio o garoto. Elias também foi como eu, só teve dificuldade em Literatura, mas mesmo assim ficou com 6.5. Algo fácil de recuperar.
A média era 7 e com certeza algum trabalho extra o colocaria na média.
- Caramba, cara. Vamos te ajudar, vamos resolver isso - Elias me consolou
- Posso ver? - Pedro pediu e eu entreguei a ele a prova de matemática, mas estava tão desanimado que larguei a folha antes de ele a pegar. O papel voou um pouquinho e foi ao chão. Fui buscar, mas antes de conseguir, alguém o tirou. Acabei de cara com as pernas de alguém. Quando ergui o rosto, vi Siqueira olhando minha folha, avaliando.
- Obrigado. Pode me dar, por favor - pedi, controlando o tom.
Tentei ser o mais educado que consegui. Estava sem humor para qualquer um. Mas ele apenas me olhou muito sério, guardou a folha dentro do caderno e saiu.
- Para o meu quarto hoje, as 19h - foi tudo o que disse. Eu ia pra cima dele, mas o inspetor passou naquele momento e eu me segurei.
- O que ele vai fazer? - Elias apareceu atrás de mim depois de Siqueira virar o corredor.
- Não sei - respondi. Mas sentia que meu momento de trégua estava prestes a terminar.
Às 19h em ponto, bati em sua porta.
Eu havia chegado uns 15 min antes, mas não quis entrar. Tentei antes esfriar bem a cabeça e me preparar para o que estava por vir. Então, na hora marcada, respirei fundo e bati.
Ele me mandou entrar. O quarto estava arrumado e ele olhava uns papéis, sentado na cama. Vestia apenas moletom e camiseta. Os braços fortes a mostra.
- Siqueira, eu... - Fui começar, mas ele não me ouviu. Me olhou sério e apontou pra escrivaninha.
- Senta - mandou.
Eu olhei pra mesa e a lamparina estava acesa. Nela, lápis, um livro e um caderno. Olhei, desconfiado, e era do primeiro ano
- Anda logo - e me empurrou para sentar. Então, parou do meu lado e apoiou a mão na mesa. Começou do nada:
- Olha, você tem muitos defeitos, mas sei que burro você não é. Mas tá fazendo merda atrás de merda nessas questões. Você não está prestando atenção no enunciado. Se liga
Eu olhava pra ele sem acreditar. Ainda esperava que viesse algo dali. Ele então me olhou, e sem paciência chamou minha atenção.
- Bateu com a cabeça, mané? Acorda, Mendes. Não me faz perder tempo
E empurrou minha cabeça em direção ao livro e começou a explicar a matéria da prova. Mesmo escaldado, fui dando ouvidos. E as coisas que ele foi falando foram me fazendo sentido. E apesar de seu jeito bruto, a explicação de Siqueira foi muito boa. Direta, eficaz. E talvez fosse pelo medo de ser agredido a qualquer momento, não me deu sono.
Ao fim, me passou uns questionários e fui até indo bem. Até que errei uma questão e ele bufou.
- Fez de novo, idiota - e me deu um tapinha no pescoço. Forte, mas não o bastante para marcar. Meu sangue ferveu e eu ia levantar pra tirar satisfação, mas ele segurou firme meu ombro e me empurrou de volta pra cadeira. Pegou minha prova e apontou para uma questão.
- Olha essa porra - mandou
A contragosto, olhei exatamente para a palavra que ele apontava e então a ficha caiu. Como eu não havia visto antes? Ela mudava praticamente todo o enunciado.
- Você errou muito por conta dessa merda. Seu problema não é matemática, é interpretação de texto
- Eu sou muito bom em português e literatura - me defendi, só queria ter feito de um jeito que eu não parecesse uma criança emburrada de 10 anos.
- Eh, mas quando o assunto é matemática, você esquece e fica lesado. Faz essas questões aqui agora
Eu obedeci. Mesmo querendo brigar, fiquei animado pois finalmente parecia ter entendido.
E o resultado foi bom. Acertei todas.
Siqueira pegou meus papéis. Olhou e não fez expressão.
- Até que enfim - foi tudo o que disse - amanhã não tenho tempo. Então vamos estudar de novo na quarta, depois do treino do time. Fecha a porta ao sair
E voltou pra cama. Eu sentia que tinha que falar algo
- Cara... Olha, valeu pela força. Mas você não precisa fazer isso. Relaxa que não quero mostrar aquele vídeo pra ninguém. Só quero que...
- E eu devo confiar na sua palavra? - Ele me cortou com olhar ferino - olha Mendes, não quero sua piedade. Agradeço o que você fez por mim na festa. Sério mesmo. Há muito tempo estou querendo calar a boca do meu pai. Agora, se o que você quer é me deixar no cabresto, perdeu seu tempo. Se quiser, mostra essa merda. Eu que não vou ficar pisando em ovos com você só esperando o dia em que vou pisar no seu calo e você vai me foder a vida e meu sonho
Eu respirei fundo e controlei a voz.
- Olha aqui, a culpa não é minha se...
- Eu sei - me cortou de novo, levantando - eu fiz merda. Eu sei. Sou homem o bastante pra admitir. Passei por uma barra, usei esse bagulho pra me relaxar. Não é problema seu. É meu. E também não culpo você por usar isso contra mim. Estávamos em conflito e você venceu. Mandou muito bem, aliás. Ganhou a guerra. Vou te deixar em paz. E se ainda assim você quiser me foder, tem todo o direito de pegar o espolio da guerra
Eu olhei pra ele e perguntei
- Por que você fez isso então? Digo, por que me ajudou?
Ele sorriu, revirando os olhos e avaliando se responderia aquela pergunta. Enfim deu de ombros, andou bem na minha direção e me encarou
- Pelo mesmo motivo que faço tudo aqui: eu cumpro minhas obrigações. Ou não sabia que uma das funções do terceiro ano é auxiliar o primeiro?
Era verdade. O terceiro ano ganhava até uma gratificação em pontos para ajudar os alunos do primeiro ano em um programa de monitoria.
- Mas ninguém faz isso - eu não estava entendendo - não vejo ninguém do terceiro ano ajudando ninguém do primeiro nos estudos - respondi. E sabia que nem era tanto culpa deles. A maioria do terceiro estava ocupada demais pensando no vestibular ou nas provas militares.
- Eu não sou todo mundo, Mendes - respondeu - eu sou eu. Eu cumpro meus deveres. Sou um babaca com vocês por que é meu dever. É pra isso que estudo. Pra isso que treino. Quero ser um líder, e pra isso preciso ser forte. Mas mais que isso, preciso ser merecedor. Preciso cumprir minhas obrigações. Não só aqui, não só na corporação. Mas para a vida. Todos temos obrigações, Mendes. Todos temos responsabilidades - e sorriu, cansado - desculpa se pareceu pessoal, mas não foi. Faria com qualquer um que me desafiasse, pois uma autoridade militar não pode ser desafiada. Mas você venceu. E se quiser acabar comigo, tem tudo o que precisa
Senti que seus olhos iam marejar, mas ele segurou firme
Eu abri a boca umas duas ou três vezes para rebater. Mas não consegui. Pois eu sabia que ele estava certo.
- Olha... Caralho - soltei, suspirando - tudo bem, você tem razão. Em muita coisa. Continua sendo um babaca, mas hoje tem razão
Ele riu, olhando para o chão. Siqueira realmente estava diferente. Mais leve talvez. Mesmo em condições tão adversas, parecia mais feliz. Talvez a notícia da mãe o tenha realmente mudado.
- E tem mais - continuei - acho que não estou fazendo isso direito. Então... Bem... Chegou a hora de fazer
Ele me olhou, sem entender.
- Não quero mais brigar com você. Serei um soldado modelo a partir de agora. Não vou mais desafiar sua autoridade. Não na frente dos outros, pelo menos - e ri.
Ele cruzou os braços e me olhou interessado. Mas ainda assim, nada falou e eu continuei.
- Acho que quero ver, como seria ser seu subordinado. Soares me falou uma vez que sente saudades de ser recruta as vezes. E isso me deixou pensando que talvez eu não esteja fazendo isso da forma certa. Talvez, tenha algo de bom que eu estou perdendo, por ser assim como sou. - Expliquei.
Siqueira deu mais um passo em minha direção. Seu semblante ainda tinha dúvidas, desconfiança.
- Sinto que está dizendo a verdade. Mas ainda creio que não é toda a verdade. Me fale soldado, o que realmente o fez mudar de ideia? O que o fez querer se submeter?
Aquela era de feto uma excelente pergunta, e se fosse feita semanas atrás, eu provavelmente não saberia responder. Mas a conversa com Elias no vestiário me ajudou a esclarecer questões sobre mim mesmo.
- Olha, eu não sou de me submeter. Sou como um animal. Se acuado, eu ataco. É meu jeito. Não consigo largar o controle das coisas tão fácil - e me ajeitei na postura, recobrando meu jeito marrento - mas quero tentar e... Bem... Eu não estou mais acuado, não é mesmo? Eu tenho você na minha mão. Eu tenho o controle. Então sim, estou mais à vontade para você me guiar. - E me aproximei dele. Estávamos cara a cara agora - pois você pode continuar fingindo ser o mandachuva aqui. Pode me destratar se quiser. Mas no fundo, bem no fundo, você sabe que, entre essas quatro paredes, quem manda aqui sou eu
Eu o olhei de cima a baixo e pressionei meu indicador contra seu peito
- E digo mais... Acho que no fundo também, você bem que gosta. Gosta do meu jeito marrento. Gosta de estar na minha mão. Lembro ainda quando te peguei de jeito neste quarto. E lembro de você ter gostado
Ficamos em silêncio. Até que a expressão de pedra de Siqueira mudou e ele sorriu. Mas não foi o sorriso maldoso ou prepotente que normalmente dava. Aquele era sincero, de quem reconhecia que eu estava com razão. E tinha algo mais também. Uma safadeza que me deixou bastante interessado. E naquelas circunstâncias eu pude perceber, pela primeira vez, como ele era um homem bonito. O rosto másculo, os olhos castanhos, o cabelo curto. O corpo atlético. Me deu tesão ver ele sorrir daquela maneira.
- Tudo bem, Mendes - ele falou enfim - acredito em você. E já que vai fazer algumas concessões, também farei. - E lambeu os lábios - Quero que me beije - me olhou de cima a baixo e depois me deu um meio sorriso, maroto. - Por favor
Eu sorri e o peguei. Beijei com vontade. Siqueira desfez os braços cruzados e correspondeu. Um beijo intenso, língua com língua. Um sugando o outro. Até eu fiquei sem fôlego.
- Eh, Mendes. Pinheiro estava certo. Tu beija muito bem - ele lambeu os lábios, se deliciando
- Obrigado, senhor - sibilei.
- Mas eu ainda tenho dúvidas quanto a sua lealdade - e caminhou até a porta e a trancou - então gostaria de fazer um teste, se não se importa - e parou ao meu lado.
Comandou:
- Sentido, soldado!
Eu fiquei logo em posição. Impecável.
- Descansar - e eu obedeci.
Ele me circulou. Olhando de cima a baixo.
- Tira a blusa - e eu obedeci. Ele fez um sinal positivo com a cabeça, satisfeito. Segurou com uma mão a lateral da minha calça e arriou, junto da cueca. Depois, andou calmamente até o outro lado e arriou também. Meu pau já estava duro, calça e cuecas arriadas até o meio da coxa. Parou do meu lado. Eu, por respeito, não o olhava nos olhos, fixando meu olhar na parede, sério.
- Quero você quietinho agora - sussurrou
Então sorriu, alisou meu peito e foi descendo a mão pela lateral, arrepiando minha pele. Alisou minha bunda, depois os pelos pubianos. Então, num movimento rápido, ele segurou meu pau com uma mão e introduziu os dedos entre minhas nádegas com a outra.
Quando a ponta do dedo tocou a entrada do ânus, senti o ar escapar dos meus pulmões. Mas não me mexi.
Minhas pernas bambearam na hora e eu lutei pra me manter em pé.
- Está tudo bem, soldado? - Falou ao meu ouvido, massageando meu ânus.
- Sim... Sim, senhor - falei, recuperando o controle do meu corpo.
- Ótimo - e foi massageando, rosto perto do meu, bafo quente no meu pescoço.
- Sabe, Mendes. - Ele foi continuando, falando ao meu ouvido - fico muito feliz de você ter mudado sua postura - eu olhava fixamente pra frente. Não me atrevendo a encarar ele - pois seria uma pena não poder aproveitar de um soldado gostoso como você tal como você merece
- Muito obrigado, senhor - falei, tentando segurar o gemido. As mãos de Siqueira eram muito eficazes. Apertava o pau com firmeza, mas sem machucar. E a massagem no cu... Como me deixava arrepiado. Mordi o lábio, corpo tremeu, mas eu não me mexi, mantendo firme minha posição
- Você agora vai saber o que é ser um recruta, Mendes. Vou tirar essa sua crista de galo e vou te fazer submisso - comentou, falando ao meu ouvido com aquele hálito quente. Lambeu meu ouvido antes de continuar - você vai saber como é ser um cadete. E posso garantir uma coisa: você vai gostar. Vai gostar pois eu juro por tudo o que é mais sagrado que vou fazer da melhor forma que eu puder. Pois o que vai me fazer vencedor no fim de tudo isso. Minha grande vitória e minha grande vingança, vai ser quando você, no final desse ano, finalmente confessar. Quando eu ouvir da sua boca que ninguém nessa merda de escola... Não, nessa merda de mundo, te fez gozar como eu fiz.
E finalizando isso, foi um combo. Ele enfiou novamente a língua no meu ouvido, ao mesmo tempo aumentou o ritmo da massagem no pênis e enfiou a primeira falange no meu cu.
Foi uma loucura. Não fui mais capaz de me controlar. Comecei a gemer sem controle. As pernas perderam as forças e eu fui caindo de joelhos. Siqueira foi abaixando, acompanhando-me sem tirar as mãos de mim até o chão, enquanto meu pau vertia jatos e mais jatos de gozo.
- Isso, Mendes. Isso. Goza, meu recruta. Goza, pois esse é o primeiro de muitos
Quando parei de ejacular, só então tirou o dedo de mim e largou meu pau, ficando de joelhos ao meu lado, e alisando meu cabelo. Muito satisfeito em me ver enquanto eu recuperava meu fôlego.
- Melhor você voltar para seu dormitório, Mendes - e ele levou o dedo que estava na minha bunda ao rosto. Cheirou e sorriu - limpinho. Sorte a minha
Me ajudou a levantar e me deu meu material de volta e minha blusa. Beijou meu rosto.
- Vai lá, descansa. Quarta eu te ajudo de novo com teu dever
- Não vou limpar isso? - e olhei para o chão todo gozado
- Não - e sorriu. Eu ainda me encantava com aquele sorriso sincero - deixa assim mais um pouco. Quero contemplar mais minha obra de arte. Depois eu limpo. Vai lá e descansa
Eu saí do quarto, me sentindo meio perdido. Era como se eu não estivesse mais no mesmo colégio. Era como se não estivesse mais no meu corpo
Desci as escadas com cuidado, pois bambas como estavam minhas pernas, tive medo de rolar por elas pisando em falso em algum degrau.
E fui assim, anestesiado, até meu dormitório, passei pelos meus colegas e deitei na cama.
E ainda sem saber se aquilo era um sonho ou algo real, eu adormeci.
***
E AI, ESTÁ GOSTANDO?
Foto 1 do Conto erotico: COLÉGIO PRACINHAS - CAPÍTULO 9 – OBRIGAÇÕES


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Comentários


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Comentou em 09/08/2022

Seus contos são deliciosos, adoraria ser protagonista de um deles! Mas infelizmente não sou o tipo de homem que gosta. Espero em breve a continuação, parabéns, escreves muito bem.




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Ficha do conto

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Nome do conto:
COLÉGIO PRACINHAS - CAPÍTULO 9 – OBRIGAÇÕES

Codigo do conto:
205873

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
06/08/2022

Quant.de Votos:
10

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