Suruba na república de estudantes

Suruba na república de estudantes
Era a primeira festa depois da recepção aos calouros que, diga-se de passagem, foi bastante traumática para alguns, inclusive eu que virei meio que o alvo predileto dos veteranos. Segundo minha mais recente amiga, Nicole, que conheci no meu primeiro dia no campus da universidade em Connecticut aguardando a vez na mesma fila para pegar o esquema dos horários das disciplinas, isso se devia ao fato de eu ser um gatinho, como ela definiu minha aparência, o que me deixou com as bochechas vermelhas e a também fez caçoar dessa timidez.
- Gatinho e tímido! Não pode haver combinação mais perfeita. – afirmou com um risinho malicioso. – As garotas vão cair em cima feito moscas no açúcar! Pena que eu já esteja comprometida com o Mike, e que ele seja o sujeito mais ciumento que já conheci; senão seria a primeira da fila a querer conquistar seu coração. – acrescentou, com um atrevimento pouco comum em garotas, ao menos naquelas que eu conhecia lá na minha cidade, a pequena Chambersburg no condado de Franklin na Pensilvânia.
Não demorou muito para o tal do Mike aparecer quando foi alertado por colegas que a namorada estava tendo uma conversa animada com um cara bonito na fila de distribuição dos esquemas das disciplinas. Ele se aproximou com uma cara fechada de poucos amigos, me deu uma encarada intimidadora, tipo aquelas que os machos de qualquer espécie dão quando se deparam com outro próximo às fêmeas. Abraçou a dele e beijou a bochecha dela para assinalar a posse. Precisei rir e me contive o quanto deu, mas mesmo assim ele percebeu e me mediu da cabeça aos pés, constatando que numa eventual briga pela disputa da fêmea ele superaria o rival com facilidade. Deve ter pensado naquele provérbio – beleza não põe mesa – e concluído que sua essência máscula e a energia de seus músculos avantajados se sobrepunham a um rostinho lindo e um corpo bem estruturado.
- Oi, sou o Kyle! – cumprimentei, estendendo-lhe a mão, como é costume se fazer em Chambersburg quando se conhece alguém. Ele olhou para mim e para a minha mão, e a deixou esperando sem a tocar. Disfarçadamente a recolhi ficando sem-graça.
- Esse é o Mike de quem eu estava falando! – sentenciou a Nicole para aliviar o clima, uma vez que ele também não se dignou a me dirigir a palavra.
- Oi! – voltei a repetir, já que não sabia mais o que dizer. A Nicole continuou a nossa conversa onde paramos antes da intromissão do namorado, e eu fingi que ele não existia, apesar daqueles 1,85m e quase 100Kg continuarem a me encarar.
- Vai demorar nessa porra de fila? – perguntou ele, dirigindo-se à namorada.
- Como vou saber, não depende de mim! Vá fazer o que estiver a fim de fazer, nos encontramos mais tarde, eu te mando uma mensagem. – respondeu ela. Ele voltou a me escrutinar avaliando o grau do risco que estaria correndo deixando a namorada fazendo amizade comigo.
- Posso pegar o esquema para você, se quiser, só me passe o número da sua matrícula, depois combinamos um lugar para eu te entregar. – prontifiquei-me
- Não tenho nada melhor a fazer, não esquenta! Prefiro ficar aqui com você! – devolveu ela com um sorriso amistoso. Quase pude jurar que o Mike soltou um rugido furioso com a resposta dela, antes de nos deixar. Ambos começamos a rir quando ele se afastou.
- O que é isso, um namorado ou um cão de guarda? – zombei
- Às vezes nem eu mesmo sei! – respondeu ela com sinceridade. – É o mal das mulheres, os mais fortes e musculosos nos parecem os reprodutores mais habilidosos em nos dar uma prole, mesmo que depois acabemos constatando que seus cérebros não se diferenciem do das amebas. – acrescentou rindo.
- Amebas não têm cérebro! – exclamei. – Nem mesmo a mais rudimentar das células nervosas, estas só começaram a surgir com os cnidários. – expliquei.
- É justamente por isso! – exclamou rindo. – Ao passo que acabo de descobrir mais uma de suas qualidades além de gatinho e tímido, estudioso e inteligente! – emendou, voltando a me fazer corar. – Pressinto que seremos ótimos amigos, Kyle, você é um fofo!
- Isso se o seu namorado me deixar vivo! – retruquei, e ambos rimos, no que já se configurava uma cumplicidade que duraria anos.
- Vai à festa do sábado à noite na fraternidade ?S? - Beta Sigma Kappa? É uma das mais concorridas do campus. – esclareceu ela.
- Ainda não pensei a respeito. Meu colega de quarto, o Josh, está louco para se tornar membro dela, e até me convidou a me filiar também. Mas, eu não sei se estou preparado para enfrentar o trote daquele bando de símios primitivos. – respondi.
- Você acaba de elevar o Mike de protozoário a símio o que é um salto evolutivo bem expressivo! – zombou ela. – Ele é membro da ?S? há dois anos.
- Me desculpe, não estava me referindo a ele, nem sabia que ele fazia parte da ?S?. – afirmei tentando consertar o ato falho.
- Kyle, você é fofinho demais! E vou acrescentar mais uma qualidade, inocente! Não esquenta, eu conheço o Mike e sei que até para símio primitivo ele ainda precisa evoluir muito. – retrucou ela debochando. – Aposto que se você perguntar a ele o que é um protozoário ou um símio ele vai achar que é algum jogo de vídeo game ou um time de futebol. O cara é tão sem noção que muitas vezes me pergunto o que foi que eu vi nele. – acrescentou.
- O reprodutor habilidoso e forte para te dar uma prole? – indaguei, e ambos voltamos a rir. Obviamente deixei de mencionar a palavra – caralhudo – que definia muito bem o Mike, pois o volumão que me chamou a atenção entre suas pernas também poderia estar abaixo do ventre de um garanhão, intimidador e assustadoramente colossal; bem como, responsável pelo meu cuzinho continuar piscando desde que o identifiquei.
Havia se passado apenas o primeiro bimestre do ano letivo, a festa para os calouros coroava essa data e podia-se sentir a agitação por todo o campus. Na última semana o Josh não fez outra coisa que não me aporrinhar a acompanhá-lo na tal orgia, pois era isso que a festa representava, com muitas garotas dispostas e encontrar um macho, muitos rapazes querendo encher a cara e foder o maior número de bocetas e cuzinhos disponíveis, drogas sendo ofertadas como se fossem guloseimas e conchavos sendo estabelecidos para tornar aqueles anos de faculdade mais palatáveis.
- Você já viu que espécie de sujeitos fazem parte da ?S?? São o que restou dos Neandertais, uma trempa de trogloditas acéfalos. Não me sinto animado a me juntar a esses caras. – argumentei, quando ele praticamente me intimava a ir à festa e passar pelo trote a que eram submetidos os que queriam passar a ser chamados de irmãos por aqueles bárbaros.
- É que nós ainda não os conhecemos direito! Devem ser sujeitos legais ou não teriam essa fama toda. Sem mencionar que desfilam por aí com as garotas mais gostosas da universidade. Já andei fazendo uma triagem, cheguei a ficar de pau duro observando algumas, mas quase todas já estão comprometidas com eles e, o pior, nem foram eles que saíram à caça, são elas que se jogam nos teus braços se você for da ?S?. Fala a verdade, não é tudo o que a gente quer? – contra argumentou entusiasmado.
O Josh sem dúvida se daria bem na fraternidade, era um deles; se até o momento, não oficialmente, já o era pelo predomínio dos músculos sobre a massa cinzenta, duas coisas inversamente proporcionais, o seria depois de ser aceito. Em dois meses de convívio comigo, compartilhando o mesmo dormitório, ele ainda não havia sacado que eu era gay. Admito que não seja fácil para ninguém reconhecer os sinais da minha sexualidade, no entanto, com um pouco de perspicácia e um convívio tão estreito, pelo menos a dúvida já devia ter se instalado em sua mente. Havia momentos, quando ele disfarçadamente ficava secando meu corpo quando eu me trocava ou saía da ducha, em que eu chegava a pensar, é agora que ele vai me questionar; porém, ou lhe faltava a coragem ou tinha medo da minha reação caso eu não fosse o que ele estava imaginando. Por meu lado, eu aguardava o momento certo para contar, se é que existe um momento certo para você dizer a seu colega de quarto hétero e machão convicto, que ele está dormindo com um veado. Estávamos nos dando tão bem que eu não queria estragar aquela ligação, ainda com elos sutis e frágeis.
- Você é um saco, sabia? Tudo bem, eu vou! – sentenciei para fazer a vontade dele.
- Legal, cara! Eu sabia que você é muito gente boa, um parceirão que não ia me decepcionar. – retrucou ele eufórico.
- Mas, é o seguinte! Se aqueles bárbaros passarem dos limites eu caio fora! – impus
- Não, justo! Valeu! Me disseram que o trote é meio pesado, mas que a galera que passou por ele não se arrepende. Uma vez fazendo parte da fraternidade as portas se abrem, a socialização é garantida, bem como a proteção aos membros. – afirmou
- Isso é o que veremos! Até porque quem passou já era um troglodita antes de ingressar. – devolvi, com um pressentimento de que aquele trote ia dar merda.
O local estava abarrotado de gente, confirmando a fama do evento. Chegamos por volta da meia-noite quando a festa estava bombando. Identificar alguém sóbrio no meio daquela galera era difícil, exceto os recém-chegados como nós. Eu me sentia um cordeiro lançado num covil de lobos e hesitava se deveria fugir dali o quanto antes, ou tocar em frente para ver no que ia dar. Fiz a opção errada.
Steve, um veterano do segundo ano que cursava a disciplina de cálculo comigo, foi o primeiro a se aproximar. Ao menos a metade do cérebro dele já estava nadando em álcool quando ele me abraçou e me ofereceu do próprio copo o que estava bebendo. Ele praticamente entornou o primeiro gole do líquido ardido na minha boca e, só com isso já pude ter uma ideia do teor alcoólico do que ingeri.
- Kyle, você é um tesão, Kyle! Já te falaram isso? Você é, é sim, Kyle! Um puta de um tesão! Assim que você entrou na sala de aula eu falei com os meus botões, eu não tinha nenhum estava usando uma camiseta, mas você entendeu, não é? Esse cara é um tesão, saca só Steve, Steve sou eu, saca só Steve, o tamanho da bunda do cara, perfeitinha, rechonchuda, deve engolir uma pica inteira com facilidade. Aí eu falei para mim mesmo, Steve, é o seu pau que precisa entrar naquela bunda e gozar, gozar muito. Você precisa engravidar essa bunda, Steve! – ele havia se pendurado em mim com aquele corpanzil de gorila, o bafo de álcool indicava que já havia extrapolado seu limite e, as palavras truncadas pronunciadas com a língua pesada denunciavam o grau de embotamento de seu cérebro.
Talvez tenha sido o ar carregado dos vapores das drogas que já estava fazendo efeito sobre os meus neurônios, pois apesar de não estar falando coisa com coisa, o Steve continuava sexy com sua virilidade exalando pelos poros. Eu tentava não o deixar cair quando ele me levou até a cozinha onde o arsenal de bebidas cobria qualquer superfície livre.
- Eu vou fazer um desses para você, Kyle! Um especial saindo! – era até divertido vê-lo cambalear e tentando acertar a boca da garrafa de uísque na boca do copo.
- Deixa eu te ajudar! – propus, quando mais uísque estava se derramando do que entrando no copo.
- Muito gentil da sua parte, Kyle! Você é gentil e tem uma bunda tesuda, Kyle! Eu já te falei que você é um tesão, Kyle? – não faltava muito para ele apagar de vez, por isso tratei de o levar até um canto e o soltei sobre uma poltrona, de onde ele não se levantou mais.
Não dei mais do que alguns passos quando me deparei com a Nicole e o troglodita do namorado carrancudo. Ela se jogou nos meus braços e me cobriu de beijos, também já devia ter bebido além da conta, tanto que voltou a me apresentar o sujeito, que não gostou nem um pouco daquele cumprimento efusivo.
- Oi! – cumprimentei acanhado. Dela veio todo aquele entusiasmo por me ver, dele só veio aquela encarada sisuda.
- Soube que se inscreveu para a fraternidade, o trote vai começar daqui a pouco, estamos com quase tudo preparado. – disse ele, na primeira vez que me dirigia a palavra.
- Espero que peguem leve no trote! – exclamei, me sentindo um otário por ter dito isso. Aquele bando de selvagens não tinha a menor intenção de pegar leve com os calouros.
- Não é por nada não, mas as tuas chances são mínimas! – afirmou sarcástico
Enquanto conversávamos, quatro caras se aproximaram, tinham aquele olhar predador que me fez sentir um calafrio na barriga. O Mike citou os nomes deles quando me apresentou a eles, mas eu estava tão nervoso que não prestei atenção. Que me importa o nome desses chimpanzés enormes cobertos de músculos que não saberiam diferenciar o sol da lua se fossem questionados? Um deles, até bem gostosão, e aqui abro um parêntese – todo veado não pode ver um macho que exala testosterona até pelo hálito sem ficar com o cuzinho se contorcendo de tesão, como era o meu caso agora – fechou a mão, que mais parecia a garra de um urso, no meu pescoço e me conduziu para os fundos do prédio onde uns quinze calouros já aguardavam para passar pelo trote e, pelo menos o triplo de veteranos ensandecidos articulava maneiras de detonar aqueles incautos. O Josh acenou na minha direção quando me viu chegando e logo pagou por isso.
- Acenando para o teu macho, veadinho? Qual é, ele veio te dar apoio moral ou enrabar o teu cu? – indagou um dos veteranos., deixando claro que demonstrar qualquer tipo de empatia ou amizade feria o código de condutas daqueles babacas.
- Aqui galera, trouxe mais um candidato! O que me dizem, ele passa ou fodemos com ele? – provocou o Mike, enquanto o sujeito que me conduzia pelo pescoço me lançou no meio dos calouros.
Fazia uma noite fria, o que não os impediu de nos mandarem tirar as roupas, o que todos começaram a fazer cautelosamente, evitando de ficar totalmente nus.
- Ei bando de bichinhas, isso está muito devagar, querem levar uma surra para apressar essa porra! – berrou um veterano enlouquecido
Não sei porque fiquei próximo do Josh, apesar de ele estar passando pela mesma humilhação, estar perto dele me fazia sentir protegido. Com todos pelados, as ofensas e gozações começaram, os veteranos pareciam uma matilha de raposas cercando suas presas, umas tinham seus desestimuladores atributos físicos taxados de todos os adjetivos que eles conheciam, enquanto aqueles com dotes ou outras características físicas desejáveis eram bolinados com tacos de beisebol, latinhas geladas de cerveja ou o que estivesse à mão dos veteranos. Um arrepio estremeceu todo meu corpo quando uma latinha de cerveja quase congelada deslizou dentro do meu rego, enquanto era obrigado a ouvir toda sorte de impropérios.
Com a moral começando a ficar abalada, nos obrigaram a beber diretamente das bocas das garrafas que percorriam o círculo no qual estávamos sentados. Nunca afeito a bebidas alcoólicas, eu tratava de deixar o liquido apenas tocar na boca e escorrer para fora a cada gole, até que um dos veteranos descobriu minha estratégia. Levei umas bordoadas na cabeça, me obrigaram a fazer trinta flexões, ocasião que aproveitaram para pisar na minha bunda e manipular seus cacetes dentro das calças ameaçando me enrabar ali mesmo. Findas as flexões, dois parrudos me agarraram pelos braços, enquanto o Mike entornava tequila diretamente na minha garganta, mantendo meus lábios fechados com a mãozona que esmagava meu queixo. Antes de eu começar a vomitar, metade da garrafa já estava no meu estômago. Juntaram-me novamente aos demais e nos obrigaram a dançar agarradinhos como casais apaixonados. Não alcancei o Josh tão rápido, outro calouro me interceptou no caminho e minutos depois ele esfregava seu corpão nu e quente em mim, enquanto os veteranos iam à loucura.
- É isso aí, suas putinhas! Dancem com seus machos, suas putas vagabundas! O primeiro que ficar com o pau duro vai levar uma cacetada diretamente nas bolas, seus putos! E o meu parceiro de dança, ao som da clássica e antiga Against all Odds (Take a look at me now) na voz rouca do Phil Collins começava a sentir a ereção crescendo à medida que o pau dele roçava nas minhas coxas.
- Controla essa merda aí embaixo, cara! Não estou a fim de que torturarem de novo. – ordenei.
- Estou tentando, cara, mas suas coxas são mais lisinhas que as coxas das garotas. Se ficarmos nesse esfrega-esfrega por mais uns minutos vou acabar gozando. – afirmou ele, enquanto seu falo liberava o pré-gozo nas minhas pernas. Por sorte estava escuro e ninguém notou o líquido translúcido escorrendo pela minha coxa.
Quando nos separamos, o pau dele estava à meia-bomba e um veterano o puniu aproximando um isqueiro aceso do sacão dele e chamuscando alguns pentelhos, enquanto ele berrava feito um louco. A essas alturas, o pânico entre os calouros estava instalado, e os primeiros começaram a desistir, sendo expulsos abaixo de socos e bofetadas.
- Vaza, bando de bichinhas, vocês não servem para fazer parte da ?S?, seus boiolas filhos da puta! – berravam os veteranos, enquanto os calouros corriam para longe para salvar a pele.
Agora é o seguinte, putada! Todos deitados enfileirados com as caras no chão, prestem bem atenção suas putinhas, eu disse com a cara no chão, se algum de vocês não estiver com a cara afundada na grama vai ser obrigado a pastá-la, entendido? Me perguntei porque não saí correndo, o que ainda fazia ali no meio daquele bando de malucos. Os que se atreveram a virar o rosto para ver o que os veteranos iam aprontar levaram umas cintadas que estalaram sobre suas nádegas. Acho que fui muito sutil no meu olhar de soslaio quando vi os veteranos abrindo as braguilhas das calças e tirarem os pintos para fora, pois não senti nenhum cinto estalando sobre a minha bunda. Porém, senti que um líquido quente escorria sobre ela e, segundos depois, os veteranos estavam mijando na bunda dos calouros.
- O primeiro que se mexer, vai beber mijo diretamente na fonte! – exclamou um dos desvairados. Ninguém se atreveu.
A tequila no meu estômago estava fazendo efeito, chegara ao cérebro e, se me perguntassem meu nome, provavelmente não saberia responder. A maioria dos calouros estava tão bêbada e drogada que já nem sentia mais os chutes e agressões, ou mesmo sabia o que estava acontecendo a sua volta. De repente, os calouros foram pegos um a um por grupinhos menores de veteranos, cinco ou seis, e levados para lugares distintos. Ver o Josh ser arrastado para longe implantou o pavor em mim, eu estava sozinho com aqueles loucos de pedra. Fui levado ao andar superior do edifício, para dentro de um quarto ou algo que se assemelhava a um, uma vez que já não distinguia as coisas com clareza. O que ainda permanecia inconfundível era a cara do Mike, ele parecia um bicho. Havia mais quatro caras com ele, e eu me esforçava para lembrar seus nomes, mas a tequila banhando meus neurônios não me deixava chegar à conclusão alguma. Minhas pernas não davam conta de me manter em pé, eu só queria escorregar rumo ao chão, mas braços musculosos me seguravam e seus donos tinham um olhar lupino brilhando em seus rostos másculos, por isso eu não sabia dizer se isso era bom ou ruim. Afinal, eu gostava de estar nos braços de um macho, embora até então só tenha sentido essa sensação uma única vez, com meu tio Jess, irmão da minha mãe.
Tio Jess esteve conosco por ocasião do Natal do ano anterior, quando meus pais o convidaram para que não passasse as festividades sozinho, uma vez que seu terceiro casamento havia acabado poucos meses atrás. Ele é um tipão, um macho que preenche todos os sonhos de uma mulher, atlético, corpão forte, um sorriso maroto e um caralhão que botava muitos homens no chinelo, até o conhecerem melhor e descobrirem que eram exatamente essas as qualidades que o levavam a não conseguir manter seu pauzão dentro das calças. Seu espírito irrequieto e uma tara voraz levavam-no ao fim dos relacionamentos, uma vez que ele não pensava duas vezes em meter o cacetão numa fendinha assim que se via estimulado por um par de peitos ou coxas ou uma bunda bem torneada. Arrependia-se depois, mas o estrago irreversível já estava feito e ele mergulhava em depressão por algum tempo, até que uma nova presa lhe caísse na rede.
Como a casa estava cheia, com os meus avós paternos e a família da irmã do meu pai, tive que dividir meu quarto com o tio Jess, o que foi providencial. Para um veadinho virgem como eu a proximidade e a chance de poder admirar de perto um macho tesudo feito ele em trajes menores parecia a realização de um sonho, ainda mais porque eu gostava dele, das piadas que contava, do jeito bonachão com o qual tratava a mim e aos meus irmãos. Na primeira noite que ele passou conosco, eu notei que ele percebeu que eu já não era mais aquele garotinho que ele costumava colocar no colo, que as mudanças que a adolescência talhou no meu corpo o deixavam excitado. Ao terminar de me enxugar após o banho e caminhar nu até o armário para vestir uma cueca antes de me deitar, ele não conseguiu desgrudar o olhar babão do meu corpo. Para disfarçar, meteu-se rapidamente sob a ducha deixando a porta do banheiro entreaberta, o que me permitia vê-lo peladão dentro do box. Meu pau ficou duro na hora, a espuma descendo por seus ombros largos, escorrendo sobre o peitoral peludo e entrando no matagal de pentelhos da virilha onde o sacão e o caralhão pendiam livres e despudoradamente sensuais me encheram de tesão. Ele estava demorando mais que o normal para lavar os genitais cavalares, suas mãos os massageavam em meio a espuma, como se ele estivesse tendo pensamentos libidinosos. Aos poucos, ele começou a se punhetar com os olhos fechados e a cabeça ligeiramente lançada para trás. Eu quase enlouqueci, um frenesi se apossou do meu cuzinho desejando sentir aquele mastro entalado dentro dele. Ao desviar o olhar para o lado, vi que ele havia esquecido de levar a toalha para o banheiro e, mesmo com o pau duro formando uma barraca debaixo da minha cueca, apressei-me a levá-la para ele. Ele levou um susto quando me aproximei e parou de se masturbar sem ter chegado ao gozo. Ficou um pouco constrangido quando notou que eu não tirava os olhos de sua verga grossa e excitada, e me agradeceu com um sorriso envergonhado. Para não perder a chance do que o destino colocou em minhas mãos, comecei a enxugar os cabelos dele enquanto ele secava o corpo. Ele me encarava com um tesão crescente, a rola que tinha amolecido um pouco quando o flagrei voltou a enrijecer e ele não disfarçou. Ele havia enxugado precariamente as costas, ao longo da coluna ainda escorria um filete d’água, eu tirei a toalha das mãos dele o sequei, deixando a frente completamente nua. Nos encaramos por um tempo em silêncio, enquanto uma força, como a de polos opostos de um imã, começou a nos puxar um de encontro ao outro. Ele fechou as mãos ao redor da minha cintura, eu apoiei as minhas sobre os ombros dele, os rostos foram se aproximando cada vez mais como que atraídos por essa força.
- Você se transformou num garotão lindo, Kyle! – sussurrou ele, quando nossas bocas já estavam tão próximas que pude sentir o hálito dele roçar meus lábios.
- É uma judiação você não ter terminado o que estava fazendo sob a ducha, tio Jess! Eu quero te ajudar. – devolvi, explodindo de tanto tesão, quando ele me puxou contra o torso maciço e colou a boca na minha.
Eu a abri aos poucos, recebi sua língua inquieta e deixei-o morder meus lábios, o beijo nos unia cada vez mais, implantava uma necessidade crescente de fundirmos nossos corpos. A mão dele deslizou sobre as minhas nádegas adentrando na cueca e a descerrando ligeiramente, as minhas percorriam suas costas massageando os flancos musculosos. Ele me conduziu até a cama, sentou-se com as pernas bem abertas enquanto eu me ajoelhava no meio delas deslizando ambas as mãos sobre suas coxas musculosas e peludas até as fechar ao redor do caralhão distendido. Desencapei o restante do prepúcio que cobria a chapeleta estufada e úmida, aspirei o aroma que ela exalava e fui carinhosamente fechando a boca ao redor dela. Tio Jess soltou um suspiro profundo, afundou a mão nos meus cabelos e pronunciou meu nome soltando lentamente o ar. Só a cabeçorra já preencheu toda a minha boca que se encheu de saliva à qual o pré-gozo ia se misturando formando um sumo saboroso que eu sorvia ao mesmo tempo em que chupava a pica que pulsava na minha mão. Inquieto e tomado pelo tesão, ele apenas grunhia deixando-se mamar pela maciez dos meus lábios. De repente, ele prendeu minha cabeça entre as mãos, puxou-a com força contra a virilha fazendo meu rosto afundar nos pentelhos e o cacetão afundar na minha garganta até eu sufocar. Engasgando e sem ar, eu batia nas coxas dele até ele me soltar.
- Kyle, seu putinho do caralho, onde aprendeu a mamar desse jeito, moleque? – perguntou, em êxtase.
- Estou tentando aprender agora! – respondi, mal tirando a pica da boca.
- Tesão de moleque, quer experimentar leitinho de macho?
- Quero! – respondi, antes de ele voltar a socar a jeba na minha goela, despejando jatos de porra dentro dela, que eu ia engolindo apressado para não me engasgar.
Tio Jess devia estar mesmo a perigo, pois assim que terminou de gozar na minha boca, me deitou na cama de bruços, apartou minhas pernas e nádegas e começou a mordiscá-las numa voracidade desmedida. Contemplou maravilhado meu reguinho liso e o botãozinho rosado que piscava feito os pisca-piscas que enfeitavam a árvore de Natal lá embaixo na sala. Aos poucos, a língua molhada deslizando ao longo do reguinho estancou sobre o botãozinho. Minha respiração parou sozinha e, quando ele começou a lamber meu cuzinho, eu soltei um gemido devasso assinalando que estava pronto para o receber dentro de mim. Ele me torturou por quase dez minutos, o rádio relógio na mesa de cabeceira saltava os números numa lentidão desesperante, durante a qual eu balbuciava o nome dele suplicando pelo coito. Ele veio escorregando devagar, beijando minha coluna da região sacral até a nuca, mordiscando delicadamente a pele durante o trajeto, até me dar um chupão no pescoço que eu franqueava à sua tara. Enquanto eu rebolava, ele fazia a pica deslizar no meu reguinho apertado, eu já não sabia mais o que fazer com aquele tesão e gemia na tentativa de aliviá-lo. Tio Jess apontou a chapeleta sobre meu buraquinho e forçou, um misto de pavor e desejo acabou travando meus esfíncteres.
- Relaxa e deixa o tio Jess entrar aí, deixa Kyle! – sussurrou ele na minha orelha, enquanto a lambia. – Prometo que vou ser gentil e cuidadoso, abre o cuzinho para o tio Jess, Kyle! Abre!
Ele amassava meus peitinhos com ambas as mãos enquanto apertava meu tronco em seus braços. Fui empinando o rabo até minha bunda se encaixar na virilha dele. A glande rodopiando sobre as minhas preguinhas e as melando de pré-gozo me levou a relaxar os músculos e, com um impulso forte e certeiro, ele a meteu no meu cuzinho distendendo-o até a dor me obrigar a soltar um grito que ele sufocou tampando minha boca com a mão. Agoniado, entrei em pânico, o caralhão estava me rasgando o cuzinho e tio Jess não tinha a menor intenção de o tirar de dentro daquela maciez aveludada e úmida.
- Calma moleque, já vai passar, eu prometo! – murmurou ele, beijando minha nuca para me encorajar.
Como foi bom confiar nele, na experiência de macho maduro, na segurança que ele me transmitia através de seu arfar insaciado, do vigor de suas mãos que acariciavam minhas tetinhas com os bicos enrijecidos pelo tesão. Ainda gritei e gani algumas vezes até ele enfiar o cacetão até o talo no meu cuzinho, tendo-os abafados pelos beijos que ele colocava na minha boca. Assim que ele começou a bombar meu cu fui vencido pelo tesão e gozei, foi a melhor sensação que já tive, o vaivém cadenciado do caralhão no cu e a pica esporrando num alento sem precedentes. Afogueado, arfando feito um touro, tio Jess continuou a socar o pauzão cada vez mais fundo no meu cuzinho apertado, ele precisava liberar todo o tesão acumulado pela secura na qual vivia, e estava encontrando tudo isso na generosidade com a qual eu estava me entregando a ele. O arfar foi virando um rugido rouco, e que brotava do fundo do peito dele. As estocadas iam truncando, os músculos dele se enrijeciam e então veio o urro junto ao meu ouvido, seguido de jatos quentes de porra que ele despejava com meu cuzinho. Ele se deixou cair sobre mim, eu queria que aquele macho nunca se desgrudasse de mim, estava tão feliz que não pensava noutra coisa que não recompensar o desempenho maravilhoso dele cobrindo-o de carícias. Levou cerca de um quarto de hora até ele puxar lentamente o cacetão amolecido para fora do meu cu, um enorme vazio se formou nas minhas entranhas e, por uns instantes tive vontade de chorar, como se tivesse sido abandonado, embora apenas duas lágrimas banhassem meus olhos.
- Isso nunca devia ter acontecido! Você está sangrando, moleque! – disse ele, quando sacou o pauzão do meu cuzinho.
- Estou tão feliz, tio Jess! – balbuciei com um sorriso.
- Seu putinho safado, eu também estou muito feliz! Feliz e arrependido! – afirmou
- Não diga isso, tio Jess! Sei que não passo de um moleque inexperiente, mas eu fiz de tudo para te satisfazer, eu juro!
- Ah, moleque do caralho! Não é nada disso, você é um tesão, me deixou louco, me fez gozar como nunca e agora ainda está me fazendo todas essas carícias. Eu não poderia querer mais do que isso! – devolveu, deixando-se acariciar como se fosse um gato querendo chamego. – Mas eu não podia fazer uma coisa dessas com o filho da minha irmã. Se teu pai descobre, me mata, e com razão. Foi uma puta canalhice da minha parte. – afirmava atormentado pela culpa.
- Não esquenta tio, ninguém nunca precisa saber! Não se sinta culpado por algo que ambos queriam, eu queria, tio Jess! Eu queria tanto você e não me arrependo de nada, foi a melhor coisa que já me aconteceu.
- Seu pai vai ficar uma fera quando descobrir que tem um filhinho veado; ele que tanto enche a boca para falar que fez três machos. Quando descobrir que um deles é um veadinho putinho e safado, vai pirar.
A maneira como o tio Jess limpou o sangue das minhas preguinhas dilaceradas com um lenço umedecido, cauteloso e gentil, me comoveu. Eu o encarava enquanto sua mão deslizava sobre o meu cuzinho lanhado, ele tinha um olhar compenetrado e doce, cativante. Ao terminar, juntei as pernas e me pendurei no pescoço sólido dele, pousando um beijo carinhoso e úmido sobre a boca saborosa. Ele se dirigiu até a porta, passou a chave e veio se enrodilhar nu em mim, adormeci nos braços dele, sentindo os pelos do peito roçarem minhas costas.
Ele não conseguiu encarar a minha mãe no dia seguinte, como se temesse que ela viesse a descobrir o que ele tinha feito comigo. Houve um momento tenso quando os encontrei sozinhos na cozinha que pensei que ele ia contar a ela o que fez e talvez lhe pedir perdão. Mas, a minha aparição parece tê-lo feito mudar de ideia. Até porque, cada vez que seu olhar recaía sobre mim, voltava-lhe um tesão arrebatador no qual ele só pensava em atolar o cacetão no meu rabinho quente e receptivo. Ele me fodeu mais duas noites, apesar de o cuzinho estar assado eu não queria outra coisa que não sentir a rola grossa dele pulsando nas minhas entranhas e as encharcando com seu sêmen leitoso. E então, no dia seguinte ao Natal, ele partiu sem muitas explicações deixando a todos estarrecidos, uma vez que havia sido combinado de ele ficar até o Ano Novo. Era bem cedo, nevava, quase todos ainda dormiam, exceto minha mãe, meu pai e meu avô, quando o vi da janela do meu quarto tirando a camada de neve que cobria o para-brisas. Desci correndo, sentia o esperma que ele ejaculou nas minhas vísceras aderido a mucosa anal, e supliquei para que ficasse.
- Não posso mais fazer isso, Kyle! O adulto aqui sou eu, tenho que ter juízo, não posso fazer isso com a minha irmã. – argumentou
- Por favor não me deixe, tio Jess! Eu amo você, tio! – supliquei chorando.
- Eu também te amo, moleque safado! Mas, não podemos levar isso avante, tente compreender! – ele entrou no carro e, quando dobrou a esquina, eu desabei no choro. Por mais racionalmente que eu tentasse pensar, não compreendia porque algo que era tão bom para ambos teria que se extinguir.
Agora, completamente pelado, cercado por aquele bando de machos naquele quarto, a maravilhosa sensação que senti com o tio Jess engatado no meu cu voltou a minha memória. A cobiça nos olhares dos veteranos sobre o meu corpo, o feito da tequila, aquela sensação de estar correndo perigo, tudo me excitava. Quando eles começaram a se despir eu sabia o que ia acontecer, não me amedrontei ante os caralhões que surgiram à medida que as cuecas eram baixadas, o cheiro de machos começou a carregar o ar de luxúria. Nenhum deles estava totalmente sóbrio, mas suas mentes embotadas sabiam o que queriam. O Mike liderava o grupinho e, constatar sua dominância sobre os demais me deu tesão.
- Vão me enrabar, não é? – perguntei, enquanto eles manipulavam as picas.
- Tu é gostoso para caralho, veadinho! Essa noite esse rabão é nosso! – devolveram.
Encarei o Mike, dono da maior rola entre eles, e impus uma condição.
- Só vai rolar se eu e o meu colega de dormitório, Josh McDunaugh, formos admitidos na fraternidade.
- Não é você quem decide isso, veadinho! Quem manda aqui somos nós, ainda não percebeu? – retrucou um deles, cujo nome relembrei naquele instante, Sam Tanner.
- Querem que toda a universidade fique sabendo que por baixo dessa aparência de machões se esconde um bando de bichas? - perguntei desafiador
- Nós é que vamos te enrabar, a única bichinha aqui é você! – respondeu o Mike
- O fato de fazer o ativo não te faz menos gay!
- Do que você está falando, putinha? Está a fim de levar uma surra para saber quem aqui é gay? – questionou furioso. – Eu não sou gay, veado do caralho!
- Então vai fundo, mete esse pauzão em mim e faz de conta que é machão! Quando eu espalhar por aí que os machões foderam meu cu, vamos ver o que as pessoas vão achar.
- Eu vou dar umas porradas nesse veadinho de merda! – exclamou um exaltado, Eddie Daniels, de cuja rola pendia um fio viscoso e translúcido de pré-gozo de tanto tesão que o consumia.
- Vá em frente! Se acha que bater em mim vai resolver seu problema de tesão insaciado; vai, me bate! – talvez sem a tequila eu não fosse tão atrevido, mas ela continuava a guiar boa parte das minhas ações. – Essa pica deliciosa não vê a hora de se imuscuir nas minhas nádegas e sentir como posso ser generoso. – a caceta deu um pinote ao ouvir minhas palavras.
- Seguinte galera! É abortar o planejamento ou mandar ver no rabo desse veadinho, e escolher outra coisa para botá-lo na linha. – sentenciou o Mike, que babava pelo meu cu tão perto e disponível.
- Abortar? Nem pensar! Meu cacete está explodindo de tão duro com esse rabinho liso. Vou enlouquecer se não meter a rola dentro dele. – retrucou outro veterano, Callum Harewood, que também não conseguia mais se segurar.
- Vocês é quem sabem! Decidam-se! Eu e o Josh na fraternidade ou vocês partindo à procura de outro buraco para enfiar essas rolas gostosas. Fica sendo nosso segredo, ninguém precisa saber.
- O rabo! – exclamou o Eddie Daniels, procurando pela anuência dos demais, no que recebeu uma confirmação unânime.
- O rabo, mas você também vai chupar as nossas rolas! – impôs o Mike
- Beleza! Boquete em todos, meu cuzinho apertado e o Josh e eu membros da fraternidade, temos um trato! – retruquei.
O Mike não perdeu tempo, dobrou-me sobre uma escrivaninha, me puxou pela cintura e empurrou o cacetão para dentro do meu cuzinho.
- Ai, meu cu, Mike! Vai devagar, porra! – gritei quando a jeba grossa rasgou minhas preguinhas.
O grito, a sensualidade com a qual eu reclamei, a posição submissa em que me encontrava, atiçou os outros machos. Pouco depois, enquanto o Mike socava a rola no meu cuzinho me fazendo gemer feito uma cadela pega na rua, o Sam Tanner enfiava a pica melada na minha boca. Eu mamei a tora maçuda e suculenta, ordenhava os bagos peludos dele e acariciava seu abdômen duro. Isso levou os demais ao delírio. Um segundo veterano se aproximou e se impôs, enfiando concomitantemente a rola na minha boca para usufruir do mesmo prazer no qual o Sam estava se contorcendo.
- Tesão do caralho, esse moleque mama melhor que uma puta! – grunhiu quando sentiu meus lábios sugando seu sumo pré-ejaculatório.
As socadas potentes do Mike reverberavam nas minhas entranhas, parecia que ele ia me rachar ao meio e que o cacetão ia sair pela minha boca. Logo seu urro se espalhou pelo dormitório, ainda bombando feito um alucinado ele se despejava todo dentro do meu cu, enquanto seu corpão estremecia todo. Praticamente o arrancaram de cima de mim, o caralhão ainda estava pingando porra quando o sacou do meu rabo, dando lugar ao parceiro impaciente que o empurrou para longe para poder assumir a posição.
- Enfia devagar, seu brutamontes, o Mike acabou de arregaçar meu cuzinho! – cada palavra minha deixava eles mais ensandecidos, a naturalidade e sensualidade com a qual eu as pronunciava era responsável por isso.
- Eu vou estourar seu cu, veadinho! – exclamou, atolando a jeba no meu casulo quente e úmido.
Outro ganido pungente meu se espalhou pelo aposento tomado pela devassidão. Deitado de costas sobre uma cama os cinco me cercaram, enquanto um se saciava no meu cuzinho, outro metia a pica na minha garganta enquanto os demais seguravam minhas pernas abertas e eu os punhetava colocando uma jeba atrás da outra na boca mamando-os com devoção e sorvendo seus sumos másculos. Dois deles, o Callum Harewood e o Sam Tanner se inclinaram sobre mim, um de cada lado, acariciaram meu ventre e começaram a chupar o meu pau. Eu só podia estar no Olímpo, num cabanal dos deuses, tamanho o prazer que sentia. Segurando duas rolas nas mãos e as mamando simultaneamente, um caralhão atolado fundo no meu cuzinho e duas bocas se revezando no meu pinto. Aquilo só podia ser um sonho, um sonho cheio de tesão, e comecei a gozar, a boca do Callum que chupava meu pau recebeu toda a carga, gemendo de prazer eu a sentia sugando minha porra. As máscaras iam caindo, nem todos aqueles machões eram tão machos quanto queriam parecer, e isso já não importava mais, estávamos construindo uma relação de cumplicidade que selava a união daquele grupinho, era disso que as fraternidades eram construídas, de segredos, de relacionamentos, de coisas que deveriam ser compartilhadas apenas entre poucos. Meu cu parecia estar pegando fogo, o ardor se espalhava pelo baixo ventre junto com a dor e o prazer daquelas rolas se movendo num vaivém frenético nas minhas entranhas. Eu os ouvia gemer, grunhir feito leões famintos e os encapava com meus esfíncteres mastigando suas rolas intrépidas. Saía um com o rosto radiante e satisfeito entrava o outro procurando o mesmo prazer. Nem sei quanta porra engoli, pois eles gozavam como se tivessem passado por um longo período de jejum, umas eram mais ralas, mas não menos saborosas que as densas e cremosas. Quando me viam engolindo seus espermas entravam numa espécie de transe, grunhindo e tecendo elogios ao meu desempenho. Os cinco se revezaram no meu cuzinho até o fim da madrugada, eu estava exausto e estranhamente feliz. Tinha porra por todo corpo, tanto dentro quanto fora, e eles ainda me encaravam cheios de tesão. A essência viril de cada um deles se impregnava em mim com cheiros e sabores; a minha neles, como numa matilha indissolúvel.
A caminho do dormitório encontrei o Josh caído no próprio vômito completamente inconsciente no gramado em frente ao prédio da fraternidade onde, aliás outros corpos jaziam inertes tanto de calouros quanto de veteranos. Já haviam me alertado como as festas nas fraternidades terminavam, mas presenciar aquela cena me fez repensar se valia mesmo a pena me enfiar numa roubada dessas. Ergui o Josh pelos ombros, o danado pesava uma tonelada naquele estado comatoso, bêbado como estava. Com a ajuda dos primeiros calouros que despertavam de seu torpor levei-o ao dormitório, o despi e o enfiei debaixo do chuveiro, onde a água fria o fez balbuciar os primeiros sons, uma garantia de que não estava morto. O bicho era bonito nu, bonito é pouco, era lindo. Foi a primeira vez que o vi totalmente pelado e com aquele cacetão exposto. Enxuguei-o como deu e o joguei sobre a cama. Eu mesmo não me aguentava mais em pé, tinha a sensação de que a qualquer momento minhas vísceras escorregariam para fora do rombo que sentia no cu. Despenquei na cama e apaguei, sem saber se haveria um amanhã. Uma chuva carregada pelo vento batia contra as vidraças, o alvorecer vinha devagar devido as nuvens carregadas e cinzentas.
- Pode ir parando com isso aí! Não é porque sou gay que meu cu está disponível o tempo todo! – protestei quando senti que tentavam meter uma ereção no meio das minhas nádegas, ainda sonolento e atordoado.
- Como é, você é gay? – a pergunta foi tão enfática que, ao reconhecer a voz do Josh, me arrependi de não ter verificado antes quem estava tentando me enrabar.
- Bem, não era assim que eu queria te dar a notícia, mas já que rolou, sim, sou gay! E para já deixar tudo claro de uma vez, passei a madrugada dando o cu para cinco veteranos. A boa notícia é que você vai ser membro da fraternidade. – despejei.
- Você está de gozação! Você ... você deu mesmo o cu para cinco caras?
- Para você ver o que não se faz por um amigo! Agora dá o fora da minha cama e pare de esfregar essa rola enorme na minha bunda.
- Como sabe que a minha rola é enorme? – ao terminar a pergunta ele se deu conta de que estava pelado e limpo. – Como cheguei até aqui? A última coisa de que me lembro é de ter desabado no gramado.
- Pois é, foi lá que te encontrei, em coma alcoólico, lambendo seu próprio vômito. Te carregar para cá foi um sufoco, portanto, trate de nunca mais se embebedar, pois da próxima vez vou te deixar onde você cair.
- É sério esse negócio de eu ser membro da fraternidade? Quem te disse?
- Os caras que me foderam, fizemos um pacto!
- Kyle, você é maluco!
- É, não era, mas estou me tornando um desde que vim para a universidade! Nem eu mesmo estou me reconhecendo mais.
- Maluco, gay e gostoso! – ronronou ele, me apertando ao mesmo tempo em que tentava outra encoxada.
- Cai fora seu depravado! – ele ficou, e eu voltei a adormecer.
Só a título de informação, o saldo da festa na ?S?, seis caras internados no hospital em grave coma alcoólico, uma perna quebrada, três costelas fraturadas, um ombro deslocado, e uma pequena fila de oito sujeitos aguardando a sutura de seus ferimentos na sala do posto médico da universidade. Todo ano o saldo era mais ou menos o mesmo, isso sem contar o tanto de garotas violadas com ou sem seu consentimento.
Na segunda-feira à tarde encontrei a Nicole, ela me perguntou sobre a festa e eu me limitei a dizer que foi boa. Tinha um problema nas mãos, como lhe contar que o namorado que ela tanto venerava era gay e tinha fodido meu cu. Sempre fui sincero com meus relacionamentos e não conseguiria manter a nossa amizade escondendo um segredo desses. Ela precisava comprar algumas coisas na papelaria e caminhamos juntos até lá, eu ensaiando um jeito de lhe contar a verdade sabendo que isso poderia pôr fim à nossa amizade. Providencialmente cruzamos com o Mike e o Eddie Daniels; eu havia encontrado a solução. Não seria eu a contar para a Nicole, e sim o namorado. Ele estava com aquela mesma cara carrancuda de sempre, enquanto o Eddie me deu um – oi – entusiasmado, provavelmente se recordando da gozada fenomenal que esporrou no meu cuzinho.
- Preciso falar com você! – disse, assim que a Nicole entrou na papelaria.
- Já está tudo acertado, a lista dos novos admitidos na ?S? sai no final dessa tarde, você e o Josh estão nela. – informou.
- Estou pouco me lixando para a lista! Você vai contar para a Nicole que é gay e que me fodeu, não quero enganá-la, ela não merece. – determinei
- Ficou doido? Eu não sou gay, porra! Sou muito macho e só meto! Sou bissexual e ninguém toca na minha bunda. Eu estou gostando para caralho dela, se ela souber vai terminar comigo. Não vou contar nada!
- Seja bissexual ou lá que outra porra você seja, você não vai continuar enganando ela, vai dizer que também curte outros caras e correr o risco de a perder, isso não é problema meu. Se gosta tanto assim dela como diz, seja homem e conte a verdade sobre quem é.
- Você é foda, cara! Não quero perder a Nicole!
- Eu não posso continuar mentindo para ela, vou dizer que transei com você, e enfrentar as consequências, não posso esconder isso dela. De qualquer maneira ela vai ficar sabendo, por isso sugiro que seja você a contar.
- Então vamos contar juntos! Você me dá apoio! Não vou enfrentá-la sozinho! – comecei a rir. – Qual é a da risada?
- Um machão feito você com medo da doce Nicole, é para rir.
- Caralho, Kyle! Não me largue nessa sozinho!
- Está bem, chorão! Vou junto para te dar apoio, mas é você quem vai contar! Os membros da fraternidade devem se ajudar mutuamente, não é, pois é o que farei.
A Nicole terminou com ele na mesma hora! Disse um monte na cara dele, mandou que ele sumisse da vida dela, e terminou dizendo que o odiava. A cara que lançou na minha direção também não era das mais amistosas, mas afirmou que comigo ela acertaria as contas depois.
- Viu, o que foi que disse? Estou ferrado, ela me largou, nunca mais vou poder chegar perto dela, cacete, que merda! – vociferou ele derrotado.
- Você fez o que era certo! Sabia que seus atos teriam consequências. Agora para de se lamentar e vamos dar um tempo a ela. Sem estar sob o impacto do que acabou de descobrir, ela vai estar mais aberta a nos escutar; eu e ela voltaremos a ser bons amigos e você a ser o namorado apaixonado dela. – ele me ouvia incrédulo.
- Estou quase me apaixonando por você, Kyle, seu veadinho gostoso do caralho! Parece que ainda sinto seu cuzinho mastigando minha rola, seu puto! – eu tinha acabado de fazer mais um amigo.
Voltei às boas com a Nicole naquela mesma semana, com o Mike ela foi mais intransigente, o que o levou a cometer umas loucuras para reconquistá-la. Nas baladas bastava ele ver um casal apaixonado trocando carícias, beijos e partindo para a foda que começava a encher a cara. Os amigos tinham que o levar para casa, muitas das vezes após umas brigas que ele arrumava com o primeiro que o encarasse deprimido e bêbado.
Numa dessas ele veio armar um escândalo sob a janela do dormitório às 3h da madrugada, gerando protestos, xingamentos e coisas que jogavam na direção dele para fazê-lo calar. Me vi obrigado a descer para mandá-lo embora e à merda ao mesmo tempo.
- Você disse que ela ia me perdoar, mas só perdoou você! Eu nem consigo mais foder direito, só penso nela, fico vendo o rosto dela quando estou com outra garota e a coisa acaba não rolando, faz meses que estou na base da punheta! – choramingava ele
- Você está todo esfolado, quem fez isso na sua cara? – perguntei quando notei as escoriações sangrando
- Não sei! Andei dando umas porradas e levei outras, que diferença faz?
- Vem comigo, vamos cuidar disso, e pare de berrar, as pessoas querem dormir, amanhã é dia de aulas.
Lá estava eu com o traste mal se segurando sobre as pernas, choramingando feito um garotinho mimado num baita corpão de macho.
- Como é que você consegue dormir no mesmo quarto que esse cara, ele está de pau duro, desgraçado. Você já viu o tamanho da pica desse cara, parece um poste o troço! – exclamou ele, quando se deparou o Josh dormindo todo esparramado sobre a cama.
- Fala baixo, Mike! Quer acordar todo mundo? Tire essas roupas, você está fedendo mais que um gambá, e vá tomar uma ducha, depois eu cuido dos machucados. – ele foi para debaixo da ducha com roupa e tudo, a bebedeira não o deixava distinguir nada. Tive eu que arrancá-las de seu corpo.
- Não tenho outras roupas, como é que vou embora, pelado?
- Exatamente como está, se não calar essa boca agora mesmo!
- Mandão!
- Chorão!
- Putinho!
- Putão!
- Eu amo você, Kyle!
- Eu odeio você, Mike!
- Não odeia, não! Você também me ama, só a Nicole que não me ama! – balbuciava ele, as pálpebras pesando cada vez mais obrigando-o a piscar para as manter abertas. – Ai, caralho, isso arde! – protestou, amassando meu punho quando passei o antisséptico sobre as escoriações.
- Eu sei, aguenta um pouco, já estou terminando!
- Vou dormir aqui com você, Kyle! Nem adianta me mandar embora que eu não vou!
- Não vou te mandar embora, seu bobalhão. Deita aí e trate de dormir.
- Eu estou pelado, Kyle!
- Acha que eu não sei disso? Anda, deita e feche essa matraca!
Ele me abraçou por trás, aconchegou-se às minhas curvas e começou a baixar minha cueca. Tentei impedi-lo por três vezes, depois desisti, sabia que seria uma luta inglória. A ereção ficava cada vez mais dura, deslizava dentro do meu rego enquanto ele chamava por mim. Separei as pernas, me virei de lado e o deixei montar em mim. Mordi o travesseiro para que meu grito não acordasse o Josh e o recebi carinhosamente no meu cuzinho, contraindo os esfíncteres para encapar a jeba sedenta por afeto. Em menos de cinco minutos ele estava se despejando em mim, tão fartamente que o esperma vazou do meu cuzinho. Depois disso, ele adormeceu feito um bebê.
No dia seguinte coloquei a Nicole contra a parede.
- Você vai fazer as pazes com o Mike! Ainda hoje! – ela me encarou espantada
- Por que eu haveria de fazer as pazes com aquele ... aquele ... pervertido safado? Não quero um homem que transa com todo mundo. – retrucou
- Você o ama que eu sei, está se fazendo de durona, mas sente falta daquele brutamontes com escassez de neurônios. Então dê uma nova chance a ele, imponha condições e se ele não as cumprir acabe de vez com esse joguinho. – sugeri.
- Por que está me pressionando? Só o está defendendo tanto porque conseguiu entrar para a fraternidade. Vocês são mesmo um bando de machistas solidários que acobertam os podres uns dos ouros. Pensei que você fosse diferente.
- E sou, sou muito diferente deles! Não sei se você está lembrada, mas eu sou gay. E, não o estou defendendo, só quero que ele saia do meu pé. Desde que você pediu um tempo a ele, não tenho tido mais sossego. Ontem mesmo ele se meteu em outra confusão, andou espancando não sei quem depois de se embriagar e também saiu todo machucado. Adivinha aonde ele veio chorar as mágoas? Debaixo da minha janela às 3h da madrugada. E mais, adivinha aonde ele dormiu, pelado, com aquele pauzão dele duro feito uma barra de aço e pedindo carinho? Eu não sou estepe de namoradas! Portanto, trate de voltar com ele, ou deixe claro de uma vez que não vai ter volta. – determinei.
- E você ainda quer que eu volte com ele, um gay safado pervertido que vai procurar consolo na sua bunda ou em qualquer outro buraco disponível? Como eu vou confiar num cara desses?
- Isso já não é problema meu! Vocês que se entendam! O que eu não quero é continuar bancando a babá de um marmanjão carente de sexo e cheio de testosterona querendo colo no meio da madrugada. Ele te ama de verdade, é um troglodita, mas te ama. E você também o ama, então acabem com isso de uma vez. – fizeram as pazes, no início daquela noite; ele veio me agradecer por ter convencido a Nicole a reatar.
Passei o restante daquele primeiro ano de faculdade e boa parte do ano seguinte, procurando um namorado. Havia chegado à conclusão que, se não encontrasse um parceiro enquanto estivesse na universidade, depois seria bem mais difícil, especialmente por ainda não saber se teria que voltar a Chambersburg onde isso certamente nunca aconteceria, por ser uma cidadezinha provinciana onde todos se conheciam e um casal gay seria um escândalo a ser publicado na primeira página do jornal local.
Fui pedir ajuda para o Josh, ele era muito mais ligado na galera da fraternidade, vivia saindo à caça de garotas com aquele bando de machos que, por sua vez, conhecia outra infinidade de machos. Quem sabe no meio deles não haveria um de quem eu gostasse e ele de mim?
- Quer um namorado? Namora comigo! – devolveu-me, quando pedi a ajuda dele.
- Eu estou falando sério, Josh! Além do que, você seria o último homem sobre a face da terra com quem eu ia me envolver. Você é um pilantra pegador que, depois de conseguir o que quer das garotas, as dispensa ou foge delas para não ter que aturá-las. Aliás, a última esteve aqui ontem te procurando, toda chorosa, fazendo um dramalhão que precisei ouvir por quase uma hora. Você está fora de cogitação! – devolvi. – Vai me ajudar ou não?
- Que seja, eu ajudo! O que é que eu não faço por você?
- Nada, engraçadinho! Até agora fui eu quem fez as coisas por você! E você sabe muito bem a que preço! – respondi.
- Esse negócio da fraternidade outra vez? Não acredito que vai me jogar isso na cara pelo resto da vida. Pelo que me lembro você me disse que aquela suruba a que se submeteu para conseguirmos ingressar na fraternidade foi a melhor experiência sexual que você já teve, ou seja, não foi nenhum sacrifício dar o cuzinho para os cinco taradões. – devolveu irônico.
Depois que lhe contei, algumas semanas depois da suruba, como é que fomos admitidos na fraternidade, ele ficou esquisito, embora eu não soubesse exatamente no quê. Estava diferente com sempre foi, era isso. Não reparei logo no início, pois acreditei que esse comportamento se devia ao fato de estar se entrosando com as novas amizades que fez com os membros da fraternidade. Ele estava sempre cheio de compromissos, festas, viagens de final de semana para a casa de algum amigo, saídas para baladas das quais só voltava ao amanhecer, o que tornou raras as nossas longas conversas antes de dormir onde tínhamos assunto para varar madrugadas; também fez com que ele frequentemente me mandasse encontrar um lugar para dormir, pois queria trazer uma garota para o dormitório para transar. Eu o atendia, éramos amigos e eu queria a felicidade dele.
Cada candidato a namorado virava uma decepção depois de algumas semanas ou poucos meses, tanto os que eu arranjava sozinho quanto os que o Josh me ajudava a conseguir. Eu voltava sempre à estaca zero. Com tantos caras tesudos soltos por aí, eu não encontrava unzinho que me servisse. Começava a achar que nunca ia encontrar minha alma gêmea, ou que, se ela existisse, devia estar do outro lado do planeta e jamais nos encontraríamos. Nessa busca quase desesperada cheguei ao cúmulo de me envolver com um dos carinhas da suruba, o Sam Tanner. Ele tinha levado o fora da garota com quem estava saindo, tomou uns porres durante uma festa em outra fraternidade e enrabou um carinha gay que eu só conhecia de vista, mas que tinha a fama de já ter experimentado a pica de metade dos machos do campus. Ele era bem bonitinho, rosto angelical, corpo escultural, pouco seletivo o que fazia a macharada correr atrás feito touro no cio. No final da festa o Sam estava pendurado no meu ombro chorando sua dor, justamente para mim, que não podia ver um machão desses com a carinha viril triste que já tratava de o aninhar no colo. Eu sempre fui o que os veados chamam de bicha burra, ou seja, aquele gay que se deixa levar pelas emoções e sentimentos pelos heterossexuais por quem caio de amores.
Demorei a me tocar que o que eu procurava em todos esses candidatos a namorado eram as qualidades do Josh; tudo o que ele tinha de bom, e eram muitas coisas, a generosidade, a gentileza, a sinceridade; tudo que ele tinha de lindo, o corpão parrudo, o rosto hirsuto e viril, aquele cacetão que, sejamos sinceros, mais parecia o tronco de uma árvore; tudo que faria qualquer mulher sentir que encontrou seu príncipe encantado e, qualquer gay saber que aquele era um tesouro a ser preservado. E nenhum dos candidatos reunia essas qualidades, muitos nem chegavam perto de as ter, mas eu tentava encontrá-las me abrindo, me entregando, me conformando até a decepção me fazer mergulhar na tristeza.
Às vésperas da formatura eu continuava sozinho e foi quando uma notícia me abalou a ponto de eu sentir o chão se abrindo sob os meus pés.
- Vou ficar noivo da Kirsten durante o jantar de formatura, vou aproveitar que os pais dela estão na cidade para fazer o pedido e entregar o anel. Decidimos que vamos nos casar no início do ano que vem, ela até já escolheu as madrinhas e eu queria que você fosse um dos meus padrinhos. – revelou ele. Parecia que tinham me dado um soco na cara e eu não soubesse onde estava.
- A Kirsten, ... noivo, ... casar, ... padrinho. – repeti entorpecido com a notícia.
- Isso mesmo! Não é legal? Eu e você trabalhando juntos no novo emprego que conseguimos na mesma empresa, você não tendo que voltar para provinciana Chambersburg na Pennsylvania, eu não tendo que voltar para a casa dos meus pais em Enfield, agora só falta você conseguir o tal do seu namorado e tudo será maravilhoso, não é uma boa? – questionou entusiasmado. Apertei os olhos com força para não chorar; não, nada será maravilhoso; não, não será uma boa, será o fim das minhas esperanças. – O que foi, que cara é essa?
- A minha, ora! Só tenho uma! – respondi. – Depois nos falamos.
- Ainda não me respondeu, vai ser meu padrinho ou não? – ele continuou sem resposta, pois comecei a correr para me afastar dele o mais rápido possível. Não, Josh, não vou ser a porra do seu padrinho, eu quero ser seu namorado, seu imbecil! – ruminava eu nos meus pensamentos.
Dessa vez fui eu o paspalhão a protagonizar um escândalo. Guardei o que estava arrebentando com meu peito até a última hora, a festa de formatura. A escora da vez foi a Nicole, me abri com ela, contei que estava apaixonado pelo Josh, que sempre o amei sem ter percebido o quanto. Ela ficou surpresa, sem palavras, a Nicole era um verdadeiro desastre quando se tratava de amparar um amigo em apuros.
- Você teve cinco anos para contar a ele o que sentia e resolveu fazer isso só agora? O Kyle e eu sempre achamos que vocês só trepavam naquele dormitório, que era só sexo, pois o Kyle me disse que o Josh dormia de pau duro bem ao lado da sua cama. Pensamos que vocês transavam e nada mais, até porque ele vivia correndo atrás das garotas e você caçando um namorado. – revelou ela.
- Eu não sabia que o amava, não sabia que o namorado que estava procurando estava bem ali, do meu lado, o tempo todo. – confessei. – E, só para você saber, eu nunca transei com o Josh.
- E o que pretende fazer? O Josh vai falar com os pais da Kirsten hoje, até lá ele continua solteiro e livre. – disse ela.
- Ele não está livre, faz um tempão que estão namorando. Ele ama a Kirsten, o bestalhão, vai ficar noivo dela! – respondi.
É nessas horas que surgem os amigos, aqueles que parecem querer o seu bem, mas que estão loucos para te colocar numa roubada, e a galera da fraternidade tinha uma expertise para qualquer assunto. Ela era lhe passada em goles, goles de uísque, goles de tequila, goles do que houvesse com o maior grau alcoólico disponível e, junto com tapinhas nas costas, lhe eram despejadas goela abaixo com o propósito de você se esquecer até do porquê de estar enfrentando um problema. Só que o meu não desapareceu nem quando eu mal conseguia me sustentar sobre as próprias pernas e nem quando as palavras já saíam emboladas da minha boca. Tudo o que eu enxerguei na mesa onde os pais da Kirsten estavam, a pouca distância da qual eu me encontrava com a minha família, foi o brilho daquele anel que o Josh estava colocando no dedo dela. Lembro-me de ter balbuciado – é agora ou nunca – o que ninguém ao meu redor conseguiu compreender. Quase derrubei tudo o que estava sobre a mesa quando me levantei e, cambaleando me dirigi a mesa da família do Josh e da Kirsten. Debrucei-me sobre aqueles ombros largos que, ironicamente poderia ter tocado e acariciado milhares de vezes nos últimos cinco anos quando estavam nus e disponíveis.
- Dá esse anel para mim, ele é meu, você é meu, não da Kirsten! – todos os rostos se voltaram para mim, nenhum deles parava quieto, ficam se mexendo de um jeito esquisito. – Você é o namorado que eu estava procurando! É comigo que você tem que ficar! Eu te amo, seu bestalhão, será que você não percebeu que eu te amo? Eu sou gay mas sei que você também me ama, não case com a Kirsten, sou eu quem vai te fazer feliz, não ela! – nesse ponto, desabei de lado por cima do prato da mãe do Josh, esparramando tudo e derrubando os copos.
- Quem é esse maluco? Ele está completamente bêbado! – sentenciou o pai da Kirsten, indignado.
- Não sou maluco, é estou um pouquinho alterado, isso até pode ser! Mas, não vou deixar sua filha levar o meu homem, o homem por quem estou apaixonado. – meu pai e meus irmãos vieram me tirar dali, pedindo desculpas pelo papelão que eu estava fazendo, ao mesmo tempo que ficavam sabendo da minha sexualidade.   
- É verdade pai, eu sou um veadinho, um veadinho que por amor a esse cara deu o cuzinho para cinco marmanjões, marmanjões mesmo pai, sabe daqueles que uns pintões desse tamanho, pois foram cinco ao mesmo tempo numa suruba em troca de deixarem o Josh ser membro da fraternidade. Eu sou um veadinho puto, muito puto, cinco caralhões no meu cuzinho, cinco, desse tamanho! – mostrava eu, tentando emparelhar as mãos a uma certa distância, mas elas não me obedeciam.
- Quando saiu de casa nunca tinha colocado uma gota de álcool na boca e agora nem sabe mais o que está falando, Kyle, o que deu em você, filho? – perguntou meu pai, estarrecido com meu comportamento.
- Deu que me apaixonei por aquele bestalhão, foi isso. Ele me ama que eu sei, mas vai noivar aquela ... aquela ... ladra de homens. Eu preciso voltar lá, o Josh precisa acreditar em mim, eu o amo, não vou deixar que ela o tire de mim.
- Você vai é para o hotel onde sua mãe e eu estamos e vai esperar essa bebedeira passar. Amanhã nem vai saber o tamanho da vergonha que nos fez passar. – sentenciou ele. Não sei porque meu pai tinha que ser sempre tão lúcido e sensato.
- Sr. Redmond, um momento! Eu preciso falar com o Kyle! – ao me virar, era o Josh.
- Isso vai ter que esperar meu rapaz, ele está tão bêbado que não sabe o que está fazendo ou dizendo! – devolveu meu pai.
- Sabe sim! Não importa o quão bêbado ele esteja, ele sabe que me ama, e que eu estava cometendo o maior erro da minha vida, porque ele também sabe que eu o amo. Sempre amei o Kyle, desde a primeira vez que o vi. – afirmou o Josh, tornando tudo ainda mais confuso e tumultuado.
- Eu não disse! Ele me ama! O Josh me ama! O bestalhão me amava esse tempo todo e não só me deixou sair à caça de namorados como até me ajudou. – declarei, soltando meus irmãos que me mantinham em pé para me atirar nos braços dele.
- O único bestalhão aqui é você, eu me ofereci um montão de vezes para ser o seu namorado, e você recusou. Fala para mim, quem é o bestalhão? – indagou ele, acariciando meu rosto
- Sou eu! Um bestalhão apaixonado por você, seu bestalhão! – pendurei-me no pescoço dele, ele me puxou de encontro ao tórax e me beijou, enquanto eu enfiava a minha língua entorpecida em sua boca.
O jornal da universidade trouxe em suas páginas nos dias que se seguiram, fotos de um Kyle de smoking despencando sobre uma das mesas cheia de convidados, um Kyle sendo arrastado para fora do salão por um homem em cujas têmporas começavam a surgir cabelos grisalhos, um Kyle que mal se sustinha sobre as próprias pernas beijando apaixonadamente um dos machões mais cobiçados do campus. Enfim, parece que os meus anos de universidade fizeram desabrochar um Kyle que ninguém conhecia até então.

Foto 1 do Conto erotico: Suruba na república de estudantes

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Ficha do conto

Foto Perfil kherr
kherr

Nome do conto:
Suruba na república de estudantes

Codigo do conto:
208915

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
12/01/2024

Quant.de Votos:
3

Quant.de Fotos:
2