— Dou mais não, viu? – Carina travou a perna e prendeu a bunda quando Ana tentou lhe bolinar – Tá ardendo pra burro...
— Tá nada... – Ana puxou a amiguinha para cima dela e lambeu os lábios secos da garota – Tu fez foi gostar, não gostou?
— Gostar gostar não gostei... – limpou a boca com o dorso da mão – Mas é bonzinho quando ele goza...
— Então tu gostou! – Ana tornou lamber os beiços da amiguinha que suspirou, Joaquim lhe acariciava a bunda.
— Tu gosta de beijar mulher, é? – riu sentindo gostar das carícias na bunda – Achei meio estranho, mas... Eu gostei, tu gostou?
— Gostei, tua boca tem gosto diferente da do Quim... – levantou a cabeça e se beijaram de língua.
— Carina, sua mãe passou aqui e deixou isso – teve vontade de sorrir com a aperreação das duas – Tá na hora de terminar a brincadeira, é hora de se meter na cama...
— Será que ela viu? – Carina olhou para Joaquim.
— Deve de ter olhado não... – tornou acariciar a bunda da namoradinha e puxou a calcinha, Carina arrebitou a bunda e abriu as pernas – Tá vermelho...
— Ardeu quando fiz cocô... Tá ferido? – continuou de bunda arrebitada e pernas abertas, Ana lhe acariciava o rosto.
— Tá não... Mas o buraco tá maior... – tentou meter o dedo, Carina travou.
— Mete não que arde...
Ainda conversaram aos sussurros até Dolores novamente chamar e pularam da rede indo para o quarto. Carina apagou logo que deitou na rede, Ana e Joaquim estavam sem sono.
— Onde tu vai? – Ana olhou para o irmão.
— Vou fazer xixi...
A casa escura não empecilho para ele entrar no banheiro, conhecia cada pedacinho daquele casarão. Fez xixi e não foi para o quarto, estava fazendo calor, saiu pra varanda e sentou no tamborete olhando pra dentro da noite escura até sentir o toque da mão da irmã em seu ombro.
— Que foi, porque tu tá aqui?
— Tá calor de lascar... Se mamãe deixasse o gerador ligado... – girou no tamborete e encostou a parede do peitoril(1) e a irmã sentou em seu colo – O cuzinho dela ficou aberto e vermelho...
— Deve de ser assim mesmo... – acariciou a testa suada do irmão – Meu xiri também ficou vermelho... E aí? Tu gostou?
— Gostei, mas prefiro na frente...
— Eu também...
— Tu... Tu já deu a bunda?
— Não, só tu me come... Mas vou querer experimentar, viu?
Joaquim vestia a calça do pijama e Ana chambre que batia no meio da canela e ela sentiu a piroca dura do irmão badalar na bunda.
— Tu tá querendo, não tá? – riu e beijou a testa do irmão antes de levantar, tirar a sunga e tornar sentar abraçando o corpo do irmão com as pernas – Eu também quero, tu mete?
— E a mamãe? – olhou para a irmã, estava cada vez mais apaixonado.
— Tu quer meter nela? – sorriu e levantou novamente, o irmão tirou a piroca e ela sentou espremendo debaixo da bunda – Tu meteu nela de novo?
— Não, só daquela vez – puxou a alça do chambre e lambeu o biquinho do peito – Tu gosta? – olhou para ela.
— Gosto... Dá um choquinho dentro do xiri... – sorriu e puxou a beça do irmão que lambeu e chupou o bico do peitinho.
Ficaram ali por um bom tempo, o irmão trocava de peito e ela suspirava, a xoxotinha estava melada e escorria gosma melando a piroca do irmão.
— Espera... – pediu e levantou uma perna, segurou o talo da piroca e colocou na entradinha e tornou sentar, entrou e ela gemeu – Tava querem demais isso... – requebrou a cintura sentindo a piroca mexer dentro dela, segurava nas pernas do irmão e se esfregava para frente e para trás, o irmão tinha cruzado as mãos e lhe segurava as costas – Ui! Maninho... Ui! Maninho... Ai! Ai! Ui!
Demorou quase nada gozar e sentir o gozo do irmão entrar corpo adentro e ela gemeu baixinho e ficaram parados sentindo o formigar na pele. Ana tinha aprendido morder o talo do irmão e Joaquim fazia mexer a piroca dentro dela. Não viram a mãe parar na porta e nem Dolores viu o que faziam, o chambre longo lhes encobria escondendo a piroca enterrada na xoxota.
— Estão sem sono? – Dolores abraçou a filha pelas costas – Esse calor tá de matar...
Ana sentiu um frio de medo e espanto e apertou as beiradas da vagina e o irmão gozou novamente olhando pro rosto da mãe.
— E Carina, tá dormindo...
— Tá... E a senhora? – sentia a mão da mãe lhe tocar os peitinhos – Não vai dormir não?
— Tô sem sono... – se curvou por cima da filha e beijou o rosto do filho – E tu moleque, tua irmã não pesa?
— Pesa não mãe... – olhou para a irmã e viu medo em seus olhos – A gente tava combinando ir pescar amanhã...
— Oba! Também vou... – acariciou a filha bolinando no peitinho pra fora do chambre – Vamos inaugurar o motor... Comprei um motor pra canoa, chega amanhã...
Joaquim se mexeu, a piroca enterrou mais e Ana olhou para ele apavorada pensando que ele ia levantar, mas ele só se ajeitou e brincou mexendo o talo da piroca e Ana gozou novamente talvez pelo medo da mãe descobrir.
— Se não tivesse tão escuro ia ficar de molho no rio – continuou acariciando a filha – E aí, gostaram do presente? – abraçou a filha e, se se dar em conta, desceu a mão e tocou na pélvis da filha que não conseguiu segurar e gemeu – Que foi, tá sentindo alguma coisa? – olhou para o filho e viu as gotas de suas descer da testa e desconfiou e levantou o chambre da filha e viu o que estavam fazendo...
— Não mãe?! – Ana tentou tirar o chambre da mão da mãe.
— Moleque! – olhou para o filho – Vocês... Levanta Ana... – puxou a filha, o filho tentou esconder a piroca com as mãos – Vocês são dois sacaninhas... – levantou o chambre da filha e viu o gozo do filho escorrer na perna da filha... Vai tomar banho Ana e... E te limpa bem, amanhã vamos na doutora Maia para ela passar uma pílula... Tu é doido Quim? Tu pode botar bucho na tua irmã, seu moleque...
31/12/2002, terça-feira – Santa Isabel, Convento (As freiras que gostam de amar)
Naquele dia o Educandário estava deserto, somente Irmã Jaqueline lia uma revista na Diretoria sentada, com os pés no tampo da mesa, e o vestido branco de listras azul celeste aberto debaixo do pesado ventilador de teto.
Ouviu batidas fracas na porta e se apressou fechar o vestido, mas se aquietou ao vir Irmã Clarissa.
— Irmã Jaqueline... Irmã Jaqueline!
— Entre filha... – continuou como estava e a irmãzinha sentiu vontade de rir – Não ria, o calor tá demais...
— Queria conversar com a senhora...
— Entre e feche a porta... – não queria voltar a ser surpreendida.
Irmã Clarisse usava uma camisa de cambraia(2) que mostrava o sutiã branco e também fino e uma saia amarela que lhe encobria os joelhos
— Que foi irmã, algum problema – Clarisse continuou em pé encostada na porta pesada – Vem menina, bota a cadeira aqui pra aproveitar esse santo ventilador...
Clarisse sorriu e colocou a cadeira onde o vento também lhe tangia, olhou novamente para a irmã e para seus seios brancos e duros, as aréolas eram quase da cor da pele.
— Se incomoda de eu continuar assim?
— Não irmã, tá calor... – respirou fundo e esticou as pernas – Queria conversar com a senhora sobre... Sobre o professor...
— Quando você vai criar coragem e assumir de vez esse namoro?
— Não posso irmã, fiz promessa pra mãe...
— O que sua mãe queria é que você fosse feliz, é o que toda mãe deseja para seus filhos – olhou para a freirinha – Nenhuma mulher... Mãe... Ia querer ver a filha infeliz e... E você não é feliz, Clarisse...
— Sou sim irmã, sou e devo continuar freira para o resto de minha vida... Eu nasci para servir a Jesus, a Deus!
— Menina... – levantou, abotoou alguns botões e se aproximou da freirinha – Que a conhece, como eu, sabe que isso não é verdade... – acariciou a cabeça da irmãzinha – Ser freira não é a única forma de bem servir ao Senhor... Case com ele, tenham filhos e faça, por seu exemplo, que Deus e sua palavra alcance muitos... Não Clarisse não chore...
Abraçou a cabeça da freirinha que repousou nem seus seios nus, continuou acariciando os cabelos longos e sedosos da irmã em Deus.
— Eu amo de todo coração o Quim... Mas, e minha missão junto a Deus, irmã? – olhou para cima, olhou para os seios da irmã e viu que em nada era diferente, não eram seios de uma mulher com seus 51 anos, eram rijos e sedosos – Amei o Quim desde aquele dia (AJ01 – Educandário Padre Pio) em que a senhora me levou lá... naquele dia eu senti, pela primeira vez em minha vida, que Deus poderia estar me mostrando outro caminho...
— E mostrou, irmã, e mostrou... Deus é assim, não é exclusivista... Ele quer que seus filhos lhe sigam da melhor maneira para Ele e para você... – Olhou para o crucifixo fixado na parede – Mas ele não diz faça isso ou siga esse caminho... Não irmã, Deus não impõe nada a ninguém, e nos mostra o caminho e nos, suas filhas, devemos escolher onde vamos caminhar ou o que faremos... A isso chamamos livre arbítrio...
Calou e voltou para seu lugar, Clarisse ainda chorava sentindo um aperto de dor no peito.
— Não sei o que fazer irmã, nem qual o caminho que devo seguir – enxugou as lágrimas com um lencinho azul celeste – Queria poder confessar que pequei!
— Quem lhe disse que você pecou? – respirou profundo, mesmo com ventilador ligado, lembrava das água fria do preguiça – O que é pecar(3)?
Irmã Clarisse olhava para seus pés, não teve coragem de encarar a irmã que, em momento algum, havia lhe recriminado, mas aquela dor perceptiva de haver transgredido os mandamentos era mais forte. Ela suspirou e criou coragem.
— Eu pequei irmã, não observei o sexto mandamento da lei de Deus...
— Não pecar contra a castidade... – falou olhando para Clarisse – Menina... O amor é a vocação fundamental e originária do ser humano. Ao criar o ser humano homem e mulher, Deus dá a dignidade pessoal de uma maneira igual a um e outro. Cada um, homem e mulher, deve chegar a reconhecer e aceitar sua identidade sexual... – respirou antes de continuar – Cristo é o modelo da castidade, mas foi quem instituiu o novo mandamento que veio para substituir todos outros... Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei... Essa castidade nos fala os dez mandamentos foi instituído milhares de anos antes que Deus nos enviasse seu filho... E Ele, Jesus o filho de Deus fez com que a observação daqueles primeiros mandamentos deixassem de ser tão tirânicos... É claro que Matar, Roubar, Tomar o santo nome de Deus em vão, Cobiçar a mulher ou o homem do próximo, Não honrar pai e mãe são pecados mortais, mas não o amor entre um homem e uma mulher solteiros...
— Mas irmã, eu me entreguei a ele, eu provei da fruta do pecado eu senti seu membro dentro de mim...
— Irmã... O que vou lhe contar somente Dolores e o próprio Joaquim sabem... – respirou e se debruçou sob a mesa cruzando os dedos das mãos – Antes de entrar para a ordem, na França, eu fui uma menina que gostava de me divertir, que gostava de namorar e que teve um grande amor na vida... Não sou virgem, perdi minha virgindade com 14 anos em uma festinha regada de bebida... Meus pais eram operários e muito pobres e o convento era um dos caminhos que Deus me mostrou, eu segui esse e... E não me arrependo...
— Mas... Eu não me arrependo irmã, só que... Tem o Quim... – olhou séria para a irmã – Eu... Eu ainda sou virgem... Não dei minha virgindade vaginal... Dei... Dei atrás, a bunda...
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
31/12/2002, terça-feira – A Jornada: Outra noite chovendo (As garotas)
Estavam no quarto dia, nos dias anteriores nada de anormal havia acontecido. As equipes fotografavam pássaros, árvores e recolhiam folhas, flores e insetos e, no final da tarde, novamente o aguaceiros os pegou.
==========================================================
— Olho aberto Dora... – Joaquim abriu uma fresta na tenda vigia – Acho que vai dar para chegarmos ao ponto Delta.
— Acho que não vai dar Quim – a garota gritou, o vento era forte e a chuva intensa – Está escurecendo muito rápido.
O professor olhou para o céu negro de chuva e para o relógio – cinco e vinte – e também desconfiou que teriam que pernoitar em algum lugar antes do Vale dos Veadeiros (Ponto Delta).
— Verifica a bateria do farolete(4) amorzinho... Vou ver como está lá dentro!
No tombadilho(5) encharcado estava difícil de caminhar, entrou na área coberta e ficou satisfeito com as modificações que fizeram.
— Quim! Queres um cafezinho fresco? – Esmeralda se equilibrava com o bule fumegante – Como está na proa?
Do lado de fora Beto e Rafaela se mantinham alerta com os varões prontos para manobrarem a balsa e ao leme Fernanda tiritava segurando a manivela.
— Tio, me dá um golinho, tô morrendo de frio... – não havia previsto cobrir o banco do leme – Não tem nada mais forte?
— Tenho, mas... Espera! – voltou para a proa e abriu um caixote trancado com cadeado de onde tirou um litro de uísque – Alguém quer um gole? – colocou em um caneco e passou para o grupo – É só pra esquentar o frio menina! – tomou o caneco da mão de Rafaela e levou para a sobrinha, depois foi na cabine de observação – Toma Dora, é pra esquentar... É melhor encontrarmos um porto seguro, não estou gostando desse vendaval... – olhou para os lados e viu galhos balançando frenéticos ao sabor do vento forte... – voltou para área coberta.
— Quim, não é melhor a gente parar, estou preocupada... – Esmeralda puxou um banco e sentou – Tá escurecendo rápido e tu te lembra da noite na Fogoió... (AJ05 – O gozo de uma mulher santa e as meninas)
— Também estou preocupado – abriu o mapa tentando adivinhar onde estavam quando sentiram um solavanco – Batemos em alguma coisa...
Correu para a proa vasculhando a escuridão, Dora focava pros lados, não viam nada. Foi para o bombordo e Beto também não tinha visto nada, mas estavam engatados em alguma coisa. Correu para o caixote de materiais, pegou a máscara de mergulho e a corda guia que amarrou na cintura e no caibro central antes de mergulhar para baixo do Desbravador e viu, na primeira passada do foco da lanterna o que tinha acontecido. Puxou a corda guia e se dependurou na amurada.
— Enganchamos num troco... – falou para Beto – Pega a faca de caça, vamos ter que cortar a câmara três...
— Quer ajuda Quim! – Rafaela se debruçou – Tu sabes que sei nadar...
— Tá bom, mas pega a mangueira e a máscara... Vamos precisar de ar, pega também a outra corda...
Esmeralda correu e pegou que o professor pediu e Rafaela tirou a roupa ficando de calcinha, Joaquim não falou nada, a roupa iria atrapalhar como a sua. Tirou a camisa e a bermuda jeans pesada e jogou no tombadilho, O desbravador se deslocou de lado.
— Beto! Pega o varão e segura para não virar, todas vocês ajudem!
Tornou mergulhar, a câmara estava furada engatada no galho negro e cortou o restante, o pulmão ardia quando Rafaela lhe entregou a mangueira que ele colocou na boca e chupou ar. Os dois labutavam, empurravam com os pés e mãos tentando desviar as outras câmaras do galho, somente tomavam ar quando sentiam o pulmão arder. No tombadilho Beto e as meninas conseguiram deter o Desbravador que não mais inclinou e mergulhados Rafa e Quim conseguiram colocar a ponta do galho ente as câmaras e as canoas, mas ficaram submerso até verem não haver mais perigo.
— Tio! Rafa! Tio! Tio! – Fernanda estava debruçada aos gritos, o Desbravador descia manso desengatado e os dois não subiam – Tio, Tio... – rasgou a camisa em desespero e ia se jogar quando Beto lhe segurou.
— Espera Nanda, tu não sabe nadar...
Fernanda gritava pelo tio e pela amiga quando viu a mão de Rafaela segurar na amurada(6), Quim ajudou a menina subir para também se jogar, respirando com dificuldade deitado nas taboas molhadas.
— Tio! – se jogou em cima dele e abraçou ainda chorando – Tio...
Ninguém achou estranho o beijo na boca e as carícias que trocaram.
— Quem está no leme? – lembrou.
— Eu, Quim! – Dora gritou – O Beto está no observador...
— Pensei... – acariciou a barriga da amiga que estava deitada olhando para eles – Poxa gente... Pensei que... – e caiu no choro novamente.
Joaquim levantou e a colocou nos braços e entrou na área coberta, sentou no chão com a sobrinha no colo.
— Não chora Nanda, já passou... – beijou o rosto da sobrinha e viu Rafa em pé, estendeu a mão e ela correu e também sentou em seu colo – Não chora Nanda, já passou – passou o braço pelo corpo de Rafaela e abraçou as duas – Tua amiga aqui ajudou muito, é uma verdadeira heroína...
— Porque vocês demoraram? – Fernanda limpou os olhos.
— Tava muito engatado, o Quim cortou a câmara e a gente desviou o galho... – acariciou o rosto da amiga – Mas tivemos que esperar para ver se não engatava de novo.
— Você foi muito valente, obrigado... – aproximou o rosto e beijou a boca da garota e levantou dando tapinhas e elogiando cada um do grupo.
— Quim! Quim! Tem uma praia ali na frente! – Beto gritou e todos correram para os varões – É a bombordo(7), na esquerda, na esquerda!
Viram a praia e manobraram, agora com mais dificuldade, para bombordo e foi Rafaela quem pulou com a amarra que atou em um jenipapeiro(8).
— Ufa! Essa foi difícil! – Joaquim abraçou Rafa enquanto os demais cuidavam do Desbravador – Obrigado, minha doidinha...
— De nada, meu doidão! – se abraçaram e novamente se beijaram na boca.
A chuva não diminuía e o vento continuava soprando com violência formando pequenas marolas que morriam batendo no casco fantasia(9) do Desbravador firmemente amarrado com duas cordas.
— Vocês vão ficar assim mesmo? – Adalberto olhou para as duas vestidas apenas em calcinhas.
— Deixa as meninas, rapaz... Somos uma família – passou o braço pelo ombro do garoto e subiram para o tombadilho.
— Vou fazer uma sopa... – Esmeralda abraçou o namorado encharcado – Tira essa roupa amor senão pode gripar...
Dora encheu um caneco com café quente e entregou ao professor que se deu em conta estar de cuecas.
— Xa(10) disso Quim, somos uma família... – Dora abraçou o professor – Fiquei preocupada e com medo...
— E eu, ou vocês acham que não sinto medo? – riu e sentou no chão encostado no mourão – Vamos ter que repor a câmara... Ficou muito pesado...
— Não é melhor a gente tentar chegar o Vale? – Esmeralda deitou e colocou a cabeça no seu colo – De dia a gente tinha visto o galho...
— Não vi nada... – Dora respondeu – Nem teu namorado...
— Não estou de culpando, cabeça de fósforo(11)... Não dava mesmo pra ver...
Levantou e foi mexer na panela, o aroma tomou conta do lugar. Jantaram o de sempre: sopa com pão dormido e foram para o rádio, era a hora da comunicação. Desde a primeira vez tinham decidido amarrar dois varões para que a antena ficasse alta e pudesse ser redirecionada.
— Chamando mamãe Ganso... Chamando mamãe ganso... Aqui Desbravador, câmbio!
— Seria bom ainda não falarmos sobre o galho, não acha Quim? – Esmeralda opinou e todos concordaram.
— Aqui mamãe ganso... Boa noite desbravadores! – era a voz de irmã Joaquina.
— Feliz ano novo, mãe ganso! Câmbio?
Joaquim pegou o monofone e foi o primeiro a falar e receber as notícias da irmã e da mãe, falou com Ana e com Clarisse antes de passar a vez para os outros e se afastar para preparar a surpresa.
Quando, quase uma hora e meia depois, desligaram o rádio viram 3 frangos defumados com sacos de batata palha arrumados na mesa onde também quatro litros de Coca-Cola e sete envelopes e embrulhos estavam na mesa.
— É nossa ceia de ano novo – pegou os envelopes endereçados e entregou aos donos – Aí estão mensagens escritos por seus pais e... – entregou os embrulhos, isso é meu para vocês e, ao ataque!
Mas não correram para a mesa, foram ler as cartas e eu as minhas, eram de Ana, da mãe e de Clarisse.
Com lágrimas nos olhos cercaram a mesa e cearam, depois Dora tirou o violão e sentaram cantando até que beto falou ser quase meia noite, olharam os relógios e contaram até terminar o ano. O gravador tocava músicas de carnaval e o tombadilho virou um pandemônio.
— Que tal uma bebidinha Quim? – Rafaela lembrou – É só hoje, Quim... Vai, libera...
O litro de uísque foi bebido no gargalo, o grupo estava cada vez mais animado, o pobre Desbravador gemia pelos pulos adoidados das garotas que haviam tirado as roupas e ficado de calcinhas. Até Adalberto, sempre na dele, caiu na folia e tirou a roupa enquanto Joaquim se mantinha à margem observando bebendo e fumando.
— Vumbora(12) tio, sai dessa preguiça e vamos dançar! – Fernanda puxou o tio.
Brincou um pouco e saiu de fininho, alguém tinha que se resguardar e, sem que ninguém percebesse, foi para a cabine de observação onde se recostou e fechou os olhos pensando no perigo que tinham passado.
— Que foi, está triste – Rafa entrou e sentou e seu colo – Vem brincar com a gente...
— Não Rafa, prefiro descansar... – se ajeitou no banco dentro da cabine estreita – Vá brincar, a folia está solta...
— Posso ficar aqui contigo?
— Pode... – acariciou o rosto bonito, ela fechou os olhos – Mas seus amigos...
Não concluiu, ela colou a boca e o beijo aconteceu, um beijo carregado de volúpia e de desejos.
— Tu é o cara mais legal que passou em minha vida...
— Passou?
— Não... Tu entendeu... – brincou com a sobrancelha, pincelou os olhos com as pontas do dedo sentindo um negócio gostoso dentro dela – Queria que essa jornada não terminasse nunca...
— Ainda não terminou, temos muita água pela frente...
— Mas vai terminar e... E tudo vai voltar a ser o mesmo de antes...
— É a vida Rafa, é a vida... Mas, para vocês, nada será igual quando voltarmos...
— E para ti, vai mudar alguma coisa?
— Já mudou... – beijos os olhos da garota – Já mudou... Você, Nanda, Dora, Esmeralda, Beto... Todos vocês fazem parte de minha vida, entraram de roldão m mim...
— Será que vou poder estar assim contigo quando estivermos lá e será que as meninas tirarão as roupas e dançarão quase nuas depois da Jornada... – no rosto um sorriso enigmático – Não Quim, não... Quando terminar a Jornada tudo vai voltar a ser como antes...
— Tio! A gente pode banhar no rio? – Fernanda abriu a porta.
— Podem... Hoje podem tudo... – puxou a sobrinha e beijou na boca, Fernanda não se espantou e o beijo não era um simples beijo, era a confirmação que realmente havia mudado – Mas não vá se afoitar(13)... Vá!
A menina voltou exultante e o grupo correu para as águas, agora morna, do Preguiça,
— Parece que mudou mesmo... – beijou a boca do professor – Pelo menos aqui mudou... Vamos cair na gandaia?
Levantou e puxou o braço do professor. O grupo brincava solto no meio de um rio debaixo de um temporal no meio do nada.
— Vem Quim, a água tá morninha! – Dora pulou e ele viu que estava nua, na realidade todos estavam nuas.
Rafaela também viu e tirou a calcinha, pegou na mão de Joaquim e entraram na área coberta. Ajoelhou, tirou a cueca e chupou seu pau, as paredes de plástico preto barrava a visão para fora, Joaquim não fez nada para impedir e Rafa chupou como se fosse um picolé de frutas e ele lhe acariciava a cabeça, a garota bolinava com a língua a glande, chupava e ele sentiu que não demoraria nada, os quatro dias na seca nomeio daquele bando de meninas insinuantes acelerou o gozo ele gozou e Rafa bebeu e sugou até a última gota.
— Estava te devendo isso... – abraçou e beijou ele sentiu o sabor de seu próprio gozo – Vamos?
Joaquim ficou abraçado à garota destemida ouvindo os gritos alegres do grupo, beijou os cabelos da menina e bolinou no peito esquerdo sentindo uma alegria de liberdade lhe tomar a alma.
— Vamos Quim... – Rafaela respirou e correu.
Pulara e se juntaram ao carnaval. O litro de uísque quase seco rodava de boca em boca dando o tom das brincadeiras. Não estavam bêbados, estavam alegres por estarem ali, naquele rio que os viu crescer e que agora conheciam um pouquinho mais.
— Tio! – Fernanda gritou e pulou em seus braços quase lhe fazendo cair – Poxa tio, só tu mesmo pra armar isso...
— Você está gostando? – beijou a ponta do nariz e lhe segurou pela bunda – Está bom de parar a bebida, tua mãe me mata se soube disso...
O baque do corpo da sobrinha fez com que ele se afastasse um pouco até encostar no casco fantasia do Desbravador.
— E como ela vai saber? – apertou o corpo contra o corpo do tio e buscou sua boca e outro beijo que não foi beijo de sobrinha – Nunca fui tão feliz quanto hoje...
— Nem eu amorzinho, nem eu... – tentou suspender a sobrinha que tinha escorregado e colado a bunda no seu pau, mas Fernanda estava abraçada e com as pernas em volta de seu corpo – Suba um pouco senão... – sorriu.
— Senão o que... – também sorriu – Hoje a gente pode tudo, não pode?
— Mas isso não pode...
— Então só mamãe pode, é? – sorria e ele franziu o cenho estranhando – Eu sei tio, eu sempre soube e... E acho isso legal, vocês se amarem como homem e mulher...
— Como você sabe?
— Mamãe dá muita bandeira tio... Quando tu dorme lá em casa ela geme muito alto... Já vi também no rio, perto do curral, na rede na casa da vovó... – o pau estava duro batendo na bunda e ela estava adorando – Vi também tu comer a tia Carina lá no rio... Tu é um safado tio, come todo mundo... Até a freirinha, né?
Joaquim ouvia, apenas ouvia sem estar espantado, Ana realmente é muito escandalosa, Carina nunca escondeu e Clarisse... A irmãzinha era um caso que jamais poderia ser descoberto.
— Quem mais sabe disso, você contou pra alguém?
— Não sou doida tio, nunca falei nada, tô falando agora... – desceu a mão e segurou o cacete do tio – É muito grosso, acho que é por isso que mamãe geme tanto...
— Não tão grosso, Ana sempre foi assim...
— Faz tempo, não faz?
— O que?
— Que tu fode ela... – o tio não respondeu – Eu tinha uns sete anos quando vi pela primeira vez, vocês estavam na rede, ela estava sentada em seu colo e... – riu – Ela ficou morta de preocupada e conversou comigo...
— Ana sabe que você sabe?
— Sabe... – continuou segurando o cacete e afastou um pouco o corpo, pincelou nas beiradinhas e colocou na boquinha do pecado – Teve um dia que ela perguntou se... Se eu tinha coragem... Eu... Eu disse que... Hun! Huh! Ai! É muito grosso...
— O que você pesa estar fazendo, sua doidinha?
— Eu disse... Disse que tinha... Ela falou... Falou que... Que eu... Eu não aguentava... – continuou segurando, o tio deixou e ela desceu o corpo sentindo o rolo lhe tapando a vagina – Tu... Tu... Me ajuda... Vai tio, me ajuda...
— Não... Você começou, você termina...
— Por favor tio, ajuda... Olha... Vem, pega... Pega...
Aquele dia podiam tudo, só que não tinha pensado nisso, nunca tinha pensado em comer a filha de sua irmã.
— O que você quer que eu faça?
— Segura e bota... Assim eu não consigo... Vai tio, me come!
Joaquim segurou, a sobrinha soltou e voltou abraçar seu pescoço. Sentia o rolo lhe tapar a vagina e se soltou, estava encaixada, o tio segurava apontando para cima e ela escorregou e sentiu os pequenos grandes lábios encostar na glande. Era grosso, muito grosso e ela não sabia se ia caber.
— Vai tio, bota... – sussurrou ao seu ouvido – Eu aguento, vai tio, bota...
Joaquim olhou para o grupo que brincava alegre, viu Beto beijando Esmeralda no meio da roda de meninas que gritavam e jogavam água nos dois e colocou e segurou e a sobrinha se soltou e entrou.
— Ai! Quim... Ai...
Foi o único lamento de Fernanda, não era escandalosa como a mãe. As pernas escancaradas, os pequenos seios grudados em seu peito e ela, há pouco menina e agora mulher, abraçou o tio sentindo o estreito canal da vagina escorregadia receber o pau, o pau de seu tio que deu uma leve estocada e ela suspirou. Apesar dos gritos e brincadeiras do grupo pareceu que havia entrado em um mundo de névoa densa e, sem parar de foder, de meter, de estocar, não era Fernanda que vivia no pensamento. Foram os quatro dias juntos, as coisas que conversaram, as brincadeiras que brincaram, os perigos que passaram não deixava espaço para a sobrinha.
— Ela é tão minha quanto tua... – lembrou da irmã na prainha.
— O... O que... Tio... Hun! O que tio...
Tinha falado sem pensar e voltou para o mundo real e viu os rosto riste da sobrinha, as narinas dilatadas, os olhos cerrados e a pontinha da língua espremida entre os lábios. Sabia que ela não conseguiria gozar como ele gozou, mas ela sentiu o baque do gozo no fundo da xoxota e suspirou.
— Tu gozou em mim seu merdinha... – sorriu se jogando para frente – Tô lotada..
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
No próximo episódio:
Irmã Clarisse conta para irmã Jaqueline como foi a primeira vez com o professor... Chegam na Aldeia dos Macacos e encontram índias banhando no rio. Dolores conversa com os filhos e fala sobre os perigos de uma gravidez indesejada...
==========================================================
Glossário:
(1). Peitoril: s.m. Travessa inferior dos marcos das janelas. Parte superior de uma balaustrada, que fica à altura do peito e sobre a qual se pode debruçar.
(2). Cambraia: s.f. Tecido de linho ou algodão, muito fino.
(3). Pecado: s.m. Religião. Desrespeito a algum preceito religioso; transgressão da lei de Deus ou dos mandamentos da Igreja. P.ext. Violação de alguma norma e/ou dever; erro: aquilo foi um pecado musical. Atitude que demonstra maldade; perversidade: é um pecado deixá-lo sozinho. Aquilo que deve ser sentido; lastimado: é um pecado deixar comida no prato! Condição de quem cometeu um pecado (religioso): o modo de vida daquele homem está rodeado pelo pecado. (Etm. do latim: peccatum.i)
(4). Farolete: s.m. Pequeno farol. Bras. Pequeno farol ou lanterna dos automóveis, colocado nos pára-lamas traseiros e dianteiros.
(5). Tombadilho: s.m. A parte mais elevada de uma embarcação, que vai do mastro da mezena até a popa.
(6). Amurada: s.f. Náutica Parte do costado do navio que fica acima do convés; bordo da embarcação. Muro, parede.
(7). Bombordo: s.m. O lado esquerdo do navio, olhando-se da popa à proa. (Lado direito.: estibordo.)
(8). Jenipapeiro: s.m. Bras. Árvore frondosa, de até 10m de altura, também chamada de jenipapeiro. Ocorre na América tropical e nas Antilhas, sendo encontrada por todo o Brasil. De folhas alongadas e agudas, flores brancas e tubulosas, fornece madeira clara, utilizada na construção civil e naval e na fabricação de barris, coronhas e cabos de ferramentas. O fruto, igualmente chamado jenipapo, é uma baga esférica, de seis a 8cm de diâmetro. Tem a casca mole e pardacenta, a polpa adocicada, e numerosas sementes escuras. É comestível e serve para refrescos, licores e vinhos, além de ser usado por certos índios para escurecer a pele, pois do fruto verde se extrai uma tinta azul ou violeta que se torna preta ao contato com o ar.
(9). Casco fantasia: No Desbravador optou-se por construir uma parede de madeira, com duas tábuas, para prevenir que galhos ou paus boiando se emaranhasse ou furasse as câmaras de ar. Periodicamente, geralmente meio dia, alguém mergulhava para limpar por baixo.
(10). Xa: No caso, corruptela de Deixa.
(11). Cabeça de fósforo: pop. Refere-se a uma pessoa nervosa, que se irrita a toa.
(12). Vumbora: Vamos embora.
(13). Afoito: adj. Que possui coragem; que age de modo destemido; ousado. Que é muito corajoso; valentão. Que está com muita pressa; que age de maneira precipitada; ansioso. s.m. Indivíduo afoito (valente ou apressado); valentão. (Etm. do latim: fautum, de favere)