Eu não estava nem aí para a namorada do Killer. Ele era um amigo de tempos, sempre trocando de namorada, e eu já sabia que esse relacionamento não ia durar muito tempo.
"Vamos para onde agora?" perguntei, guardando os pinos no bolso. Estávamos no meio de um beco, próximo à biqueira do Rato. As ruas estavam escuras. Eu segurava uma garrafa em uma mão e o skate na outra. Paulo, com metade dos pinos na mão e o skate na outra. A técnica da "metade dos pinos" era a nossa garantia: levávamos na mão para, caso avistássemos uma viatura, jogarmos no chão e contarmos os passos para voltar e pegar depois.
"Vamos passar lá nos predinhos, encontrar o Cleiton e sair fora." Paulo pegou a garrafa da minha mão e deu um gole no Dreher puro. Ele era foda, um alcoólatra de primeira. Mas eu não ficava para trás—peguei a garrafa de volta e dei um golão.
Skates no chão e seguimos em um rolê pela cidade, que estava mais escura do que de costume. Já era madrugada. Não esperava encontrar muitas pessoas na frente do prédio. Na verdade, eu nem gostava de ficar lá. A galera sempre ficava em um sofá largado na calçada. Eu achava aquele sofá nojento e não me dava bem com a maioria que colava por lá.
Mas eu estava na rua e sempre pronto para tudo. Como Paulo já tinha combinado com Cleiton, não ia recusar.
Ao chegar nos predinhos, algumas pessoas estavam por lá—Cristal, Cleiton, Killer e Esther, sua namorada.
Quando chegamos, todos já estavam chapados de maconha. Eu ainda estava ligadão por causa do pó. Killer estava todo engraçadinho, mas sua namorada não parecia muito contente com o comportamento dele. Percebi que ela estava inquieta com a nossa presença, já que não nos conhecia. Resolvi quebrar o gelo.
"Toca aí aquele som de emo que você gosta, Killer."
Killer sempre andava com um violão na mão. Era o tipo de cara que, do nada, começava a tocar Legião Urbana. Na maioria das vezes, eu odiava quando ele fazia isso, mas aquele silêncio estava me matando. Eu estava na maior brisa e achava que todos só estavam prestando atenção em mim.
Eu sabia que a música "emo" que Killer tocava era Fresno. Até gostava da banda, mas disfarçava—não combinava muito com a minha personalidade. Preferi manter segredo. Então, Killer começou a tocar Quebre as Correntes. O silêncio foi cortado, e todos entraram na onda do som.
"Essa é da hora," murmurei, olhando para a lua, que estava quase sumida no céu. Esse era o motivo da escuridão nas ruas.
"Você anda mesmo com isso aí?" Esther perguntou, apontando para o meu skate.
"Eu não ando, eu dou show," respondi com um sorriso, jogando o skate no chão.
"Quer tentar?"
Ela olhou para mim, depois para o skate.
"Acho que não tenho coragem."
Foi só aí que reparei nela de verdade. Esther tinha cabelos curtos, era relativamente alta, praticamente da minha altura. Seus olhos grandes e castanhos claros pareciam brilhar sob a pouca luz. Estava maquiada, com uma roupa curta. Devíamos ter a mesma idade.
A ajudei a levantar. Ela sorriu ao olhar para o skate no chão e, sem hesitar, segurou minhas mãos para subir nele. Segurei-a pelos braços, e ela se equilibrou facilmente. Levava jeito.
"Você leva jeito, bem melhor do que eu quando subi pela primeira vez. Você lembra, Paulo?" perguntei, rindo.
Paulo, que preparava mais uma sequência de carreiras em cima do celular, respondeu com um riso nasalado.
"Levou um capote feio, todo mundo achou que ele ia desistir."
Ele terminou de falar e cheirou o pó à sua frente, passando o celular para Killer.
Depois de ter segurado Esther e me divertido com ela na rua, era a minha vez de cheirar. Não desperdicei nada que deixaram no celular. Eu era terrível. Isso não estava certo, eu sabia. Mas era mais forte do que eu—assim como o que eu estava sentindo por Esther.
Nossos olhares se cruzavam a todo momento. Todos estavam percebendo.
Killer parecia não ligar. Ele deixava tudo rolar.
Bruxos—isso nos resumia. Todos chapados, acelerados. A conversa alta durante a madrugada denunciava a nossa alteração.
A adrenalina rolando no meu corpo.
Quando eu usava cocaína, costumava passar horas e horas transando com minha ex-namorada.
E agora, o que eu queria era Esther.
E ela parecia querer o mesmo.
Eu ainda estava sentindo o gosto amargo do pó descendo pela garganta quando percebi Esther me olhando de um jeito diferente. Não era um olhar perdido de quem estava chapado. Era algo mais intenso, calculado. Um olhar de quem sabia exatamente o que estava fazendo.
Killer estava ao lado dela, rindo e batucando no violão. Ele parecia completamente alheio ao que estava acontecendo entre nós. Ou talvez não.
Esther passou a língua pelos lábios e desviou o olhar lentamente, como se quisesse provocar. Depois pegou a garrafa de Dreher da mão de Killer e deu um gole longo, deixando um rastro de álcool brilhando nos lábios antes de devolvê-la.
— Você realmente manda bem no skate? — ela perguntou, encostando-se na parede, cruzando os braços.
Eu sorri, me encostando ao lado dela.
— Não sou profissional, mas sei fazer umas manobras.
Ela inclinou a cabeça, me analisando como se tentasse decidir se acreditava ou não. Então, sem aviso, pegou meu skate do chão e o virou com o pé, rolando devagar.
— Quero ver — disse, levantando os olhos para mim.
— Agora?
Ela deu de ombros.
— Tá com medo de pagar mico?
Senti Killer rindo baixo ao nosso lado. Ele não parecia incomodado. Pelo contrário, parecia… curioso.
— Vai, mostra pra ela, mano — ele incentivou, dando mais um gole na garrafa.
Eu não sabia exatamente o que estava rolando ali, mas o jeito como Killer olhava para Esther e depois para mim me deixava inquieto. Como se estivesse gostando daquilo.
Joguei o skate no chão e subi nele, deslizando pela rua deserta dos predinhos. Fiz algumas manobras simples, só para impressionar. Pulei na guia, deslizei no meio-fio, voltei girando o shape e parei bem na frente de Esther.
Ela mordeu o lábio inferior, claramente impressionada.
— Nada mal… — sussurrou, enquanto eu pisava no tail do skate para segurá-lo com a mão.
Killer deu um sorriso enviesado e passou um braço ao redor da cintura dela.
— Gostou, amor?
Ela olhou para ele e sorriu. Mas não era um sorriso comum. Havia algo ali. Um jogo silencioso que eu não entendia direito.
— Eu gostei — ela respondeu, sem desviar os olhos de mim.
Killer riu.
— Ele é bom, né? O moleque sempre foi cheio de talento.
A forma como ele disse aquilo, o tom da voz, como se estivesse me testando… Alguma coisa naquela noite estava fora do normal.
Esther se soltou dele e deu um passo na minha direção, pegando o skate da minha mão. Virou-o com o pé de novo, como se estivesse testando o peso.
— Me ensina mais? — perguntou, inclinando a cabeça para o lado.
Senti o cheiro do perfume dela misturado com o álcool e a fumaça de cigarro. Meu coração bateu mais forte.
— Agora?
— Sim — ela sorriu. — Agora.
Eu não sabia se aquilo era só o efeito das drogas, do álcool ou se algo realmente estava acontecendo ali. Mas o olhar de Killer, a forma como ele parecia se divertir com a situação, me dizia que eu não era o único sentindo aquela tensão.
Eu podia recuar. Fingir que nada estava acontecendo.
Mas eu não queria.
E, pelo jeito, nem ela.
"Bora lá" Paulo e Cleiton se levantaram dizendo que estavam indo terminar o rolê na casa de Paulo, ele convidou todos e Killer negou prontamente, ele teria que trabalhar no outro dia, Mas Esther topou e Killer não pareceu se importar, ele apenas pediu para que eu cuidasse bem de sua namorada, pegou seu violão e foi embora naquela noite sombria.
Assim que Killer foi embora Esther segurou em meus braços e disse no meu ouvido.
"Eu só fiquei aqui por sua causa." Ela sorriu baixinho com um jeito meigo que só ela tem nesse planeta
"Eu sei disso." Segurei nas suas mãos com mais força e senti que criamos uma conexão nesse instante.
Chegando na casa do Paulo as coisas não poderiam ter acontecido de outra maneira, nós trancamos no quarto dele, e ele não se importou como sempre, quantas Minas eu já não tinha traçado ali, muitas garotas e mulheres que passaram pelas nossas vidas. E Esther era diferente de todas e é por isso que ela merece que essa história seja contada com detalhes.
O nosso beijo havia se conectado assim como nossas almas, cada toque que ela dava no meu corpo era na medida certa e eu tentava corresponder da mesma maneira, ambos estavam drogados, embriagados mas naquele momento ambos nos entregamos a situação, consegui curtir cada segundo e guardei em meu peito tudo que vivemos ali, aposto que ela também ainda lembra daquela noite.
Lembra de cada beijo que deu em meu corpo e cada beijo que recebeu, da maneira que encaixei meu pau na sua bucetinha enquanto ela estava de quatro, ela gemia alto, gritava, não ligava para a presença de outras pessoas na casa, eu da minha maneira mais tímida ainda colocava a minha mão na sua boca tentando abafar o som.
Eu puxava seus cabelos curtos enquanto minha rola roçava no seu grelinho, as vezes meu pau escapava e roçava na sua buceta por fora, ela estava toda lisinha, parecia que tinha acabado de raspar.
Podia ver ela segurando o travesseiro com as mãos e mordendo os próprios lábios a cada estocada, ela olhava para trás em alguns momentos e sempre revirava os olhos o que me deixava com ainda mais tesão e vontade dela fazendo com que aumentasse a minha força no movimento de vai e vem.
Quando eu cheirava era difícil eu gozar rapidamente, eu sempre demorava muito tempo, eu sempre metia com força, sempre dava tudo de mim e Esther estava bem preparada para isso, ela tinha um fôlego, um fôlego que não encontrei em qualquer outra mulher que já conheci.
Ela sentou na minha rola e começou a rebolar e sentar com vontade enquanto deslizava suas mãos pelo meu peitoral e me encarava nos olhos, não tinha idéia do que ela estava pensando, mas eu estava pensando apenas em como ela era gostosa, em como ela se movimentava com perfeição, em como suas mãos eram macias, eu as segurava e espremia seus dedos.
Ela se curvou e começou a beijar a minha boca sem parar, sua língua deslizando sobre a minha enquanto fodiamos sem parar..a abracei, senti seu corpo inteiro sobre o meu, fechei os olhos e me senti no lugar mais aconchegante do universo. A deitei para o lado e então começamos a meter de ladinho um de frente para o outro, podia ver seus seios durinhos e gostosos apenas direcionando meus olhos para baixo. Eu estava explodindo de tesão, meu pau chegava a imbicar pra cima a cada metida.
"Eu sabia que ia dar para você desde o primeiro momento que te vi" Ela dizia enquanto eu beijava seu pescoço e acariciava sua nuca, com a minha rola encaixada na sua xaninha.
Não resisti a essas palavras e enfim gozei em Esther, esporrei muito nela sem dó nenhuma, ela sorria enquanto eu urrava de prazer, dessa vez não liguei para quem estava escutando. Ficamos algum tempo no quarto e voltamos a curtir o rolê, eu e Esther vivemos muitas coisas juntos, muitas histórias que valem a pena ser contadas, talvez eu lance uma história Bruxos Parte 2
Vai depender muito da recepção desse conto...
Espero que tenham gostado.