Sans femmes et sans souci

Sans femmes et sans souci*

“Sua moleza acabou. Na quarta-feira você precisa estar em Dubai para acompanhar o lançamento e o início do deslocamento da plataforma. Acabo de receber notícias de lá informando que está tudo pronto para a viagem. E, de lá vá direto para o Brasil, pois você conhece o staff da empresa que adquiriu a plataforma, são amadores e despreparados, e não podemos correr o risco de que algo saia errado”, disse meu chefe ao telefone. Como se eu tivesse tido um único final de semana livre desde o começo deste mega projeto em que a companhia estava envolvida.
“Certo! Embarco no domingo à noite. Assim posso revisar mais uma vez todos os procedimentos com a equipe do Olaf, antes do deslocamento”, respondi, já imaginando o tumulto em que se transformariam as minhas próximas duas semanas.
Assim que desliguei o telefone, comecei a imaginar como seriam os meus próximos dois anos, estava contrariado por ter que deixar minha casa por um longo período de tempo e, morar novamente fora do país.
O Olaf é um cara incrível, cursamos engenharia na mesma universidade, embora tenhamos nos especializado em áreas diferentes, e conseguimos emprego na mesma empresa. Eu adorava trabalhar com ele e, quando a empresa se envolveu neste projeto, não hesitei em chamá-lo para compor a equipe. Tínhamos ideias brilhantes quando atuávamos juntos e isso nos valeu uma rápida ascensão dentro da companhia. Ele havia se casado há pouco mais de um ano e seu primeiro filho estava a caminho, por isso, não via a hora de poder voltar para casa e, não me acompanharia na longa jornada até a entrega e fixação da plataforma semisubmersível, à 150Km da costa brasileira.
Foram dez dias de trabalho árduo, muitas vezes avançávamos até de madrugada para finalizar os últimos detalhes. Uma tempestade de areia, comum naquela região, com ventos de mais de 90 Km/h, atrasou o lançamento em dois dias. Quando as condições climáticas melhoraram, a plataforma foi lançada ao mar para dar inicio a longa jornada até a América do Sul, numa viagem de mais de 15 000 quilômetros. Saímos de Dubai rumo a Europa no final daquele mesmo dia. O Olaf seguia para casa e eu, seguia viagem rumo ao Brasil.
Desembarquei, no Rio de Janeiro, sob uma chuva fina e com a temperatura ao redor dos 30 graus. Procurei em vão, por mais de duas horas, o representante da empresa brasileira que ficara de me buscar no aeroporto. Quando me preparava para seguir, por meios próprios, até o hotel, o setor de informações do aeroporto anunciou meu nome no sistema de autofalantes, requisitando minha presença junto ao balcão da companhia aérea. Um homem jovem, talvez recém saído da universidade, me aguardava com uma folha de cartolina debaixo do braço, onde meu nome se destacava em letras vermelhas. Depois de uma série de desculpas, não muito diferentes das que ouvi nas vezes anteriores em que estive no Brasil, despejadas num inglês macarrônico e quase ininteligível, seguimos para o hotel.
Enquanto dirigia, ele me perguntou sobre a saída da plataforma de Dubai e a previsão de chegada ao litoral brasileiro, com um ânimo, de dar inveja a qualquer um prestes a entrar em férias. Sob o efeito do jet lag não consegui mais do que balbuciar algumas frases que, pelo visto, o satisfizeram. Nos despedimos com a promessa dele não se atrasar no dia seguinte, para seguirmos rumo a uma cidade próxima, onde ficava a base da empresa petrolífera que adquirira a plataforma. A visão de uma ampla cama no quarto do hotel me pareceu uma miragem. Depois de uma demorada ducha me atirei sobre ela sem me preocupar em vestir o que quer que fosse.
Três multinacionais estavam envolvidas no projeto. A minha companhia construiu a plataforma, outra empresa europeia era a responsável pelo transporte até o Brasil e, uma empresa americana tinha a incumbência de fixar a plataforma sobre a perfuração do poço, onde a empresa brasileira extrairia o petróleo do fundo do mar. A cerca de três anos as equipes destas empresas se reuniam para desenvolver o projeto. Por isso, foi uma grata satisfação rever os membros destas equipes e, conhecer um ou outro novo integrante. Para surpresa minha; meu até então motorista, Claudio, era um dos novos engenheiros agregados pela empresa brasileira. Embora se mantivesse calado durante quase toda a reunião, ao contrário da tagarelice durante o trajeto do Rio de Janeiro até aqui, achei suas colocações bem oportunas e inteligentes, o que não foi compartilhado com seu chefe. Um cara de meia idade, com uma horrível barba grisalha, longa demais, que se somava aos poucos cabelos na base da cabeça e, a uma barriga saliente que forçava os botões da camisa e lhe dava um aspecto tenebroso. Desde a primeira reunião, tive a impressão que os membros de sua equipe não o respeitavam, mas o temiam.
A empresa havia me alugado um apartamento a poucas quadras dos escritórios de empresa brasileira, onde residiam muitos dos membros do projeto. Eu conseguia ir caminhando até o trabalho, mas sentia a falta de parques aos quais me acostumara em minha cidade, para caminhadas e corridas antes do trabalho. Por isso me matriculei numa academia que ficava entre o edifício onde morava e meu local de trabalho. Decidi que faria natação, o que contemplaria minha forma física e me ajudaria a amenizar o calor dos trópicos, que tende a me deixar com uma constante sensação de fadiga. No primeiro dia na academia, findos os exercícios aquáticos, ao entrar nos vestiários para uma ducha, encontro três colegas de trabalho que acabaram de sair da sauna e, conversavam animadamente debaixo dos chuveiros. Jeff, o líder da equipe americana, seu colega Daniel e, o engenheiro brasileiro Bruno. Cumprimentei-os e abri um dos chuveiros na parede oposta aos deles. A conversa em voz alta e animada cessou assim que despi a sunga e deixei a água morna cair sobre meu corpo. Fiquei um tanto quanto incomodado com a abrupta interrupção da conversa e os olhares cravados em meus 1,88m de altura. Nada muito diferente da estatura deles, não fossem as grossas coxas e a saliência dos meus glúteos lisos. O calor subitamente aumentou e senti o rosto afogueado, sabia que a pele lisa e muito clara dele devia estar avermelhada, e me denunciando.
Havia poucas mulheres trabalhando conosco. Algumas secretárias, uma ou outra engenheira, e, algumas analistas de sistemas. Minha presença causava certo frisson entre elas e, não raro, ouvia os cochichos às minhas costas depois que cruzava com um grupo delas. Parece que eu me tornara uma unanimidade quando o assunto era homem bonito.
Faltando dez dias para a chegada da plataforma, a empresa brasileira resolveu fazer um ciclo de conferências fora do nosso habitual local de trabalho. As reuniões aconteceriam num resort, numa ilha do litoral baiano, e estavam previstas para durar uma semana. O lugar paradisíaco, a ausência das esposas, e o clima de descontração fizeram com que todos se sentissem mais descontraídos. Nos intervalos entre o trabalho, começaram a se formar grupinhos animados, onde não faltava todo tipo de assunto.
Foi durante estes intervalos que o Jeff começou a se aproximar mais de mim, especialmente por que nossos encontros, quase que diários na academia, me tornaram mais próximo dele, de seu assistente e do Bruno. Dos três, cujas idades variavam pouco em relação aos meus trinta anos, ele era o único solteiro, e parecia ser o porta-voz das sacanagens mais eloquente do trio.
Nos finais de tarde ficava impossível não usufruir das piscinas do resort. Assim, todas as tardes após o expediente e, antes do jantar, eu aproveitava para praticar meu esporte favorito, sob a luminosidade e o efeito de um jogo de sombras, dos pores-do-sol mais belos que já havia visto. O que havia começado de forma solitária, já no segundo dia se transformou numa balburdia coletiva, que passava pelas conversas em voz alta nos vestiários e culminava em largas gargalhadas durante o jantar. Não sei se motivado pelo calor dos trópicos, ou por se sentirem livres dos grilhões do casamento, o fato é que uma súbita explosão de sensualidade tomou conta daqueles homens. Era como se uma eclosão de testosterona borbulhasse naqueles corpos. De repente, me vi sendo o alvo de olhares obscenos e comentários repletos de segundas intenções. Um escandinavo se bronzeando ao sol dos trópicos, parecia estar mexendo com o imaginário daqueles homens. Embora nunca houvesse reparado, ou me preocupado com isso, o fato é que alguns volumes, sob as sungas de certos caras, começaram a chamar minha atenção. Eram particularmente enormes, e pareciam adquirir vida própria quando seus donos me viam nadando. Entre eles estavam o Jeff, o Daniel, o Bruno e, até o novato Claudio, cuja timidez havia ficado no continente.
Aquela foi uma noite particularmente quente. A brisa que vinha do mar, morna e carregada de umidade, mal fazia as folhas do coqueiral, que cercava o resort, se moverem. Havia chovido rapidamente durante a tarde e, agora o ar estava denso. Logo após o jantar fui caminhar ao longo da praia, numa tentativa de fazer com que, ao me deitar, pudesse conciliar o sono. Mal havia pisado na areia grossa e amarelada, ainda molhada por causa da chuva, quando notei que estava sendo seguido. Era mesmo difícil se ensimesmar com tanta gente circulando a sua volta. Eram o Jeff e o Bruno, que acenaram quando me virei para ver quem vinha em meu percalço. Esperei até que me alcançassem antes de deixarmos juntos três rastros nitidamente sulcados na areia, rumando em direção à ponta da praia, onde um rochedo, coberto de vegetação, atuava como uma sentinela sobre faixa de areia e o quebrar suave das ondas.
“Noite agradável para um passeio, né?” começou o Jeff, arfando um pouco devido à corrida que os dois empreenderam para me alcançar.
“Bastante! Estava difícil ficar no restaurante.” Respondi, me preparando para uma conversa que eu não sabia se estava a fim de ter.
“Você tem o hábito de ficar meio sozinho. Não gosta da companhia dos outros?” perguntou o Bruno.
“Não é nada disso. É que nos últimos tempos tenho sido o alvo predileto das gozações. E, por incrível que possa parecer, no meio deste paraíso, acho que bateu uma saudade de casa também.” Retorqui, procurando ser o mais cordial possível.
“Acho que é inveja! O pessoal bem que gostaria de ter um corpão como o seu e virar o queridinho da mulherada” continuou o Bruno.
“Isso é ridículo! Eu? Corpão? Só pode ser mais uma piada.” Devolvi, me preparando para outra pilhéria.
“Elas já te chamam de Viking tesudo nos corredores da empresa. E tem marmanjo fazendo coro”, completou com um risinho suspeito.
“Vai me dizer que você não gosta desse assédio todo?” perguntou o Jeff, fazendo a mão deslizar sensualmente sobre a pica, para ver qual seria a minha reação.
“Não exagere! São só brincadeiras.” Respondi, tentando desviar meu olhar daquela jeba.
Depois do passeio, nossa conversa continuou numa das varandas. Os dois propositalmente se sentaram em cadeiras a minha frente, com as pernas bem abertas, de modo que, mesmo com a luz bruxuleante produzida por tocheiros de fogo, eu podia ver suas picas sob os shorts sem cueca. A conversa foi se tornando mais picante fazendo com que ambos começassem a manipular suas rolas na tentativa de chamar a minha atenção. Havia momentos em que eu nem ouvia a pergunta, absorto com a visão daqueles paus e, eles se deliciavam com o embaraço que seus membros me causava. As cantadas começaram a ficar mais diretas e, não sabendo como contornar a situação, aleguei que a caminhada pela praia tinha conseguido me trazer o sono. Um tanto quanto agitado e sem graça, dei ‘boa noite’ e fui para o meu quarto, pois tudo o que eu precisava no momento era uma ducha para aplacar aquele calor.
“Você?!” exclamei confuso, ao abrir a porta e encontrar o Jeff com uma bandeja e algumas garrafas de água na mão, postado diante da entrada do meu quarto, cerca de meia hora depois.
“Encontrei o rapaz que ia repor seu frigobar e convenci-o de que eu mesmo faria a entrega” retrucou, adentrando o aposento e colocando as garrafas no refrigerador.
“E posso saber qual a razão disso?” perguntei incrédulo.
“Claro que sim! Estava a fim de ficar mais tempo com você. Pois há pouco, lá na varanda, você viu o efeito que você causa em mim.”, confessou sem a menor cerimonia.
“Que efeito?” perguntei de forma retórica, pois sabia muito bem o que minha presença, com pouca roupa, tinha o poder de fazer com ele.
“Me deixar de pau duro e louco de tesão por você”, respondeu, sorrindo para mim e, sentando-se na beira da cama com as pernas bem abertas.
“Nem sei o que dizer.” Respondi, procurando um jeito de disfarçar meu interesse, meu constrangimento e minha timidez.
“Não diga! Faça!” disse, enquanto voltava a acariciar a rola sob o short.
“Vem cá. Me chupa.” Sua voz tinha um tom de convite, mas soou como uma ordem, que eu não consegui desobedecer.
Me ajoelhei entre suas pernas peludas e logo tive a cabeça firmemente segura entre suas mãos. Ainda perplexo com a situação, encarei-o e ele me beijou com urgência e força desproporcionais. Senti o gosto de sua boca máscula e minha pele pareceu se incendiar. A língua dele me penetrou vasculhando a boca a procura da minha essência. Toquei a ponta dos meus dedos sobre seu peito causando-lhe uma onda de tesão. Uma mancha molhada começou a se formar em seu short, onde a pica se movimentava cerceada pelo tecido. Ele enfiou a mão dentro do short e liberou a grossa rola que se avolumou rapidamente quando ganhou a liberdade. O néctar que gotejava do orifício da glande saliente inundou o ar em minha volta com o cheiro viril daquele macho. Minha boca se encheu dágua desejosa daquele suco. Ao mesmo tempo em que tocava suavemente a ponta da língua no orifício de sua glande, encarei-o cheio de desejo.
“Mama minha pica”, balbuciou quase explodindo de tesão.
Sorvi o néctar de escorria mais abundante e, comecei a chupar a cabeça da pica sob os gemidos delirantes dele. Me identifiquei com o sabor daquele líquido de imediato, era algo delicioso e estimulante. Deslizei a língua ao longo daquele membro quente até chegar às bolas peludas. Inebriado pelo tesão, lambi-as e chupei-as com volúpia. Estavam turgidas e consistentes, me fazendo sonhar com seu conteúdo. Ele fazia seus dedos deslizarem entre meus cabelos, desalinhando-os, só para conter minha cabeça, impedindo que eu parasse de chupá-lo. Ao mesmo tempo contorcia seu corpanzil gemendo como um touro no cio. Eu mal conseguia respirar com aquela tora atolada na minha garganta e, degluti cada jato de porra que ele ejaculou na minha boca, antes que eu me engasgasse com todo aquele volume. Morna e pegajosa, a porra dele inundou meu corpo desejo. Eu o queria, tanto quanto ele a mim, nos encaramos como se uma batalha estivesse prestes a começar. Cada centímetro de nossos corpos queria aquele embate, procurava por aquele contato, suplicava de tesão.
Ele me tomou em seus braços e me apertou contra seu corpo rijo, tocou seus lábios nos meus e me beijou com devassidão. Suas mãos fizeram meu short deslizar pelas coxas e começaram a acariciar minhas nádegas. O prazer se apoderou dele quando suas mãos se encheram com a carne morna da minha bunda. Aquilo que ele tanto admirava nas últimas semanas estava finalmente em seu poder. Cheguei a sentir dor com a força com que ele me apertava as nádegas. Nos deixamos cair sobre a cama e eu me virei de bruços, franqueando-lhe a bunda como quem dá um presente.
“Que tesão de pele lisa! Essas coxonas e essa bunda estão me tirando o sossego”, disse ele ao acariciar minhas coxas e começar a morder minha bunda.
Senti-o afastando minhas nádegas e enfiando o dedo no meu cu. Enquanto eu gemia tomado de tesão, ele me dedava, sondando minhas pregas e testando a resistência dos meus esfíncteres. Me ver ali deitado, à mercê de sua vontade, completamente disponível para que ele desse vazão a suas taras, fez com sua pica voltasse a ficar tão dura que chegava a lhe causar dor. Meu cuzinho rosado o tentou até que começou a passar língua e mordiscou as laterais do meu rego.
“Me pega” deixei escapar entre as arfadas e gemidos, pois aquilo me deu tanto tesão que não me contive mais.
Vendo que meu cuzinho piscava afoito de desejo, ele fez a cabeçorra da pica deslizar dentro do meu rego, até encontrar aquela depressão piscante, implorando por ele. O pau dele estava todo melado novamente e, umedecia as minhas pregas, com um impulso vigoroso ele meteu a cabeça distendendo meu esfíncter anal além do seu limite, um ardor se espalhou pela minha pelve enquanto seu liberava um gemido contido entre os dentes cerrados.
“Ai! Espere um pouco.” Supliquei, quando um segundo impulso fez com que a jeba dilacerasse impunemente minhas entranhas.
Foi difícil para ele se controlar, diante daquela fragilidade repentina, deliciosamente expressa entre os meus gemidos sensuais. Ele tinha urgência, queria que aquela sensação imensa de prazer, que a minha carne morna apertada em torno de sua rola, se estendesse para todo seu membro, mas ele se contentou com urro gutural, que aplacou sua contrariedade. Tudo o que ele queria naquele instante, era, me foder, e temia dar qualquer passo em falso que o impedisse de concretizar esse desejo. Quando enfim eu me acostumei com a grossa verga do Jeff dentro de mim e, minha carne trêmula dava sinais de haver se descontraído ligeiramente; ele começou a enfiar a pica no meu cu, até que consegui sentir seu sacão se insinuando e batendo contra meu rego. Eu estava aberto, vulnerável, disponível, para que ele fizesse de mim o que seu desejo clamasse. Ele me estocou, inicialmente, com uma suavidade cuidadosa, depois, com o ímpeto instintivo de um macho satisfazendo suas necessidades sexuais. Eu gemia tomado de um prazer insano, e ouvia-o soltando urros de uma posse completa e vitoriosa.
“Tesão de bunda! Tesão de cuzinho gostoso! Caralho, como você é gostoso!” murmurava enquanto a pica deslizava freneticamente entre minha mucosa anal.
Quando senti que minhas entranhas estavam ficando molhadas, pois os jatos de porra se sucediam num frenesi descontrolado, invadindo meu mais intimo recôndito, meus olhos se umedeceram de tanta felicidade. Era o clímax que ambos procuraram e, que se materializava em nossos corpos extenuados. Seus braços envolveram meu tórax e num aperto de consumação, ele procurou o conforto e a cumplicidade dos meus lábios. Ele podia sentir os espasmos do meu corpo sob o seu, que começava a ser banhado por uma tranquilidade acalentadora. Naquela noite ele não chegou a usar seu apartamento no resort, nem nas subsequentes, até o final daquela semana.
Também suas visitas e pernoites ao meu apartamento, quando voltamos a nossa rotina de trabalho, começaram a se tornar constantes. A plataforma havia chegado e começava uma nova etapa de trabalhos, prevista para durar quase dois anos; enquanto os meses se sucediam, ganhamos amizade, descobrimos afinidades, nos envolvemos sexualmente, nos tornamos cumplices, experimentamos o amor. Mas, quando eu estava quase me rendendo a confessar meus sentimentos, um fato mudou o rumo das coisas.
A excessiva amizade do Jeff com o Bruno, nunca foi fácil de digerir. Havia algo no Bruno que eu não conseguia identificar, mas que me incomodava profundamente. Achava-o pérfido. Ele seguramente estava ciente do que rolava entre o Jeff e eu, mas isso não o impedia de me olhar com cobiça. Por vezes, sentia ao toque casual de suas mãos, um fluxo lascivo e voluptuoso que, no entanto, sempre me parecia intencional. Até que certo dia, o Jeff me veio com a proposta de fazermos um ménage, pois o Bruno estava passando um apuro por conta da gravidez adiantada da esposa. Indignado e humilhado, tive uma briga séria com o Jeff e deixamos de nos falar. Semanas depois precisei ir ao Rio de Janeiro para recepcionar meu chefe que havia marcado uma apresentação da nossa empresa para um grupo argentino, interessado em nossos produtos e assessoria. O evento aconteceu num hotel, onde também estávamos hospedados e se prolongou por dois dias. Durante o jantar da primeira noite encontrei o Jeff, o Bruno e o Claudio no restaurante do hotel, acompanhados por algumas mulheres, sendo que a que estava com o Bruno não era sua esposa. Deduzi que eram garotas de programa, mas não consegui deixar de reparar que a que estava com o Jeff mostrava uma intimidade mais estreita do que uma simples puta. Embora estivéssemos afastados, experimentei o gosto amargo de ciúmes. Tornei a vê-los juntos quase um mês depois, num churrasco promovido pela empresa brasileira, após a conclusão de uma etapa crucial do projeto.
Meus dias haviam se tornado, de certa forma, solitários. Comecei a contar os dias em que regressaria para minha casa e, eles se arrastavam numa lerdeza que me angustiava. Até que recebi um telefonema do Olaf, dizendo que viria ao Brasil, acompanhando um novo engenheiro que também passaria a atuar no projeto. Me animei todo, gostava do Olaf desde a faculdade e, depois de ter me envolvido com o Jeff, consegui entender o porquê, na época da notícia de seu casamento, eu haver experimentado um sentimento estranho e pesaroso, embora gostasse muito da sua esposa. De qualquer forma seria bom revê-lo, passar uns dias na companhia dele, era como estar vinculado à minha casa, com meu país.
Tirei o dia para ir ao aeroporto no Rio de Janeiro buscar o Olaf e o novo engenheiro, Ingvar. Meu amigo estranhou um pouco a minha recepção efusiva e a atribuiu às minhas saudades de casa. O Ingvar se mostrou muito cordial e afetuoso, o que me alegrou bastante, pois teria que conviver com ele, pelo menos oito horas diárias e, tínhamos que mostrar resultados no trabalho. Era casado, mas a esposa não o acompanhou por estar comprometida com o próprio trabalho. As duas primeiras semanas que passamos os três juntos, voaram. Tivemos muito trabalho e tratamos da adaptação dele na empresa. Depois da partida do Olaf, minhas tarefas fora do trabalho se resumiam a ajudar o Ingvar com o idioma e, a se virar nas pequenas coisas do dia-a-dia, por isso nossa convivência era bastante próxima. Ele começou a frequentar a academia comigo e nessas ocasiões mal conseguia disfarçar seu interesse por minha bunda. Quando estávamos debaixo dos chuveiros ele tinha dificuldade de esconder o tesão que se apoderava dele, se manifestando entre as grossas coxas cobertas de pelos louros. Numa dessas ocasiões, resolvi fazer um comentário jocoso diante do constrangimento que a situação lhe provocava.
“A culpa é sua e você deveria me recompensar por isso” disse ao se apressar em alcançar a toalha e sair do chuveiro.
“Mas o que foi que eu fiz?” respondi, mal disfarçando o riso.
“Qualquer hora dessas, te pego de jeito, e você vai ver no que dá provocar a gente dessa maneira” continuou ameaçador, desviando o olhar numa tentativa de tirar da mente os pensamentos libidinosos que o excitavam.
“Nem me passou pela cabeça fazer qualquer tipo de provocação. Estou aqui na maior naturalidade”, retorqui sincero.
“Vestido você já perturba, agora nu, haja convicção para resistir”, concluiu, sorrindo para mim, mais descontraído por constatar que aquele diálogo de alguma forma estava lhe abrindo um caminho que ele estava louco por trilhar.
A oportunidade surgiu pouco tempo depois. A cada inicio de nova etapa do projeto a empresa brasileira nos enviava, por alguns dias, para o mesmo resort, a fim de que isso mantivesse a unidade e estimulasse a produtividade das equipes. Não me surpreendi quando o Ingvar me acompanhou até meu apartamento, logo após o jantar do primeiro dia e, se largou sobre a cama ligando a televisão como pretexto. Enquanto escovava os dentes no banheiro, ele se despiu e, na minha volta aquele macho de 100 Kg sorria convidativamente em minha direção e manipulava sensualmente uma rola escandalosamente grossa, deixando à mostra um sacão murcho onde se destacavam nitidamente duas bolonas. Desde minha briga com o Jeff, meu corpo passou a padecer de uma carência que chegava a me tirar o sono e a paz de espírito. Aquele macho me lançando olhares voluptuosos e, provavelmente, sofrendo da mesma carência, me pareceu mais desejável do que tudo.
Tirei meu short e caminhei em sua direção. Recostado na cabeceira da cama, ele me recebeu de braços e pernas bem abertos. Assim que suas mãos me tocaram, fui arrastado de encontro ao seu corpão e envolto por seus braços musculosos. Beijei-o com a suavidade e a doçura de um iniciante. Em resposta senti sua língua penetrar minha boca. Saborear sua saliva máscula fez aguçar meus sentidos, passei a acariciar e beijar seu peito, percorrendo sem pressa o caminho até sua barriga. Ansioso por um toque em sua sensível região meridional, ele guiou minha mão até a rola indócil, que se avolumava entre os meus dedos carinhosos. Beijei suavemente a cabeçorra arroxeada antes de colocá-la na boca, e fiz meus dedos deslizarem até apalparem seus bagos consistentes. Enquanto eu chupava a pica, começou a liberar um delicioso pré-gozo que enchia minha boca de um sabor salgado e viril. Encarei-o com submissão, o que o fez gemer de tesão. Chupei-o demoradamente, esquadrinhando com meus lábios e minha língua, toda a extensão da jeba, que havia se empinado tal qual uma estaca. Brinquei com ela entre as pontas dos meus dedos e admirava a beleza e força daquele falo sensualmente desenhado e, envolto por calibrosas veias a nutri-lo. O tremor do desejo provocava espasmos por todo meu corpo. Ele os notara com grata satisfação. Girou meu corpo se posicionando sobre mim, e após um longo beijo, começou a mordiscar e lamber meus mamilos, cujos biquinhos rijos lhe assinalavam que o caminho estava livre.
“Agora você vai experimentar o que é que acontece quando eu dizia que ia te pegar de jeito”, sussurrou em meu ouvido, tomado de uma malícia animal.
Sua mão percorreu minhas nádegas e invadiu meu rego, meu cuzinho foi brutalmente devassado e seus dedos se revezavam entre si, me dedando em profundidade e, me fazendo gemer de tesão e apreensão.
“Isto está deliciosamente apertadinho. Vai encapar minha rola feito uma luva”, balbuciou na malevolência de um sorriso.
Ele abriu minhas pernas e as colocou sobre seus ombros, o cuzinho rosado havia perdido os obstáculos ao seu acesso e, na vulnerabilidade do meu desejo de entrega, fui penetrado pela pica dele, num único golpe vigoroso. Isso me machucou e eu gritei como um animal ferido. Ele me lançou um olhar carregado de dominação e prazer, que me intimidou. Quando passei a gemer mais contidamente, ele amenizou a força que empregara nessa primeira investida e, diante do meu olhar complacente, foi enfiando o cacete nas profundezas das minhas entranhas. Uma fusão simbiótica se materializou entre o ajuste perfeito das curvas dos nossos corpos, e nos tornamos um só. Cobri-o de beijos enquanto afagava sua nuca e costas com as pontas dos meus dedos, sentindo o vigor da sua pica pulsando dentro das minhas carnes mornas e trêmulas. Movia vagarosamente, num remelexo cadenciado, minhas nádegas de forma a contrair meu esfíncter anal em torno da rola dele, acalentando-a, e fazendo-o urrar de tesão. Depois de passado um bom tempo e, ante a urgência do gozo que aflorava na uretra dele, senti-o me estocando furiosamente antes de liberar os jatos abundantes de porra viscosa que ia se aderindo a minha mucosa anal esfolada. Gozei liberando meus desejos mais reprimidos, e senti um fluxo apaziguador percorrer meu corpo. Estava exausto e feliz. Partilhei com ele essa satisfação numa sucessão de beijos demorados, até que o sono nos venceu.
“O que está acontecendo entre você e esse engenheiro recém chegado? Vocês parecem unha e carne!”, disse o Jeff, num encontro casual nos corredores da empresa.
“Nada! Pelo menos nada que lhe diga respeito.” Respondi na defensiva.
“E por que ele não desgruda de você?” continuou inquisidor.
“Vai ver é porque ele se sente ligado a mim”, retruquei provocativo.
“Ou será porque ele está se deliciando com seu rabo?” perguntou, a ponto de explodir.
“Quem sabe? Ao menos sou eu quem decide quem vai entrar nele, não é?” revidei com um sorriso irônico.
Ele esmurrou a parede e me virou as costas, desaparecendo numa das portas do corredor.
Os meses finais da participação da nossa empresa no projeto foram bastante agradáveis, o Ingvar e eu íamos ao Rio de Janeiro com muita frequência, fosse para assistir um show, ir ao cinema ou simplesmente jantar num ambiente diferente. Numa tarde em que estávamos sentados tomando um chopp e contemplando o entardecer, ele me segredou que jamais havia imaginado que seria tão prazeroso e completo um relacionamento como o nosso e que, apesar do amor que sentia pela mulher, eu o estava deixando imensamente realizado. Eu disse que ele era um cara maravilhoso, que estava feliz por estar com ele. Faltavam menos que três meses para deixarmos o Brasil.
Como era bom estar em casa novamente. Tudo aquilo que nos é familiar gera confiança, transmite segurança. Foi assim que me senti quando entrei em casa e caminhei pelos cômodos saudosos da presença humana, era o que lhes faltava para voltarem a ser um lar. Embora já tivesse me ausentado, por conta do trabalho, em outras ocasiões, esta havia sido particularmente longa e perturbadoramente cheia de acontecimentos inusitados. Tanto que em meu peito persistia um misto de nostalgia e frustração. Estávamos no final de agosto. Os longos dias do verão faziam com que os raios do sol ainda penetrassem pelas vidraças, mesmo depois das dez horas da noite. Havia pouco mais de três semanas do meu regresso quando, certa noite, tive um sono agitado. Nele pude sentir o cheiro do Jeff impregnado nos meus lençóis e, o sabor de seu esperma em minha garganta seca. A saudosa imagem de seu corpo enlaçado ao meu me perseguiu durante todo o dia seguinte, dificultando minha concentração no trabalho. No final daquela tarde, voltei para casa sob uma chuva torrencial. Quando estacionei o carro no acesso da garagem, distingui um vulto familiar, sentado nos degraus da porta de entrada, entre a bruma causada pela chuva tocando o solo quente e as grossas gotas desaguando inclementes. Pude sentir o sangue latejando em minhas têmporas. Era o Jeff cercado por uma mala enorme, mochila nas costas, com as roupas encharcadas e os cabelos desgrenhados pingando água. Quando me aproximei, seu rosto ganhou um sorriso encabulado e maroto que tinha o poder de me comover. Ele tirou do bolso da camisa um guardanapo branco amarrado a um graveto roubado dos abetos que ladeavam a calçada, como se fosse uma bandeirola, onde se distinguia, num dos cantos, o emblema de um restaurante das redondezas e, no centro, desenhadas com caneta azul as letras borradas LOVE U. Abri a porta e deixei que ele entrasse. Em seguida em mim e, ... depois, na minha vida.

* Sem mulheres e sem preocupações


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Comentários


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Comentou em 04/10/2021

Maravilhoso. Sai do lugar comum na descrição do sexo; o vocabulário rico diferencia um ato e amante do outro, Jeff e Ingvar, e eu fiquei só imaginando a beleza desse "Viking tesudo" que se entrega tão gostoso. Votado e favoritado!

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cadu87 Comentou em 17/03/2015

Formidable, très belle!!

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cadu87 Comentou em 28/02/2015

Que delicia este conto, parabenizo voce escritor pela inteligencia em escreve lo, tenho a certeza de que voce é um escritor experiente, gostaria de ler mais contos seus. Se vc tiver livros erótico publicado por gentileza me avise :)

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coroaaventura Comentou em 03/03/2013

Delicioso. Cultural.Bem escrito.Sábio. Porém-eis que há sempre um-longo.Tens a capacidade de,na esgrima das palavras, prender a atenção.Isso é TALENTO. Mas não para quem busca,nos contos eróticos,a lascidão,o prazer externo a si. Enfim, o gozo. Atenção às vírgulas:pretende deixar um respiro para quem lê.Dificuldade inerente à língua portuguesa-brasileira. Planeje um livro Erótico.Lhe fará bem.




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Ficha do conto

Foto Perfil kherr
kherr

Nome do conto:
Sans femmes et sans souci

Codigo do conto:
26646

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
02/03/2013

Quant.de Votos:
8

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