CURTAS, Irmã Abandonada



Após vinte anos de um casamento fracassado e estéril, meu marido pediu divórcio. Eu, Fernanda, aos 37 anos, nunca havia trabalhado. Minha única âncora era Pietro, meu irmão mais novo que morava em São Paulo. Não quis incomodar meus pais idosos e acabei pedindo socorro a ele, que me acolheu em seu apartamento minúsculo – um investimento dos nossos pais enquanto ele cursava gastronomia.

Nas primeiras semanas, mergulhei em depressão. Mal saía do quarto, onde Pietro me trazia salgadinhos e refrigerantes nas pausas do trabalho como auxiliar de cozinha. Suas folgas às segundas-feiras tornaram-se meu farol. Numa delas, ele me arrastou a um restaurante italiano modesto, onde comemos pizza sob luzes amarelas.

"Já pensou no que vai fazer?", ele perguntou, esfaqueando uma azeitona com o garfo. "CNH seria um começo. Abriria portas." Seu cartão de crédito apareceu na mesa como um desafio.

Na autoescola, fiz amigas que riam de minhas tentativas desastradas com a embreagem. Até que num dia chuvoso, Pietro apareceu para me buscar. "Nanda, seu irmão é um gostoso!", sussurrou Letícia, colega de aula. Rí, mas ao vê-lo ali – barba cerrada, camisa branca colada ao torso musculoso – algo estremeceu em meu estômago.

No caminho para casa, seu braço casualmente envolveu meus ombros na fila do ônibus. Seu cheiro de alecrim e pimenta negra me desorientou. "Você tá tremendo", ele comentou, apertando-me contra seu peito. Culpei o vento gelado.

Naquela noite, enquanto ele cozinhava risoto, observei seus movimentos precisos na cozinha. "Precisamos falar sobre dinheiro", ele disse, derramando vinho na panela. "Você pode ajudar aqui, nas minhas receitas de blog." Seus olhos verdes brilharam ao explicar o projeto paralelo – fotografias de pratos, textos sobre memórias gastronômicas da infância.

Comecei a ajudá-lo nas madrugadas, após seu turno no restaurante. Escrevia textos enquanto ele editava fotos. Numa dessas noites, embriagada por cansaço e vinho tinto, deixei escapar: "Por que nunca namorou sério?". Ele congelou, a colher de pau suspensa. "Talvez eu goste de... rotinas", murmurou, limpando um fio de queijo do meu queixo com o polegar.

O toque queimou. Recuei, derrubando o caderno. Enquanto recolhia as folhas, encontrei um desenho dele – feito por mim, sem perceber – entre anotações culinárias. Rasguei-o rápido, mas não antes que ele visse. "Fernanda...", começou, voz rouca. O interfone cortou o momento. Era o cartório: meu divórcio fora finalizado.

Nos dias seguintes, uma tensão elétrica pairou entre nós. Pietro passou a trocar de roupa com a porta do quarto fechada. Eu evitava encontrá-lo de torso nu após o banho. Até que numa terça-feira de tempestade, ele chegou do trabalho febricitante. "Tá queimando", murmurei, a mão na sua testa. Ele agarrou meu pulso. "Cuidado, Nanda", sussurrou, enquanto eu o cobria com cobertores. "Às vezes... não sou tão forte quanto pensa."

Na manhã seguinte, acordei com o cheiro de baunilha. Na mesa, um bolo improvisado com velinha espetada: "Parabéns pela CNH". Rí até notar a data no calendário – 15 de outubro. Meu aniversário. Por vinte anos, meu ex esquecera a data. Pietro, porém, guardara cada detalhe. "Vem", ele ordenou, jogando-me um casaco. "Tem uma surpresa."

Dirigimos até a Serra do Mar em seu Uno rangido. No mirante vazio, ele estendeu um piquenique: queijos, pães e... "Torta de maçã. Como a vovó fazia", disse, orgulhoso. A primeira garfada dissolveu-se em lágrimas. "Ela te ensinou isso?", soluçei. Ele enxugou meu rosto com a manga. "Pra você, aprendo qualquer coisa."

No retorno, a embreagem falhou numa ladeira íngreme. O carro enguiçou. Enquanto esperávamos o guincho, Pietro cobriu-me com seu casaco. Seus dedos entrelaçaram-se aos meus, sem explicações. O silêncio entre nós nunca fora tão alto

No apartamento, a tensão transbordou. Enquanto ele fervia água para chá, aproximei-me por trás. "Obrigada por... tudo." Meu queixo tocou seu ombro. Ele virou-se lentamente. Seu olhar desceu aos meus lábios.

O apito da chaleira nos separou como um grito. "Precisamos conversar", ele respirou fundo. "Mas não hoje."

Na semana seguinte, inscrevi-me num curso de confeitaria. Pietro emprestou suas facas de chef. Nas aulas, minhas mãos tremiam ao decorar bolos, imaginando seus dedos sobre os meus.

Uma noite, ao voltar, encontrei-o bêbado na porta. "Ele não merecia você", balbuciou, referindo-se ao meu ex. Carreguei-o para a cama. Ao desabotoar sua camisa, ele murmurou meu nome. Fugi para o banheiro, o coração um furacão.

No dia seguinte, ele sumiu. Deixou um bilhete: "Viajei a trabalho. Volto em 3 dias."

A solidão do apartamento sussurrava segredos perigosos. Quando ele retornou, trouxe um colar – pingente em forma de fogão. "Pra te lembrar que seu lugar é onde você acende o fogo", brincou, evitando meus olhos.

Naquela noite, durante uma transmissão ao vivo do blog, nossa mão se tocou ao alcançar o saleiro. A câmera captou. Os comentários explodiram: "Que casal lindo!". Desligamos às pressas. No escuro, apenas nossa respiração ofegante.

"Fernanda...", sua voz foi um fio.
Sua voz ecoou suave, quase um suspiro que arrepiou minha pele. Desliguei as luzes num gesto precipitado, puxei-o pela camisa até a sala e cobri seus lábios com os meus em um beijo que consumiu o tempo – minutos ou horas, já não sabia. Quando finalmente consegui domar o fogo dentro de mim, afastei-o bruscamente, as mãos trêmulas.

*—Por que me faz sentir isso, Pietro?*
Fugi para o quarto, o coração martelando no peito. Passei horas revirando-me nos lençóis, torturada pelo desejo e pelo medo das consequências. Mas na segunda-feira, ao despertar, algo mudara: decidira devolver cada gota da paixão que ele me oferecera, mesmo que me custasse a sanidade.

Encontrei-o no sofá, imerso em um livro, os óculos repousados na ponta do nariz. Avancei usando apenas um pijama de seda e uma calcinha infantil de bolinhas, consciente do contraste entre a inocência do tecido e a intenção nas minhas curvas. Sentei em seu colo sem cerimônia, meus dedos traçando a linha de seu queixo.

*—Vou cuidar de você…*
Sussurrei antes de capturar seus lábios novamente. Meus quadris começaram a se mover num ritmo ancestral, e ele respondeu imediatamente – suas mãos firmes em minha cintura, seu corpo rijo como mármore sob mim. Quando ele libertou-se do jeans, prendi a respiração: *era tudo que imaginara*, imponente e perfeito, pulsando de necessidade.

*—Vamos para o quarto*
Ordenei, segurando sua mão com uma determinação que surpreendeu até a mim. Troquei a calcinha ingênua por rendas negras, um presente que fizera questão de comprar naquela manhã. Ele esperava na cama, os músculos tensionados sob a luz do abajur, o olhar escuro como café sem açúcar.

Posicionei-me sobre ele, controlando cada centímetro de nosso encontro. Suas mãos exploraram meus quadris enquanto eu cavalgava lentamente, seus gemidos profundos ecoando como música no quarto silencioso.

*—Você rebola tão bem, minha deusa…*
Ele rosnou, os dedos cravando-se em minhas coxas.

*—Gosta do que vê, sr. Safado?*
Provocou, mordendo o lábio inferior enquanto eu arqueava as costas, oferecendo-lhe toda a vista que tanto o enlouquecia.

Não era perfeita, mas naquele momento – com seu corpo entregue e seu olhar devoto – senti-me a mulher mais poderosa do planeta. Continuamos nossa dança até que seu corpo estremeceu sob o meu, um rugido abafado contra meu pescoço enquanto me preenchia por completo.

Permanecemos entrelaçados depois, sua respiração acelerada sincronizando-se com a minha. Ele traçou círculos preguiçosos em minha espinha enquanto eu repousava a cabeça em seu peito, ambos sabendo que aquilo era apenas o primeiro capítulo de algo muito mais perigoso… e irresistível

Foto 1 do Conto erotico: CURTAS, Irmã Abandonada

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Comentários


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pretim- Comentou em 26/03/2025

Conto sensacional

foto perfil usuario maverick-7838

maverick-7838 Comentou em 26/03/2025

Tudo rolando de uma forma linda e natural...

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casalbisexpa Comentou em 25/03/2025

delicia de conto e fotos




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Ficha do conto

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mamaegordelicia

Nome do conto:
CURTAS, Irmã Abandonada

Codigo do conto:
231905

Categoria:
Incesto

Data da Publicação:
25/03/2025

Quant.de Votos:
8

Quant.de Fotos:
5