AJ11 – A Jornada: Fernanda adoece e a negrinha


Mesmo com os chás de Bairari a febre de Fernanda não parou, na Vila Muriçoca e em São Simão não havia médico e tiveram que apressar a Jornada para chegarem em Santa Rita.
Era o 16º dia de Jornada...

No pequeno porto de Santa Rita já havia uma pequena multidão quando apontaram depois da curva do rio.
— Quim, chegamos... – Esmeralda olhava as pessoas acendo – Tem um bando de gente na praia...
Joaquim, Rafaela e Bairari não desgrudavam momento sequer de Fernanda queimando de febre.
— Cadê a doente? – um velhinho de cara bonachona(1) subiu a bordo – Já está tudo pronto, recebemos a notícia... Deixa-me ver... – colocou termômetro no sovaco(2) de Fernanda, arregalou os olhos com os dedos experientes, focou a garganta com uma lanterninha e auscultou(3) o coração Meninas – Não se preocupem, não é nada de grave...
Saiu do salão e conversou com uma senhora que se apressou subir a pequena ladeira.
— Por precaução e para melhor conforto da menina, vamos leva-la para o hospital – viu e ouviu sussurros – Não se preocupem, pelo que vi é garganta que está inflamada... – puxou o braço de Joaquim e conversaram sobre o que ele iria fazer – Você quer que alguém ajude desembarcar sua sobrinha?
— Não precisa, eu levo... – Fernanda era a mais assustada – Vamos lá moleca, hoje você vai deitar numa cama confortável...
Pegou Fernanda nos braços e desembarcaram no meio da pequena multidão que olhava em silêncio.
— A gente espera Quim? – Rafaela emparelhou com eles – Vamos dar uma arrumada no Desbravador...
— Não, não... – o bom doutor chamou um senhor – Leve eles na pousada... Januário... Nosso prefeito, já providenciou tudo... – deu tapinha no ombro de Joaquim e acariciou o rosto de Fernanda – Vamos menina, logo logo você vai estar com seus amigos... Tonho! Cadê o Raimundão siô!
Raimundão não era uma pessoa, era um jeep que pulava mais que burro xucro (4) no calçamento de pedra. A cidade era arrumada e limpa, muito arborizada com calçada largas e casas com jardins floridos em frente. Pararam defronte de um prédio de dois andares de onde um enfermeiro acorreu com uma cadeira de rodas.
— A menina não quer tomar banho? – Dr. Osvaldo olhou para Fernanda quando chegaram ao apartamento, olhou para Joaquim – Se você quiser chamo uma enfermeira.
— Precisa não doutor, o Quim me ajuda...
— Está bem filha... – empurrou a cadeira e entraram – Tem toalhas limpas no banheiro e roupas... Fiquem a vontade.
— Eita vidão, hem? – Joaquim ajudou Fernanda levantar da cadeira e sentar na cama – Estou com saudades de minha cama...
— Também... Mas hoje tu vais dormir numa... – sorriu e o tio fechou a porta e espiou o banheiro – Não trouxe calcinha, depois pega pra mim... Me ajuda aqui.
O tio ajudou tirar a bermuda e a camiseta, que um dia foi branca, e a levou para o banheiro onde ela sentou no sanitário e fez xixi.
— Já tinha me esquecido de sentar num vaso... – riu – Tá gostando de me ver mijando, é?
Joaquim abriu a torneira do chuveiro e regulou a temperatura da água, Fernanda tirou a calcinha e entrou no box sentindo o jorro morno lhe acariciar o corpo, o tio esperou um pouco antes de ensaboá-la e lhe acariciar, a garota apoiou as mãos na parede em azulejo brancos, afastou as pernas e se deixou ensaboar. Foi um banho demorado e Joaquim, com habilidade que não sabia ter, lavou a sobrinha tirando os resquícios de lama, lavou o bumbum, a xoxota, as pernas bronzeadas, os seios rijos e os cabelos emaranhados(5) por maltrato dos banhos banhados no rio.
Quando saíram viram um carrinho com leite quente, pães, bolos e frutas e, na cama, uma camisola com a marca do hospital.
— Ah! Agora está parecendo uma mocinha de cidade... – Dr. Osvaldo entrou com no estetoscópio(6) dependurado no pescoço – Estava parecendo uma indiazinha... Lanchou?
Novamente examinou, agora com mais acuidade.
— Você tem problemas com amigdalas(7)?
— Não doutor, nunca teve nada relacionado a amigdala... – Joaquim se apressou em responder – Mas ela teve um desarranjo(8) intestinal...
— Vamos fazer um mapeamento completo... – o bom doutor sorriu e acariciou o braço de Fernanda – Vamos coletar sangue, e... – tirou do bolso do jaleco dois recipientes – Quando você fizer xixi coloque nesse e nesse outro fezes... Ela não levou alguma queda ou um baque forte.
— Não... – Fernanda respondeu – Mas andei me batendo em algumas ocasiões – olhou para o tio – Nas corredeiras e no Salto...
— Sentiu dores depois?
— Não... Na hora doeu pra dedéu, mas passou... – segurou a mão do tio – Temos um anjo da guarda no Desbravador...
— Sei... Sim? Vocês estão em todos os jornais e canais de televisão da região... – tirou um jornal no outro bolso e entregou – Trouxe esse para você ler, é O Município e tem uma reportagem de página inteira sobre vocês e o Desbravador... – fechou as cortinas – Agora mocinha você vai repousar, não esqueça de coletar urina e fezes e... Seu tio também precisa de um bom banho, você me empresta ele?
Fernanda sorriu e, quando saíram, já dormia. Andaram pelo longo corredor até o consultório do médico.
— Joaquim... As amigdalas de sua sobrinha estão muito alteradas... Mas não há de ser nada, o que me preocupou foi a dor que sentiu quando lhe pressionei o ventre... – enquanto falava escrevia – Vou tratar das amigdalas e ver os resultados dos exames...
— E essa dor, doutor?
— Não esconder nada... Pode ser apendicite(9)...
— E se for?
— Não temos sala cirúrgica, teremos que transladá-la para Costa do Piau ou a Beira-rio onde fazem esse tipo de intervenção... Fique tranquilo, não há de ser nada... E agora seu moço, vá tomar banho, trocar essa roupa e repousar um pouco – levantou sorrindo e saíram – Tonho vai leva-lo no Raimundão...
— Porque Raimundão?
— Por nada, o danado precisava de um nome e... Porque não Raimundão? – deu tapinhas na costas e chamou o motorista.
A pousada é um semicírculo de pequenos chalés em volta do restaurante, a prefeitura lhes reservou três.
— E aí Quim, como ela está? – correram todos quando chegou.
— Está bem, tomou banho, lanchou e está repousando... – sentou no peitoril – Doutor Osvaldo acha que é amigdalas... E vocês, porque não já tomara banho e trocaram essas roupas sujas?
Riram e brincaram aliviados, Rafaela e Bairari eram as mais preocupadas.
— Então esse é o famoso professor Joaquim? – uma senhora de cabelos brancos e sorridente se juntou – Seu chalé está pronto, não quer fazer um lanchinho antes do banho?
Preferiu banhar antes, o pessoal tinha levado as mochilas dele e de Fernanda.
— Quim, fala a verdade... Nandinha está mesmo bem? – Rafaela foi para o quarto – Essa febre que não passa...
— Está bem, não é nada sério... – olhou o chalé com uma cama de casal ladeado de dois criados mudos com abajur, uma mesa com duas cadeiras, um frigobar que abriu e via estar lotado com águas, refrigerantes e cerveja e em uma bandeja dois copos de pé e seis garrafinhas de uísque além de um amplo banheiro com box e água quente.
— É nessa hora que é bom ser professor – a garota deitou na cama – No nosso só a geladeira e três camas de solteiro...
— Mereço, né? – sorriu e pescou roupas limpas na mochila – Você não vai banhar?
— Vou... – tirou a roupa e deitou nua – Hoje durmo aqui...
— Doida, e o que vão falar de mim... – sentou na cama e também tirou a roupa – Extra! Professor seduz e trepa com aluna! – riu e deitou – Você não tem nada nessa cabecinha oca, minha menina maluca... – acariciou o corpo e ela sentiu os pelinhos eriçarem – Aqui não é no Desbravador... E não deveria estar assim comigo em meu quarto...
— Isso é besteira Quim, todo mundo sabe...
— Sabem, mas é o nosso grupo e aqui tem que ser diferente... Nada de beijos em público – beijou os lábios da garota – Nada de carícias... – acariciou seus seios e deitou em cima dela – E nada de saliência...
— Eu faço como no Desbravador, venho de noite e saio bem cedinho... – segurou o cacete e pincelou na xoxotinha melada – Se tu quiser... Trago Bairari... – ele empurrou, entrou e ela suspirou – Trago... Trago qualquer... Uma que... Que tu queiras... Só não o... A Fernanda... Hun! Hun! Quim... O que... Hun! Hun! Vou fazer sem... Ui! Hun Hun... teu... Teu pau...
— Usa o dedo! – brincou e lambeu seus olhos – Não era isso o que você fazia?
— Mas tu... Hun! Hun! Mas e tu... Hun! Ai! Quim... Ai! Quim... Tu... Tu... Não tinha... Hun! Hun! Hun! Me comido... Agora... Ui! Ui! Hun! Ui... – e gozou e ele continuou estocando leve sentindo e fazendo sentir o gosto gostoso da transa.
Continuou metendo por quase seis minutos antes de explodir em gozos que encheu a vagina sedenta da garota que lhe roubava todo o tempo, que se fez mulher carinhosa e amante insaciável.
— Você está tomando o chá? – olhava para ela enamorado da beleza quase infantil – Não vá me aprontar surpresa desagradável.
— Claro que estou... – riu e fremiu a vagina mastigado o cacete enterrado dentro do corpo – Até Dora toma...
— Ela me surpreendeu... Na fazenda Raimunda vive brigando com ela para lhe ajudar, mas aqui... – suspirou, na verdade todos lhe surpreenderam.
— Ela é doida por ti... – cofiou os cabelos emaranhados – Ela é virgem, sabia?
— Então a única do grupo, mas é meio atiradinha... – beijou o nariz arrebitado e levantou – Vamos tomar banho e tirar essa catinga do corpo... – pegou a garota nos braços, Rafaela tapou a xoxota com a mão para não sujar a cama.
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12/01/2003, sábado – Fazenda 3 Corações
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Era quase dez horas da manhã quando Alicia saiu do quarto.
— Bom dia, bela adormecida – beijou a cabeça da neta – A conversa foi longa ontem a noite?
— E como foi! – sorriu e sentou à mesa para o desjejum – Cadê a mamãe?
— Foram a Santa Isabel fazer umas comprinhas... E você, o que quer fazer hoje?
— Posso ficar o dia todinho com a senhora?
— E o que uma velha avó poderá fazer para te preencher o dia? – sorriu e beijou as mãos da neta – Claro que pode amor... Quer saber de uma coisa, vamos passar a manhã de molho, topa?
— Topo!
Desceram o barranco de mãos dadas e correndo como se fossem duas meninas. Alicia cada novo dia descobria que amava aquele lugar onde a mãe viveu os melhores anos de sua vida e as histórias picantes que a tia e a mãe lhe contaram fazia querer conhecer o pai como nunca tinha querido.
— Vó... O papai... Porque ele não casou?
— Sei lá o que passa pela cabeça de teu pai – abriu o farnel(10) – O Quim nasceu para voar livre, andou se apaixonando perdidamente por uma certa cabrita e... Tem a irmã que lhe provem...
— Quem foi a cabrita, foi minha mãe?
— Foi filha... Os dois eram unha e carne...
— E as tias... Ana e Clara?
— Com Ana tenho certeza que teria casado se pudesse... – suspirou – Já tua tia Ana Clara... Essa nunca teve nada na cabeça, era doidinha e... Não conseguiu conquistar de verdade o coração de teu pai...
— Mas conquistou outra coisa, né vó? – riu e provou o queijo de cabra que Dolores lhe deu – Eles fizeram acontecer...
— E como fizeram, filha... E como fizeram... – Vamos mergulhar?
Alicia tirou o camisão e correu para o rio, Dolores olhava a neta e pensou em como poderiam haver duas pessoas com o mesmo corpo. A cintura bem delineada, a bunda arrebitada, pernas firmes sem ser grossas, só os seios são maiores que os Carina e lhe veio a imagem acontecida há quase 30 anos...
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— Tu vai na festa da Isabel? – Carina perguntou – A mamãe vai nos levar, se tu quiser a gente vem te buscar.
Os dois conversavam no depósito da vacaria, Ana e Clara haviam ido buscar a merenda e Dolores en-trou pela porta lateral para pegar o carrinho de mão e parou ao ouvir a conversa.
— Acho que vamos, mamãe e Ana até já compraram o presente – acariciou o peitinho da menina – Tua mãe não desconfia?
— Desconfia de que? – riu, levantou, tirou a calcinha e sentou novamente no colo do namoradinho – Tem nada de desconfiar, ela não abre nosso xiri(11)... – riu.
— Mamãe desconfiou quando Ana foi pegar o sabão no rio... – tirou a piroca – Ela viu que a mana tinha o xiri mais aberto que o normal.
— E ela brigou contigo? – levantou um pouco e ajeitou a piroca na xoxota e sentou – Hun! Deve ser... Deve ser por que... Hun! Tua... Tua piroca é... Ui! Quim... Hun! É muito grossa...
— Tu não gosta? – lambeu o biquinho do peito e Carina se desmanchou – Ana gosta e a doidinha tam-bém... E... Péra... Não pula assim... Hun! Que dói...
— Dói nada... É bom... Sinto bater lá no fundo e... E... Ui! Quim, tá vindo... Ui!
Dolores olhava os dois, eram quase crianças brincando de coisa de adultos. Carina abraçou a cabeça de Quim que chupava seu peitinho e se esfregou como uma danadinha sentindo aquela cócega que nascia no fundo da vagina e se espalhava pelo corpo até explodir na pontinha da espinha.
— Mãe? – Ana sentiu frio na barriga ao ver Dolores parada – Qui tu tá fazendo?
— Nada filha... – puxou a filha que também viu – Só estava vendo teu irmão namorando...
Um pouco atrás Ana Clara estava parada com a jarra de suco de caju. Dolores olhou para ela.
— Quer dizer que você também brinca? – sorriu e se fez ver pelos dois engatados – Já falei com vocês para terem cuidado...
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— Vó! Tá no mundo dos sonhos? – riu – Ouviu o que eu disse?
— Desculpa filha, eu estava lembrando de umas coisas... – riu – O que você estava falando?
— Nada não, vó, esquece... – lá no fundo desconfiava do que Dolores tinha pensado – Tu não vem não vó, tá gostoso.
Dolores tirou o vestido e correu de calcinha para o rio, Alicia olhou a avó e soube de onde vinha a falta de vergonha da tia.
— Vem, me segue! – riu gargalhando e se jogou de cabeça e nadou até a outra margem – Vem filha... – esperou a neta chegar e sentar dentro do rio com água lhe tocando os seios – Teus pais e tua tia viviam aqui...
— Aqui é um paraíso vó... – se achegou para a beira e deitou de papo pro ar – Se eu morasse aqui ia viver no Preguiça...
— Os três... Teve uma vez que Quim inventou de fazer uma ponte... Trabalharam duro por quase quinze dias... – riu – É claro que não conseguiram e a ponte virou um trampolim – levantou e mostrou os quatro caibros já carcomidos(12) pelo tempo – Foi aqui que resolveram fazer o trampolim e a passarela... Não queriam escada e fizeram uma passarela dali até o trampolim.
— E deu certo vó? – Alicia levantou e tentou ir para onde a avó, mas escorregou na tabatinga negra e ficou toda suja, o biquíni amarelo ficou preto.
— Deu nada... Quer dizer, fizeram, só que as meninas se encarregaram do trampolim enquanto teu pai construiu a passarela...
— E o que deu errado?
— A passarela ficou boa e firme, mas o trampolim rendeu um braço quebrado no teu pai e escoriações nas meninas... – riu e voltou – Tira esse biquíni menina, tá todo sujo!
— E depois?
— Teu pai ficou engessado por mais de mês, tua mãe levou um corte grande nas costas e tua tia arranhões do rosto até a perna...
— Eles eram osso duro de roer, né vó? – se curvou de costas e tirou o biquíni e depois, de frente, tirou o corpinho – Eles aprontaram muitas... Mamãe já tinha me contado a história de uma balsa que se partiu ao meio... – riu e se curvou para lavar o biquíni e Dolores lembrou de Ana, o buraquinho da neta não era de menina virgem.
— Não foi só uma, o bananal de teu avô, o coronel, padeceu(13) com eles... – olhava para entre as pernas da neta, mas não falou nada – Houve uma ocasião e que construíram uma balsa com toros de bananeira com uma cobertura, leme e tudo... Essa conseguiu chegar inteira em santa Isabel... Vamos filha, tá na hora do rango – a garota ia vestir – Vai assim mesmo, não tem ninguém...
Nadaram lado a lado com desenvoltura, Dolores sempre foi ótima nadadora e Alicia fazia natação no colégio. Na margem Dolores tirou a calcinha e vestiu o vestido e Alicia apenas o camisão que, quando se curvava, deixava a bunda de fora.
Depois do almoço fora para o quarto de Dolores, o único com ar condicionado, para tirarem uma pestana(14), Carina e Ana ainda não tinham voltado.
— Filha... E você, como é sua vida em Recife?
— Normal vó... Colégio, casa, treino e shopping... – estavam deitadas de calcinha – Nada de anormal...
— E namoradinhos?
— Tem um menino, o Geraldo, que a gente fica de vez em quando... – sorriu – A gente fica desde o pré... É bonitinho, inteligente, mas muito galinha...
— Galinha? O que ser galinha...
— É ficar com mais de uma menina... – riu.
— E você aceita dividir o namorado com outras?
— A gente não é namorado firme, só quando pinta oportunidade...
— Você também fica com outros?
— Não... – acariciou o braço da avó – Só fico com o Dinho...
— Você é virgem?
— Não... Quer dizer, acho que não... – respirou – Dei pro Dinho, mas não gostei... – riu.
— E... E você se cuida direitinho? Ele usou preservativo?
— Não... Foi numa festinha no colégio... A gente foi pro vestiário da piscina e pintou um clima... Doeu prá burro vó... Ele não gozou dentro e... E nunca mais dei...
— Sua mãe sabe?
— Sabe... Contei pra ela e ela me levou na tia Marinez... A ginecologista dela... – era estranho perceber o quanto a garota parecia com o pai, até nesse particular – Ela conversou comigo, me deu conselhos e receitou um anticoncepcional, mas doeu muito e nunca mais dei pra ele...
— No rio, quando você se curvou para lavar o biquíni vi que seu buraquinho está aberto... – acariciou o rosto da neta e tirou uma mecha de cabelo que caia na testa – Você só fez mesmo uma única vez?
— Só... Mas... Eu me masturbo... – pela primeira vez Alicia sentiu vergonha – Eu gosto de gozar, vó... Uso os dedos e, às vezes, o cabo da escova...
— Fica assim não... – acariciou o rosto da neta – Isso é normal em sua idade... Tua mãe preferia outra coisa... – riram e dormiram.

12/01/2003, domingo – Jornada (Em Santa Rita)
Fernanda parecia bem melhor e já tinha conquistado a simpatia das enfermeiras e do Dr. Osvaldo...

— E aí moleca, como está – Joaquim lhe entregou a sacola com calcinhas e uma garrafa com o chá que Bairari (AJ10 – A Jornada: Os medos, os desejos e sexo.) tinha mandado – A turma está aí fora...
— Porque eles não entraram – tentou levantar e abriu as pernas, o tio lhe segurou – É melhor vestir antes a calcinha para não ficar fotografando todo mundo... – ajudou a menina vestir – Fez cocô e xixi?
— Fiz, tia Maria levou pro laboratório... – puxou o pescoço do tio e beijou sua boca – Tava com saudades...
— Também moleca, também... – chamou a turma – Entrem...
Não conseguiram reter os gritinhos e nem o alvoroço do reencontro, todos queriam saber como ela estava.
— Está bem... Mas lembre-se que estamos em um hospital – Dr. Osvaldo entrou sorrindo bonachão – Além da garganta também descobrimos uma bactéria que gera infecção intestinal... – puxou a cadeira e sentou ao lado da cama – Como está se sentindo agora Fernandinha?
— Agora tô bem melhor... – segurava a mão de Bairari que vestia uma bermuda jeans que Esmeralda lhe tinha dado e camiseta cavada de Rafaela – Meus amigos estão aqui e meu titio do coração.
— Isso é bom... – tirou a pressão e a temperatura – A febre já baixou um pouco, estamos no caminho certo... Agora vou roubar seu professor, mas nada de barulho, ouviram?
No consultório o médico falou m bando de termos incompreensíveis e concluiu.
— Pode ficar tranquilo que essa febre foi o somatório de várias bactérias que causam gastroenterite, dentre elas Salmonella, Staphylococcus, Shigella, Clostridium, Campylobacter jejuni, Yersinia, Vibrio cholerae e Escherichia coli. A infecção de bactérias é mais provável de ser realizado através do consumo de produtos lácteos, de carne, peixe e produtos de padaria. Não encontramos colite pseudomembranosa que é o agente causador de diarreia – fez uma pausa – Mas encontramos Staphylococcus e a Shigella que são as mais violentas e resistentes, por isso aconselhamos que Fernanda fique aqui hoje e manhã, talvez vocês possam prosseguir na terça-feira pela manhã, enquanto isso aproveitem a cidade... Sim, descartamos a apendicite.
Ainda ficaram o restante da tarde no quarto com Fernanda antes de voltarem para a pousada, ficara apenas Joaquim e Rafaela.
— Tio, o que o doutor falou?
— Um bando de coisas que não entendi bulhufas(15), mas o certo é que suas amigdala estão muito inflamadas e que você guarda aqui... – colocou a mão em sua barriga – Duas bactérias muito violentas e resistentes...
— Porra Quim, e a Jornada? – a sobrinha segurou a mão do tio – A gente vai parar aqui?
— Não, vai ser só um descanso... No máximo depois de amanhã vamos zarpar...
— E como é essa pousada?
— Menina, é um sonho... Tem piscina, quadra de vôlei, bosque e cama macias – Rafaela sorriu – Teu tio está numa suíte...
— Isso é sacanagem, gente... Enquanto vocês estão numa boa eu fico presa nesse hospital...
— Te prometo que voltamos aqui... – beijou o rosto da sobrinha – E aqui não é muito diferente...
— Também venho com vocês, viu?
— E vocês, como estão? – olhou para o tio.
— As mil maravilhas... – sentou no colo de Quim – Melhor não poderia estar...
— E eu aqui de molho... – riu – Nem uma lambidinha tio?
— Se quiserem eu saio...
— Fica aí doida, tu já viu mesmo, né sua cachorra... E aí tio?
— É melhor não Nandinha... – acariciou a barriga e bolinou o peitinho por cima da camisola – Além do mais a porta não te chave...
Mas desceu a alça da camisola e chupou o peitinho, Rafaela ficou encostada na porta enquanto a amiga recebia um outro tratamento que lhe aliviou outras dores.
Não foram direto para a pousada, sentaram na praça debaixo de um pé de boleiro(16) e logo fora cercados por um grupo de jovens que lhes fez perguntas sobre a Jornada que Rafaela respondeu.
— E a alimentação? – um rapaz moreno perguntou.
— Trouxemos o básico que repomos nas cidades e vilas onde aportamos – Joaquim respondeu – E pescamos, colhemos frutos além de pássaros e aves que capturamos.
— E essa índia, ela fala português? – uma negrinha de olhos castanhos que estava sentada no chão de pernas cruzadas vestida em uma bermudinha que não escondia o pacote entre as pernas e blusinha de cambraia – Ela é mesmo índia?
— É... E é filha do cacique da tribo – sorriu ao ver que Quim olhava para o pacote da negrinha – Ela fala nossa língua com certa dificuldade e é ela quem tem caçado e pescado...
— E... E os pais de vocês?
— O que tem? – Quim se interessou sabendo que deveria haver mexericos sobre eles.
— Eles deixaram vocês virem?
— Claro...
— Mara... – a negrinha falou.
— Claro Mara, nossos pais nos apoiam nessa Jornada... Foram eles que viabilizaram nossas vindas e, é bom que saiba, que o professor muito tem nos ensinado e que, ao final da Jornada, vamos enviar as amostras que coletamos, para o instituto de botânica do estado...
— E não rola namoro?
— Temos um casal de namorados... – olhou para Quim.
Ainda perguntaram outras coisas antes de se despedirem e irem para a pousada.
— Eu vi, viu?
— Viu o que, doidinha...
— Tu ficou olhando pra xoxota de Mara... Tu é mesmo muito sacana Quim...
— Não fiz nada, só olhei – riu e apressou os passos.
Jantaram galinha de parida e depois se juntaram o outros hospedes que também queriam saber sobre essa aventura. Às oito horas em ponto estavam todos, menos Fernanda, em volta do rádio para as notícias do dia, também um bom grupo de pessoas se aglomeraram defronte do Desbravador em silêncio quase cavernal.
Joaquim conversou com Ana e combinaram que ele iria ao posto telefônico para conversarem melhor sobe Fernanda, Alicia foi quem ficou ao rádio com o pai.
— Vou contigo – Rafaela segurou a mão de Quim.
— Tu não vai conversar com tua mãe?
— Não, o pessoal dá notícias, vamos Bairari!
— E você minha indiazinha da guarda, está com saudades de seus pai?
— Bairari não ter sardade, Bairari ser alegre eu tu ela...
— Ela é a índia? – olharam para trás e viram Mara.
— Olá... É...Cunhã-porã! – puxou a mão da indiazinha – Essa é Mara, ela mora aqui...
— Mará? – olhou meio espantada e se aconchegou a Quim.
— Não Bairari, venha cá... Mara essa é Bairari índia da tribo dos macacos de etnia Tabajara... – pegou a mão da indiazinha – Bairari, essa é Mara... M-A-R-A que mora aqui em Santa Rita.
— Ela amiga de Quim?
— Sim, Mara é nossa amiga... Que, por sinal, vai nos levar ao posto telefônico – a negrinha olhou para a indiazi-nha meio desconfiada.
— Ela fala estranho... – segurou a mão de Bairari e apertou, a indiazinha deu umas sacudidelas bruscas e a negrinha puxou a mão.
— Não Bairari, não é preciso fazer isso, é só apertar a mão – Rafaela sorriu.
Riram e caminharam ladeira acima e a negrinha os levou por uma viela pouco iluminada ao posto telefônico, Bairari não desgrudou de Quim e também entrou na cabine.
— Porque ela está com vocês? – Mara estava interessada e Rafaela contou como Cunhã-porã passou a integrar o grupo – Mas ele chama ela de Bairari, porque tu diz que é Cunhã-porã?
— É que o nome dela é Cunhã-porã, mas há um costume entre eles que quando completam dez anos pode escolher por qual nome querem ser conhecidos, ela escolheu Bairari que quer dizer pomba que voa em liberdade.
Conversaram mais enquanto Quim falava com a irmã e quando, por fim, ele saiu da cabine pareciam duas amiga de longas datas trocando informações.
— Vocês estão na posada das garças, né?
— É... Lá é legal... – Quim parou olhando as duas – Se tu quiser tu pode nos visitar...
— E vão ficar quanto tempo?
— Acho que até depois de amanhã – viu Quim parado – Quim, ela pode ir com a gente?
— Mais uma? Assim o Desbravador não aguenta! – riu.
— Não seu doido – abraçou o professor olhando para Mara – Ele é brincalhão... Tô perguntando se ela pode ir na pousada...
— Bairari voltar pro barco, Quim leva Bairari?
— Vamos minha indiazinha – parou e virou – Claro que pode Rafa... Se você quiser vai na frente que vou depois deixar nosso anjo da guarda com o pessoal.
— Bairari não gostar mulher carvão!
— Por quê? – brincou.
— Ela olhar muito Quim, ter olho ruim, Bairari ter medo Mará...
— É o jeito dela... – parou na viela e sentaram na calçada alta – Você tem que entender que nem todos são como o nosso grupo, por onde passamos e paramos você viu que muitas pessoas arrodeava(17) o grupo, elas estão interessadas a história de nossa viagem...
— Mará querer tu, não historia...
— Você está com ciúmes, meu pequeno anjo da guarda... – beijou o rosto da indiazinha – Olhe... Quando conhecemos Mara hoje de tarde a Rafa também não gostou dela, mas foi só conversarem para que ela visse que a garota é uma boa menina curiosa...
— Quim não entender Bairari, olho menina carvão ser olho mau... Quim ter cuidado, Mará fazer coisa ruim...
Viu que não iria conseguir convencer a indiazinha e ia levantar.
— Não ir, ficar Bairari...
— Você não queria ir para o barco?
— Não... Bairari quere ficar junto Quim... – levantou e sentou no colo de frente – Bairari ter vontade fazer...
— Não garota, aqui não... – beijou os lábios da garota – Vamos fazer o seguinte, quando todos estiverem recolhidos... Estiverem dormindo vou ao teu quarto e dormimos juntos, está bem?
— Quim querer Bairari fazer coisa Rafa faz? – fez gestos de chupar.
— Não doidinha, quando eu for fazemos tudo, está bem?
O pessoal estava sentado nos bancos vermelhos do Desbravador conversando com o grupo de moradores, a maioria jovens de suas idades. Quim entregou Bairari para Esmeralda e saiu de volta para a posada.
— Teu professor é bonitão! – Mara sentou no ladrilho frio – Ele é professor de que?
— De educação física e treina o pessoal de vôlei – Rafaela estava deitada na cama de bruços – E aqui, o que vocês fazem para se divertir?
— Ah! Tem o rio, tem o clube de jovens da igreja, a gente faz festinha... Essa coisas...
— É bom morar aqui?
— É... Não é uma cidade grande, todo mundo se conhece... É bom... E na tua cidade?
— Santa Isabel é maior que Santa Rita, mas também temos poucas opções de diversão... E... E tu namora?
— Não... – sorriu – Escondida, senão meus pais me botam de castigo... E tu?
— Também não e o pior é que papai é o pastor da igreja e já viu, né?
— Tu és protestante?
— Evangélica, mas só eu e meu pai... Mamãe e minha irmã são católicas...
— E isso dá certo?
— O que?
— Tu e teu pai serem evangélicos e tua mãe com tua irmã católicas?
— Nunca tivemos problema... Mamãe também vai no templo e o papai vai na igreja. É só não quere discutir pois religião e futebol não se discute... – riu – Tu tem irmãos?
— Tenho dois, o José Arimatéia e o João Henrique... O Zé é casado e tem um filhinho fofo e o João mora conosco, eles são filhos do meu pai, mas eu sou do pai e da mãe...
— E como é ter dois meios irmãos?
— É bom... O Zé é meio esquisito... Ele não gosta muita da mamãe... O papai é separado da mãe deles... Já Jo-ão é diferente, amo de morrer meu mano...
— E ele é mais velho? – notou uma admiração excessiva quando Mara falou do irmão e ficou coma pulga atrás da orelha...
— É... Três anos... A gente brinca, banha no rio e gosta de estar juntos...
— Como namorados... – cortou jogando verde.
— É... – olhou desconfiada para Rafaela que sorriu – Mas ele é meu irmão...
— E o que é quem tem isso? Se vocês se gostam e querem fica juntos é só não dar bandeira...
— Mas se o papai descobrir vai dar a maior confusão – se entregou.
— Faz tempo?
— Faz... Eu tinha doze anos...
— E tu gosta?
— Gosto, mas não quando ele come minha bunda, dói muito...
— Usa lubrificante garota...
— Tu já deu a bunda?
— Não, mas tenho umas amigas que adoram... Elas usam lubrificante ou camisinha lubrificada... Ele goza dentro de ti?
— Depois que virei moça não, sempre goza fora...
— Tu não usa anticoncepcional? Ou camisinha?
— Não... Ele diz que camisinha tira o gosto...
— Onde vocês fazem?
— A gente fazia em todo lugar, mas ele tá servindo o exercito...
— E como tu faz quando sente vontade?
— Faço nada não, faço de conta que não tô com vontade e esqueço... Mas ele vem uma vez por mês e eu tiro o atraso... – sorriu?
— Tu não toca siririca?
— Não... Não sei como é...
— Isso é fácil... É só ficar passando o dedo e, na hora do gozo, meter os dedos na xoxota... Mas tu tem de ter cuidado pra não gemer alto...
— Tu toca?
— Toco... Quer dizer, tocava... – riu – Tu quer tentar?
— Aqui?
— É! Vem, tira a roupa que eu ajudo... – sentou na cama.
— Tu tá é doida... E se o professor chegar?
— Tem nada não... – sorriu – Tu ficou doidinha por ele, não ficou?
— Ele não vai brigar com a gente?
— Vai não, o Quim é legal... Ele sabe que eu tocava.
— Tu dá pra ele?
— Olha Mara... Eu sei teu segredo e vou contar o meu, tá? – levantou e passou chave na porta – Eu sempre fui apaixonada por ele, vivia dando em cima e ele sempre se esquivava – sorriu – Mas na Jornada eu consegui e a gente mete de vez em quando... Pronto, contei... Juro que nunca vou revelar teu segredo, tá?
— Tá! E eu nunca vou revelar o teu, eu juro pela minha mãe – levantou, tirou a bermudinha acochada(18) e sentou na cama – Como é que eu faço?
— Deita e tira a blusa também...
— É pra fica toda nua?
— É... A gente também bole no peito pra dar mais tesão... – a negrinha tirou a blusa de cambraia e olhou para Rafaela que também tirou a roupa – A gente mexe nesse bilotinho aqui, é o nosso clitóris – abriu as perna e mostrou – Pra ficar melhor a gente cospe no dedo e fica mexendo.
— Assim? – Mara cuspiu no dedo e colocou na vagina.
— Não, não é aí... – deitou entre as pernas da coleguinha, pegou sua mão e colocou no lugar certo – Agora fica mexendo e mexe nos peitos e tu vai ver como é bom.
A negrinha seguiu e fez como Rafaela ensinou, mexeu no clitóris que cresceu, apertou os biquinhos dos peitos e sentiu uma coisinha gostosa crescendo dentro dela.
— Ui Rafa, ui... É bom... Ui, ui, ui... Hun! Hun!
E continuou cada vez mais rápido até sentir a pequena morte lhe abraçar e lhe carregar para o mundo das brumas. Rafaela viu o rosto riste do gozo e a negrinha caiu no sono e não ouviu os toques baixos na porta. Rafaela se cobriu com o lençol e abriu a porta devagarinho.
— O que é isso Rafaela? – olhou a negrinha nua em sua cama, ia fala e reclamar quando Rafaela saiu do quarto e fechou a porta – Que diabo tu tá fazendo menina?
— Não fala nada, vamos conversar – puxou Quim para detrás da casa e sentou no batente e contou a história da nova coleguinha – Ela tá a fim de ti, Quim!
— Lá vem você com suas loucuras... Você é Louca Rafa? – respirou – Porque você contou para ela, uma menina que conhecemos há pouco... E se ela contar para alguém? Já viu a enrascada que você me meteu?
— Tem enrascada nenhuma Quim, deixa de ser medroso cara!
— O que vocês fizeram?
— Nada! Só ensinei para ela tocar siririca e ela apagou – riu.
— E porque você está nua?
— Tirei a roupa pra ensinar ela... Não gosto de mulher, cara! Gosto é desse aqui – pegou e apertou – Como é, tu vai entrar ou vai ficar aqui fora?
— Porra Rafa, tu não tem nada nessa cabeça! – respirou olhando para ela – E o que diabo vou fazer no quarto com essa garota nua na minha cama?
— Tu não sabe? – riu e abraçou o professor, o lençol caiu, ela ficou nua – Ainda tá ardendo um pouco, tu me maltratou hoje, viu? Vamos Quim, se tu não quiser comer ela faz só uns carinhos, dá uma lambida nela... – sorriu – Ela pode ser negra, mas nunca vi uma xoxota tão vermelha.
Pegou o lençol e puxou ele pela mão, no canto do chalé parou e espiou, não viu ninguém e correu nua para dentro, a garota ressonava e quando ele entrou Rafaela apagou a luz voltando deitar do lado da negrinha que se mexeu e Quim tremeu.
Olhou para as duas, uma loirinha sorridente e uma negrinha dormindo e pensou na bela alcoviteira(19) que sua aluna estava se mostrando. Tirou a camisa e a bermuda e deitou do lado de Mara ainda de cuecas. Rafaela pegou sua mão e colocou em cima dos pequenos seios pontiagudos, a negrinha suspirou e abriu os olhos e viu primeiro Rafaela, não era a sua mão em seus seios, virou amedrontada e viu Quim.
— Professor? – sentou cobrindo os seios com as mãos espalmadas olhando incrédula para ele – Desculpa... – se apressou sair da cama, mas Rafaela segurou seu braço.
— Fica... Tu não quer?
Mara olhou para Rafaela, estava envergonhada querendo sair dali e fugir para bem longe. Olhou para Quim e para seu corpo, viu que vestia cuecas, Rafaela segurava seu pulso.
— Professor, eu...
— Se você quiser pode ficar... – sentou e tirou a mão de Rafa de seu pulso – Você é quem sabe... – acedeu a luz do abajur olhando para o corpinho da garota que olhava para ele sem piscar e pegou as mãos e tirou dos seios pequenos e pontiagudos, Mara deixou que ele tirasse suas mãos e que olhasse seus seios e olhava para ele, boca entreaberta, narinas dilatadas – Você quer ficar?
Ela não respondeu, parecia viver um sonho estranho e sentiu a pele negra arrepiar quando ele tocou o biquinho do peito direito e não falou, apenas suspirou e olhou a mão lhe acariciar. Rafaela levantou e acocorou(20) do lado dele e tirou sua cueca e Mara viu o pau duro e fechou os olhos sem acreditar que aquilo realente estivesse acontecendo. Quim olhava para ela e viu quando as pálpebras esconderam os olhos castanhos, Rafaela segurou o pau e manipulou, a negrinha não viu, estava de olhos fechados, quando a loirinha lambeu e engoliu o cacete duro, Quim sentiu e gostou e se curvou e chupou o biquinho pontiagudo, Mara gemeu e deitou roubando o peito da boca sedenta, Quim também deitou e tornou engolir o biquinho pontiagudo, Mara suspirou e segurou a cabeça de Quim e puxou e beijou a boca daquele homem por quem tinha sentido um algo estranho e gostoso que fez sua perna tremer, mas nem nos mais loucos sonhos sonharia estar ali com aquele estrangeiro e muito menos com a loirinha que chupava o pau como se fosse o último canudo de alimento nesse estranho mundo.
Nenhum dos três falavam, apenas o ranger das molas do colchão, os suspiros e respirações entrecortada por gemidos de prazer. O sabor da boca era diferente de todos os sabores das bocas beijadas em seus poucos anos de vida, as mãos macias que lhe acariciavam era como a água do rio lhe roçar a pele.
Rafaela também pensava de como a vida muda o ruma de vidas a cada novo segundo vivido e quando o pau saiu da boca soube que tinha chegado o momento da negrinha e suspirou antes de levantar e sentar na beirada da cama.
— Mara... – percorreu a linha do rosto da garota que abriu os olhos – Você...
— Quero, quero professor, quero... – cortou adivinhando o que ele iria falar – É o que mais quero nesse mundo... Vem...
Abriu as pernas e esperou, Quim olhou para ela, para seu rosto, seus olhos castanhos, seu nariz europeu, seus cabelos pixaim(21) atados em um coque no topo da cabeça e subiu em seu corpo e beijou seus olhos que sorriam silenciosos faiscando brilhos. Rafaela olhava e viu o contraste das peles, passeou as mãos do corpo de Quim e no corpo da negrinha sentindo os carocinhos de pelos arrepiados e tirou a mão nervosa do professor que queria colocar o pau no lugar e segurou, estava melado com sua saliva e colocou entre as pernas da garota que se mexeu.
— Vem professor, vem... – no rosto um sorriso singelo de desejos – Vem...
Quim sentiu a macieza do sexo da garota e empurrou, ela suspirou, Rafaela ainda segurava, soltou quando sentiu a pressão dos corpos, Mara arqueou(22) o corpo buscando a penetração que acontecia devagarinho escorregando apertado pela mucosa da vagina. Naquele momento não pensava em nada, não pensava no irmão, nos pais. Pensava em como era gostoso agasalhar o pau do aventureiro desconhecido, sentia a vagina estremecer e continuava entrar, vencer seu corpo, preencher sua xoxota.
— Hun!... Prof... Professor... Ai!... Ai! Professor... É... Tá... É muito... Muito grande... Professor... Ui! Não! Ai! Para... Para... Ai! Não... Ai!... Para... Não... Não aguento... Hun! Hun!
Ele parou, não estava todo dentro. Rafaela ouviu o pedido da menina e imaginou que o do irmão não deveria ser tão grande e grosso como o de Quim.
— Quim... Ela não vai aguentar – falou baixinho.
— Não... Não tira, eu... Eu aguento... – mexeu a cintura, estava empalada, o pau do irmão não era daquele tamanho, era grosso, talvez até mais grosso que aquele parado dentro dela – Espera... Só espera, mas... Hun! Não tira... Eu aguento, viu? Eu aguento...
Não era momento, mas Quim deu um salto no tempo e reviveu uma certa noite de luxuria e prazer (AJ02 – Rio Preguiça).
Sentiu quando ela jogou a púbis para cima e o pau, escorregando no mel que lambregava, entrou quase todo. Ela gemeu.
— Hun! Ui! Ui! Professor... Hun! Não mexe, não mexe – e se jogou para cima levando o corpo de Quim e o pau entrou todo – Ai! Ain! Ain! Ui!... Espera... Ui... Ui... Hun!
Estava todo dentro, os corpos colados e ela gemendo, sentindo um toque roçado e uma sensação estranha, ele era grande, muito grande.
— Éguas? – tentou sorrir arqueada, se empurrando – Teu pau... Hun! Teu pau é... Hun! Ui! Ui! – virou o rosto, Rafaela lhe acariciava o ombro – Porra... Isso não é cacete, é uma tora gigante... Tu... Tu... Hun! Tu aguenta ele?
Rafaela não respondeu, apenas aproximou o rosto e lambeu os dentes brancos da negrinha. Quim olhou, não tinha mais como estranhar as coisas da loirinha.
— Porra professor? Teu pau é muito grande... – rebolou, não sentiu o badala que sentia com o irmão, estava cheia, não tinha sobrado espaço e se pudesse ver a xoxota também se espantaria – Não mexe... Não mexe... Espera...
E ele parou, e ela sorriu e puxou pelo pescoço e beijou a boca de gosto estranho. As pernas abertas, muito abertas, pareciam formigar.
— Deixa eu ficar em cima – puxou ar com dificuldade – Tu é muito pesado, deixa?
Ele girou se tirar de dentro, Rafaela olhava com olhar de querer, Quim viu e sorriu, sua loirinha era insaciável.
— Vem... Vem Rafa, me dá tua xoxota...
Mara não entendeu, pensou que era para sair.
— Não... Não sai... – acariciou o rosto da garota e olhou para a loirinha sorridente – Vem, fica de cócoras em cima de meu rosto... – olhou para a negrinha – Já que é sacanagem... Vamos melhorar... – beijou o nariz fino que dava a Mara um toque especial...
Rafaela subiu na cama e acocorou em cima do rosto de Quim.
— Assim não dá... – a loirinha falou – Senta no pau dele...
Mara estranhou, tinha de estranhar, mas levantou e ficou sentada, o pau enterrado, sentia um desconforto gostoso. Rafaela voltou a acocorar no rosto de Quim e sentiu a língua lhe tocar, e suspirou sorrindo para a coleguinha empalada.
— Porra Rafaela? Tu... Espera professor, não mexe... – olhou para ele e viu a língua bolinar no pilotinho duro da coleguinha loira, sentiu o pau estrebuchar dentro dela.
— Quim... Ui! Quim, ui... Não fica parada, ajuda ele... – a negrinha olhou, não sabia o que fazer, nunca tinha pensado viver o que vivia – Vai menina... Hun! Hun! Remexe, faz... Hun! Hun! Quim... Ai, não morde... Vai Mara, mexe... Quim... Quim...
A língua entrava e saia dentro dela, mexia no clitóris, lambia os grandes lábios, tirava seu suco escorrido pelos pequenos lábios e chupava a piroquinha encapada. Mara mexeu, rebolou e sentiu, era diferente de foder com João, era mais gostoso sentir o pau atolado e ver a loirinha gozar.
— Se mexe pequena, se esfrega no pau... – Rafa parecia mais preocupada em dar prazer a ele que sentir – Faz assim... – e se esfregou na língua, e sentiu o nariz lhe tocar e gostou – Viu, pra frente e pra traz...
A negrinha já tinha gozado e começou a se esfregar, Quim lambia e chupava sua loirinha, bebia o mel que escorria de dentro da vagina sedenta e a negrinha se esfregou e ficaram sentindo prazeres até ele gozar e encher a boceta vermelha de sua pequena amante que desabou deitada em seu corpo. Rafaela sentia as pernas fracas e viu a garota deitar e tirou da boca de Quim e se aproximou da negrinha que sentiu o cheiro forte e lambeu.
— Quim... Quim... Hun! Hun! Ai Quim, ai...
A língua se experiência da negrinha bolinava a xoxota e ela sentia a de Quim lamber, enfiar e chupar seu cuzinho e gozou...
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
No próximo episódio:
Na manhã seguinte Quim foi visitar Fernanda e Rafaela apareceu com Dayse e duas amigas que os convida para conhecerem a cidade. Adalberto e Esmeralda discutem e Quim intervém e vão para o quarto onde conversam e Beto torna falar que a namorada que foder com o professor... Quim vai para o hospital e Rafaela conta sobre Dayse, Fernanda fica com ciúmes, mas o tio chupa sua xoxota e ela goza...


Glossário:
(1). Bonachão: [adj. e s.m.] Que ou aquele que tem bondade natural, que é simples, ingênuo e paciente. Pessoa sem maldade, bondoso, simples, que gosta de fazer o bem e não gosta quer prejudicar ninguém.
(2). Sovaco: [s.m.] Anatomia. Axila, cavidade inferior, sob a junta do braço com o ombro. Ant. Peça de borracha que as mulheres colocavam nas axilas para evitar a transpiração.
(3). Auscultar: [v.t.] Fazer a auscultação de: auscultar um doente. [fig.] Procurar conhecer, sondar: auscultar a opinião pública. Aplicar o ouvido ao (peito, ventre, costas etc..) para conhecer os ruídos que se produzem dentro do organismo; procurar conhecer, sondar, inquirir.
(4). Xucro: adj. Diz-se do animal que não foi ou não está domado; selvagem, bravio, intratável. [p.ext.] Que não possui capacidade para desenvolver certos trabalhos e/ou atividades. Pessoa que age ou se comporta de modo bruto, sem gentileza; grosseiro. Que evita uma pessoa desconhecida; que se afasta; geralmente, diz-se da criança. Que não possui açúcar; amargo: café chucro. Do mesmo significado de chucro. (Etm. do hispânico americano: chúcaro)
(5). Emaranhado: [s.m.] Misturado; o que foi misturado de maneira confusa: emaranhado de fios. [adj.] Confuso; sem ordem, clareza; em que há complicação, confusão: pensamento emaranhado. Diz-se do que se apresenta misturado confusamente: roupa emaranhada. (Etm. Part. de emaranhar)
(6). Estetoscópio: [s.m.] Aparelho que os médicos usam para auscultar os sons produzidos por certos órgãos do corpo, como coração, pulmões, intestino, artérias e veias. O estetoscópio recolhe os sons produzidos por esses órgãos e exclui outros sons. O estetoscópio consiste em uma peça que é uma espécie de caixa acústica, a qual se põe em contato com o corpo do paciente. Dois tubos de borracha flexíveis saem dessa caixa, indo ter aos ouvidos do médico. Em vez da caixa com um diafragma para recolher o som, a peça de contato pode ter a forma de uma campânula, sendo esta, às vezes, também fechada por um diafragma. O estetoscópio de campânula recolhe os sons mais baixos. O de diafragma recolhe os sons mais altos. Antes da invenção do estetoscópio, o médico tinha de encostar o ouvido ao corpo do paciente para escutar os sons produzidos pelos órgãos. O médico francês René Laennec construiu, em 1816, o primeiro estetoscópio, com um tubo de madeira.
(7). Amigdalas: [s.f. Anatomia.] Nome de um dos vários componentes do tecido especial, chamado tecido linfoide, nomeadamente, àquele que se localiza à entrada da garganta. Mineralogia. Também conhecida como amêndoa, pequeno buraco abarrotado ou parcialmente completo de minerais. (Etm. do latim: amygdala).
(8). Desarranjo: [s.m.] Desarrumação, falta de ordem. Confusão, rebuliço. Enguiço. Desarranjo intestinal, diarréia.
(9). Apendicite: [s.f.] Inflamação do apêndice cecal, pequena bolsa presa na parte inicial do intestino grosso, caracterizada pelo aparecimento de uma forte dor abdominal. (Etm. apêndice + ite).
(10). Farnel: [s.m.] Fardel, matula. Bras. Merenda, lanche.
(11). Xiri: [pop. Maranhão] Vagina, Xoxota, Boceta
(12). Carcomido: [adj.] Corroído; que está estragado, velho, roído; destruído por carcoma, caruncho. Danificado; que se estragou pelo efeito do tempo. [fig.] Arruinado; que chegou ao fim: empresa carcomida. Magro; que acabou por se definhar; que se consumiu ou está fraco. (Etm. Part. de carcomer)
(13). Padeceu: [v.t.d. v.t.i. e v.i.] Sofrer de dores (físicas ou morais); estar doente; ser alvo de maus-tratos; ter dificuldades ou estar infeliz: padecia torturas; padecia de uma aflição imensa; ela padeceu no hospital por meses. [v.t.d.] Ser resistente a; conseguir suportar situações adversas; aguentar um mal: o mendigo padece a frio das noites de inverno. Dar consentimento a; tolerar: a lei não padece autorização. [v.i. Uso Antigo.] Perder a vida por condenação à morte. (Etm. do latim vulgar: patiscere).
(14). Pestana: [s.f.] Pêlo que nasce nas bordas das pálpebras; cílio, celha. Música Aplicação horizontal do dedo indicador, para comprimir simultaneamente mais de uma corda do violino, do violão, do violoncelo etc. Tira pregada a uma peça do vestuário. O mesmo que orelha, nas brochuras dos livros. Tirar uma pestana, cochilar, tirar uma soneca. Queimar as pestanas, estudar muito, aplicar-se nos estudos.
(15). Bulhufas: [vpr gír] Nada, coisa nenhuma.
(16). Boleiro: Espécie arbórea de 15-30 m de altura e tronco de 40-100 cm de diâmetro, revestido por casca acinzentada e provida de fissuras. Folhas simples, alternas espiraladas, de margem denteada e três nervuras principais saindo da base, onde se inserem 2-4 glândulas avermelhadas.
(17). Arrodear: arrodear(a+rodear) O mesmo que rodear.
(18). Acochado: [v.t. Náutica] Apertar um cabo torcendo-lhe as cochas. Acamar apertando. Aconchegar, comprimir. [Bras.] Apressar, instigar, apertar.
(19). Alcoviteira: [s.f.] Aquela que alcovita; que faz mexericos ou intrigas; fofoqueira. Mulher que tentar arranjar relacionamentos; que age como mediadora em relações afetivas. Aquela que possui um prostíbulo como propriedade; cafetina. (Etm. alcovitar + eira).
(20). Acocorar: [v.t. e v.pr.] Sentar(-se) sobre os calcanhares, pôr(-se) de cócoras.
(21). Pixaim: [s.m.] Carapinha. [adj.] Encarapinhado (falando-se do cabelo).
(22). Arquear: [v.t.] Curvar em arco: arquear uma trave. [v.i.] Dobrar, curvar-se: trave que arqueia. [v.pr.] Curvar-se em arco.

                                

Foto 1 do Conto erotico: AJ11 – A Jornada: Fernanda adoece e a negrinha

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Comentários


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kzdopass48es Comentou em 28/06/2016

tesudinhas! Betto




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Ficha do conto

Foto Perfil viajem
santoanjo

Nome do conto:
AJ11 – A Jornada: Fernanda adoece e a negrinha

Codigo do conto:
82720

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
02/05/2016

Quant.de Votos:
3

Quant.de Fotos:
3