COLÉGIO PRACINHAS - CAPÍTULO 11 – CONFIDÊNCIAS

Era numa quinta-feira, véspera de feriado. Eu ainda não sabia bem o que fazer com o feriado prolongado que chegava. Até então, nenhum plano.
Foi quando, caminhando pelos corredores do colégio próximo a diretoria, tenho um encontro que me surpreendeu.
- Tio Vitor. Você aqui?
Meu tio sorriu e me cumprimentou.
- Oi Fabio. Pois é. Passei aqui perto e resolvi entrar. Para lembrar os velhos tempos. Cara, esse lugar não mudou nada
- Pois é, - comentei. - Pensei que fosse pra casa em Búzios hoje. Você e o Lucas normalmente não passam feriados lá?
Meu tio revirou os olhos, como se lembrasse de algo desagradável.
- Pois é, dessa vez eu não vou - falou por fim.
- E vão pra onde? - Perguntei cauteloso, pois sentia que talvez ele não quisesse continuar por aquele assunto.
- Pois é, Fábio. A verdade é que eu e Lucas não estamos mais juntos
- Mas... por que? Digo. Vocês formavam um casal tão legal e... Pareciam tão bem... - e fiquei me sentindo culpado - foi por minha causa? - Perguntei com medo.
- Oi? Não, não, Fabio. Por favor. Não pensa assim. Não teve nada haver. Nós... é que já vínhamos nos estranhando tem um tempo. Sabe... Meio distantes
Mas não me foi o bastante, não conseguia deixar de pensar que àquela noite tinha algo haver com o término
- Eu não devia ter...
- Fabio, para - e pôs a mão no meu ombro - o que ocorreu foi... Foi... Nossa... muito bom. E confidencial, por favor - e riu sem graça - mas... mais que tudo. Foi ótimo. Havia tempos que eu e o Lucas não tínhamos nada tão tórrido. Mas... Mas não podíamos negar que as coisas entre nós não estavam mais se sustentando. Mas... a coisa ocorreu bem. Ele voltou pra São Paulo. Na área dele o mercado é melhor por lá e ele sempre se queixou de perder clientes estando aqui. Foi melhor pra todo mundo - e tentou sorrir, mas sem me convencer.
- A mamãe já sabe? - Perguntei
- Não. Ele não teve coragem de contar. Devo fazer isso por ele. O mais breve possível. Eles eram muito amigos
- Entendo. - Ainda estava triste, mas tentava tirar a culpa da cabeça. Não era minha culpa. Mas ainda assim, me sentia mal. Era sensível que Vitor não estava bem, mesmo tentando aparentar - E você, como está?
- Bem... Me acostumando de novo a vida de solteiro - e sorriu, meio sem convicção.
Nesse instante, Pedro chegou.
Eu o apresentei para meu tio e eles apertaram as mãos. Pedro, como de costume, ficou acanhado como fica diante de qualquer homem bonito. Eu o encorajei a falar.
- Desculpa atrapalhar. É que eu só queria saber se você tem planos pro feriado. Henrique tirou a carteira enfim e ele quer nos levar para a casa dos pais dele em Verão Vermelho. Assim, é meio em cima da hora. Iriamos hoje, direto do fim da aula
Parecia um programão. E ajudou a me animar um pouco.
- Nossa. Seria muito legal. Só tenho de avisar aos meus pais
- Vai lá, garoto - meu tio encorajou - deixa que eu aviso. Vou sair daqui e passar logo lá. Aproveito e resolvo uma questão
- Valeu, tio - e o sinal tocou. Devíamos ir pra sala.
Nos despedimos de Vitor e fomos.
- Seu tio é um gato - Pedro comentou, quando nos afastamos
- Está solteiro e não tem problemas em fazer à três - fui logo fazendo propaganda. O que Pedro gargalhou, embora, a julgar pela carinha acanhada, estava considerando.
Acabei ligando para meus país mesmo assim e eles autorizaram minha viagem.
A aula correu lenta. Estava excitado. Fazia muito tempo que não fazia uma viagem de fim de semana. Acabando, fomos para o dormitório e nos arrumamos. Lá, descobri que Elias também ia. Aí era festa.
Henrique me falou pra convidar umas duas pessoas - Pedro explicou, enquanto arrumava a mala. Sunga não seria problema, pois sempre tinha uma na mala para as aulas de educação física. E como sempre lavamos nossas no próprio colégio, teria peças limpas para a próxima semana, só teria de repetir as mesmas.
Terminamos e fomos para o estacionamento. Vimos quando Soares saiu de dentro de uma minivan.
Nos cumprimentou e ele informou.
- Peguei a vã da minha mãe, já que somos seis, fica melhor o espaço.
Antes que eu pudesse perguntar quem seriam os outros dois, a resposta óbvia surgiu na forma de Siqueira e Pinheiro.
Nos cumprimentamos.
- Quanto tempo, major - Elias apertou a mão de Pinheiro. Senti uma malícia em sua voz
- Relaxa, soldado. Nesse fim de semana, somos só colegas normais. Sem essa de hierarquia - e sorriu de volta
Óbvio que eu sabia o que tinha rolado. Na verdade, ao longo desse tempo que passou, Elias nos contou que resolveu dar uma chance pro major e sentir como ele era metendo. Coitado. Sofreu. Pinheiro tem um pau enorme, como já pude testemunhar. Mas o meu garoto até que levou jeito ao fim. Disse que o major foi bem compreensivo e soube tratar e na segunda tentativa, a coisa foi mais suave. Aproveitando, eu também contei para meus amigos meu lance com Siqueira. De nosso joguinho. Não contei sobre a maconha, obviamente, mas todo o resto, eles sabem. Não tinha porque esconder uma coisa dessas. Ainda mais deles.
Então, nos ajeitamos na vã e saímos. Pedro foi no carona ao lado de Soares, Pinheiro e Siqueira na fila da frente e eu e Elias na última fileira.
- Vai ser interessante, estar com eles sem esse lance de colégio, pra variar - Elias comentou baixinho.
- Bem, eles ainda são mais velhos que nós, no geral mais fortes e Soares é o dono do carro e da casa. Então eu diria que ainda há uma hierarquia afinal - enumerei, avaliando.
- Mas ainda assim, vai ser diferente. Aposto - e sorriu com malícia. Elias, há uns dias, estava realmente mais saidinho. Desde a nossa brincadeira no vestiário, pra ser mais exato. O moleque desabrochou mesmo. Até eu me surpreendia as vezes.
Após uma longa viagem, chegamos na casa, deixamos as coisas e fomos direto para a praia. Estava vazia. A cidade é muito pacata e calma. Tomamos banho de mar, de sol, zoamos, batemos papo. Um fim de semana entre amigos como deve ser
Havia uma mesa de teqballpróxima a orla. Pelo que Soares falou, era nova, pois não estava lá da última vez em que veio. Ele então pegou uma bola do porta malas e resolvemos brincar.
Teqballé um novo esporte que combina futebol com tênis de mesa. As regras, são como as do tênis, só que sem raquetes. Só usávamos os membros permitidos em uma partida de futebol.
A brincadeira foi rolando solta. Quem perdia o round, tinha que buscar a bola, seja lá onde ela fosse lançada. E sim, as vezes chutávamos com força só para zombar do amiguinho que teria de correr atrás dela. E as vezes o tiro saia pela culatra. Como quando eu dei um belo chute para cortar a bola de Soares, crente que ia ganhar, mas errei a mesa e acabei tendo eu de correr atrás da bola que eu isolei.
Dentre os jogadores, Pinheiro foi o destaque. Quase rodou a mesa. O cara era um esportista nato. Mas aí chegou a vez de Elias e ele começou a encarnar.
- Vamos lá, Pascoal. Vamos ver do que é capaz
Mas Elias mandou muito bem, um jogo equilibrado. Pinheiro, muito confiante, tentou vencer o adversário com a ajuda do psicológico.
- Não dá pra você não, garotinho. Eu fico sempre por cima, como você deve saber bem
Eu tinha entendido a conotação sexual daquela piada e acho que todos ali também. Elias, ao contrário, estava calmo, jogando na defensiva
- Acredito que dessa vez você vá ficar por baixo, major - falou calmamente, enquanto matava no peito e devolvia.
- Duvido.
- E se for assim? - Perguntou.
- Elias, se você me ganhar, tu pede o que quiser
Foi nesse momento que Elias se aproveitou de uma bola alta que Pinheiro lançou e fez uma coisa que parecia cena de filme. Num salto preciso, acertou de voleio na bola, que disparou no campo adversário e passou por Pinheiro antes que ele soubesse o que tinha acontecido.
- Vai lá buscar, então - Elias apontou a bola indo em direção ao mar - o jogo vai ficar sério agora
Ficamos todos em silêncio, entorpecidos com a cena. A cara de atordoamento de Pinheiro era impagável. Quem quebrou o silêncio foi Siqueira, que apontou para o amigo e gritou:
- Se fodeu! - Nesse instante, todos despertamos e caímos no riso.
Pinheiro, ainda sem entender, saiu correndo atrás da bola. Quando a trouxe, a coisa havia mudado completamente de figura. Não havia equilíbrio naquela partida. Elias era um verdadeiro craque. Sabia que jogava bem futebol, mas não fazia ideia de quanto.
De um em um, ampliou a vantagem. Pinheiro não teve mais margem de jogo. Conseguia no máximo segurar um ou outro chute forte de Elias. Mas ao final, acabava tendo de ir buscar a bola.
Pinheiro perdeu, e pediu uma melhor de três. Elias aceitou sem questionar, mas não havia muito o que o major pudesse fazer.
- Bem, cansei de ver esse massacre - Siqueira falou por fim - vou dar uma corrida. Afim de ir comigo, Fábio?
Realmente não havia mais o que ver, então aceitei o convite. Estranhei quando Siqueira pegou uma canga de pôs debaixo do braço pra correr, mas não questionei. Pedro e Soares ainda estavam se divertindo vendo o jogo, ou melhor, o massacre.
Corremos bastante, mantendo o ritmo e a frequência. Foi um bom exercício. Não conversamos muito. Só após um tempo, quando perguntei se não era hora de voltarmos, mas ele disse que tinha uma coisa que queria me mostrar.
Ao final, numa parte totalmente isolada da praia, chegamos a uns montes de areia. Subimos no mais alto e contemplamos o mar. O sol estava perto de se pôr. Uma visão belíssima. Ficamos em silêncio, admirando a natureza.
Até que Siqueira se virou pra mim e sem falar nada, me deu um beijo. Suave, curto. Apenas tocou os lábios.
E depois deu outro. E outro. Eu logo fui correspondendo. Ele passou a mão por dentro de minha sunga e apertou minha bunda. Eu segurei sua nuca com uma mão e alisei seu peito com a outra. Siqueira desnudou minhas nádegas, massageando-as. Beijei seu pescoço e fui arriando sua sunga, fazendo o pau duro saltar pra fora.
Ele me pediu para o acompanhar, descemos o pequeno vão de terra e ele pegou a canga e a jogou no chão, forrando a areia. Me chamou pra deitar, me virou de barriga pra cima e tirou minha sunga, me deixando pelado sob a canga. Tirou a própria sunga também e depois abriu minhas pernas e me pegou pela cintura. Da mesma forma que eu tinha feito com ele no quarto alguns dias. Ele começou a chupar meu ânus, suavemente. Me olhando fundo enquanto eu gemia.
Depois ele deslizou pra cima de mim, prensou meu corpo contra a canga com seu peso e me olhou nos olhos.
Abriu minhas pernas com as suas e se encaixou entre elas. Senti seu pênis duro pressionar contra minha bunda.
Siqueira estava muito carinhoso. Diferente de seu jeito mais bruto. Alisou minha testa, tirando os cabelos da frente e me beijou de novo. E sem mais motivos, começou a falar:
- Quando eu entrei para o colégio, eu era como você. Fisicamente falando. Era de longe mais forte que meus colegas, mais gostoso. Minha bunda, já chamava atenção - e foi narrando devagar, roçando seu pau contra minha bunda.
Eu prestei bem atenção em sua história. Curioso do motivo pelo qual a iniciou.
- Na primeira noite, tivemos o primeiro trote tradicional. Foi bem parecido com o seu. Pagamos flexões, abdominais, tiramos a roupa. Foi aí que o major Galhardo, o major principal, prestou atenção na minha bunda. Ficou fixado. Mandou eu ir para o meio e dar uma volta, para a exibir. Eu fiquei sem graça, mas tentei levar na esportiva. Galhardo era um mulato grande e forte. Um sorriso largo e bonito. Jeito marrento, mas uma boa pessoa. Mas era claro que ele tinha fixado na minha bunda. Ele então, ao fim do trote, levou apenas a mim para uma sessão extra
Senti a cabecinha encaixar na minha entrada. Gemi, mas não fiz muito barulho. Queria ouvir sua história.
- Sabe a área em obra, Fabio? Nos fundos, onde você me flagrou com o Sequela? Pois bem. Aquela área está em obra há muitos anos. Isso porque, quando iam derrubar tudo, descobriram que aquele casarão velho foi um antigo local de armazenamento de escravos. O IPHAN entrou no assunto e aquele lugar ia virar um centro cultural em memória da escravidão. Mas no meio de tanta burocracia, acabou não saindo do papel ainda. Então, Galhardo me levou lá.
Siqueira me beijou, parecendo ficar mais excitado a medida que suas lembranças o levavam de volta para aquele lugar.
- Eles tem um grilhão antigo de madeira lá. Daqueles que prendem o prisioneiro na cabeça e nos pulsos. Igual o que vemos acoplado às guilhotinas. Pois então, eles me prenderam lá. Fecharam o grilhão, trancando minha cabeça e meus braços. Arriaram minha calça e começaram a me dar palmadas na bunda. Eles se divertiram com isso. E eu também, embora não admitisse. Porque comigo a coisa era um pouco diferente
Senti seu pau entrar um pouco e soltei o ar. Siqueira mordeu meu queixo, apertando meu corpo mais forte junto ao dele. Era gostoso sentir seu peso e seu calor. Me ajudavam a relaxar diante do desafio de ser penetrado pela primeira vez.
- Desculpe - e riu - Estou contando a história de forma errada. Fabio, desculpa, mas me permita voltar mais no tempo, na minha infância. Pode ser? Pra você entender bem o que ocorreu aquela noite, naquela área abandonada. Sabe, você conheceu meu pai. Um homem implacável, bastante rígido e educador. Eu fui um moleque travesso, sabia? Aprontei muito na infância e adolescência E apanhei muito por isso. Meu pai tinha uma palmatória, que dava na minha bunda sempre que eu aprontava.
- Ele me levava para seu escritório, mandava eu arriar a calça e me batia. Ardia muito. Mas era a forma que ele sabia educar. Na verdade era uma tradição de família, pois seu irmão também era assim. Meu tio morava no mesmo bairro que nós. E também gostava de me bater. Mas ele era mais tradicional. Ele normalmente sentava, me colocava em seu colo, com a bunda pro alto, e me batia com a mão nua sempre que eu fazia merda.
Siqueira chegou junto do meu ouvido e sussurrou.
- E dele eu gostava. Eu cresci, passei a respeitar mais meu pai e evitar sua surra. Mas meu tio não. Eu continuava desafiando meu tio. Ele não entendia porque eu era tão levado com ele. 'não é possível' ele dizia, 'você deve gostar de apanhar, só pode' esbravejava. Numa noite, quando eu tinha quatorze anos, sujei todo o chão, derrubando um copo de suco. E ele veio me bater. Sentou no sofá e não precisou mandar. Eu já estava deitado em seu colo, de bruços, com a bunda a mostra. Ele me bateu. 'você tem que tomar vergonha nessa cara' falou transtornado. E enfiou um dedo na minha bunda. Acredito que nem ele sabe o que o levou a fazer àquilo. Mas o resultado foi instantâneo. Eu me senti arrepiar e ele percebeu. Não falou nada. Mas enfiou de novo. Dessa vez, mais devagar.
O pau de Siqueira ia entrando, enquanto eu me deliciava com sua história. Entre uma pausa e outra, ele me beijava, me lambia o rosto.
- Meu tio nunca conversou comigo sobre aquilo. Jamais teve coragem. Eu, tampouco. Mas me dedar... Ah sim, dedou muito. Eu cresci através de suas palmadas e suas dedadas. Era nosso segredinho. Nosso segredinho vergonhoso. O do meu tio, ficou encoberto até sua morte, numa parada cardíaca ano passado. Mas a minha, a minha não. Foi naquela mesma época, as vésperas de entrar para os Pracinhas, que meu pai me ensinou a dirigir. Aprendi rápido e me senti o máximo com isso, mas hoje não gosto mais tanto. Na época, eu quis exibir minha habilidade para uns amigos. Numa tarde, enquanto meu pai estava no trabalho, peguei a chave do carro escondido e fomos para a garagem. Peguei o carro dele e dirigi. Mas fiz besteira
O pau entrou todo e eu estremeci. Siqueira o deixou lá dentro um tempo
- Bati na primeira pilastra e o arranhei. Meu pai ficou uma fera quando descobriu, me levou para seu escritório, e como não achou a palmatória, mandou eu arriar a calça e me deitar em seu colo, como fazia meu tio. E me bateu muito. Mas o resultado não foi o que ele esperava. Ele sentiu quando meu pau endureceu. Me pôs em pé e ficou enojado quando o viu duro e meio úmido. Meu pai nunca mais me tocou depois daquele dia. E até hoje nossa relação é essa que você pôde ver no centenário dos Pracinhas.
- Eu sinto muito - falei, comovido com sua história. Siqueira sorriu e começou a meter, devagar, cuidadoso. Eu gemi, me agarrando a ele
- Não sinta. Ele é um idiota e você sabe disso. Mas voltando ao meu trote. Você pode ter imaginado o que aconteceu comigo quando os caras começaram a me bater na bunda, não é mesmo? Foi inevitável. Fiquei excitado. Galhardo viu meu pau duro e me zoou. Começou a me dedar. Eu, calado fiquei. Não por medo deles, mas por medo de mim. Galhardo ameaçou me comer se eu continuasse de pau duro. E cumpriu a promessa. Arriou a calça, encaixou atrás de mim e começou a penetrar. Ele não foi cuidadoso como eu estou sendo com você agora. Não. Ele meteu bem. Doeu, mas também foi muito bom
Siqueira aumentava o ritmo, me fazendo balançar, arrastando na canga. Eu o abraçava e gemia, recebendo seus beijos.
- Ele foi o primeiro homem que gozou dentro de mim. Mas não foi o único. Sequer foi o único àquela noite. Os outros também vieram. Um a um, como cães. Vinham, metiam, gozavam e saiam. Eu recebi todos. Chegou uma hora que meu corpo não suportou mais tanto gozo. O líquido começou a escorrer pelas minhas pernas. E era só alguém enfiar o pau, que parte do liquido era expelida pra fora. E eu gemi. Ah sim, Mendes. Gemi muito. Não podia mais controlar. Eram 16 o número de alunos no terceiro ano naquela noite. Aguentei todos. É certo que lá pelos últimos, já não tinha mais forças nem para gemer. Só fiquei lá, sendo usado por aqueles garotos. Quando terminaram, me tiraram do cárcere, me ajudaram a me vestir e me levaram de volta, como se nada demais tivesse acontecido. Embora tenham sim ficado preocupados, pois acreditaram terem ido longe demais. Bobos. O que eu queria era que tivessem ido além ainda. Embora eu nunca tenha admitido isso pra eles.
Ele então segurou meu rosto, me olhando fundo nos olhos, as metidas estavam fortes. Sentia seu pau tocar fundo em mim, arrepiando até os cabelos da nuca. Tentava me segurar firme com as pernas em seu corpo, mas era em vão e meus pés ficaram balançando no ar, ao ritmo de suas estocadas.
- Você me perguntou uma vez, Mendes, o que eu tive de fazer em meus tempos de calouro. Pois te digo. Fiz muita coisa. Galhardo foi meu superior imediato e toda a semana eu era chamado ao seu quarto para limpar
Ele meteu mais e mais forte, me fazendo gemer auto. Sorte estarmos tão isolados. Não me segurei e dei vozes ao meu prazer, só sendo calado pela boca de Siqueira, que ora e outra me beijava e me tomava o resto de fôlego que me restava.
- Ele me comprou um avental, o safado. E mandava eu usar ele. Apenas ele. Ficava nu, só de avental, limpando o seu quarto. Na maior parte do tempo, ele apenas queria me ver vestido assim. Outras vezes não. E era sempre quando eu menos esperava. Ele chegava, ficava por cima de mim, e metia. Forte. Forte como eu estou metendo agora. Forte até gozar ahhhh - e fincou fundo a pica em mim, sua voz foi ficando chorosa a medida que despejava o liquido dentro de meu corpo.
- E quando... Ah... - estava sem folego, mas queria continuar a história - e quando eu me comportava bem... Ele me dava o que eu queria. Me botava de quatro na cama e me dava umas chineladas na bunda ... Às vezes, me deitava em seu colo, como meu tio, e me batia ali... E eu gostava. Não me sentia humilhado. Eu queria aquilo. De fato. Verdade seja dita, eu nunca me sujeitei a superior nenhum, Mendes. Eu queria tudo aquilo. Sempre quis. É minha natureza
E foi tirando a pica, me deixando aquele vazio que me enchia de alivio, mas também de uma gostosa saudade.
Siqueira então caiu em cima de mim, apoiando a cabeça em meu peito. Eu o abracei. A brisa do mar, seu som, tudo estava perfeito. Estava em paz.
- Quando você me desafiou na primeira noite, eu fiquei irritado. Fiquei mesmo. Mas pensando bem, acho que eu estava era ansioso. Cada vez que você me olhava, eu sentia aquele mesmo tremor que senti quando fui subjugado por Galhardo. Quando você me comeu, com tanta força, com tanta fúria. Eu fui aos céus. A tempos que não me sentia assim, Mendes. Muito mesmo e... Droga - parou de falar
- O que foi?
Ele começou a rir
- Estou sem graça. Eu... Eu nunca contei essa história pra ninguém. Nunca. Morro de vergonha. Mas estou eu aqui, falando tudo pra você. E... Meu Deus
E enfiou o rosto no meu peito, tentando se esconder de vergonha. Rindo como um garotinho. Eu o acariciei.
- Fica calmo, major. Seu segredo está seguro
Ele relaxou um pouco
- Obrigado, soldado
Relaxamos mais um pouco e depois nos arrumamos para voltar aos outros. Siqueira tinha cumprido sua promessa afinal. Minha primeira vez havia sido inesquecível em muitos aspectos. Só esperava um dia poder dar a ele o que ele me deu naquele fim de tarde.
***
ÚLTIMO DIA
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SINOPSE
Fábio chega ao Brasil cheio de ideias novas sobre a abolição que ganha força e adeptos no Novo Mundo, além de questões pessoais que precisa resolver. Em suas andanças pela fazenda de seus tios, nosso jovem revive as travessuras da infância com seu primo Rodolfo e seus escravos, enquanto cria coragem para encarar sua amiga de infância e prometida, Carmem.
Nesta novela de época, Fábio Mendes nos traz ao mundo do erotismo escondido por trás de uma história trágica. Corpos fortes e belos, agrilhoados e disponíveis aos mais distintos desejos e caprichos. Neste trabalho, suavizamos a nossa história triste para que o leitor possa se deleitar no mundo de possibilidades que se abria entre a casa grande e a senzala. Histórias estas que fazem parte de nossa construção enquanto nação, tanto quanto o café e a corrupção.

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Ficha do conto

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Nome do conto:
COLÉGIO PRACINHAS - CAPÍTULO 11 – CONFIDÊNCIAS

Codigo do conto:
206132

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
11/08/2022

Quant.de Votos:
6

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