A separação de Adilson foi como um vendaval arrastando os últimos vestígios de um amor já ressecado. Após anos de silêncios cortantes e noites solitárias naquela casa em Chapecó, decidi que merecia recomeçar. Itapema, com seu litoral calmo e proximidade de Itajaí, parecia o refúgio perfeito. Comprei uma casa ampla de três quartos, piscina azul-turquesa e varandas que respiravam o sal do mar. Um lugar para esquecer — ou talvez reencontrar fantasmas.
Liguei para minha irmã assim que as caixas de mudança chegaram.
— Preciso de ajuda para organizar tudo. Será que Lucas poderia vir? Ele deve ser forte o suficiente agora...
Ela riu, despretensiosa:
— Claro! Ele tem 21 anos e vive procurando bicos. Vou mandar ele amanhã.
Três anos haviam se passado desde aqueles quinze dias em Itajaí. Três anos de sonhos úmidos e culpa engolida com vinho. Quando Lucas estacionou sua moto na frente da casa nova, o coração acelerou como se eu ainda tivesse 30. Seu corpo era mais largo, os músculos desenhados sob a camisa branca colada ao suor. O olhar, porém, era o mesmo: fogo disfarçado de inocência.
— E aí, tia Gilda? — Ele sorriu, erguendo uma caixa marcada *FRÁGIL*.
— Nem me chame de tia, Lucas. Faz tempo que você não me vê como uma.
A tensão pairou no ar, pesada como o calor do meio-dia. Pagamos o freteiro e ficamos sós, rodeados por móveis cobertos de lençóis brancos. A casa era um labirinto de possibilidades.
— O quarto principal fica lá em cima — apontei, subindo as escadas de madeira. Ele me seguiu, e eu sabia que ele observava o balanço dos meus quadris sob o vestido leve.
Ao desembalar os livros, ele quebrou o silêncio:
— Você sumiu depois daquela vez. Nem um *oi*.
— Eu estava casada, Lucas. E você... era um menino.
— Menino? — Ele aproximou-se, tirando o livro da minha mão. — Você sabe muito bem que não era.
Seu dedo deslizou pela minha nuca, e o ar condicionado parecia ter parado de funcionar.
— Você nunca me respondeu — sussurrou, encurralando-me contra a estante. — O que você sentiu naquela tarde?
Tentei desviar, mas seu quadril já pressionava o meu.
— Lucas, isso é perigoso...
— Perigoso é você me chamar pra cá sabendo o que ia acontecer.
Antes que eu protestasse, seus lábios encontraram os meus com uma fome que derrubou qualquer resistência. As mãos dele, agora mais ásperas, rasgaram o tecido fino do meu vestido enquanto me virava de frente para a janela.
— Você sempre quis isso, não é? — Ele mordiscou minha orelha, as mãos firmes em meus quadris. — Ser dominada por mim.
Não respondi. Meu corpo já se curvava sobre a mesa de vidro, as pernas tremulas se abrindo enquanto ele desabotoava o jeans. O som do mar lá fora disfarçava nossos gemidos, mas nada abafava o estalo do couro do cinto sendo puxado.
— Você é minha agora, Gilda — sussurrou, lubrificando os dedos com meu próprio desejo antes de pressioná-los contra meu ânus. — E eu vou te mostrar o que você me fez esperar todos esses anos.
A dor foi afiada, deliciosa, transformando-se em um prazer perverso conforme ele entrava em mim, lento e calculista. Cada movimento era uma vingança do tempo perdido, uma afirmação de poder.
— Isso... você gosta de ser usada, não é? — Sua voz era áspera, dominante, enquanto me puxava pelos cabelos.
Eu só conseguia gemer, meu rosto colado ao vidro frio, as mãos marcando a mesa. Quando o orgasmo me atingiu, foi como um tsunami varrendo toda a razão.
Ao desabar no chão, ele me envolveu em seus braços, surpreendentemente terno.
— Não vou sumir de novo — prometeu, traçando círculos em meu ombro nu.
Mas eu sabia a verdade: aquela casa, com suas paredes brancas e segredos úmidos, seria nosso paraíso e inferno. E eu, cada vez mais submersa na maré proibida que Lucas representava, já não conseguia nadar de volta à superfície.
Enquanto a noite caía sobre Itapema, restava apenas o eco das ondas — e o sussurro do meu próprio desejo, agora dono de mim.
Durante a organização da mudança Lucas eu transamos em cada cômodo que acabávamos de arrumar pelas 3 da manhã tomamos banhos fomos dormir exaustos
Já quero a continuação! votado!
Perfeito para despertar os sentidos. votado! leia meus contos também se puder!
que buceta linda