AJ04 – O Grupo

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17/10/2002, quinta-feira – No Educandário
Adalberto avisou a todos sobre a reunião depois da última aula onde decidiriam sobre vários assuntos. Foi uma reunião tensa, não havia consenso sobre as embarcações.
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— Professor, e se fizéssemos como a irmã Jaqueline falou? – Adalberto estava suado.
— Mas a balsa é melhor Beto! – Esmeralda continuava querendo a balsa – Olhem... Se formos de canoa vamos ter que desembarcar e armar acampamento... Está certo, está certo... Tem essa balsa da irmã, mas vai ser menor e... E não vai ser a mesma coisa...
— E se fizéssemos a balsa de maneira que pudéssemos desarmá-la? – Fernanda cortou – Assim resolveríamos a questão...
— Não vai dar Nandinha, conversei com papai e ele acha que não conseguiríamos fazer uma balsa grande e desfazer para depois fazer de novo – Esmeralda olhou para o professor que continuava apenas escutando – Que tu achas Quim?
— Acho que as duas tem razão... – levantou e olhou as duas plantas das embarcações – Se fizermos a balsa da irmã Jaqueline não caberá tudo que caberia da balsa... Duas ou três canoas não daria suporte e estabilidade então porque não fazermos as duas em uma?
— Meu tio pirou! – Fernanda abraçou o tio – Como seria isso?
Joaquim se debruçou sobre as plantas olhando cada detalhe de uma e de outra antes de pegar o lápis e rabiscar em uma folha limpa.
— Conversei com seu pai Esmeralda e ele teve uma ideia que talvez dê certo, olhem... – os sete se debruçaram observando – Podemos usar quadtro ao invés de três canoas... Faríamos uma armação unindo as quatro... Duas na frente e duas atrás e utilizaremos tábuas de pinho, que são mais leves, para o piso... Ou deque(1), conforme a marinheira Dora e? – fez uma pausa dramática – Aqui a ideia do pai de Esmeralda... – desenhou seis círculos entre os desenhos das canoas – Pneus de caminhão que dariam sustentação e equilíbrio à balsa, que tal?
— Mas... Tio? E a manobrabilidade da balsa?
— É mesmo professor, tem as curvas e talvez galhos no leito do rio... – Adalberto olhava para o desenho – A não ser se... – pegou o lápis e desenhou – Poderíamos criar uma estrutura externa como se fosse uma embarcação, assim...
Refizeram os cálculos de espaço e distribuição no deque e viram que seria possível.
— Então ficamos assim – o professor refez as equipes – Fernanda e Rafaela ficam encarregadas de projetar, com ajuda de Dr. Claus, a embarcação, Esmeralda, Dora e Adalberto ficam encarregados dos equipamentos, cobertura e mantimentos... Não esqueçam que estaremos em um rio e podemos pescar e eu o restante, está certo?
— Beleza... – Adalberto juntou os desenhos que colocou na pasta – Nos reunimos na próxima semana já com tudo pronto pra fabricações está bem?
Saíram conversando e rindo traçando os planos para a tão esperada Jornada pelo Rio Preguiça.
— E você mocinha, não está na hora de cair fora? – Joaquim passou o braço pelo ombro de Rafaela – Seu pai está muito animado com essa aventura...
— Ele tá... Disse que não fosse o congresso de pastores ele também ia querer ir - pegou a mochila e saíram – Quim, queria conversar contigo...
— Tem que ser agora? – apagou a luz e trancou a porta – Estou cansado... Hoje vocês me deram um cacete... E como foi o treino?
— Cada vez melhor... O campeonato desse ano não nos escapa... Tu vais banhar agora?
— Vou... Quero tirar essa roupa suada e ficar de molho por umas duas horas – riu – E você?
— Eu? Sei não... Não tá muito tarde pra banhar no vestiário?
— Irmã Angélica sabe e só desce quando eu saio – pararam na embocadura da escada – Dê lembranças a seu pai e... Amanhã a gente conversa está bem?
Beijou a testa da garota que sentiu o corpo gelar e desceu, aos pulos, a escada encaracolada que ligava a área de esportes. Não sabia porque sentia aquela vontade de gritar, talvez pela conversa com irmã Jaqueline ou pela certeza que Clarisse começava entregar os pontos. No vestiário tirou a roupa e entrou na última cabine onde a falta de chuveiro fazia a água correr melhor, a água forte e fria lhe atacou os ombros como se uma massagem que lhe reparava as dores lombares e lembrou que não tinha pego nem o sabonete e nem a toalha e me maldisse antes de sair.
— Rafaela?! – parou, a garota estava parada olhando para ele – Que você está fazendo aqui menina?
— Posso banhar contigo? – sem desviar o olhar tirou a camisa de farda e depois a saia azul plissada(2) e caminhou, como uma felina até ele – Não tinha banhado ainda...
— Se vista Rafaela... – esticou o braço e a fez parar – Você está doida?
A garota apenas sorriu e tirou a calcinha, Joaquim olhou para ela e não fosse sua aluna por certo não a deixaria escapar.
— O nosso banheiro está fechado... – passou a mão nos seios pequenos com aréolas escuras que contrastava com a cor da pele – Não vamos fazer nada, só vim tomar banho, posso?
— Menina, você não sabe onde está se metendo... – viu que ela olhava pra seu cacete já quase duro – Alguém... Alguém lhe viu?
— Não... O senhor me empresta o sabonete? – olhava para ele e tremeu ver o pau duro, era bem maior que dos namoradinhos que tinha pego – O senhor... Tu está excitado por mim?
— Rafaela... Vou ser obrigado a suspendê-la, saia... – mas não havia firmeza em sua voz, a garota é muito bonita e gostosa, a vagina emplumando com fios negros lisos, o rosto com tez alva sedosa.
— Porque Quim, só porque quero tomar banho? – viu a mochila no banco em sua frente e a saboneteira, olhou para ele e se curvou arrebitando a bundinha alva e ele viu a xoxotinha cor de rosa e o buraquinho enrugado, ela se demorou mais que o necessário antes de levantar e entrar no box..
Joaquim estava embasbacado (3) com a ousadia da garota que já vinha colocando as garrinhas de fora há um bom tempo gerando zunzum(4) e brincadeirinhas maldosas dentro do grupo.
— Rafa... – chamou olhando para a porta do box fechada, a garota ouviu sorrindo, mas não respondeu e ele estava sem saber o que fazer até decidir deixar a coisa correr e entrou no box onde ela banhava – Me empresta meu sabonete!
A garota não esperava que ele entrasse e que tocasse seu corpo, mas não perdeu o bonde.
— Vem Quim, eu te ensaboo – saiu do chuveiro e ele, olhando pra ela, entrou.
Rafaela exultava por dentro e se sentiu mais mulher quando tocou o corpo do professor e lhe ensaboou.
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30/09/1985, segunda-feira – Fazenda 3 Corações.
Joaquim e Ana não fizeram nada naquela noite, Carina estava com eles no quarto e Dora dormiu mais tranquila tanto por saber que os filhos não teriam oportunidade com a amiguinha no quarto, quando pelos gozos que o filho lhe tinha dado.
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— Bom dia meus amores – entrou no quarto e sentou na cama da filha – Dormiram bem?
— Bom dia mãe, bença! – rolou e pousou a cabeça no colo da mãe – Dormi sim...
— E o namoradinho? – se curvou e sussurrou baixinho beijando o rosto de sua moleca – A coleguinha atrapalhou?
Ana sentiu frio na xoxotinha, mas não respondeu e girou novamente. Dolores olhava para ela, não passava de uma menina levada da breca que começava despontar para a vida, e pensou de como seria e o que poderia fazer para que aquela relação não atrapalhasse seu amadurecimento.
— Bença mãe! – Joaquim tinha visto a mãe entrar e conversar com a irmã.
— Deus te abençoe, meu filho – trocou de cama e acariciou o filho vendo que sua piroca estava dura – Vai, levanta que o xixi está quase saindo... – riu, beijou a face do filho – E você moleca? Está na hora de levantar – falou para Carina ainda embrulhada na rede – Vamos lá gente que os passarinhos já cantam...
Abriu as janelas e o manto de sol tomou conta do quarto, não era tarde, mas desde que o marido ainda estava com eles era costume pularem da cama antes das sete.
— Raimunda fez bolo de fubá(5)... – olhou para os filhos e saiu fechando a porta.
Quem primeiro pulou da cama foi Ana que deitou agarradinha ao irmão, Carina parecia ter voltado dormir.
— A mãe perguntou da gente... – acariciou a barriga do irmão e meteu a mão no pijama – Tu tá assim por quê?
— Tô com vontade de fazer xixi... – bolinou o peitinho da irmã – A gente precisa conversar, mamãe sabe...
— Tu deu com as línguas nos dentes de novo, né? – acariciava o pingolim do irmão sem se dar conta – Tu namorou a Carine?
— Não, por quê? – sentia que logo gozaria e segurou o pulso da irmã – Para senão... – ouviram farfalhar na rede, Carina levantou e Ana tirou a mão – Depois te conto...
Na cozinha Dolores conversava com o vaqueiro sobre a partilha que enviaria para abate.
— Bom dia meninos, já escovaram os dentes? – recebeu de bom grado o abraços dos dois filhos e farfalhou os cabelos loiros de Carina e sentaram à mesa para a pequena refeição – Sua mãe e sua irmã passaram cedinho...
— Porque ela não foi me ver?
— Foi sim, você dormia como um anjinho... Não quis lhe acordar... – serviu mungunzá(6) nas tigelas e entregou com uma fatia de bolo de fubá – Deixou uma sacola com roupas suas...
Depois do café os três correram pro pasto onde selaram as montarias e caíram no mundo apostando corridas. Foi assim a manhã toda, ora cavalgando, ora colhendo araçá(7) que chupavam entre brincadeiras debaixo de árvores frondosa, parecia que Ana tinha esquecido a conversa com o irmão.
— Eita! Ocês são arisco... – José, o vaqueiro, montava o alazão(8) – Sinhá tá querendo qui ocêis vortem...
Os três montaram e voltaram aos gritos de quem “chegava” primeiro, Dolores estava sentada na cadeira de palhinha da varanda.
— Chamou mãe? – Ana apeou(9) cansada.
— Não!... – olhou para a filha e depois para o filho – Quem falou?
— O Zé... Ele disse pra gente voltar que a senhora...
— Esse cara é meio lelé! – sorriu – Não era pra chamar vocês, não precisava vir... – levantou e ajudou Carine e o filho apearem – Das Dores passou novamente, quer que você se apronte pra ir pra consulta com Dr. Abidias que chegou na cidade... Esse Zé tá cada vez pior...
Entrou para a cozinha resmungando(10) e as crianças para o quarto.
— Tu vai voltar? – Joaquim sentou na cama.
— Sei não... Tu quer que eu volte? – Carina tirou o short e a camiseta, os peitinhos aflorados brilhavam de suor.
— Quero... – olhou para a irmã – Aninha também, né mana?
— Tá bom... – tirou a sunguinha também suada – A gente ainda não foi pro rio...
Quem parecia não estar gostando muito era Ana que olhava, quase amuada, para o irmão vidrado no corpinho bonito da coleguinha.
— Tu não tem vergonha não, é? – Ana parecia enredadelada(11) de ciúmes – Porque tu não vai se trocar no banheiro?
— Tem nada não mana, deixa ela... – apressou em defender.
— Tu tá gostando de ver ela nua... – levantou, pulou a janela e correu pra debaixo da cajazeira.
— O que deu nela? – Carine olhou espantada.
— Né nada não... – levantou e abraçou a menina – Ela deve tá é com ciúmes...
— Faz isso não menino... – empurrou o garoto – Tu tá doido?
— Tu... A gente...
— Mas não é pra me pegar desse jeito – tirou uma sunga da gaveta e vestiu – Não gosto dessas intimidades, viu?
Joaquim não fez mais nada, ficou sentado olhando a quase namoradinha vestir roupa de sair e foram para a sala onde Dolores já conversava com a mãe de Carine.
— Eita! Tá bonita filha, vai casar? – olhou para o garoto constrangido – Vamos filha que tem fila...
— Ela vai voltar? – Joaquim perguntou envergonhado.
— Claro que vai, trago ela quando terminar...
Joaquim ainda teve coragem de dar um abraço apertado na garota sob olhares carinhosos das mães.
Ainda esperou que saísse no jeep antes de ir procurar a irmã.
— Cadê ela, já foi? – Ana estava emburrada sentada no tronco carcomido(12) que servia de banco – Tu tem de escolher, é eu ou ela, viu?
— Cê besta mana, não tenho nada com ela, viu? – acariciou o ombro da irmã – Vamos pro rio?
Nem precisou falar outra vez, Ana levantou e correu desabalada em direção ao barranco, Joaquim resfolegava(13) tentando alcançar e quando chegou a irmã já estava dentro do rio.
— Tu tá mole, rapá! – riu e jogou água em direção a ele – Não aguenta nem uma corridinha?
Joaquim tirou o calção e mergulhou de ponta cabeça e nadou para o galho dentro d’água, Ana também foi.
— Conta! – ficou agarrada ao galho entre as pernas do irmão – O que mamãe falou?
— Ela viu teu xiri melado... Foi no quanto quando a gente tava dormindo...
Ana respirou agoniada pensando no que Dora pudesse fazer, mas estranhou, a mãe não tinha falado nada.
— Mas... Porque ela não me falou nada? Ela... Ela ficou braba?
— Não, mas pediu pra gente ter cuidado... – acariciou o cabelo molhado da irmã – E... E ela me ensinou um bando de coisa gostosa...
— Ensinou? Ensinou o que?
O irmão não falou e se jogou para trás nadando submerso para a margem, Ana olhou o irmão subir a ribanceira e seguiu com a pulga atrás da orelha.
— Fala mano, o que ela te ensinou? – o irmão apenas olhou para ela e correu para debaixo do pé de sabonete de macaco onde estivera com a mãe – Espera Quim, onde tu vai?
— Vem, deita aqui... – esperou – Tu quer que eu te mostre?
— Mostrar o que? – olhou para o irmão e para a piroca dura – O que foi que ela te ensinou?
— Deita... – segurou o ombro da irmã e ajudou deitar, Ana olhou para ele sem entender – Ela pediu pra eu lamber e chupar a boceta dela...
— Ah! Que nojo... E tu... Tu chupou?
— Chupei... – ajoelhou entre as pernas da irmã que olhava para ele sem saber o que deveria fazer.
— O que tu vai fazer?
— Tu quer que eu te chupe?
— Tu não tem nojo não... De chupar a periquita de onde sai xixi?
— Não, é gostoso e... E ela gostou, tu quer?
— Tu é quem sabe... – abriu as pernas e ele se curvou e lambeu as beiradinhas, Ana suspirou, fechos os olhos e não pode segurar o gemido – Hum! Quim... Hum!
O irmão lambeu as beiradinhas vermelhas antes de lamber o pilotinho intumescido e ela gemeu.
— Ui! Quim, que é isso... Hum!... Ai! Maninho, ui... Tu... Tu tá doido... Quim... Ai!... Hum... Isso... Ui!... Ui! – arreganhos as pernas e ele continuou chupando, lambendo e sugando a gosminha como tinha feito com a mãe – Ai! Quim, ai... Hum! Hum! Ui!... Ui!...
Lhe pareceu uma eternidade descobrir outro jeito gostoso de gostar, segurou os cabelos do irmão e esfregou a xoxota em seu rosto, não foi como a mãe, nem o gosto era igual. Ana parecia ter endoidado, jogava a pélvis para cima, rebolava e gemia louca naquele desejo que lhe roubou o espirito quando gozou um gozo desconhecido lambido pela língua macia do irmão que continuou bebendo o liquido gosmento minado do fundo a xoxota.
— Tu gostou? – falou baixinho, a irmã respirava agoniada – Tu gostou?
— Puta merda Quim... – respirou fundo – Porra mano, tua língua heim?
O irmão subiu em seu corpo e beijou a sua boca lhe transferindo o sabor da xoxota, e o beijo era diferente de todos os outros que já tinham dado e foi a irmã quem pegou a piroca e colocou na entrada.
— Eu te amo mano, eu te amo... Hum! Hum! – sentiu desconforto, ainda não estava acostumada – Tu... Hum! Tu tá... Mais grande... Hum! Ai! Mano... Eu te amo maninho, eu te amo...
E abarcou o corpo do irmão com as pernas e pressionou sua bunda fazendo o pau enterrar até sentir os corpos colados...
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11/07/1993, domingo – Fazenda 3 Corações.
Irmã Jaqueline tinha chegado no dia anterior com irmã Clarisse para passarem o domingo na fazenda, Ana Amélia tinha levado Fernanda para a cidade e, no domingo cedo, desceram para o rio, Dolores ficou ajudando Raimunda no almoço.
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— Vá irmã... – Dolores acompanhou a amiga até a porta da cozinha – Hoje Quim vai com a senhora...
Caminharam conversando de braços dados, irmã Clarisse ia logo atrás com a cesta que Dolores havia preparado.
— Então Quim, quando é a festa de formatura?
— Falta seis meses irmã e Clarisse, termina quando?
— Mais dois períodos e minha menina deixa de ser professora leiga – esperou que a freirinha lhes emparelhasse para passar o braço por sua cintura – O educandário é quem agradece com meus dois novos professores...
As duas vestiam camisões que encobria as pernas, Joaquim já de calção de banho com a toalha nos ombros. No rio sentaram nos bancos rústicos e continuaram conversando, Clarisse tentava desviar o olhar para Quim fazendo a irmã Jaqueline se deliciar com aquela paquerinha dos dois.
— Vai mesmo ensinar no educandário, não vai?
— Claro que vou, não tenho planos de sair de Santa Isabel... – tirou um cigarro e acendeu dado baforada para cima – E você Clarisse, está gostando das turmas?
— Gosto de ensinar, são meio peraltas pro meu gosto, mas... – riu – Tu deverias parar de fumar, faz mal!
— Deixe o menino... – pegou o cigarro e deu uma longa tragada, Clarisse nunca a tinha visto fumar – Não é fumante inveterado... – soprou para cima formando círculos.
— Não sabia que a senhora fumava, irmã – a freirinha descobria facetas, da superiora, a cada novo dia.
— Fumei em minha juventude em La Villette(14)... – sorriu ante a recordação da infância e juventude antes de entrar para a ordem – Não fui sempre freira, irmã, tive minha vida pagã cheia de aventuras.
— Ninguém nasce freira, irmãzinha – colocou a mão na mão de Clarisse – E você, o que fazia antes dos votos?
— Fazia nada não... Nunca fumei, nunca bebi, nunca namorei... – suspirou – Mamãe sempre me preparou para ser freira – sentia um calor estranho nas entranhas e tirou a mão nervosa...
Irmã Jaqueline notou e sorriu de dentro e abriu a garrafa de vinho que bebeu no gargalo ante de passar para Joaquim.
— E não fique com esse rostinho espantado que vinho é coisa de igreja – irmã Jaqueline riu da freirinha cada vez mais tocada pelo gostar de estar gostando de Joaquim – E aí, vamos mergulhar?
Tirou o camisão, vestia maiô completo um tanto cavado demais para sua condição de freira, o contrário do maiô tipo bermuda que a freirinha usava. Espreguiçou alongando a musculatura antes de correr e se jogar nas águas frias do Preguiça.
— Vamos? – Joaquim segurou a mão da freirinha e correram.
Clarisse ainda não se acostumara com a temperatura da água e deu gritinhos, irmã Jaqueline riu e nadou para a outra margem onde sentou com água lhe tocando os seios.
— Tá com frio? – Joaquim abraçou a freirinha pelas costas – Deveria tomar um pouquinho de vinho...
— Sai Quim... – mergulhou e voltou para a margem – Olha a irmã, seu doido!
Joaquim não falou nada, sentia estranho o gostar pela freirinha encabulada e mergulhou saindo quase na outra margem.
— Irmã Clarisse não gosta dessas brincadeiras, Quim... – falou baixinho quando ele sentou peto dela – Você vai ter muito trabalho para conquistar minha freirinha...
Ele não respondeu, apenas ficou de pé um pouco mais longe com a água lhe lambendo o tórax.
— Ela sabe de suas aventuras na França? – falou também baixinho.
— Não... Aqui no Brasil apenas vocês e... Você prometeu segredo, lembra? – levantou e caminhou até ele, era mais baixa, a água tocava seu queixo – Você está gostando dela, não está?
Joaquim suspirou e olhou para a outra margem, Clarisse estava deitada de olhos fechados também pensando nele.
— Será se devo gostar desse jeito de uma freira? – olhou para a irmã Jaqueline em pé na sua frente.
— Deve e... E pode... – se aproximou mais e acariciou o rosto bonito de seu amigo – Não fosse freira, dariam um belo par... – ele segurou sua cintura e ela colou nele – Mas Deus escreve a história com linhas retas, filho...
Joaquim suspirou e pegou a irmã pela bunda lhe suspendendo, a irmã Jaqueline se deixou suspender e abraçou o corpo dele com as pernas recordando das safadezas do tempo da mocidade.
— A senhora namorou muito... – olhou para ela que sorria – Porque teve de ser freira?
— Você abe por que... – não estranhou sentir o pau duro espremido em sua pélvis – Não tive muita escolha Quim, mas... Mas não me arrependo...
Clarisse sonhava sonhos de paraíso sentindo a água lhe lamber as cochas, os dois olhavam para ela.
— Ela é bonita... – Joaquim suspirou – Pena...
— Sonhar é bom, filho... Os sonhos nos elevam a alma... – também ela estava excitada, não tinha como não estar sentindo o que sentia entre as pernas – Você conhece a história dela...
— Às vezes nossos pais fazem o errado pensando ser certo – soltou o corpo da irmã e fez carícias em suas costas – E às vezes fazemos promessas bobas só para agradar...
— Também penso assim... – suspirou sentindo o corpo amornar pela carícias – E esse negócio duro entre minhas pernas, você não acha isso errado?
— A senhora acha? – desceu a mão e acariciou a vagina da freira.
— Não faça isso Quim... Lembre-se de quem sou esposa...
— Não gosta? – continuou acariciando e sentindo o pinguelo(15) duro.
Irmã Jaqueline não fez nada para que ele parasse e estremeceu ao toque no clitóris.
— Não faça isso Quim, não sou uma de suas namoradinhas – sentia a vulva melada como há muito não sentia, nem quando se masturbava em sua cela na calada da noite – O que você pensa que vai fazer? – ele tinha afastado a beirada do maiô e lhe tocara as partes pudendas(16) – Pare com isso Quim, me respeite... Não Quim, deixe, não me toque... – mas novamente nada fez para impedir a carícia íntima e estremeceu ao sentir a glande se alojar entre seus grandes lábios – Quim! Não faça isso, seu doido... Hum! Não faz isso menino... Ai! Ai! Joaquim, você não pode... Mon Dieu ... Il devient ... Ne pas le faire garçon, prendre ...(17) – e gemeu, ele tinha metido – Mon Jésus, ce qui est très bon ... S'il vous plaît Joaquim ne fais pas ça ...(18) – e ela fez mexer as beiradas e musculaturas da vagina mastigando o pau dentro dela – Seu doido, porque você fez isso?
— A senhora não gostou? – riu sentindo a xoxota estrebuchar.
— Não... Quer dizer, gostei mas... Sou uma freira Quim... – mas não fez nada, continuou se empurrando para ele pressionando as pernas em sua cintura – Óh! Meu Deus... Hum! Não... Não vá gozar... Ui! Ai! Meus Deus... Quim... Quim! Não goze dentro... Hun! De mim...
— Então pare de morder...
— Ui! Faz tempo que... Ui! Quim... Faz tempo que... Hun! Que não sinto... Isso... Espera... Ai! Quim... Você não... Não devia... Não devia ter feito isso... – foi ela quem se esfregou, foi ela quem mastigou e ela gozou retendo o gemido mordendo os lábios – Quim... Meu menino... Hum! Uh! Uh! Não goza... Ai! Hun.. Não... Ai! Quim, ai...
E da outra margem Clarisse viu a madre superiora abraçar Joaquim, ela não sabia, não tinha como saber que irmã Joaquina estava gozando com o gozo que ele jorrou dentro dela.
— Mon Dieu, il m'a tout rempli ... – e gemeu sentindo a vagina cheia – Pardonnez mon bon Dieu, pardonne ... Il ne sait pas ce qu'il a fait!
Ficaram abraçados por um longo período antes da freira se soltar e sentir o pau escapulir. Joaquim olhou para ela e lhe tocou o rosto, queria beijá-la, mas ela não deixaria.
— Você sabe o que você fez, menino? – olhou para ele e ele não viu nada além de satisfação – Você não tem nada nessa cabeça oca, Quim... Eu sou freira, você não poderia... Não tinha o direito de fazer o que fez, seu louco!
Ele não respondeu, apenas nadou para a outra margem onde Clarisse estava corroendo o bichinho do ciúme.
— O que conversaram tão juntinhos? – esperou que ele sentasse – Parecia um casalzinho de namorados... Irmã Jaqueline não toma jeito!
— Tá com ciuminho, é? – segurou a mão da freirinha e olhou para irmã Jaqueline ainda sentada na outra margem – Vamos Irmã! O rango já deve estar pronto...
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No próximo episódio:
Finalmente chega a tão esperada data de partida da Jornada, quase todo o Educandário estava na prainha... O primeiro dia transcorreu dentro do planejado, mas foi a noite que começaram os atropelos... Em casa Ana relembra de uma foda com o irmão em que a mãe lhes flagrou...
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Glossário:
(1). Deque: sm (ingl deck) Inform Estrutura de dados em lista, à qual se tem acesso pelas duas extremidades. Convés de embarcação.
(2). Plissado: adj. Em que há pregas que formam plissê; diz-se do tecido ou vestimenta que possui dobras permanentes em todo o seu comprimento: vestido plissado. s.m. Várias pregas que são feitas numa roupa ou tecido, normalmente, com o auxílio de uma máquina adequada; plissê. (Etm. Part. de plissar)
(3). Embasbacado: adj. Que foi surpreendido por (algo ou alguém); que expressa admiração diante de alguma coisa inesperada; pasmado. (Etm. Part. de embasbacar)
(4). Zunzum: s.m. Zunido, zumbido. Boatos, mexericos; zunzunzum.
(5). Fubá: s.m. Bras. Farinha de milho (ou de arroz) para fazer papas, angu ou bolos.
(6). Mungunzá: sm (quimbundo mukunzá, milho cozido, com dissimilação) Cul Reg (Norte) Milho branco cozido em caldo açucarado, ao qual às vezes se acrescentam leite de coco ou de vaca, açúcar, manteiga e canela. Denominado canjica, no Centro e no Sul. Var: manguzá, mugunzá, munguzá.
(7). Araçá: adj. e s.m. Bras. Diz-se do boi, ou o boi de pêlo amarelo e malhas pretas. S.m. Nome comum a diversas árvores ou arbustos, também chamados araçazeiros, e aos diferentes frutos que produzem. O araçá é nativo do Brasil e é encontrado em todas as regiões do país, da Amazônia ao Rio Grande do Sul.
(8). Alazão: adj. Cor de canela (falando do cavalo). S.m. Cavalo dessa cor.
(9). Apear: v.t. Fazer descer, colocar no chão: é preciso apear aquele andaime. Derrubar, demolir: apear um muro. Fig. Demitir, destituir, privar (de emprego, cargo, comando etc.). V.i.. e v.pr. Descer do cavalo, do veículo etc.
(10). Resmungar: v.t. Pronunciar confusamente, por entre dentes e com mau humor: resmungar invectivas. V.i. Falar baixo, geralmente com rabugice; rezingar: o velho foi-se embora resmungando.
(11). Enredadela: sf (enredar+dela) fam Enredo, intriga.
(12). Carcomido: adj. Corroído; que está estragado, velho, roído; destruído por carcoma, caruncho. Danificado; que se estragou pelo efeito do tempo. Figurado. Arruinado; que chegou ao fim: empresa carcomida. Magro; que acabou por se definhar; que se consumiu ou está fraco. (Etm. Part. de carcomer).
(13). Resfolegar: v.i. Respirar com esforço, a custo, com ruído, golfar, expelir. Respirar, tomar o ar ou o fôlego.
(14). La Villette: O bairro ostenta um parque e tanto, adorado por quem gosta de correr, fazer piquenique e ir a shows, na beiradinha de Paris. O Parc de la Villette é um parque urbano em Paris situado no 19º arrondissement, na divisa com Seine-Saint-Denis. Foi projetado por Bernard Tschumi. Em 55 hectares de um antigo abatedouro ele é o maior parque da cidade de Paris e sua segunda maior área-verde (depois do Cemitério do Père-Lachaise). O parque abriga construções públicas voltadas à Ciência e à Música, além de muitos "follies", que são elementos arquitetônicos construídos em jardins com formas e funções distintas. Tschumi venceu a concorrência para o projeto do parque e discutiu sua proposta do projeto com Jacques Derrida.
(15). Pinguelo: Pequeno órgão eréctil do aparelho genital feminino, situado na junção dos pequenos lábios, na parte superior da vulva. O mesmo que cltóris.
(16). Pudendas: Adj.(lat. pudendus) 1- que causa vergonha. 2- relativo às partes íntimas, órgãos genitais.
(17). Mon Dieu ... Il devient ... Ne pas le faire garçon, prendre – Meu Deus, ele está metendo... Não faça isso menino, tire...
(18). Mon Jésus, ce qui est très bon ... S'il vous plaît Joaquim ne fais pas ça ... – Meu Jesus, isso é muito bom... Por favor Joaquim, não faça isso...
(19). Mon Dieu, il m'a tout rempli ... – Meus Deus, ele ne encheu toda...
(20). Pardonnez mon bon Dieu, pardonne ... Il ne sait pas ce qu'il a fait! – Perdão meu bom Deus, perdão... Ele não sabe o que fez!

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Ficha do conto

Foto Perfil viajem
santoanjo

Nome do conto:
AJ04 – O Grupo

Codigo do conto:
82321

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
24/04/2016

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