As aulas começaram há duas semanas e cinco dias. Tudo corria bem até a aula de Biologia – e não digo isso pelo conteúdo. Meu professor de Biologia era simplesmente gostoso.
Um homem de presença. Negro, cerca de 1,70m, cabelos longos presos num coque frouxo, com as laterais raspadas. Corpo normal, mas de uma sensualidade absurda. Naquele dia, usava uma calça de moletom que… bom, evidenciava tudo o que eu queria ver.
Desde o momento em que ele entrou, não consegui focar na matéria. Meus olhos simplesmente não desgrudavam. Eu tentava me controlar, mas sentia que ele havia percebido.
Assim que a aula terminou, fui até ele tirar algumas dúvidas – ou melhor, buscar um pretexto. Elogiei a didática e mencionei que tinha um certo trauma da disciplina desde a época da escola.
Ele, sagaz, arqueou a sobrancelha e sorriu de canto:
— Eu percebi. Você não tirava os olhos.
Fui pego. Meu rosto esquentou na hora, mas não deixei passar a oportunidade.
— Além da sua aula, eu estava prestando atenção em outra coisa.
O sorriso dele se alargou por um instante. Percebi que também ficou sem graça, então me virei e fui embora.
A última aula passou rápido. A turma foi dividida em dois grupos, os professores foram sendo liberados, e no fim da noite esbarrei com ele na saída.
— E aí, tá curtindo o pré? – perguntou, puxando assunto.
— Bastante. Sua aula foi ótima.
Fomos caminhando juntos até a saída.
— Vai pro terminal? – ele perguntou.
— Não, moro aqui perto.
Ele fez um som de entendimento e, depois de um breve silêncio, acrescentou:
— Fiquei pensando no que você disse na sala.
O ar pareceu pesar entre nós. Estávamos atravessando um trecho mais escuro, cercado por árvores e sem ninguém por perto.
Senti a tensão subir junto com a adrenalina.
— Você é um homem muito bonito – soltei, mantendo o olhar nele. — Com todo respeito… não consegui tirar os olhos de você.
Ele respirou fundo. O olhar intenso me entregava que aquilo o pegou de jeito. Mas o que me deixou mais atiçado foi a visão daquela bunda. Redonda, empinada. Implorando por algumas boas linguadas.
Finalmente, chegamos ao meu ponto. Apontei minha casa e nos despedimos com um abraço. Rápido, porém cheio de energia. Nossos rostos ficaram próximos demais, e quase nos beijamos.
No instante em que soltamos um ao outro, senti o olhar dele descer por um segundo. Meu short de moletom denunciava exatamente como eu estava. Ele percebeu. E sorriu. Um sorriso malicioso, que prometia mais.
Ao entrar em casa, meu corpo estava em chamas. Sentei no sofá, já puxando o short para baixo. Minha piroca pulsava.
Massageei a cabeça com gosto, deixando a imaginação fluir. O cheiro dele, a voz rouca, o jeito como me olhou antes de se despedir. Meu corpo todo formigava de tesão.
Eu sabia que, da próxima vez, esse jogo de flerte poderia ir bem mais longe.
Mas, por enquanto, só consegui fechar os olhos e gozar.
Delícia adorei