O Sacão do Papai Noel
Minha família pelo lado materno é enorme, começou com meus avós tendo seis filhos, quatro meninos e duas meninas. Estes, por sua vez, lhes deram mais de vinte netos, cujas idades, à época desse relato, oscilavam entre os quase 40 anos e meados da adolescência. Os mais velhos, já haviam providenciado os bisnetos, todos entre o berço e a primeira infância; portanto, os que ainda acreditavam que Papai Noel era quem trazia os presentes na noite da véspera de Natal. Até aí nada de tão diferente do que existe em outras famílias mundo afora. O único senão, era que eu estava no extremo oposto do primeiro neto, e éramos os dois que gozavam da predileção dos nossos avós. Ele por ter sido o primeiro foi mimado como tal, e eu por ser último, o caçula, recebia os mesmos mimos. Justamente aí residia o problema, todos continuavam achando que eu, por ser o mais novo, me igualava aos bisnetos compondo os últimos a chegarem à família. Me tratavam como se eu fosse um garotinho. Para reforçar essa posição até colocaram meu nome no diminutivo e passei a ser chamado de Bruninho, como se não houvesse vexame maior do que esse. Quando os parentes se reuniam em datas festivas, como no Natal, por exemplo, era um tal de Bruninho meu bebê para cá, Bruninho meu fofinho para lá, Bruninho meu filhotinho para acolá, e isso só servia para que meus primos e primas tripudiassem o tempo inteiro da minha condição.
Quem, na verdade, cultivou essa situação, foi a minha própria mãe, já que fui o último a chegar, depois do meu irmão Júlio e da minha irmã Kátia com uma diferença de quatro anos em relação a ela. Tudo era para o bebê da casa, o fofinho do Bruninho.
- Não faça barulho, senão você acorda o Bruninho! – advertia ela ao meu irmão. – Para de chutar essa bola perto do seu irmãozinho, pode machucá-lo! Não cutuque o Bruninho, Júlio, não vê que ele está brincando sossegado? Não faça isso, e não faça aquilo com o Bruninho, Júlio, já te falamos mais de mil vezes! – eram as broncas que ele levava por minha causa, o que não demorou para ele me considerar um verdadeiro estorvo, uma coisa toda melindrosa que não se podia tocar, com quem não se podia brincar por que era um bobão que nada sabia e, um traste que merecia uns safanões quando ralhavam com ele, mesmo que abrisse o berreiro depois.
À medida em que fui crescendo, as animosidades aumentaram, pois a culpa de qualquer coisa que acontecesse entre nós era sempre dele, e os castigos também. De tanto que ele judiava de mim, passei a teme-lo durante a adolescência quando ele mais se parecia com um bicho feroz que partia para cima de mim por qualquer coisinha que eu falasse ou fizesse. Eu estava terminantemente proibido de entrar no quarto dele, o que eu sinceramente não tinha nenhuma vontade fazer. Tudo ali tinha um fedor estranho, o mesmo fedor que ele exalava quando começou a crescer um monte pelos nos lugares mais esquisitos do corpo dele. Apenas alguns anos mais tarde é que aquele cheiro deixou de ser repugnante, isso quando ele e eu tínhamos nos tornado mais que amigos e, até mais que apenas irmãos que se amavam. Mas isso é outra história, da qual eu talvez fale algum dia, uma vez que foge ao contexto deste relato.
Já a Kátia era unha e carne comigo. Apesar da pouca diferença de idade, eu inicialmente tinha o mesmo status de suas bonecas e era tratado como tal, precisava ganhar comidinhas na boca, precisava ser trocado como todo bebê, precisava ser embalado no colo e, seu eu vacilasse era até capaz de ela me enfiar pelado numa banheira para me dar banho. Porém, a primeira e única vez que ela tentou tal façanha, me pus a berrar e chamar pela minha mãe, dizendo que a Kátia estava querendo lavar o meu pipi. Tiveram que lhe explicar que aquela coisinha pendurada entre as minhas pernas era algo vetado às suas brincadeiras. Ela ficou amuada depois do sermão, mas não ficou zangada comigo. Na adolescência, era eu quem a defendia da molecada do colégio que ficava dando cantadas nela, ou que se atreviam a mexer com ela por ser uma das garotas mais bonitas e gostosas do colégio. Cheguei a levar algumas surras dos garotos maiores quando me punha a defendê-la feito um galinho de briga que não tinha noção de onde estava se metendo.
Por essa época também, eu tentava descobrir quem eu era, pois com a chegada da puberdade um verdadeiro nó se formou na minha cabeça. Os meus colegas da mesma idade começavam a se interessar mais pelas garotas do que pelas nossas costumeiras brincadeiras, estavam ficando com as caras cheias de espinhas, um nojo aliás; passaram a falar só de peitinhos, de bocetinhas, de sexo, de paus que ficavam duros por qualquer visão mais perturbadora, enquanto eu não fazia questão alguma de falar ou ouvir essas bobagens. Pelo contrário, eu começava a achar os rapazes mais bonitos e interessantes que as garotas. Gostava de admirar seus músculos, gostava de vê-los jogar futebol depois das aulas de educação física, quando tiravam as camisetas e ficavam com aqueles troncos esculpidos todos de fora. Ficava inibido quando flagrava algum deles debaixo das duchas exibindo seus cacetes envoltos num chumaço de pentelhos. Sou gay, concluí depois de ter queimado pelo menos uma centena de neurônios tentando entender o que se passava comigo. Será mesmo? Eu só conhecia duas bichinhas, um garoto espalhafatoso da primeira série do ensino médio e um cara que morava no quarteirão debaixo na nossa rua e que vivia se agarrando com outros rapazes quando o traziam de carro para casa. Mas, como posso ser bicha se não me pareço em nada com esses dois? Será que tem mais tipos de veados? De que tipo eu seria? Eram tantas as perguntas sem resposta que eu acabava desistindo de pensar muito a respeito. Contudo, tinha tomado uma decisão, foi até no que pensei como promessa do que fazer para o próximo ano, ia contar aos meus pais que era gay, ou que pelo menos achava que era, para ver se a opinião deles era a mesma que a minha.
O Júlio, que a essas alturas já detinha a alcunha de Julião, por ter se transformado num macho enorme e cheio de músculos, que ele cultivava frequentando uma academia com uns amigos que também mais se assemelhavam a trogloditas do que caras normais, era o único a me chamar de veadinho. Não que isso fosse alguma novidade, eram tantos os adjetivos pelos quais me chamava que eu nem me lembrava de todos. Porém, veadinho, bichinha, retardado, traste, peste, escroto, imprestável, bundudo, fresco, saco de bosta, vacilão, empata-fodas, mentecapto faziam parte de seu vasto vocabulário para me insultar. Será que ele sabia que eu era gay? Como foi que ele chegou a essa conclusão? De qualquer forma, ele seria a última pessoa nesse mundo a quem eu podia recorrer e perguntar se eu era mesmo gay. Também, pouco me importava a opinião dele.
Afora esses percalços, no geral, todos os parentes gostavam de mim. O Bruninho é tão lindinho. A carinha do Bruninho é tão fofa. Vocês já repararam como o corpo do Bruninho está ganhando formas? O Bruninho vai se transformar num rapaz muito cobiçado quando crescer. Era isso que circulava durante as conversas a meu respeito, me deixando muitas vezes encabulado com os olhares que acompanhavam essas afirmações.
Bem, vamos ao que interessa. O Natal chegou, este ano a véspera caiu numa quinta-feira e, portanto, ele seria seguido de um final de semana, tornando o feriadão mais prolongado. Chegamos à fazenda dos meus avós na antevéspera, pois minha mãe ia ajudar os irmãos e os pais com a organização, enquanto os agregados dariam uma força aqui e acolá, para não parecerem uns inúteis. Enquanto isso, a primarada ia se juntando e com todo aquele espaço à disposição, o que não faltavam eram maneiras de se divertir. Na hora do almoço da véspera de Natal, a casa já estava cheia e barulhenta.
Aquele foi o primeiro de dois Natais consecutivos que minha tia, casada com um dos irmãos da minha mãe, trouxe um cunhado que havia recém se divorciado. Ele havia se disposto a se travestir de Papai Noel e fazer a entrega dos presentes para a meninada que ainda acreditava no bom velhinho. Seu tipo físico colaborava um pouco para isso, uma calça e uma túnica vermelhas, um gorro, um cinto largo de couro ao redor da barriguinha ligeiramente saliente e uma barba permeada com alguns fios brancos que só precisava de um leve incremento para não ficar devendo nada à imagem que todos conheciam. O tal do tio Mario como nos foi apresentado e Marião para os adultos, devia estar com uns 40 anos, era um homem grande, maçudo, não se podia dizer que era atlético por conta daquela barriguinha saliente, mas, no mais, era um homem forte e atraente. Sentado com meu pai, meus tios e os demais homens agregados ao redor da piscina batendo papo e tomando cerveja, ele caiu nas minhas graças. Os bisnetos não falavam noutra coisa, ao menos aqueles que já conseguiam articular algumas frases, o Papai Noel era aguardado com uma ansiedade crescente. Também servia para controlar os ânimos quando algum deles se punha a fazer alguma arte.
- Se você não se comportar, não parar de fazer birra, não parar de bater no seu priminho, não comer ao menos um pouco de verduras o Papai Noel vai ficar bravo e não vai deixar nenhum presente para você! – era a chantagem que os adultos faziam para controlar aquele bando de crianças espevitadas.
Não demorei a sacar que o Marião era do tipo safado que não perde a chance de lançar um olhar sobre uma mulher ou moça gostosa, o que provavelmente explicaria o divórcio recente. O jeitão dele tinha algo de cafajeste, não no mau sentido, mas no sentido de ser um sedutor bem convincente. Apesar das dúvidas quanto a ser gay, o tipão dele ali metido apenas num short me deixou alucinado. Não sei que fetiche era esse que eu tinha de gostar tanto dos rapazes quanto dos homens com bem mais idade que a minha. Ele também não demorou a perceber os olhares que eu lhe lançava e começou a prestar mais atenção no meu corpo esculpido em curvas generosas e arredondadas. Como eu estava com meus primos e primas me divertindo na piscina, ele não tirava os olhos babões da minha sunga que cobria apenas uma parte das minhas nádegas carnudas e estava parcialmente enfiada no meu rego, pois tudo que eu vestia as bandas volumosas resolviam engolir. Eu tinha um corpinho malhado e bem proporcional, embora não me exercitasse como meu irmão, não era grande e nem pequeno para a minha idade, mas fazia sucesso com as meninas do colégio. E era exatamente isso que o Marião, estava secando minuciosamente de onde estava, e eu quase podia jurar que aqueles sorrisos que ele me dirigia toda vez que nossos olhares se cruzavam, o estavam enchendo de tesão.
Após a ceia, a tal hora dos presentes chegou. A molecada parecia ter saído de um hospício, eufóricos não paravam de gritar e correr de um lado para outro.
- Senta aqui com seus priminhos Bruninho, todos ao redor da árvore para uma foto! – sugeriu minha avó. Eu nem me mexi, não ousei sair do lado dos mais velhos.
- Vai Bruninho, os mais novinhos sentados ao redor da árvore! – determinou minha mãe, me puxando do meu esconderijo.
- Olha o mico, mãe! Nem pensar que eu vou me juntar a esses pirralhos! Era só o que me faltava! – protestei.
- Deixa de ser ranzinza, Bruninho! Vá fazer o que sua mãe e sua avó pediram! – completou meu pai.
- Pai, eu não sou mais criança, vou pagar um mico na frente de todo mundo! – devolvi, mas já era tarde, um dos meus primos mais velhos me fez sentar ao lado de seus dois filhos pequenos.
Só consegui dar um sorriso amarelo quando o flash da câmera disparou. Eu estava puto com aquele vexame que me fizeram passar. Para piorar tudo, o Marião me encarava com uma risadinha maliciosa, por trás dos óculos redondos e da barba postiça que colocaram nele para montar o figurino do Papai Noel, enquanto fazia a distribuição dos presentes para a garotada que berrava a cada pacote aberto.
- E estes são para o Bruninho! – disse ele quando me entregou cinco pacotes, junto com uma piscadela safada. Esse bom velhinho era um tarado, um tarado delicioso que pôs meu cuzinho a piscar pela primeira vez. Se eu ainda não era gay, a partir daquele instante não restavam mais dúvidas.
Todos foram dormir tarde, após ficarem beliscando na mesa da ceia repleta de delícias e alguns até beberem um pouco mais da conta. Eu estava sem sono, rolava de um lado para o outro na cama, sentia calor, o Natal dos trópicos não tinha do glamour do cenário coberto de neve branca do hemisfério norte. Resolvi levantar e dar uma volta pela casa, talvez pudesse confabular com qualquer outro insone que por ventura ainda estivesse acordado. Encontrei o Marião sentado no escuro num dos cantos da ampla varanda que rodeava a casa. Ele segurava uma latinha de cerveja numa das mãos enquanto a outra, enfiada dentro do short, se encarregava de bolinar o caralho. Fiquei uns instantes escondido parado atrás de uma das pilastras, observando-o com as pernas grossas e peludas bem abertas, se deliciando com aquela massagem genital. Ele estava tão absorto que demorou a me notar e, quando o fez, apenas sorriu sem parar de bolinar o cacete que começava a crescer com aquela mão deslizando sobre ele.
- Bruninho! – exclamou quando me viu tentando disfarçar o que tinha visto. – E aí, gostou dos presentes? – perguntou, enquanto eu não conseguia desviar os olhos daquele short.
- Gostei! – respondi tímido e envergonhado.
- Você deve ser um bom menino, todos gostam de você, pelo que pude perceber.
- É, acho que sim! – que assunto eu poderia ter com aquele homem que podia ser meu pai, mas que estava me deixando com muito tesão?
- Também é muito bonito! – acrescentou, o que me fez corar, e responder apenas com um sorriso bobo. – Deve ter uma porção de namoradas na escola, estou certo?
- Não, nenhuma!
- É difícil acreditar nisso! Com esse rostinho lindo e esse corpinho malhado deve deixar as meninas extasiadas. – argumentou. – E os rapazes também! – exclamou malicioso.
- Acho que não! – devolvi. Eu já era naturalmente tímido, mas diante daquele homem estava tão inibido que mal conseguia articular as palavras.
- Eu, se fosse um deles, já teria me apaixonado por você! – o rumo daquela conversa estava me deixando sem-graça, mas eu não queria sair dali, porque aquele homem com o tórax largo e peludo exposto manipulando prazerosamente seu falo não me deixava arredar o pé.
- Você também é um homem muito bonito! – soltei, num rompante de coragem que veio sabe-se lá de onde. Ele riu.
- Que bom que me acha um homem bonito, eu gostaria muito de ser seu amigo! – exclamou ele, já prevendo que ia desopilar os colhões abarrotados que não lhe davam sossego. – Do que gosta em mim?
- Ah, não sei direito! De tudo eu acho, do peito peludo e grande, dos braços musculosos, das pernas grossas e fortes. – enumerei, fazendo o brilho nos olhos dele adquirir um tom de luxúria.
- Por que não vem se sentar nessa poltrona ao meu lado, talvez encontre outras partes das quais também goste? – eu podia ser novinho, até um tanto quanto ingênuo, mas sabia distinguir o assédio e isso estava me excitando.
- Que partes, por exemplo? – perguntei, dando uma de inocente, o que ele logo percebeu ser um interesse pelo que manipulava dentro do short.
- O rosto, as mãos, os pés! – citou ele para não parecer agressivo.
- Ah, isso! – retruquei com uma pontinha de desapontamento na voz.
- Por que, em que outras partes você pensou? – provocou libidinoso
- Nessas mesmo! – respondi, pois me faltou coragem de mencionar o pinto, que era justamente o que me fazia espiar os rapazes debaixo dos chuveiros depois das aulas de educação física.
- Você já viu o cacete de algum rapaz? – questionou ele, chegando aonde queria.
- Já! – voltei a sentir a boca seca, e não sabia o que fazer com as mãos.
- Onde? Gostou do que viu, achou bonito?
- No colégio! Gostei! – era melhor ser bem sincero, talvez ele me mostrasse o dele, o que seria maravilhoso, pois nunca tinha visto o pinto de um homem maduro.
- Ficou tão envergonhado como está agora quando viu o pinto deles? – por que ele não para de uma vez de fazer tantas perguntas, de ficar embromando e me mostra logo o que tem aí debaixo?
- Acho que sim! Sim, quero dizer! Mas eu fiquei olhando mesmo assim!
- Você teria coragem de me mostrar o seu?
- Para que?
- Só para ver se é tão bonito quanto você!
- É meio pequeno! – retruquei, sentindo uma comichão tomar contar do meu pau.
- Você é novinho, é natural que seu pau seja pequeno. – afirmou ele.
- Se é assim, o seu deve ser bem grande! – devolvi, noutro rompante de coragem. Ele sorriu com vontade.
- É, é um pouco grande, ao menos é o que já me disseram! No entanto, você teria que constatar isso por conta própria para me dizer se é grande ou não.
- Tá bom, eu falo! – ia ser agora, ele ia me mostrar o cacetão e, antes mesmo de colocar os olhos nele eu já sabia que ia ficar maravilhado.
- Mas isso vai ficar só entre nós, tipo um segredo, ninguém mais pode saber. – advertiu, percebendo meu interesse
- Tudo bem! Fica sendo um segredo meu e seu! – concordei
- Então vem conferir! – instigou.
Fui me sentar no braço da poltrona dele, embora meu cuzinho piscando estivesse querendo sentar diretamente sobre aquele volume que ele tinha na mão.
- Pode tirar ele daqui de dentro! – o safado estava morrendo de tesão e queria sentir minha mão tocando seu membro
Ele separou mais pernas, escorregou um pouco para frente e me exibiu a ereção em curso dando uns pinotes dentro do short. Encarei-o cheio de coragem e tesão, abri um sorriso contido e enfiei a mão pelo cós do short até encontrar o que queria. Fechei a mão ao redor do cacetão e o senti pulsar enérgico, quente e tão grande que minha mão não o conseguia envolver por inteiro. O Marião me encarava excitado. Lentamente fui puxando a parte frontal do short para baixo, e lá estava o maior caralho que eu já tinha visto, me fazendo babar de tanto tesão.
- E aí, acha ele grande? Gostou? – perguntou o salafrário
- É enorme, e muito, muito lindo! – exclamei. – Nunca vi nada tão bonito!
- Pode brincar com ele se quiser! – atiçou ganancioso
Eu o ergui para observá-lo por todos os ângulos, pois ainda não estava completamente rijo, o que estava acontecendo aos poucos, à medida que minha mão tateava curiosa sobre ele. Era uma verga grande, reta, pesada, circundada por grossas veias saltadas nas quais eu conseguia sentir um pulsar frenético que a aquecia e a fazia endurecer distendendo-se mais e mais. Em dado momento, a pele que cobria parte da cabeçorra se retraiu e expondo-a por inteiro, estufada e soltando um melzinho perfumado que chegou às minhas narinas.
- É muito lindo! – asseverei, acariciando o mastro impetuoso que quicava na minha mão.
Tracionei-o um pouco para cima, o que trouxe junto o sacão que estava pendurado na base dele. Rapidamente levei a outra mão até ele e o segurei com delicadeza, ciente de que ele guardava o que um macho tinha de mais precioso.
- Você é bem sacudo! Tem umas bolas enormes, pesadas e bem peludas! – afirmei, deslizando os dedos trêmulos sobre o sacão
- Todo Papai Noel precisa ter um saco grande para carregar os presentes, não acha? – questionou caçoando.
- É, acho que sim! – respondi, rindo da piada. – Em contrapartida, eu gostaria de fazer um pedido para você também. – emendou me escrutinando com um olhar predador.
- Que pedido?
- Me deixar ver a sua bundinha!
- Está bem, é justo! – respondi de pronto. Só de imaginar aquelas mãos enormes e vigorosas deslizando sobre a minha bunda já estava me deixando alucinado.
Voltei a ficar em pé diante dele e deixei-o arriar a bermuda fina do meu pijama onde não havia nada debaixo dela a não ser o par de nádegas polpudas e roliças. Ele a puxou devagar até a altura dos meus joelhos, deixou-a cair aos meus pés e voltou com as mãos espalmadas deslizando sobre as minhas coxas até elas se fecharem num amasso potente que englobou a bunda toda. Eu suspirei de tão afogueado, senti meu corpo sendo tomado por uma tremedeira e, lentamente fui me deixando cair no colo dele, diretamente sobre o cacetão duro.
- Sabia que sua bundinha é uma delícia? Alguém já te falou isso? – indagou, palpando sensualmente as nádegas.
- Não, ninguém! Mas fico feliz de saber que você gostou! – havia algo nele que me transmitia segurança e coragem, e que me deixava mais desinibido.
- Gostei, gostei muito! Por que ficou feliz com a minha aprovação?
- Sei lá! Por que você é homem, por que percebo que sente prazer em me tocar, por que sinto vontade de acolher seu pauzão no meu cuzinho. – respondi safadinho, pois notei que ele gostava disso.
- Ah, moleque, nem brinca com uma coisa dessas, está me deixando maluco! Sente como meu pau está crescendo. – devolveu ele, esfregando a ereção na minha bunda, e me puxando para junto de seu rosto antes do colar a boca na minha.
Eu pensei que aquela tremedeira ia me fazer convulsionar a qualquer momento. Eu sentia o gosto daquele macho na minha boca, com um leve sabor de cerveja misturado e me abria para ele enfiar a língua na minha garganta. Ele enfiou um dedo no meu cuzinho e eu soltei um gemidinho manhoso. Sim, era isso, se ser gay significava sentir todo esse prazer, eu queria ser gay.
- Você quer me foder? – perguntei em pleno delírio.
- Quero muito! Quero meter nesse cuzinho até você pedir arrego, até deixar esse rabão todo arregaçado. – respondeu ele.
- Eu sou virgem, você precisa ir devagar, tá bom? – ao mesmo tempo em que me assumia gay também já estava me tornando um verdadeiro putinho.
- Virgenzinho, de tudo? Gosto de virgens! Vou tomar todo cuidado para não te machucar, prometo! Você confia em mim? – a licenciosidade com a qual ele se expressava com aquela voz grossa só aumentava meu tesão.
- Confio! Eu confio em você! – respondi, acariciando o rosto barbudo dele.
- Quem podia imaginar que você com essa carinha de anjo fosse tão putinho, louco para levar uma rola no cu? – sentenciou, enquanto seu dedo continuava rodopiando frenético no meu ânus. – Mas não pode ser aqui, alguém pode aparecer e nos flagrar, conhece algum lugar mais tranquilo onde possamos ficar a sós?
- No barracão de ferramentas atrás dos estábulos, lá não tem ninguém a essa hora e como nenhum empregado vai trabalhar esses dias podemos ir para lá. – respondi.
A diferença de tamanho entre nós dois era tamanha que ele me carregou no colo até o barracão. Eu não parava de acariciar o rosto dele, cada sorriso me deixava com mais tesão, com o cu piscando. Ficamos numa bancada próxima a janela, pois ali o brilho do luar conseguia penetrar e criar uma penumbra, acender uma lâmpada podia chamar a atenção de alguém. Ele me fez ajoelhar diante dele, pincelou a rola toda melada na minha cara, querendo me instigar com seu cheiro másculo.
- Engole minha pica e chupa, veadinho! Você precisa se acostumar ao cheiro de macho! – sentenciou ele, enfiando o cacetão na minha garganta.
Eu quase sufoquei, a cabeçorra era grande demais e mal dava para fechar a boca ao redor dela. Mesmo assim, eu a chupei, sugando o melzinho salgado e lambendo o caralhão como se fosse um sorvete. O Marião grunhia, me agarrou pelos cabelos, firmou minha cabeça e fodia minha boca com força até eu quase engasgar.
- Mama putinho! Mama que tem muito leite de macho aí dentro para você se deliciar. – gemia ele com os dentes cerrados. – Isso veadinho guloso, mama gostoso, mama! – instigava ele, enquanto eu me empenhava saboreando cada centímetro daquela jeba, e apertava seus testículos como se estivesse ordenando uma vaca.
Eu o obedecia sem pestanejar, queria aprender tudo, queria saber como satisfazer um macho e sentir prazer com isso. Chupei-o com tanta gula que ele começou a sentir a proximidade do gozo.
- Não solta não moleque putinho, vou encher sua boquinha com leite de macho. – anunciou ele, dando uma socada funda na minha garganta e ejaculando forte ao mesmo tempo que soltava um gemido rouco.
Tão logo eu terminei de lamber toda a porra ao redor do cacetão dele, ele me ergueu e me sentou sobre a bancada. Abriu minhas pernas e as apoiou sobre seus ombros, inclinou meu tronco para trás, enfiou um dedo no meu cuzinho e o movimentou em círculos, o que me fez soltar gemidinhos de excitação. Em seguida, lambeu com a língua úmida a minha rosquinha anal, deixando-a molhadinha; pensei que ia desfalecer de tanto prazer, e soltei um gritinho de tesão. Ele voltou a me encarar, estava com tanto tesão para foder meu buraquinho que não escondia sua voracidade desmedida. Um misto de medo, curiosidade e vontade de sentir aquele macho no meu rabo devia estar expresso no meu semblante, pois ele, enquanto se ajeitava entre as minhas coxas, sorriu e afirmou que não ia me machucar, só me dar prazer. Eu acreditei nele.
Com o cacetão pingando pré-gozo, o Marião apontou a cabeçona sobre meu orifício e o afundou nas minhas preguinhas, soltei outro gritinho, dessa vez mais agudo e lancinante. Ele se empurrava contra a minha bunda aberta atolando progressivamente o caralhão grosso até o talo no meu rabo.
- Ai meu cuzinho, Marião! – gani, sentindo ele me arrebentar por dentro.
- Não era isso que você estava pedindo, seu putinho safado, me deixando louco de tesão? Agora seja forte porque você vai sentir o que é um macho excitado e passando por um período de abstinência. Vou arrombar e encher seu cu de leite, veadinho gostoso! – disse ele, bombando meu cuzinho com força e cuidado.
- Ai Marião, meu rabo Marião, meu rabinho! – gania eu, recebendo as estocadas frenéticas dele.
- Abre o cuzinho, veadinho do caralho, abre! Abre o cu para teu macho te fecundar! – grunhia ele, extravasando todo o tesão acumulado.
As coxas peludas dele batiam nas minhas nádegas e ditavam a cadência da foda, aquele entra e sai do cacetão dele foi a coisa mais maravilhosa que já senti, e eu gemia enlevado naquela aura de prazer sem igual. De quando em quando, para adiar o gozo quando o sentia prestes a eclodir, ele se inclinava sobre mim e me beijava enfiando lascivamente a língua na minha boca como se também quisesse me foder com ela. Eu o envolvia nos meus braços, deslizava as mãos sobre as costas largas e suadas dele e me entregava de corpo e alma à sua tara.
- Ah, moleque, que cuzinho guloso você tem, veadinho! Vai fazer a alegria de muito macho com essa bundinha tesuda da porra! – afirmou
- Quero fazer a alegria do Papai Noel! – devolvi, todo sensual, para excitá-lo ainda mais.
- Quer é? Está fazendo meninão, está deixando seu Papai Noel muito satisfeito! Vou estourar esse cuzinho gostoso para que jamais se esqueça desse Papai Noel! Bom menino! – exclamou num gemido rouco e intenso, tomado pelo tesão.
Ele me socava fundo e forte, um pouco bruto, me fazendo sentir seus pentelhos encostando no meu reguinho. Eu não tirava os olhos dele, nunca tinha visto um macho saciando suas necessidades primais e isso dava tesão de ver, me levando a gozar um gozo duplo, pois enquanto meu pinto esguichava porra sobre a minha barriga, um gozo simultâneo fazia estremecer as minhas entranhas revolvendo-as num prazer indescritível. Ele continuou socando, o caralhão deslizava mais macio até o fundo do meu cu, eu devia estar bem arregaçado porque até a dor havia diminuído, mesmo assim eu continuava gemendo alto deixando-o doido de tesão. Agarrei-me aos bíceps saltados e rijos dele até encostar meu tronco no peito peludo dele e o beijei, sugando seus lábios enquanto ele mordiscava os meus; nisso o corpão dele tremeu todo, um urro contido lhe escapou da boca colada à minha e meu cuzinho foi se enchendo da porra leitosa e morna dele. Ele ainda levou um tempo para puxar o caralhão fora do meu cuzinho e, quando o fez, ele despencou pesado e ainda pingando sêmen. Minhas coxas ainda tremiam quando as fui juntando e sentindo como se houvessem escavado um túnel no meio delas.
- Está tudo bem? – perguntou-me o Marião, me apertando com força contra o tórax quente e agitado.
- Ahã! – devolvi inseguro. – Estou tão feliz! – exclamei em seguida, quando afagava os pelos do peito dele.
- Eu também, moleque! Eu também! Fazia muito tempo que eu não gozava tanto! – afirmou.
- Com esse sacão enorme não é de se admirar! – exclamei, o que o fez sorrir. – Teu esperma é delicioso, sabia? – emendei faceiro.
- Você leva jeito de quem sempre vai gostar de leitinho de machos, seu veadinho safado! – retrucou ele, me abraçando forte.
Já havia amanhecido, o sol em ascensão criava sombras longas quando entramos em casa. Ninguém havia acordado ainda e nem deram pela nossa ausência. Fui direto para o banheiro do quarto lavar a meleca pegajosa do meu reguinho. Ao descer o short do pijama vi que havia sangue de um vermelho vivo nele e fui tomado de uma felicidade sem tamanho, meu cabaço, suspirei baixinho. Dali em diante eu seria outro Bruno, não mais o Bruninho ingênuo que era comparado a uma criança em idade pré-escolar, mas um Bruno que sabia como satisfazer um macho e sentir prazer nisso.
O Marião e eu voltávamos ao barracão todas as noites daquele feriadão de Natal, depois de todos terem se recolhido. Em cada uma delas ele parecia mais afoito e mais voraz, estava tirando o atraso da secura em que se encontrava após o divórcio. Eu saía de lá tão esporrado como se tivesse me lavado em esperma, uma vez que a quantidade de porra que aquele macho produzia era algo espantoso. Ao me despedir dele antes de voltar para casa após o Natal, abracei-o com toda ternura e carinho.
- Obrigado por ter me feito tão feliz! O presente que estava no seu sacão foi o melhor e mais maravilhoso que já me deram. – sussurrei junto ao ouvido dele.
- Ah, tesão de moleque! Você não imagina como me fez feliz e me deixou saciado! Cuida bem desse cuzinho tesudo porque esse é seu maior tesouro! – retrucou ele, beijando discretamente o canto da minha boca.
Pouco antes do meu aniversário daquele ano tive a tal conversa com meus pais que fez parte das minhas promessas de Ano Novo, contei que era gay mesmo sabendo que corria o risco de perder o amor deles para sempre.
- Ficamos felizes por você se abrir conosco Bruninho! Talvez isso o desaponte um pouco, mas já suspeitávamos da sua predileção pelos rapazes. Apenas tome cuidado, filhote, e seja feliz, tão feliz quanto nos fez no dia em que nasceu. – disse meu pai. Portanto, o grande segredo que me atormentou durante os últimos anos, estava finalmente resolvido.
Com o dezembro se aproximando eu estava ansioso para o encontro familiar de Natal como nunca estivera em anos anteriores. Minha tia, durante uma conversa com a minha mãe, tinha dito que o Marião ia se passar pelo Papai Noel mais uma vez para alegrar os bisnetos dos meus avós. Não só deles, sonhava eu, não vendo a hora de sentir aquele macho delicioso me apertar em seus braços e meter aquela rola grossa no meu cuzinho até me deixar todo encharcado com seu leitinho viril.
Nesse ano o feriado de Natal foi mais curto, apenas a véspera e o dia propriamente, mas isso não tirou a minha felicidade quando o Marião chegou à fazenda. Havia se passado um ano, não tínhamos como nos encontrar pois morávamos em cidades distantes e eu não teria como justificar uma viagem para me encontrar com um homem que não fazia parte da família e, nem ele, de aparecer para uma visita, pela mesma razão.
Ele parecia tão ansioso quanto eu pelo nosso encontro privativo, tanto que no meio da tarde já me convidou para o barracão. Corríamos mais risco, afinal a parentada circulava por todos os cantos e, embora ninguém precisasse entrar no barracão, era arriscado sermos flagrados. Talvez tenha sido isso que deixou a primeira foda tão excitante. Ela nem foi tão rápida quanto eu imaginava e, ainda por cima, foi tão intensa que ao sair de lá estava com o cu tão arregaçado que tinha a impressão de que minhas vísceras iam se esvair pelo rombo que o caralhão do Marião deixou no meu cuzinho a cada passo que dava. Durante o restante do dia, e enquanto todos ceavam, ele me lançava olhares cheios de luxúria que faziam meu cuzinho úmido piscar. O safado sabia que meu rabo estava cheio até talo com seu esperma viscoso, e que eu o guardava nas entranhas todo zeloso para não o perder.
Só conseguimos nos refugiar no barracão por três vezes para saciar o desejo que queimava nossos corpos. Foi pouco para as nossas necessidades, mas deixou mais uma vez lembranças tão boas que me fariam lembrar desse homem pelo resto da minha vida.
No ano seguinte, o Marião não participou do nosso Natal, tinha conhecido uma mulher e foram morar juntos na cidade dela. Fiquei um pouco triste quando não o vi chegando com os meus tios, e esperei até criar coragem para perguntar de seu paradeiro, afinal ele não era nada meu, nem parente de ninguém, à exceção da condição de cunhado daquela minha tia que também era uma agregada da família.
Até hoje, invariavelmente a cada Natal ou a cada Papai Noel que vejo em comerciais, shoppings e por aí vai, me lembro do Marião e de seu sacão tão prodigioso em me fornecer o primeiro leitinho de macho que provei na vida.