COLÉGIO PRACINHAS - CAPÍTULO 2 – OS CONSELHOS DO MAJOR MENDES


Ao fim daquela primeira semana, tivemos uma cerimônia, com direito a hastear a Bandeira e canto do hino nacional. Eu vestia meu uniforme de gala, e estava junto dos demais alunos participando da solenidade. Ao fim, o diretor fez um discurso e nos dispensou. Poderíamos ir para casa.
Eu voltava com Pedro e Elias, conversando animadamente da primeira semana. Por sorte, Siqueira e os demais alunos do terceiro ano nos haviam deixado em paz. Pedro não comentou nada do que aconteceu no quarto do Soares na primeira noite. E eu tão pouco perguntei. Não queria assumir que o havia espiado.
Tudo corria bem, quando no caminho, sou abordado por Siqueira.
- Que bom que o encontrei, meu subordinado. Me siga
Eu respirei fundo e me despedi dos meus colegas, acompanhando ele. Fomos até o alojamento do terceiro ano, já vazio. Os alunos no geral já desceram com suas malas, para da cerimônia só precisarem trocar de roupa no vestiário coletivo do térreo e dali seguirem para suas casas. Mas Siqueira não. Parei na porta e esperei.
Ele tirou os coturnos e me entregou.
- Aqui está. Estão imundos de andar na terra. Não posso levar assim pra casa. Limpe e engraxe. Depois pode ir se arrumar
- Permissão para trocar de roupas antes, senhor - pedi, sério.
- Negado. Não precisa. Eu permito que tire seu uniforme de gala. Mas rápido, pois tenho de partir em breve.
Eu então entrei no quarto, tirei a roupa com cuidado, ficando apenas de cuecas. Dobrei meu uniforme para não amarrotar e o deixei em cima da cama. Siqueira acompanhou tudo. Não fez objeção com minha cueca. Sentei em uma cadeira e comecei a limpar.
Satisfeito com meu silêncio, ele foi se trocando. Também tirou a roupa com calma, e guardando bem dobrada na mala. Ficou só de cuecas também. Siqueira tinha um corpo muito bem feito. Musculoso e muito bem definido, cintura fina, pernas e glúteos fartos. Ficou de cueca um tempo, me olhando trabalhar. Hora ou outra ajeitando o volume da cueca. Percebi que ele estava um pouco excitado. Achei que estava querendo se exibir pra mim. Talvez uma forma de afirmar que o pau dele competia com o meu e desfazendo a piada da primeira noite
Cansado de se exibir, ele se vestiu com um jeans e uma camiseta. Eu já terminava de engraxar àquela altura.
Ele pegou os coturnos e avaliou.
- Muito bem. - E pôs a mão no meu ombro. - Você tem potencial, Fábio. Só precisa aprender a ser mais dócil. Todos aqui passamos por isso que você está passando e ninguém precisou ser tão petulante. Você sabe para o que nós treinamos ao fim, Mendes?
- Não, senhor - falei calmo, olhando para ele
- Para a guerra. E na guerra, Mendes, temos de ser leais. Temos de obedecer, sem questionar. Pois numa guerra, cada segundo conta, cada decisão tem de ser tomada de imediato. Por isso não temos tempo para insubordinação.
- Posso fazer uma pergunta, senhor? - Pedi, em tom firme, porém educado
- Claro, soldado
- Que tipo de coisas o senhor teve de fazer, em sua época de recruta?
Ele sorriu, e parou na minha frente.
- Vou te contar quando for a hora, soldado. - E acariciou meus cabelos - mas o mais importante é se perguntar: o que você está disposto a fazer? Começamos com o pé errado. Acho que seria bom você se redimir
Ele abriu novamente o zíper.
Senti a raiva brotando, mas fui segurando a onda.
Ele riu, não chegou a tirar o pau, apenas se deliciando com a tensão no ar.
- Levante - mandou e eu obedeci. Ele me trouxe para o meio do quarto. Me circulou.
- Quando entrei, era como você. Maior e mais forte que meus colegas. Chamei muita atenção. - Senti sua mão entrar em minha cueca e apertar uma nádega. Um arrepio me acometeu e eu cerrei os punhos.
Ele continuou a circular. Parou em minha frente. Ficou um tempo analisando meu rosto antes de continuar.
- Eu juro por Deus, Mendes - falou baixinho, me encarando. Centímetros do meu rosto - que vou arrancar esse olhar marrento da sua cara
Eu já ia abrir a boca, mas por sorte, alguém bateu na porta e a abriu em seguida. Era Soares.
- Caramba, cara. O que você está fazendo? Meu pai já chegou. Vai pegar carona mais não?
- Vou sim, só um minuto - Siqueira ficou claramente aborrecido.
- Um momento, nada. Está achando que tem chofer? Bora logo
Siqueira suspirou e então sorriu, cansado.
- Tudo bem, mas antes... Mendes, favor, vire de costas
Eu não entendi, mas obedeci
- Estive analisando e queria sua opinião, pois estou pensando em trocar de subordinado - falou, só então senti suas mãos arriando minha cueca. - A bunda do seu subordinado é mais suculenta que está? - E riu, maldoso.
Pelo reflexo do espelho do quarto, consegui ver que Soares não havia gostado da brincadeira, mas tratou logo de disfarçar.
- Prefiro a do meu, obrigado. Agora vamos logo, ou vai ficar por aí - e saiu.
- Tudo bem, tudo bem. Que cara chato, não é Mendes? E cá entre nós, é obvio que sua bunda é mais bonita que a do Araújo.
Ele então mandou eu me vestir e me retirar. Ele ia terminar de arrumar algumas coisas para sair.
Enquanto me arrumava, percebi algo fora de contexto. O cheiro era fraco, mas perceptível ainda. Era jasmim, parecia. Incenso. Minha mãe gostava muito então eu conhecia o aroma. Só então vi na cômoda um porta Incenso com dois palitos usados que devia ter sido aceso na noite interior. Mas o cheiro ainda estava no quarto. Estranhei, pois Siqueira não parecia ser uma pessoa do tipo exotérica.
- Anda logo, soldado. Saia do meu quarto - Siqueira me despertou do meu pensamento.
Então eu saí e desci com Soares, que esperava do lado de fora. Não me dei ao trabalho de falar com ele. Estava de muito mal humor. Mas ele não parecia partilhar de meu desejo de descer as escadas em silêncio.
- De nada, afinal, por tirar você de lá a tempo. - Brincou, mas eu não respondi - Siqueira tem que maneirar naquele incenso dele. - comentou por alto, insistindo em puxar assunto - Deve ser pra esconder o cheiro... Do peido dele
Vendo que suas tentativas de ser engraçado não estavam tendo resultados, suspirou e falou em tom sério
- Olha, o Siqueira as vezes é um pouco babaca. Mas você conhece apenas um lado dele - falou, sorrindo amistoso.
- Ele não é o único nesse colégio - respondi mais para mim mesmo. Mas acabei falando em voz alta. Não me importei com isso. Não ia me justificar para alguém que é igual a Siqueira ao fim.
Ele não falou mais nada e eu segui para meu dormitório.
***
Em casa, naquele almoço de comemoração da minha primeira semana, estava pensativo. Tentei deixar os problemas do colégio longe dali, mas não consegui. Meus pais perceberam algo errado e me questionaram. Achei melhor abrir o jogo.
- Teve algum problema no trote dos calouros? - Meu pai quis saber.
- Problema não. Só... Tem um babaca lá que cismou com a minha cara
Acabei contando tudo. Com exceção da parte de Pedro e Soares. Minha mãe ficou revoltada.
- Mas o que é isso? Não é possível que ali formem um bando de trogloditas. Vai falar com o diretor, filho?
- Não vai adiantar assim. Até então, é só uma brincadeira. Todo mundo passa por isso - meu pai relativizou. E ganhou um olhar fulminante de minha mãe como recompensa.
- Meu filho não é todo mundo - respondeu, ríspida.
Eu tive de intervir
- Não mãe, de fato é só brincadeira. Na verdade eu não me importei com isso. Só estou mesmo preocupado com esse tal Siqueira. Acho que ele vai me arrumar problemas a frente
- Aquele garoto parece o típico valentão - ela falou.
- Sim - respondi - já lidei com muitos do tipo dele. Nunca foram problemas. Mas nunca enfrentei um nessas condições
Minha mãe então segurou minha mão e falou olhando nos meus olhos
- Fábio, você é um rapaz forte e tenho muito orgulho disso. Só quero que saiba que, por mais forte que seja, as vezes você pode precisar de ajuda. E saiba que tem seus pais aqui que lhe apoiam. Então, por favor, se a coisa fugir do controle, se você ver que esse garoto ou outro foi longe demais, por favor, nos conte como você está fazendo agora. Juro que queimo toda aquela escola se for necessário.
Eu e meu pai rimos, mas sabia que ela falava sério. Fiquei me perguntando se eu parecia perigoso assim quando estava de mau humor. Se fosse, eu deveria ser realmente um garoto assustador
- Obrigado mãe - e suspirei - mas vamos falar de coisa boa agora. Tenho novidades legais do colégio também
E logo o tom da conversa mudou e eu enfim consegui tirar Siqueira e o Pracinhas da cabeça e curtir um bom almoço.
Meu pai não falou mais nada do assunto, mas conhecendo ele e sabendo que jamais entraria em um conflito direto com minha mãe, imaginei que estivesse se guardando para uma conversa a sós comigo.
E de noite, ele veio ao meu quarto, quando eu já estava deitado para dormir.
- Boa noite, filho - e beijou minha testa. - Fabio, antes de dormir, poderíamos conversar?
- Claro - sentei na cama e ele me acompanhou.
- Olha, não quis falar essas coisas na sala, para não acabar gerando uma briga. Mas se me permitir, gostaria apenas de lhe dar dois conselhos
- Tudo bem.
- O primeiro. E para isso eu digo que te dou razão. Existem pessoas que não nasceram para liderar. Que se corrompem com o poder. E do pouco que ouvi você falar desse Siqueira. Creio ser um desses. Então tome cuidado. Acho sim, como sua mãe, que você não deve baixar a cabeça pra um cara desses. Só te aconselho uma coisa: faça com estratégia.
Eu esperei ele continuar.
- Você já lidou com valentões e eu e sua mãe nunca precisamos nos meter. Mas ali as condições são diferentes. Não se engane, esse Siqueira é mais forte que você. Está na vantagem. Então, se for enfrentar, tenha um plano. Não faça um confronto direto. Você só tem a perder
- É um ótimo conselho - admiti.
- O outro conselho que tenho é: bem - e riu sem graça - Como vou falar isso. Eh... para não levar tudo a ferro e fogo. A vida militar tem dessas coisas. São... Na verdade é um estilo de vida completamente diferente de tudo aqui fora. E eu gostaria sim que você pudesse ter uma experiência completa e não encarasse tudo como um desafio
- Está falando a respeito do trote... Ou da suspeita que eu tenho de que Siqueira quer abusar de mim? Sabe o que m e incomoda, pai? - Desabafei. - É essa hipocrisia. Tipo, não tenho problema nenhum com gay. O tio Vitor é gay. Casado e tudo mais. Ele teve coragem de se assumir. Mesmo no exército, conseguiu permissão de se casar com farda com um cara. Acho ele um cara foda por isso. Agora aqueles garotos. Não. Eles posam de machões, mas dava para ver que curtem outro cara. Caramba, faltaram só babar ao me verem pelado
- É mais complexo que isso, filho - meu pai falou calmamente, pensando em como articular as palavras
Eu então parei de falar, esperando ele concluir
- Então - e riu, ainda sem graça - sabia que... Os antigos espartanos, tinham um costume distinto com relação aos seus pares na guerra? Os homens a sua volta, seus colegas de guerra, eram mais do que apenas soldados. Eles eram uma família. Eram... Íntimos. E isso tem uma razão
Eu continuei e silêncio. Dava para ver que meu pai estava acanhado em falar aquilo, então eu não quis atrapalhar e deixei ele dar as voltas necessárias antes de chegar ao cerne da questão
- Eles acreditavam que, um homem em guerra, que estivesse nela pensando na família, na esposa, e nos filhos, não seria capaz de se entregar totalmente para a batalha. Mas, se sua família estivesse lutando ao seu lado, morrendo ao seu lado, aí esse homem lutaria com todas as forças, pois ali estaria defendendo as pessoas que ama. Os soldados, casualmente, acabavam desenvolvendo um afeto entre seus companheiros. Não digo uma relação homossexual, pois é mais complexo que isso. Mas sim, eles amavam os homens ao seu lado. E assim, lutavam melhor. Eu acho que... Ao longo de gerações, essa essência ainda é muito comum entre os militares. Mesmo que não seja dito. Em meus tempos de cadete, testemunhei muitas relações entre cadetes, entre esses e seus superiores. Às vezes, de forma mais bruta, mas apenas porque estamos falando de homens que foram treinados a serem brutos. Que precisam ser brutos. Entende?
- Acho que sim - falei - você está dizendo que... Eu deveria experimentar outro cara lá dentro?
- Não simplifique - ele riu - estou dizendo que, se você quiser fazer qualquer coisa, que faça. Não vai ser uma aventura no quartel que lhe tornará menos homem.
Eu pensei bem no que ele me disse, então uma curiosidade me bateu.
- Pai, você teve estes tipos de experiência em seu tempo?
Meu pai sorriu, meio encabulado. Depois respirou fundo e falou.
- Eh. Tive. No meu primeiro ano tive muitos trotes. O seu, foi pinto. Quando você for obrigado a correr pelado em meio a uma chuvarada, aí conversamos
Rimos juntos.
- Os caras lá tem uma fissura por botar os calouros sem roupa, eu sei. Na verdade essa é uma estratégia de interrogatório já antiga. A maioria das pessoas fica constrangida de estar nua e isso normalmente as torna mais dóceis aos comandos
Eu dei de ombros.
- Não tenho problema algum com isso - e ele me deu outro soco carinhoso no rosto
- Isso porque você é um sem vergonha - e depois me afagou os cabelos - eu mesmo tive de ficar pelado muitas vezes. E não adianta, os caras reparam. Você acaba notando o pau do colega, compara, e mesmo que seja difícil pra nós homens admitir: admiramos também. Eu, ao contrário de você, era magricelo quando entrei no meu primeiro ano. Imagino que um rapaz forte como você deva chamar muita atenção
Eu não respondi, me fazendo de humilde.
- Nos trotes acabávamos fazendo algumas coisas. Beijei um cara uma vez, peguei num pau. Mas nada de muito além disso. O quartel não iria tolerar um estupro. Pelo menos não no meu tempo. Mas a experiência que eu tive mesmo foi em meu segundo ano, quando dividia quarto com um amigo de longa data, o tenente Feliciano. Tenente era o nosso cargo quando passávamos pro segundo ano do ensino médio
- Ainda é - complementei.
- Então. Eu e o Feliciano já éramos amigos antes do quartel. Entramos juntos, no mesmo ano. Passamos pelos trotes juntos. Mas ali naquela vida enclausurado, sem as perseguições do terceiro ano, você acaba tendo todo seu tempo apenas para os afazeres da escola. Aí, acaba sobrando um tempinho para outras experimentações. Como eu falei, eu entrei bem magro, mas dados os constantes exercícios aos quais éramos submetidos, acabei ganhando corpo. E Feliciano também. E reparávamos. De vez em quando comentávamos, elogiávamos. Até aí normal. Quando percebíamos que estávamos olhando demais um para o outro, nos recolhíamos, meio encabulados. Mas com o tempo essa bobeira foi mudando.
- Vocês chegaram a... Sabe, transar? - Perguntei, agora interessado.
- Sim... Mas antes tivemos alguns dias de preliminares. A coisa começou numa noite, em que ficamos até tarde correndo no pátio, para nos prepararmos para um prova de atletismo. Ficamos de cueca no quarto, conversando. Entre o papo, uma olhada ali, outra lá. Foi quando eu brinquei com a bunda dele. Disse que dava mais caldo que a de muita mulher. Ele de brincadeira virou e empinou pra mim. Na farra, lembro que arriei o short dele fingi que ia comer. Coisa de adolescente idiota. Ele levou na farra também e começamos a brigar de brincadeira.
Meu pai parecia voltar àqueles tempos, com seu olhar perdido pelo quarto
- Não deu pra resistir. Cada toque, cada roçar de pele, sabe. Ia despertando coisas. Eu e ele já não estávamos nem mais levando a luta na brincadeira. Aquilo era mais um pretexto para poder roçar os corpos um no outro. Difícil não ter ficado de pau duro. Uma hora, lembro que o Feliciano caiu em cima de mim, e começou a roçar como se tivesse metendo. Eu deixei, nossos volumes colidindo, dando aquele tesão. Foi bom. Lembro que criei coragem e arriei a cueca dele e ele deixou. Ele fez o mesmo, ficamos pelados ali, deitados no chão, rocando um no outro. Eu olhava pra ele tentando decifrar suas reações, e ele fazia o mesmo. Ficamos com medo de ir além e o outro dar pra trás. Mas uma hora não resistimos e nos beijamos. Daí, foi um pegar no pau do outro e começar a masturbar. Foi uma loucura. Um frenesi. Nos masturbamos com tanta força, encarando um ao outro, que logo gozamos. Aí tivemos de limpar correndo o chão.
- E depois? - Eu quis saber.
- Naquele dia nada. Mas nos seguintes, quase toda a noite nós trancávamos a porta e tirávamos as roupas. Ficávamos na cama ou pelo chão, tocando um no outro. Descobrindo o corpo um do outro. Uma vez sentamos no chão, de frente, pernas entrelaçadas, envolvendo o corpo um do outro e brincamos com nossos membros, enquanto nos beijávamos. Naquele dia, eu enfiei o dedo no cu dele pela primeira vez. Feliciano ficou acesso. Naquele noite foi a primeira em que eu o penetrei. Peguei suas pernas e o fiz deitar de barriga pra cima, pernas pro ar. Nossa, meti muito nele naquele dia. E mais vezes depois. Eu tentei ser penetrado também, mas não consegui. Acovardei, confesso. Cara, doeu muito. Não sei como esse povo consegue
Gargalhamos muito os dois.
- Eu não imaginava - assumi, surpreso.
- Mas é. Seu pai também já aprontou das dele - e sorriu carinhoso
- Engraçado que esse cara tem o sobrenome da mamãe - comentei, meio que por alto.
- É mesmo - respondeu em um tom de voz meio evasivo. Então tive um estalo
- Pai, o tio Vitor fez a academia Pracinhas com o senhor, certo?
- Hum... - Ele só me olhou, esperando eu somar dois mais dois.
- Puta que ...! - exclamei e ele riu - Sério? Mas... A mamãe sabe?
- Claro. Foi ele quem nos apresentou.
- Meu Deus
- Não se faça de tão surpreso. E só pra sua informação, sua mãe também aprontou das dela na faculdade. Quando puder, peça pra ela te contar sobre uma amiga dela. A Camila. Gente, fico excitado só de lembrar da história dela.
Eu ria sem acreditar. Incrível como eu não conhecia meus pais tão bem como imaginei.
- Mas o que eu quero dizer, filho. É que eu e seu tio nunca havíamos nos interessado por isso antes. Nem eu nem ele. Mas rolou lá. Eu saí e ele se encontrou. Não me arrependo da experiência que tive. Nem me envergonho. E digo, gozei muito naquela época. Não too dizendo pra você transar com todo o quartel. Digo de forma geral, pra você não se prender achando que tudo é um desafio ou uma violação.
Eu pensei bastante e então concordei.
- Têm razão
Nesse momento, ele puxou minha cabeça e colou sua testa com a minha
- E reforçando o que sua mãe disse mais cedo: tenho muito orgulho do rapaz forte que você se tornou. Que não abaixa a cabeça para o que acredita ser errado. Mas saiba, se um dia encontrar um oponente com o qual não consiga lidar sozinho, você tem seus pais aqui por você.
Eu sorri e agradeci.
- Obrigado, pai
Então ele me beijou a testa e levantou
- Bons sonhos, campeão
- Bons sonhos, Mendes - falei pra ele e ambos rimos.
Eu virei pro lado e fechei os olhos, me sentindo bem. Protegido. Aa palavras deles haviam me dado força e uma sensação de segurança. Com eles, consegui dormir.

***
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Ficha do conto

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fabiomendes

Nome do conto:
COLÉGIO PRACINHAS - CAPÍTULO 2 – OS CONSELHOS DO MAJOR MENDES

Codigo do conto:
203436

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
25/06/2022

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