Meus pais se divorciaram quando eu era muito pequeno; ele voltou ao seu país de origem e, desde então, nunca mais se ouviu falar dele; ela me criou sozinha até voltar a se casar, quatro anos depois, com o Tadeu, meu padrasto.
Nesses quatro anos de lapso sem uma figura masculina eu me sentia órfão, invejava meus coleguinhas do maternal e do primeiro ano do ensino fundamental quando via os pais deles os deixando na porta da escola com um largo sorriso, um beijo e um abraço, desejando-lhes um feliz dia. Era nesse momento que uma pontinha de melancolia se instalava em mim e, por mais divertidas e lúdicas que fossem as atividades que as professoras nos proporcionavam, eu achava que minha felicidade não era tão completa quanto a deles.
Pelo comportamento da minha mãe eu percebi que alguma coisa estava mudando, ela passava mais tempo cuidando da aparência, estava sempre comprando roupas novas, estava mais sorridente e descontraída e me deixava dormir mais vezes na casa da irmã mais nova dela, uma tia que cobria minha cara com dezenas de beijos molhados, me enchia de presentes e me comprava todas as guloseimas que eu pedia, e que comíamos escondidos da minha mãe. Até que num domingo ela o trouxe para almoçar conosco, havendo me pedido, assim que acordei, que me comportasse não fazendo birra, não fazendo barulho ou os interrompendo quando estivessem conversando e sendo um bom menino. Sobre ele propriamente não deu detalhes, apenas que era um amigo que ela tinha conhecido e que queria que eu também conhecesse. À medida que as horas passavam e eu a via se dedicando ao preparo do almoço, minha ansiedade crescia, fiquei irrequieto e agitado o que me fez levar algumas broncas.
Então ele chegou. Ela foi abrir a porta e eu corri para junto dela, me escondendo um pouco atrás de suas pernas. Ele sorriu, a cumprimentou com um beijo enquanto a abraçava e lhe entregou um buquê de flores multicoloridas. Meus olhos não desgrudavam dele. Era um cara alto, fortão como meus heróis preferidos dos desenhos animados, Deadpol, Superman, Hulk, Capitão Átomo e o detonador Damage, por isso cheguei a me sentir um pouco intimidado assim que ele se dirigiu a mim pela primeira vez.
- Este é o Tadeu, o amigo de quem te falei! – explicou minha mãe. – Diga um – Oi – para ele e mostre que você é um menino educado, Rafinha.
- Oi, garotão! – cumprimentou ele, sendo mais ligeiro do que eu.
- Oi! – devolvi tímido numa voz quase inaudível.
Eu já tinha sacado que na mesma mão onde esteve o buquê de flores havia restado um pacote com todas as características de um presente, e não desviava o olhar dele.
- Este é para você, Rafinha! – disse o super-herói com um sorriso.
- Obrigado! – devolvi, pois era assim que tinham me ensinado a agradecer quando alguém me dava alguma coisa.
Ele colocou a mãozona na minha cabeça e bagunçou todo meu cabelo, que eu havia passado um tempão penteando para domar sua rebeldia, mas eu gostei porque já tinha visto os pais dos meus coleguinhas fazerem o mesmo com os cabelos deles. Enquanto desembrulhava o presente, um Transformers que se convertia num carrão esportivo quando desdobrado se mostrou com todas suas cores vibrantes e possibilidades; eu já gostava do sujeito, daquele rosto anguloso de homem, com uma barba hirsuta que o fazia parecer ainda mais fortão do que aquele montão de músculos grandes que ele tinha por todo o corpo. O que só vinha a provar mais uma vez que não era preciso muito para comprar o afeto de uma criança.
Observei atentamente os dois durante o almoço, a maneira como se olhavam, as frases que trocavam usando palavras que eu conhecia, mas que não estavam fazendo muito sentido para mim, o jeito como ficavam sorrindo um para o outro quando ele ficava pegando na mão dela a todo momento. Lembro-me de ter pensado – eu queria ter um pai igualzinho a ele, e poder dizer de boca cheia aos meus coleguinhas que ele era o meu pai – só para eles saberem que eu também podia ter um homão como os super-heróis como pai.
Depois do almoço, o Tadeu, cujo nome eu fixei fundo na minha memória para não esquecer, caso ele voltasse outro dia, veio se sentar ao lado do sofá onde eu explorava todas as possibilidades do meu novo brinquedo.
- Gostou do presente!
- Gostei muito. Eu só tenho dois Transformers, são diferentes desse, quer ver? – perguntei entusiasmado, pois isso me daria a chance de esticar a conversa e lhe mostrar o tantão de brinquedos que atulhavam o meu quarto.
- Quero sim! – pronto, esse era o cara. Eu sabia que ia me dar muito bem com ele, e lá fui eu correndo escada acima e trazendo todos os brinquedos de que eu mais gostava e explicando a ele como é que se podia tirar o máximo de diversão deles. Ele apenas me encarava e sorria condescendente.
- Dá uma folga para o Tadeu, Rafinha! Ele não está a fim de conhecer todos os teus brinquedos, não seja chato! – ralhou minha mãe, a estraga prazeres.
- Tá bom, já entendi!
- Na verdade, eu estou me divertindo muito! – exclamou o Tadeu. Já era meu herói. Só faltava eu lhe fazer uma pergunta, e comecei a ensaiar o melhor jeito de a fazer, e quando.
- Você vai ser o meu pai? – perguntei, após concluir que não havia um jeito especial ou uma hora certa de perguntar, mas que eu não podia perder a chance.
- Rafinha! Isso lá é pergunta que se faça? – pronto, a estraga prazeres já estava me podando outra vez.
- Você ia ficar contente se eu fosse seu pai? – nem precisava me fazer uma pergunta dessas, é claro que sim.
- Eu ia ficar muito contente! Um contentão desse tamanho! – respondi, abrindo os braços o mais que podia. E foi quando ele me abraçou pela primeira vez.
Nem sei explicar a emoção que senti quando meu corpo se amoldou aquele tórax enorme e quente, como me senti seguro envolto naqueles braços musculosos, como foi gostoso colocar a minha mão naquele rosto que parecia uma lixa.
- E eu de ser o seu pai, meninão lindo! – devolveu ele. Naquele dia eu compreendi o significado da palavra felicidade.
Pouco tempo depois, que na época eu não sabia especificar quando, pois tudo demorava um tempão para chegar a acontecer, estávamos nos mudando para uma casa maior com quintal e onde meu quarto era o dobro do tamanho do anterior, e onde pareciam caber todos os meus sonhos, mesmo que, às vezes, durante a noite, pesadelos com monstros e fantasmas debaixo da minha cama me fizessem acordar chorando. O Tadeu então aparecia, me dava um abraço, lutava com o monstro que estava debaixo da minha cama e depois se deitava ao meu lado, garantindo que os fantasmas e os monstros não existiam que era eu quem os ficava imaginando, e que, enquanto ele estivesse ali, nenhum deles ia ousar voltar. Eu adormecia segurando a mão dele, e era verdade, nenhum monstro voltava até amanhecer.
Os anos foram passando e esse homem havia se transformado no centro de tudo o que eu tinha de mais precioso, e eu sentia que ele desfrutava do mesmo sentimento. O Tadeu e minha mãe não tiveram filhos porque, após a cesárea para o meu nascimento, ela teve complicações e precisou remover o útero. Além do que, a minha presença com toda aquela vitalidade e amor que demonstrava para com eles parecia ser tudo do que eles precisavam. Mesmo crescidinho, eu continuava extremamente carinhoso com o Tadeu. Acho que lhe dedicava tanto carinho para que nunca fosse embora e me deixasse, um pavor que às vezes me atormentava. Eu continuava me sentando no colo dele, apesar dos outros garotos da minha idade já não o fazerem com seus pais. Eu continuava afagando seu rosto e o beijando carinhosamente quando a estraga prazeres me alertava sobre esse comportamento que ela chamava de infantil e descabido, mas que o Tadeu continuava adorando como sempre o adorou.
Com a puberdade, o Tadeu se transformou, ligeiramente, aos meus olhos. Além de tudo o que eu já sentia por ele, somaram-se sentimentos novos e inusitados. De um super-herói fortão e corajoso, eu passei a enxergá-lo como um macho viril e dominador, especialmente quando ele andava só de short pela casa nos dias quentes, e seu tronco largo, maciço e peludo, onde sempre me abriguei quando criança, me provocava um frisson estranho e um desejo de acariciá-lo. Ou quando me atentava para volume enorme que balançava solto dentro dele quando o Tadeu caminhava ou quando se sentava com as pernas peludas bem afastadas. Também percebi que ele gostava de observar as transformações pelas quais meu corpo estava passando, definindo a musculatura sem exageros, acrescentando curvas generosas onde não as havia, avolumando minhas coxas, aumentando consideravelmente as nádegas carnudas e firmes. Ao contrário de outros garotos, não vi crescer pelos por todo o corpo, à exceção dos pubianos e de uma penugem dourada nos braços e pernas, nem tão pouco uma rouquidão na voz, que apenas se tornou mais firme e adquiriu um tom mais grave.
No início, quando me sentava em seu colo, atitude para a qual eu sempre tinha uma motivação, e ele tocava meu corpo com suas mãos vigorosas, eu achava que aquilo era uma reação natural que ele sempre teve para comigo. Porém, após a puberdade, aqueles toques me pareciam mais quentes, mais intensos e perturbadores, pois a respiração dele mudava, uma vibração agitava seu corpo, ele ficava mais quente e o cheiro dele que eu adorava se tornava mais presente. No entanto, a transformação mais visível, acontecia sob suas calças ou shorts quando minha bunda se assentava sobre suas coxas, endurecendo o cacetão que pendia entre elas. Ele nunca procurou disfarçá-lo, deixava-o crescer, e me mantinha junto dele com uma excitação contagiante. Ao descobrir que aquilo era o tesão, eu também me deixei levar por ele e, quando acariciava o rosto do Tadeu, o fazia carregado de sensualidade, quando o beijava, procurava fazê-lo o mais próximo de sua boca, o que nos deixava a ambos cada vez mais ligados e fissurados um no outro.
Não demorei a descobrir que sentia a mesma coisa por outros homens que me parecessem bem machos e viris, especialmente os grandes, fortes e com a mesma distribuição sensual de pelos pelo corpo. Era gay e estava plenamente ciente disso, e gostava de ser assim, apesar do medo que sentia de me expor, do receio de me ver excluído e rejeitado, ou até de sofrer abusos que os garotos inconformados com minha natureza praticavam contra outros semelhantes a mim. Vi muitos meninos mais sensíveis e delicados sendo alvo de gozações e bullying, apanhando por não serem iguais aos outros, não gostarem das mesmas coisas dos outros. Me senti perdido na vida pela primeira vez, e só havia uma pessoa em quem eu confiava para contar o que estava se passando comigo, o meu super-herói Tadeu.
- Eu já desconfiava, Rafinha, e estou muito feliz que tenha se aberto comigo. Meu amor por você não mudou, aliás nunca vai mudar, porque você é muito especial para mim. Eu sempre estarei aqui para te dar segurança e proteção. Seus fantasmas e monstros agora são outros, mas garanto que nenhum deles nunca vai fazer mal a você enquanto eu estiver aqui. – asseverou ele
- Eu te amo, Papi! – exclamei. Eu o chamava de Papi desde o dia em que ele me disse que gostaria de o ser.
- Eu também te amo muito, filhote! – essa certeza me deixou confiante para expor minha condição, não a todos, mas às pessoas que realmente importavam.
Para variar, eu estava sentado no colo dele quando fiz a revelação, e foi a primeira vez que o beijo trocado não se limitou ao canto da boca, mas se consumou diretamente sobre ela, até ele prender e morder meus lábios com o tesão a lhe instigar os instintos. Ao final do beijo, eu estava sentado sobre a ereção dele. Nenhum dos dois comentou nada, mas sabíamos que dali em diante íamos nos aproximar cada vez mais.
O Tadeu tinha dois irmãos, Fernando, o tio Nando; e Alexandre, o tio Xandão; e uma irmã caçula, Luiza, a tia Lu. Assim que entrei para a família todos logo me aceitaram como se o Tadeu fosse meu pai biológico. Com o passar dos anos e especialmente depois que revelei ser gay, o tio Nando se mostrou mais frio e distante para comigo. Era o único homofóbico da família e, embora não me tratasse mal, também não se mostrava muito tolerante e, muito menos, simpático. Os irmãos o censuravam por isso, mas ele pouco mudou depois de algumas discussões que tiveram. Por sua vez, ele tinha dois filhos homens, gêmeos, Marcelo e Thiago que me adoravam desde criança e que, com a puberdade, começaram com brincadeiras e atrevimentos próprios de machos estimulados pelos hormônios. Eu continuava levando tudo na brincadeira, até porque ambos desenvolveram físicos atléticos e se tornaram sedutoramente gostosões. A tia Lu com o marido Jorge, tio Jorjão, tinham a Miriam, toda meiguinha e que costumava me fazer de seu filhinho quando brincávamos, e o Paulo, Paulão, outro ?primo? parrudo que também passou pela puberdade cobiçando minha bunda feito um garanhão tarado. Ele sempre implicava comigo, me usava como cobaia de todas as brincadeiras maldosas e piadas, era o único a me chamar de veadinho quando ninguém podia ouvir e ficava puto quando meu primo Betão, seu maior rival, me defendia de seus abusos. O “primo” Betão era filho primogênito do tio Xandão e irmão da Soninha, com quem eu também me dava muito bem. Embora o Betão e eu vivêssemos sempre discutindo e brigando por bobagens. Ele era o mais velho dos meus ?primos', tinha uns cinco anos a mais que eu e por isso se achava no direito de mandar em todos. Desde cedo criei birra desse seu jeito mandão e, propositalmente, sempre fazia exatamente o contrário do que ele mandava, daí a discussão era certa. Num mesmo dia conseguíamos brigar algumas vezes e fazer as pazes na mesma rapidez, o que fez com que ninguém mais se importasse com nossas pelejas. Apesar disso, ele sempre foi meu ?primo' favorito, pois estava sempre me defendendo do Paulão, de quem sentia um ciúme ferrenho por minha causa, e ficava puto quando algum garoto do colégio ou outro estranho qualquer mexia comigo. De todos os outros primos ele tinha um ciúme que mal conseguia disfarçar, bastava eles me disputarem para que a cara dele se fechasse, emburrada e mal-humorada, até eu o recompensar com alguma demonstração de carinho. A genética tinha sido pródiga com a família provendo-a com machos intrépidos, grandes, atléticos e, principalmente, fogosos, para os quais sexo não era um luxo, mas uma necessidade básica que precisava ser satisfeita. Quando souberam que eu era gay, e como sempre fui muito carinhoso com todos, pareceu que um leque de opções para satisfazer essas necessidades se abriu entre eles, o que me fez perceber o desejo libidinoso que cada um tinha por mim. Eu gostava daquele plantel de machos fortes, bonitos, dos seus músculos, de seus troncos maciços e peludos, daquele tesão que via brotar nos olhares que me lançavam, como seu eu fosse um cordeirinho cercado por lobos esfomeados. Me dava tesão saber que me desejavam, o que me tornou mais propenso a aceitar suas taras e me mostrar carinhoso com todos eles. Em termos mais diretos, eu era louco por uma rola, particularmente daquelas enormes que cheguei a ver no meio das pernas de alguns deles, inclusive a do Papi, pela qual eu chegava a ter sonhos voluptuosos acordando muitas vezes com o pau duro e lambuzado.
Tanto a casa de praia quanto a fazendola no interior paulista continuaram a ser mantidas pelos filhos depois que o Papi e os irmãos perderam o pai que as construiu, e ambas serviam de ponto de encontro para toda a família em datas comemorativas e ocasiões especiais como o período de férias. As casas ficavam cheias, mas aquele caos aparente é que mantinha a família unida. Foi na casa de praia que perdi a virgindade quando compartilhei o mesmo quarto forrado de colchonetes com o Betão, o Marcelo, o Thiago e o Paulão. Eles passaram o dia todo me aporrinhando por conta da sunga com a qual fui à praia logo cedo. Cada vez que meu corpo ficava um pouco mais exposto, mesmo que fosse apenas o torso, o assédio começava, era uma alisada nos ombros, uma bolinada nos mamilos, uma passada de mão ou um beliscão nas nádegas quando não uma encoxada sem nenhum pudor. Eu também não escapava dos olhares lascivos do Papi, do tio Xandão e do tio Jorjão que ficavam ajeitando suas rolas dentro do short enquanto me assistiam jogando vôlei na areia ou simplesmente saindo do mar com a água a escorrer pelo corpo cintilando sob o efeito do sol. Era como se todos os lobos estivessem farejando o cordeirinho desgarrado.
Eu estava deitado entre o Paulão e o Betão, todos apenas com a cueca a cobrir as partes pudendas. Fazia calor e isso parecia fazer os hormônios circularem com mais intensidade. Apesar do dia agitado, eu estava sem sono, sempre dormi mal com o calor. O Betão se aconchegou a mim assim que a casa mergulhou no silêncio e, em poucos minutos, senti sua ereção roçando minha bunda. A sensação era maravilhosa, a respiração excitada dele no cangote, os pelos do peito resvalando nas minhas costas, o cacetão cutucando as nádegas cheio de desejo. Ao mesmo tempo em que sentia um calafrio na espinha, meu cuzinho piscava querendo agasalhar aquele caralhão grosso. Ele ficava cada vez mais impaciente tomado pelo tesão.
- Quando você vai dar esse cuzinho para mim? – sussurrou no meu ouvido, quando lambeu minha orelha.
- Eu deixo você enfiar se prometer que não vai me machucar com esse troço enorme. – devolvi com a tara a me consumir.
- Sério? Não está falando isso só para me provocar, e depois cair fora? Meu cacete está trincando de tão duro, louco para entrar nesse rabinho. Você não está aprontando uma para mim, está? Não vai dizer depois que eu me aproveitei de você, vai? – o receio de que fosse acusado de me estuprar era o que ainda o continha.
- Por que eu faria isso? Eu também quero, mas só se você não me machucar.
- Quer é, seu putinho safado? Conta só para mim, para quantos caras você já deu o rabinho, conta?
- Eu nunca dei! É por isso que eu te odeio, você sempre me critica e acha que sou um leviano! Não quero mais, pronto! E pare de esfregar esse troço em mim, seu chato tarado. – devolvi indignado e ofendido.
- Não, não fala isso! Me desculpa! Você é virgem mesmo? Nem uma única vezinha, nada? – questionou ensandecido pela revelação.
- Claro que sou! E vou continuar sendo, porque com você não quero mais!
- Mas, há pouco você disse que queria!
- Isso foi antes de você dar uma de cafajeste.
- Já pedi desculpas! Deixa, vai! Fala de novo que quer, fala!
- Seu ... seu ... – ele não me deixou terminar, agarrou-me pelo tronco, me encoxou com força e juntou sua boca à minha num beijo quente e saboroso, onde sua língua se entrelaçava com a minha.
Enquanto nos beijávamos, ele baixou minha cueca e a dele, rolando para cima de mim e encaixando o cacetão melado no meu rego estreito. Ele ficou se esfregando dentro do meu reguinho, levou um dedo ao cuzinho e começou a dedá-lo sentindo a elasticidade das preguinhas, depois o enfiou na fendinha enquanto eu soltava um gemido permissivo e meu ânus, se rasgando, crispava aprisionando o intruso. Era a primeira vez que eu sentia algo se mexendo no meu cuzinho, e quase enlouqueci de tesão.
- Mete em mim, Betão! – supliquei num suspiro
- Você promete não fazer escândalo, se nos pegam estamos fodidos?
- Mas não me machuca!
- Com esse buraquinho apertado fica difícil, você precisa ser forte!
Eu estava tão ensandecido querendo sentir aquele macho dentro de mim que estava disposto a tudo. Ele tapou minha boca com uma das mãos e socou o cacetão para dentro do meu cuzinho depois de o pincelar sobre a rosquinha. Eu gritei quando senti meu ânus se rasgando e quase mordi a mão do Betão, doeu bem mais do que eu havia imaginado, e eu quis parar.
- Que porra está acontecendo aí que vocês dois não param quietos, cacete? – protestou o Paulão.
Nossas respirações aceleradas acabaram por denunciar o que estava rolando. O Paulão me encarou e flagrou meus olhos revirando, enquanto o caralhão do Betão distendia meus esfíncteres e deslizava até o fundo do meu cu só parando quando o sacão encostou no meu rego.
- Puta merda! Você está enrabando o moleque, seu puto, e não me fala nada! Também quero foder esse rabão gostoso e redondinho.
- Calma aí, eu primeiro! O Rafinha é virgem, estou indo com cuidado. – retrucou o Betão, ao mesmo tempo em que começava a bombar num vaivém dolorido, mas prazeroso. – Bota a pica na boca do putinho e faz ele mamar. – sugeriu.
Sem perder um segundo, o Paulão ficou de joelhos, levou meu rosto até sua rola e a esfregou na minha cara me fazendo sentir o cheiro de macho impregnado nos pentelhos. Com um caralhão grande e grosso no cu e outro na boca eu parecia estar nas nuvens, nunca tinha sentido nada tão maravilhoso. Estimulado por me ver mamando a pica do Paulão, o Betão socou com mais força me fazendo gemer alto enquanto uma expressão de agonia e dor se formava no meu rosto.
Todo aquele agite acabou por acordar os gêmeos Marcelo e Thiago, que começaram a manipular seus cacetes querendo participar da suruba. O Betão se impôs, proibiu-os de participar alegando a minha virgindade como desculpa. Na verdade, era aquele velho ciúme que se apossou dele, ele queria ser o único, ao menos na minha primeira vez. Os dois ficaram putos, mas não ousaram desafiá-lo, para todos os efeitos, o Betão ainda era o macho alfa.
Completamente à mercê dos dois, eu usufruía meus primeiros machos deixando-os conduzir suas taras conforme melhor lhes aprouvesse. Até porque, esse era um universo que eu conhecia tão somente pelos sonhos. O cacetão do Betão, grosso como uma lata de energético e com mais de um palmo de comprimento, entrava e saída do meu cuzinho distendido como se fosse uma britadeira. Enquanto isso, e sem parar de gemer, eu lambia e chupava o caralhão pesado e apenas um pouco menos grosso do Paulão sorvendo o pré-gozo viscoso que escorria por toda extensão dele. Ambos soltavam grunhidos roucos arrombando meus buracos num frenesi descontrolado.
- Vou gozar na sua boca, putinho safado! Já tomou leitinho de macho? Abre a boca, Rafinha, abre, caralho, vou gozar moleque, vou gozar! – murmurou o Paulão antes dos jatos cremosos serem despejados na minha garganta, me obrigando a engolir para não engasgar. Os dois não tiravam os olhos da minha boca, cheia de porra da qual não desperdicei nenhuma gota.
- Tesão do caralho, seu moleque putinho! Dando conta de dois machos ao mesmo tempo já na primeira vez. Minha pica está quase estourando, Rafinha! Eu vou te inseminar, veadinho tesudo do caralho! – sentenciava o Betão, socando minha próstata enquanto eu gania mordendo o travesseiro para aguentar aquele mastro detonando minhas entranhas.
O meu gozo veio quando nos encaramos. Eu sempre quis sentir o Betão dentro de mim, aquela virilidade dele parecia me completar de alguma forma. Após a puberdade, eu sentia tesão por muitos machos, meu corpo parecia clamar pela conjunção carnal com esses seres ora amistosos, ora verdadeiros carrascos, daí o Betão e eu brigarmos tanto. Minha porra se espalhou sobre o lençol quando ele ainda me fodia com força, mas já bramindo feito um touro à beira do clímax. Os primeiros jatos escorriam dentro do meu cu antes mesmo de eu terminar de gozar. Ele abraçou meu tronco, rugia no meu cangote e se despejava fundo em mim. Mergulhamos num torpor prazeroso, finalmente a dor mais pungente havia cedido, embora o caralhão dele continuasse dando pinotes no meu ventre.
- Também vou foder esse rabão! – exclamou o Paulão quando o Betão tirou o pauzão do meu cuzinho.
- Hoje não! O Rafinha precisa se acostumar a levar vara do rabo, e isso não acontece de uma só vez. – retrucou o Betão
- O cacete que eu vou aceitar sua determinação! Você fodeu gostoso o Rafinha e eu também vou foder! Não é você quem diz quem pode ou não pode foder o moleque! – revidou desafiador o Paulão.
- Quer descobrir na porrada quem é que diz quem e quando alguém toca na bunda do Rafinha? É só experimentar que eu te quebro todo! Vai encarar? – retrucou o Betão que parecia ter uma satisfação mórbida para dar uns sopapos no Paulão ao lhe dirigir os punhos cerrados.
- Porra, e nós? Vamos ficar na secura depois de assistir toda essa putaria com o Rafinha servindo vocês? – também protestaram o Marcelo e o Thiago, que ficaram se masturbando o tempo todo durante a foda, ambos chegando a gozar fartamente enquanto os jatos leitosos voavam para todos os lados.
- Vem, você vem comigo! Veste a bermuda! – ordenou o Betão
- O que vai fazer comigo? Meu cuzinho está ardendo muito, não vou aguentar outra enrabada, seu brutão! – devolvi
- Não discuta, vem comigo!
- Eu não quero! Estou todo molhado por dentro. – afirmei, o que deixou a todos excitados e querendo dar continuidade ao bacanal.
- Saco de moleque teimoso! E pare de falar que seu cuzinho está ardendo e que está todo molhado, ou meto a rola no teu rabo e não te solto mais.
- É por isso que detesto você! Você não é meu pai para mandar em mim.
- Mas sou teu macho! Anda, Rafinha, veste logo essa porra de bermuda e vem comigo! – ele jogou a bermuda na minha cara e começou a me arrastar pelo braço.
- Ai meu braço, troglodita! Paulão, Marcelo, Thiago, vocês não vão me ajudar?
- Não, eles não vão te ajudar! Esse é um assunto só meu e seu!
- Para onde está me levando? Se não disser eu vou gritar e acordar a casa toda. – ameacei.
- Ah, caralho, você é foda, seu putinho! O tio Tadeu te criou na rédea solta e você acha que todos vão ser tão complacentes quanto ele. – reclamou. – Vamos dar um passeio na praia, anda!
- São três horas da madrugada, seu maluco! Você é completamente doido, devia estar num hospício!
- Junto com você! – era sempre assim, enquanto a última palavra não fosse a dele, ele não parava de revidar.
A enseada onde ficava a casa de praia não era grande, boa parte da vegetação nativa ainda cobria uma generosa porção dela e, somado ao acesso que poucos conheciam, por conta dos dois condomínios que a camuflavam, nunca tinha muitos turistas. Àquela hora estava completamente deserta. Me toquei que nunca estivera ali à noite sob aquele céu estrelado caminhando sobre a areia grossa. Por um bom tempo o Betão não disse nada, mas dava para perceber que a cabeça dele estava à mil, tentando encontrar as palavras certas.
- Desembucha de uma vez! – exclamei impaciente
- Teu cuzinho está doendo mesmo, ou só inventou isso para eu me sentir culpado?
- Está!
- Desculpe!
- Vou pensar no seu caso!
- Você gostou? – ele parou de caminhar ao me fazer a pergunta. Eu não respondi, aquele safado só queria me ver admitindo sua masculinidade.
Por outros mais de quinze minutos continuamos calados e caminhando. Toda aquela porra formigando no meu cuzinho só aumentava meu tesão por ele. De repente, ele parou novamente, num rompante me puxou para junto dele e começou a me beijar, metendo a mão dentro da minha bermuda e apalpando minhas nádegas. O cacetão dele já estava duro dentro do short quando um dedo começou a roçar minhas preguinhas machucadas, por isso gemi. Eu queria brincar com aquela rola empinada feito um poste, e arriei o short dele até ele cair aos seus pés. Fui me abaixando lentamente, enquanto beijava sua barriga, suas coxas, me aproximando cada vez mais da jeba pulsando e daquele sacão imenso e peludo. A primeira coisa que fiz foi colocar uma das bolas na boca e massageá-la com os lábios e a língua.
- Sabe que vou te foder de novo, se não parar com isso, não sabe!
- Foi para isso que me trouxe para cá, não foi? Me foder sem ninguém assistindo, porque nunca sentiu tanto prazer numa foda antes. Admite!
- Acabei de te descabaçar e você já está se achando, não é? Só para você saber, já tive fodas muito melhores. – afirmou, para me desvalorizar.
- Bom eu saber! Nunca mais vai rolar com você! Como você pode constatar, tem três caras super tesudos lá no quarto só esperando eu me entregar para eles. Aposto que são bem mais gentis e carinhosos do que você. Para mim deu, vou voltar para casa!
- Vai o cacete, seu putinho! Você é meu, porra! Quando é que vai enfiar isso na sua cabeça?
- Se a foda comigo foi tão ruim que você já teve inúmeras outras bem melhores, por que está dando uma de machão ciumento?
- Eu, ciumento? Cala essa boca, Rafinha! – revidou furioso. Eu tinha acertado o calcanhar de Aquiles dele.
- Grosso!
- Veadinho!
- Cretino!
- Putinho!
- Te odeio! – a afirmação quase não saiu, ele cobriu minha boca com a dele e meteu a língua fundo na minha garganta, ao mesmo tempo que um dedo entrou no meu cu e foi aprisionado pela contração involuntária da musculatura.
Ele se postou nas minhas costas, abraçou minha cintura, tirou o dedo do meu cu e numa estocada firme enfiou o cacetão na fendinha sensível. Eu gani ao sentir o cu se dilatando, mas empinei a bunda contra a virilha dele para que o pauzão deslizasse até apenas as bolas ficarem prensadas no fundo do meu reguinho. Pensei que seria incapaz de gozar novamente num lapso tão curto, mas com o pinto balançando a cada impulso dele, a porra espirrou longe. Por estar com o cu encharcado de sêmen, o atrito do pauzão com a mina mucosa anal estava sendo menos dolorido. Quando ele mordeu meu ombro, me apertou com força e rugiu, mais uma generosa leitada foi inoculada em mim.
- Tesudo! Eu fico tarado com essa falta de testosterona que deixa teu corpo lindo ainda mais gostoso, seu veadinho! – exclamou quando terminou de gozar. – Eu tenho ciúmes de você, sim, seu putinho! Sempre tive! – confessou.
- Eu sabia! – devolvi, afagando o rosto dele depois que o cacetão meio flácido escorregou para fora do meu rabo, gotejando esperma.
Depois dessa primeira experiência sexual com um homem, parece que meu cuzinho se viciou numa pica latejando dentro dele. Assim que via um macho interessante, começava a sentir um fogo queimando nas minhas entranhas. Não sei se eu dava sinais, mas que os homens eram sensibilizados pela minha presença, era evidente. A princípio isso me assustou um pouco, não estava habituado a levar cantadas de machos na mesma intensidade que as mulheres eram assediadas. A maioria era criativa e bem intencionada, mas havia alguns espíritos de porco cuja intenção era apenas tripudiar sobre a minha condição de homossexual.
Parabéns!!!!! Cara que delícia de conto, que sensualidade na sua forma de escrever e detalhar tudo em pormenores. Muito bom, me acabei lendo. Vou seguir o resto. Quero ver onde essa saga toda vai chegar.