A Pensão - Equipe Júridica Parte 1



Em dois imponentes SUVs pretos, que brilhavam sob o sol da tarde, eles chegaram à modesta pensão de Marisa, localizada a poucos quarteirões da movimentada Comarca. A atmosfera dentro dos veículos era carregada de seriedade, dissipando qualquer sugestão de um passeio de lazer; sua presença ali era estritamente profissional. Do primeiro carro, um reluzente Land Rover, desembarcou o respeitável juiz Almeida, um homem de presença marcante: negro, de estatura elevada e compleição robusta, seu semblante denotava a responsabilidade que carregava.

Do segundo veículo, um elegante BMW, emergiram os demais membros da equipe. Michele, uma assistente de baixa estatura, mas de olhar perspicaz escondido por trás de óculos de sol estilosos, segurava firmemente uma pasta de couro marrom, provavelmente contendo documentos importantes para o trabalho que os aguardava. Logo atrás dela, com um andar um tanto hesitante, vinha Rubens, o responsável pelas reservas da hospedagem. Seus cabelos estavam cuidadosamente penteados para trás, com uma generosa dose de gel, e vestia um terno de corte impecável, embora ligeiramente desalinhado, que sugeria um custo elevado, mas talvez não um ajuste perfeito.

Flávio, o jardineiro da pensão, um jovem de pele curtida pelo sol e mãos acostumadas à terra, interrompeu momentaneamente o cuidado com as roseiras quando a comitiva chegou. Seu olhar atento registrou a chegada do distinto juiz Almeida, cuja figura imponente contrastava com a simplicidade do local. Os outros funcionários da pensão, alertados pela chegada dos veículos, observavam discretamente das janelas e da porta principal, curiosos sobre a identidade e o propósito daqueles hóspedes incomuns. A escolha da pensão de Marisa, apesar de sua singeleza, era estratégica: a proximidade com o fórum facilitaria os deslocamentos da equipe durante os dias de trabalho. As reservas, efetuadas com a conhecida desorganização de Rubens, garantiam que os quartos estivessem à disposição, aguardando a chegada daqueles que buscavam na tranquilidade do local um apoio para as importantes tarefas que os esperavam na Comarca.

— Quem é esse figurão? — Flávio sussurrou, sua voz carregada de curiosidade, enquanto observava o grupo se aproximar da entrada. Ele direcionou a pergunta a Silvana, uma das camareiras da pensão, que naquele momento subia os degraus da pequena escada de azulejos desgastados que levava à porta principal.

— Um juiz importantíssimo da cidade grande — respondeu Silvana, sem parar de subir, seu tom indicando tanto respeito quanto um certo grau de admiração. Flávio apenas acenou com a cabeça, seus olhos castanhos seguindo o movimento do grupo. Sua atenção foi então desviada para Gisele, a cozinheira da pensão, que entrava naquele instante. Apesar de suas formas generosas, com grandes nádegas que balançavam suavemente a cada passo e um corpo que talvez excedesse os padrões convencionais, ela exalava uma sensualidade inegável — uma verdadeira morena de beleza exuberante.

Enquanto isso, os dois seguranças robustos, com seus ternos escuros contrastando com a atmosfera mais relaxada da pensão, formavam um cordão de proteção ao redor do juiz Almeida. Caminhavam com passos firmes e silenciosos, flanqueando-o em direção à pequena recepção. Michele e Rubens vinham logo atrás, mantendo uma distância respeitosa. A jovem assistente, com seus óculos escuros ainda cobrindo seus olhos, lançou um olhar rápido e discreto para Flávio enquanto passava pelo jardim. Ele estava ali, em sua jardineira azul desbotada e sem camisa, o sol da tarde realçando os músculos bem definidos de seus braços e costas. Por uma fração de segundo, os lábios finos de Michele se entreabriram levemente. Ela rapidamente desviou o olhar, reprimindo um rubor que ameaçava subir às suas bochechas. Uma batalha silenciosa se travava em sua mente, uma luta constante contra um desejo avassalador que a acompanhava desde a adolescência: a ninfomania, um problema que a fazia se sentir constantemente à beira do abismo.

Marisa, a proprietária da pensão, com seu habitual sorriso caloroso que parecia iluminar o ambiente, estava posicionada atrás do balcão de madeira rústica da recepção. Ao avistar o juiz Almeida e sua comitiva adentrando o local, ela prontamente saiu de trás do balcão, movendo-se com uma agilidade surpreendente para sua idade. Fez questão de estender a mão e cumprimentar cada membro da equipe com um aperto firme e um olhar acolhedor, transmitindo a hospitalidade característica de sua pequena pousada.

— Sejam todos muito bem-vindos à Pensão da Marisa! É uma honra recebê-los — disse ela, sua voz vibrante e genuína ecoando pelo pequeno espaço da recepção. Gisele, a cozinheira de curvas acentuadas, aproximou-se discretamente de Marisa, postando-se ao seu lado com uma postura atenta, aguardando qualquer instrução ou necessidade dos hóspedes recém-chegados.

— Muito obrigado — respondeu o juiz Almeida, sua voz grave e imponente preenchendo o ambiente com uma autoridade natural. Ele retribuiu o sorriso de Marisa com um aceno de cabeça respeitoso.

— O excelentíssimo senhor juiz precisa de alguma coisa? Alguma informação sobre os quartos, talvez? — intrometeu-se Rubens, sua voz soando um pouco mais aguda do que o normal devido ao nervosismo. Ele segurava desajeitadamente uma das malas de rodinhas da equipe, parecendo lutar para manter o equilíbrio. O jovem assistente, com seus óculos de aro fino escorregando levemente pelo nariz, ansiava por causar uma boa impressão no juiz. Em seu íntimo, alimentava a esperança de que essa proximidade pudesse abrir portas para uma ascensão profissional dentro do tribunal, um cargo maior que o tirasse da rotina burocrática e o colocasse em uma posição de maior destaque e responsabilidade. Seu desejo de agradar era notório, quase desesperado.

Marisa, com seus olhos experientes, observou o rapaz bem vestido, de traços agradáveis e um certo ar de ansiedade. Algo sutil, quase imperceptível, despertou uma vaga lembrança em sua memória. A maneira como seus ombros largos se curvavam levemente, a forma como os cabelos escuros estavam cuidadosamente repartidos de lado... uma semelhança fugaz com seu amado marido, que partira há alguns anos, deixando uma saudade ainda presente em seu coração. Naquele dia, Marisa vestia um de seus preferidos: um elegante vestido verde esmeralda, confeccionado em um tecido leve que dançava a cada movimento, delineando com graça as curvas de seu corpo. Flávio, o jardineiro de músculos torneados, apreciava particularmente quando sua chefe usava aquela peça. Uma onda de excitação sempre o percorria, e ele se esforçava para disfarçar, desviando o olhar e ocupando-se com alguma tarefa no jardim. No entanto, Marisa, com sua intuição feminina apurada, percebia perfeitamente o efeito que causava. E, às vezes, movida por uma ponta de travessura e pelo prazer de sentir-se desejada, desfilava propositalmente em sua frente, um sorriso discreto nos lábios, saboreando a silenciosa admiração.

O juiz Almeida, com sua postura imponente e focada, pareceu ignorar a pergunta um tanto desajeitada de Rubens, direcionando seu olhar diretamente para Marisa:

— Dona Marisa, já teríamos acesso ao quarto que reservamos para o nosso trabalho? Precisamos organizar alguns documentos com urgência — perguntou ele, mantendo seus olhos fixos nos dela, transmitindo uma seriedade profissional. Contudo, mesmo com a urgência em sua voz, um breve instante de sua atenção foi desviado pela presença de Silvana, que se encontrava discretamente ao lado de Marisa. A jovem camareira, com sua beleza morena cativante e um ar de doçura em seu semblante, encarou o juiz por um momento, e uma sensação estranha percorreu suas pernas, fazendo-as vacilarem levemente. Um misto de respeito e uma inexplicável palpitação tomou conta dela diante da figura autoritária e elegante do magistrado.


Michele, observadora perspicaz dos sutis jogos de atração, não deixou escapar a breve, porém intensa, troca de olhares entre o juiz Almeida e a bela Silvana. Um leve sorriso curvou seus lábios finos, um misto de reconhecimento e talvez uma ponta de ironia. Ela conhecia bem aquela sensação incômoda e excitante ao mesmo tempo: um calor súbito percorrendo o corpo, a respiração tornando-se mais rápida, a mente divagando por caminhos proibidos.
A jovem assistente carregava consigo o peso de uma promessa solene — havia completado três longos meses de abstinência sexual e estava determinada a manter-se assim pelo restante do ano. No entanto, a verdade incômoda era que seus nervos estavam à flor da pele, a tensão sexual a ponto de rompimento... e, para seu constrangimento, a umidade constante em suas roupas íntimas era um lembrete físico de sua luta interna.

— Gisele, minha querida, por favor — Marisa disse com sua voz suave e acolhedora, direcionando-se à cozinheira de forma generosa—Por favor chame o Flávio? Peça para ele ajudar nossos hóspedes com as malas, mostrar a cada um seus respectivos quartos e, em seguida, apresentar o espaço que separamos especialmente para o trabalho deles. — Gisele, sempre prestativa e eficiente, assentiu prontamente e se dirigiu à cozinha, de onde provavelmente avistaria o jardineiro nos fundos da pensão.

Em poucos instantes, Flávio, com sua força física evidente sob a camiseta agora vestida, já carregava duas malas grandes, uma em cada mão, subindo as escadas com desenvoltura. O restante da equipe do juiz Almeida o seguia pelos corredores estreitos da pensão, observando com curiosidade a decoração simples, mas acolhedora. O chão de madeira antigo, com seus nós e veios aparentes, emitia um rangido característico a cada passo de Flávio, o funcionário mais querido de Marisa, cuja simpatia e presteza eram um dos maiores trunfos da pequena hospedaria. O som peculiar da madeira ecoava suavemente pelos corredores, marcando o ritmo da jornada da equipe em direção aos seus aposentos temporários.



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Comentários


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sexgrafia Comentou em 09/04/2025

To com o pau duro!




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Ficha do conto

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Nome do conto:
A Pensão - Equipe Júridica Parte 1

Codigo do conto:
232895

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
09/04/2025

Quant.de Votos:
2

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