Era fim de tarde, sol quase se retirando. Céu de poucas nuvens e brisas leves. Um hotel, uma piscina e um casal.
-Você é corajosa de aceitar esse trabalho – ele disse, tomando o ultimo gole e amontoando o copo com os demais ao lado na mesa.
-Por quê? Você é um tipo de bandido ou algo assim? – ela perguntou remexendo ameaçadoramente na bolsa, como se fosse tirar um spray de pimenta. Mas ele já sabia pelo olhar que ela estava brincando.
-Não, contudo... eu estou com uma vontade enorme de pular essa mesa e te agarrar agora mesmo... – ele falou descansando os cotovelos sobre a mesa e aparando o rosto com os dedos cruzados. Ela agora, só podia ver-lhe a ponta do nariz e os olhos brilhantes, castanhos.
-Eu sei que você não fará isso – abriu um pequeno estojo de maquiagens.
-Como pode ter tanta certeza? – ele fitava a pele clara, começando pelos pulsos quase finos e caminhando para as curvas voluptuosas dos seios.
-Você não pode arriscar sua reputação – retocava as sombras dos olhos, mas permitiu-se parar e encara-lo sobre o estojo aberto. – Nós nunca valemos à pena.
O homem sustentou firmemente o olhar da mulher. Ela era decidida, sedutora... ameaçadora. Jovem e sabida como poucas, isso ele admitia. Só não se conformava com a ousadia dela em não temê-lo.
-O que a motivou a entrar nesse ramo? Eu sei que você não precisa do dinheiro – já fazia um tempo que eles estavam nesse jogo, ele querendo-a colocar em cheque, ela se evadindo de todas as tentativas.
-E o que exatamente o senhor sabe sobre mim? – ela agora arrumava os cabelos louros, quase cacheados.
-Você está aqui por vontade própria.
-E o senhor não está?..
-Seus pais têm muitas posses...
-Talvez eu queira as minhas próprias.
-Isso não justifica você estar aqui comigo, agora – o sexto copo já pela metade. A frente da mulher, apenas uma taça d’água, marcada em batom vermelho.
-Se o senhor não tivesse tanto dinheiro, saberia o quanto vale a quantia que me ofereceu – ela fechou a bolsa e a largou na cadeira ao lado, recostando-se.
-Então pelo dobro, a senhorita se deitaria comigo?
-Não sou uma prostituta.
Eles se gostavam, se entretinham. Era o pensamento que ocorria a ambos no momento. Ele era decidido e ousado, ela gostava disso. Ela era dissimulada e confiante, isso o seduzia.
Cada um sentado à um lado da mesa, não que ela fosse muito grande. Ele de camisa e calça social. Ela com um vestido levemente florido, duas alças e um decote enorme. Quanto mais ele se deliciava com a visão dos seios quase expostos, mais ela os empinava. Quanto mais ela tentava mensurar o tamanho da ereção nas calças dele, mais seu sorriso alargava.
-Nunca disse que era.
-Quem mais além de prostituas aceitam dinheiro por sexo?
-Devo então oferecer uma bebida?.. – ela o fitou, ele sorriu. – Quem sabe convidar para uma dança?
-Não estou ouvindo a musica... nem vendo o garçom – ela estreitava o olhar, ele já havia baixado os braços.
-Beba da minha – ofereceu, esticando a taça até onde ela alcançasse.
Ela deu um gole, deixando a marca de batom num desenho perfeito de seus lábios. Ele acompanhou a bebida... entrando pela boca inquieta, deslizando pela língua doce, descendo pelo pescocinho liso e macio, passando por entre os seios e indo parar na barriguinha que ele não podia ver, mas sabia ser seca e durinha.
-Martini... isso não vale nem um beijo na mão – ela provocou.
Os dois pararam por um instante, deliciando-se em pensamentos. Quando ele ia parar? Quando ela iria ceder? Ele ainda não aparentava estar bêbado. Ela devia odiar o bafo de álcool.
-Vai chover – ele disse. De fato, as nuvens começavam a se aglomerar – Vamos sair daqui, você não quer ficar doente.
-Agora o senhor também sabe o que se passa em minha cabeça?
-Eu sei que as mulheres odeiam molhar seus cabelos.
-Não sou uma garotinha mimada – ela cruzou os braços, ele ficou boquiaberto. Não com a resposta, absolutamente. É que ela tinha espremido os peitos e com isso, os mamilos saltaram.
-Qual o problema em receber mimos? Todos gostam de serem paparicados.
Ele entornou o que restava da bebida, com o cuidado de colocar os lábios exatamente sobre a marca vermelha que ela tinha deixado. Dava para sentir os lábios dela tocarem os seus, quentes e úmidos.
-Então o senhor quer uma massagem ou algo assim? – ele já estava de pé, indo até ela para puxar a cadeira.
-Eu gosto do contato corporal – ele a abraçou quando esta se levantou, mirando seus olhos. Depois debruçou-se para pegar sua bolsa, do outro lado.
-Dizem que o futebol tem muito disso.
-Não posso entrar no time feminino.
-Porque, quer espiar as jogadoras no vestiário? – ela estacou, aguardando que ele deslizasse a porta de vidro.
-Eu ficaria deliciado só em vê-la fora desse vestido – deu espaço para que ela entrasse.
-Deveria então ter me convidado para nadar, e não dançar – ele parou, seu membro latejando. – Mas agora é tarde... já está chovendo – retomou a caminhada.
De fato, estava.
-Prefere a dança no meu quarto ou no seu? – eles se aproximavam das escadas.
-Acho que é melhor aqui... – disse ela, virando para entrar no hall de jantar. – onde tem musica.
Ele a seguiu, enlaçando sua cintura. Era uma musica lenta, os dois abraçados. Mamilos rijos, pequenos botões. Pênis duro feito pedra.
-É melhor o senhor se conter, ou vai rasgar meu vestido – ela advertiu, sentido o pênis roçando em seu quadril. Mas mesmo assim, ela se comprimia de encontro a ele.
-Não se preocupe, antes disso acontecer seus seios já o terão furado.
A melodia havia cessado, era a pausa dos músicos para comer alguma coisa. Contudo, não foi o suficiente para que os dois se desgrudassem.
-Você é jovem, até quando pretende continuar com isso?
-Isso o que? Dançar faz bem para o corpo – ela ergueu a face, sorrindo com os dentes brancos.
-Até quando pretende se encontrar com homens desconhecidos?
-Até quando isso me satisfizer – ela abraçada no pescoço dele, ele ponderando se baixava ou não a mãos para a bunda dela.
-Quer dizer que você se satisfaz com esse trabalho?
-O que o senhor quer dizer?..
-Mulheres também precisam de prazer.
-Eu sei me dar prazer, e também sei quando quero que um homem me dê prazer.
-Seu corpo dá sinais de estar necessitado – ele baixou o rosto, fungando de leve os cabelos perto da orelha.
-O senhor é muito persistente...
-Tem algo de errado nisso?
Ela deslizou as mãos pelas costas dele, sentindo as dobras dos músculos. A própria pele se arrepiando, traindo sua vontade. Respondendo ao desejo.
-Eu sei que você quer, você também sabe. Se o problema é o dinheiro...
-Não sou uma prostituta.
-Se o problema é o dinheiro... – fez uma pausa. - você pode me devolver... e subimos para meu quarto como se tivéssemos nos conhecido agora.
Ela se afastou, saindo do salão sem dizer nada. O coração bombardeando o peito, querendo subir pela garganta, esvaziando o estomago. Ele a alcançou na porta do quarto, ela estava com o cheque em mãos e deu à ele. Virou-se para fechar a porta.
-Espere... – ele disse. – eu pensei que...
Ela virou para ele, fitando-o fundo nos olhos. Sorriso inocente nos lábios.
-Desculpe, eu não transo no primeiro encontro – fechou a porta.
rsrs Nem todas não gostam de apanhar chuva e molhar os cabelos rsrs Eu adoro! Mestre Victor, que gostoso voltar a te ler!E aguardando o desenrolar desses jogos de de sedução! Conto votado e adorei! Não sabia que tinha tumblr...vou dar uma olhada! beijos Ayesk
hmm, mesmo sem sexo ja ta me deixando excitada. mal posso esperar pelo segundo encontro