Armadilha entre as pernas da biba – Parte I João não cabia em si de contente quando, num exame ginecológico, a esposa recebeu o diagnóstico de que sua falta de apetite, cansaço fácil, um asco repugnante a todos os odores do marido e, aquele aumento repentino dos seios nada mais era do que a chegada do primeiro filho. Estavam casados há quatro anos e ele vinha se sentindo aflito com a demora da esposa em engravidar. João era um sujeito bronco, tinha estudado até ensino fundamental e, depois ingressou numa escola do SENAI, onde obteve um diploma de técnico mecânico. Era seu orgulho e estava exposto na sala, enquadrado numa moldura metálica que ele havia escolhido com muito zelo. Graças a essa formação, conseguiu emprego numa montadora de veículos e, por mais de uma década, passou por diversos setores da empresa. Sua ambição, no entanto, era ter sua própria oficina mecânica. Pouco tempo depois de casado, conseguiu ter seu próprio negócio e, tratou de fazê-lo prosperar. A chegada desse filho pôs fim ao seu tormento, uma vez que achava que essa demora só poderia ser um problema da mulher, já que ele não tinha dúvidas de que sua masculinidade não era, nem sequer de longe, discutível. Espalhou a novidade aos quatro ventos, orgulhoso de sua façanha e, acompanhou a esposa em cada consulta do pré-natal, pois estava ansioso para saber o sexo da criança. Embora, em seu íntimo, torcesse por um varão. Os meses se passavam e o ginecologista relutava em afirmar se era uma menina ou um menino, dizendo que a posição do feto impedia uma identificação precisa pela ultrassonografia. João saía das consultas mais preocupado do que frustrado, e partilhava sua angústia com a esposa, sempre calada e conformada com seu destino. Para ela, o importante era gerar um bebê saudável, pois conhecendo o marido como conhecia, temia ser abandonada caso algo não saísse como ele idealizava. A agonia se estendeu até o nascimento. Quando, finalmente, a enfermeira trouxe a trouxinha da qual emergia tão somente um rostinho rosado e cheio de dobraduras para junto da janela do berçário, João fez questão de desembrulhar o bebê e confirmar o sexo do filho. - O doutor já vem conversar com o senhor. – disse a enfermeira, recolocando a criança no berço. Era um menino. João tinha visto o bilauzinho e um saquinho meio esquisito. Mas, a cara da enfermeira lhe dizia que havia algo mais por trás daquilo. Ele caminhou de lá para cá e de cá para lá pela hora e meia seguinte. O médico não tinha um semblante muito tranquilizador e isso deixou João ainda mais preocupado. - Seu bebê nasceu com a genitália ambígua. Teremos que proceder a alguns exames no decorrer dos próximos meses para confirmar minha suspeita de hiperplasia adrenal congênita. Mas, por hora, nos próximos dias sua esposa e filho receberão alta, e é hora de curtirem o nascimento do primogênito. – João não entendeu nada, quis fazer uma série de perguntas ao médico, mas não sabia por onde começar. Também não quis passar por ignorante, e já arquitetava planos de como fazer com que a mulher fizesse todas as perguntas para saber o que era essa tal genitália ambígua e o que era essa hiperplasia adrena qualquer coisa. Nos meses seguintes, durante as consultas com o pediatra, as notícias foram surgindo, nada tão boas quanto eles desejavam. Embora o bebê estivesse se desenvolvendo e ficando cada dia mais bonitinho, pairava uma indagação no ar. Os encaminhamentos a diversos especialistas só serviam para aumentar a agonia do João e da esposa e, para causar um rombo em suas finanças. Até que um dia, cansado de tantas idas e vindas e, cada vez mais dúvidas, João tomou uma decisão. - Cristina! Esses doutores só estão tentando nos extorquir. O Daniel, o nome era outra escolha dele onde a esposa não teve como opinar, está crescendo saudável e espertinho. No meio das perninhas dele tem um pinto, então eu não sei onde é que está a dúvida desses médicos. Chega de levar dinheiro para encher os bolsos deles. Vamos cuidar do nosso filho e fim de papo! – sentenciou, numa noite em que tinha se debruçado sobre a contabilidade da casa e da oficina após o jantar e, constatado que estavam novamente no vermelho. Cristina não estava de pleno acordo, mas diante da situação financeira pela qual passavam, desistiu de contrariar o marido. Coisa que ela só raras vezes tinha ousado fazer e, cujas consequências, conhecia muito bem. Daniel foi crescendo e se tornando uma criança encantadora. Além de bonito, tinha uma personalidade alegre que cativava a todos. Nem a chegada do segundo filho, dois anos depois, outro garotão, tinha abalado seu carisma. Quando ingressou no ensino fundamental, Daniel era uma criança igual às outras, irrequieta e curiosa. No entanto, seus traços delicados, faziam com que as outras crianças às vezes se confundissem. Os próprios adultos passaram a encará-lo com um ponto de interrogação estampado na cara. Tratava-se de um menino ou uma menina? Difícil dizer, por isso fixavam os olhares sobre ele tentando adivinhar a resposta. A primeira reação de Daniel foi de raiva. Não gostava de como olhavam para ele, e zangava-se com facilidade. Aos poucos, foi se convencendo de algo estava errado com ele, e começou a ficar introvertido e calado. O irmão mais novo já era maior do que ele, tinha a mesma compleição física robusta do pai, enquanto ele parecia ter parado de crescer e, principalmente, de se desenvolver como os outros garotos de sua idade. Ainda no ensino fundamental, começaram a chama-lo de mulherzinha. Foi o que bastou para determinar seu isolamento. Como um caramujo, enfurnou-se numa concha imaginária que construiu a sua volta. João começou a se incomodar com o pintinho do garoto. Aquilo não crescia como o restante do corpo do filho. Para piorar a situação, o garoto vivia com as pernas fechadas, embora ele insistisse para que ele as mantivesse abertas e separadas quando ia se sentar ou mesmo caminhar. - Abre essas pernas moleque! Parece uma bichinha. Sempre com as pernas juntas, como é que vai ter espaço para esse caralho crescer. – dizia, deixando Daniel ainda mais travado e confuso. Algumas vezes, já cansado de tanto ralhar com o menino sobre o mesmo assunto, dava-lhe uma surra daquelas. – Se te pego mais uma vez com essas pernas fechadas te desço a cinta até você aprender a andar e sentar feito um macho. – ameaçava. Ao chegar à puberdade que, aliás, veio bastante tarde, Daniel já não sabia quem era. Tinha uma boa estatura, mas a voz continuava com o mesmo timbre de uma criança, as pernas eram compridas e continuavam tão lisas quanto as de um bebê, e parecia que sempre faltava tecido nas calças na região da bunda, pois as ancas largas e roliças nunca cabiam nas calças que se ajustavam na cintura. De um garoto para a sua idade ele tinha pouco, enquanto não lhe faltavam os atributos de uma mocinha. Se sua vida já não tinha sido um mar de rosas até então, devido a todo tipo de gozação que precisou aturar, tudo piorou numa amanhã após a aula de educação física. O professor havia dispensado os garotos no final da aula e a trupe correu para os chuveiros a fim de tirar o suor que lhes cobria os corpos. Daniel sempre procurava ser um dos últimos a entrar no vestiário e nas duchas, depois que quase todos já tinham deixado o local. Era menos constrangedor despir-se diante uma meia dúzia de retardatários do que daqueles mais afoitos e prontos para caírem de pau em cima de uma vítima qualquer. Fazia calor e Daniel tinha sentido uma dor difusa durante toda a aula de educação física, que não consistiu em nada mais extenuante do que alguns abdominais, uns polichinelos, uma corridinha ao redor das quadras e algumas séries de saltos. Quando a água, quase fria, caiu sobre seu corpo ele sentiu como se ela estivesse apagando o fogo que queimava sua pele. Ensaboou-se lentamente, usufruindo cada segundo debaixo daqueles jatos refrescantes. De repente, aquela dor voltou, mais intensa e como uma fisgada que varou suas entranhas. Ao mesmo tempo, viu que a água que escorria para o ralo estava tingida de sangue. Sangue que saia do meio de suas pernas, daquela fenda longa que estava abaixo de seu pau. Ele soltou um grito tão desesperado que assustou os poucos remanescentes que ainda estavam no vestiário. Eles acorreram aos chuveiros e viram Daniel segurando o pinto entre as mãos e o sangue escorrendo por suas coxas. O professor foi chamado às pressas e dispersou os curiosos. Quando tocou nos ombros do garoto ele estava em pânico e histérico. Tratou de acalmá-lo e, enquanto pedia a ajuda de outros professores para levarem-no a um pronto-socorro, não conseguia acreditar no que estava vendo. Um garoto estava tendo a menarca aos treze anos. Quando João e Cristina chegaram ao pronto-socorro, Daniel estava petrificado numa maca numa saletinha reservada. O médico que os atendeu explicou a situação e, ao inteirar-se da história pregressa do garoto, sugeriu que ele fosse examinado por um especialista e que fossem levados a cabo aqueles exames que tinham sido deixados por fazer lá no passado. João encarou-o com desprezo e disse que ninguém mais ia extorquir um centavo dele, colocando em dúvida o sexo de seu filho. Um silêncio incômodo sobre esse assunto reinou por toda a casa durante um mês inteiro. Ninguém ousava tocar na delicada questão. Tudo foi voltando ao normal, exceto para Daniel, que mal tinha a atenção dos pais. Chorava todas as noites quando estava recolhido em seu quarto até que o cansaço o vencesse e ele caísse num sono agitado. - Eu sempre te avisei. Vigia esse moleque. Mas, essa sua moleza de mãe sempre fez vista grossa quando o garoto sentava de perna cruzada, caminhava feito uma gazela ou deixava os cabelos crescerem parecendo uma menina. Olha no que deu! – exasperava-se João, fazendo questão de ignorar todas as informações que ouvira do geneticista. - Deixa de ser besta homem! Você ouviu o que o especialista falou. Você com essa sua teimosia é que tentando criar um menino que provavelmente nunca vai ser um homem. Não venha colocar a culpa de ele ser assim para cima de mim. – protestou Cristina. Sem saber o que fazer, Daniel seguia suportando sua sina. Vestia-se como um garoto e, quase nunca se olhava no espelho. Aquela imagem que ele via refletida não lhe pertencia. Sua cabeça era feminina e o que estava diante dele era um corpo que nada tinha haver consigo. Todo esse tormento pelo qual passava nunca diminuiu seu amor pelos pais e pelo irmão, que de uns tempos para cá vinha evitando ser visto em sua companhia. Insegurança de adolescente. Daniel saía da escola e ia ajudar o pai na oficina, por imposição deste. Segundo João, um ambiente onde só costumavam circular machos era melhor influência que os temores e cuidados excessivos de uma supermãe. Ele se encarregava de entrar em contato com as lojas de autopeças para fazer as cotações das peças que o pai precisava para um cliente, atendia ao telefone, fazia pequenos serviços no escritório que ficava num mezanino da oficina e, ajudava na faxina e organização das bancadas de trabalho. Daniel era prestativo e em pouco tempo angariou a amizade dos clientes mais assíduos. Os mecânicos que João havia contratado para auxiliá-lo na oficina também se davam muito bem com ele, e gostavam de seu bom humor e seu sorriso fácil. Um desses mecânicos era Marcos, um jovem de vinte anos com mais testosterona circulando nas veias do que neurônios no cérebro. Ele chegava, todas as manhãs, vindo de uma academia perto de casa, onde costumava madrugar depois de ter jogado goela abaixo uma jarra de liquidificador cheia de ovos crus, aveia, frutas e o que mais lhe desse na veneta, acrescido de uma dúzia de comprimidos que comprava aos quilos em lojas de energéticos e vitaminas. Trajava quase sempre um jeans apertado e uma camiseta sem mangas que deixava exposto o resultado de tantas horas na academia, uma montanha de músculos. Logo que João o contratou, ele sentiu uma atração irresistível pelo filho do patrão. Ao final da primeira semana os dois pareciam ser amigos de longa data. Havia algo naquele nariz pequeno e ligeiramente arrebitado, naqueles olhos amendoados cercados por cílios longos, naquele rosto imberbe de traços suaves e, principalmente, naquela bunda carnuda do garoto que deixava Marcos com os pensamentos agitados na cabeça. Daniel, depois daquele sangramento no vestiário da escola, não conseguia mais controlar aquele furor que se instalava entre suas coxas toda vez que via um homem que o interessava. E, o peitoral largo que se exibia através dos botões propositalmente desabotoados do macacão de trabalho, juntamente com todos aqueles músculos gingando sob a pele morena, quando estava apertando parafusos ou manipulando habilmente as ferramentas dentro do capô dos automóveis, eram imagens que brotavam em seus sonhos noturnos enchendo-o de tesão. João via que o filho não desgrudava o olhar daquele macacão aberto e, quando estava no alcance do garoto, dava-lhe um tapa na cabeça, enquanto reclamava com o empregado sobre aquela pouca vergonha. - Olha a compostura seu Marcos! Não quero ver funcionário meu andando seminu na frente dos clientes. Está com calor, vá tomar uma ducha! E trate de manter esses botões fechados. Dá até para ver o bagulho por essa abertura! – exagerava, repreendendo o narcisismo do funcionário. Toda vez que João precisava se ausentar da oficina por alguma razão, Marcos tratava de subir ao mezanino para dar umas chavecadas em Daniel que, ainda tímido e desconfiado, não sabia como lidar com todo aquele assédio. O que ele sabia, era que seu coraçãozinho disparava quando aquela fala mansa, entoada numa voz grave e aquele olhar concupiscente pousavam sobre ele. Não demorou a que o primeiro beijo entre eles desse novo rumo àquela amizade. Ele aconteceu num final de tarde. O expediente havia se encerrado e as portas já haviam sido descerradas. Os mecânicos haviam trocado seus uniformes de trabalho e, devidamente limpos e trajando suas roupas comuns, aguardavam até que todos estivessem prontos para seguir rumo a suas casas. João estava preso num engarrafamento e tinha ligado avisando para que Daniel o esperasse para irem para casa juntos. Marcos viu nisso a oportunidade de ficar a sós com o mancebo que vinha lhe roubando a tranquilidade. Esperou até que todos saíssem, abriu o último botão que já estava próximo à virilha e subiu, ligeiro, as escadas. Daniel estava sentado diante do computador atualizando umas planilhas que ajudavam o pai a controlar melhor as atividades da oficina. Logo de cara, nem reparou no amigo que se aproximou sorrateiro as suas costas. Só sentiu a presença dele quando a respiração morna começou a roçar a pele de sua nuca e, aquele cheiro de suor e graxa começou a entrar em suas narinas. - Oi! Pensei que já tinha ido com os outros. – exclamou, quando se virou para encarar o amigo. – Meu pai pediu para que o esperasse, está retido no trânsito. – revelou. - Não quis te deixar sozinho. – a voz era a mesma que ele usava nos elogios constantes que dirigia a Daniel. Era a mesma que ele sabia ter o poder de deixar o garoto completamente ligado nele. - Obrigado! Mas não quero que perca seu tempo comigo. Já sou grandinho e sei me cuidar. – disse Daniel, contente por estar tão próximo daquele corpanzil sarado. - Ficar com você nunca é perda de tempo. Pelo contrário, gosto de ficar ao seu lado. – era preciso garantir que ele confiasse plenamente nele antes de passar para as etapas seguintes. - Também gosto da sua companhia! – confessou Daniel. Só então ele notou que no fundo daquela abertura do macacão havia um chumaço adensado de pelos que partia da barriga do Marcos rumo a um desconhecido que o atraiu imediatamente. Marcos atirou-se sobre um sofá surrado que estava ao lado da mesa onde Daniel estava e abriu amplamente as pernas. O contorno das coxas grossas apareceu sob o tecido e, ele enfiou descaradamente a mão na abertura e deu uma ajeitada no caralho. As mãos de Daniel chegaram a sentir uma comichão, de tanto desejo de estarem elas alisando aquela pica. Marcos sentiu as vibrações que começaram a assolar Daniel. - Sabe que eu sonho com um beijo seu! – disse Marcos, num arrojo estudado para não assustar o garoto. - Que isso! Para de me alugar! – respondeu Daniel, enrubescendo. - É sério! Não estou tirando uma com a sua cara, juro. Acho a sua boca linda, não dá para ficar impassível diante desses lábios vermelhos, eles mexem comigo, sabia? – o atrevimento ia num crescente. - Bobagem sua! – retrucou Daniel, acanhado. - Bobagem, é? Dá só uma olhada nisso. É uma tortura estar tão perto de você e não poder tocá-lo. – sentenciou, tirando a mão de dentro do macacão e deixando que Daniel admirasse a rola a meia bomba embaixo do tecido. - Bem que o pessoal diz que você é um tarado. – a frase saiu no automático, pois não só o olhar, mas também a mente de Daniel estavam completamente fissurados naquela verga. - Eu sou tarado por você! Só você não quer enxergar isso, e me deixa assim todo agoniado. Sabia que faz mal o tesão ficar enrustido? Dizem que pode até subir para a cabeça. É assim que você está me castigando. – a isca final estava lançada. - Eu não estou te castigando! Jamais faria qualquer coisa para te magoar. – era esse aspecto da personalidade de Daniel que Marcos queria atingir, seu sentimentalismo diante de qualquer desvalido ou desgraça. - Então me dá um beijo! Para provar que não está me castigando. Daniel sabia que se desse um passo em direção àquelas pernas abertas e aquele peito másculo, não teria mais nenhum controle sobre seus atos, e se entregaria a luxúria daquele macho. Marcos puxou o tronco de Daniel contra o peito e começou a roçar de mansinho os lábios nos dele. Quando o corpo de Daniel tremia em seus braços, ele o beijou com desejo e paixão. Saborearam-se por um bom tempo, as salivas se mesclavam, os corpos premiam-se um contra o outro, afagavam-se com carícias cuidadosas, ansiavam por algo mais urgente que o simples toque, tinham fome um do outro. A pica do Marcos estava tão alvoroçada que a cabeçorra apontou pela abertura do macacão. Daniel sentiu o cheiro viril que o pré-gozo exalava e sentiu-se tentado a tocar naquele membro colossal. Tocou-o com suavidade, como se qualquer precipitação de sua parte pudesse causar qualquer transtorno àquela bela anatomia. Enquanto a ponta de seus dedos tateava delicadamente por toda extensão do cacete, sentindo cada veia latejando intrépida com o afluxo de sangue que ia aquecendo a pele dele, Marcos abria mais as pernas e descerrava o macacão para que todo seu sexo ficasse exposto e a mercê de Daniel. Impaciente com o zelo e o temor de Daniel diante daquele cacetão, Marcos o segurou pelos cabelos e trouxe o rosto do amigo para junto de seu falo. A proximidade daqueles lábios carnudos fez com que mais pré-gozo aflorasse da cabeçorra. Daniel a levou a boca e estremeceu todinho quando sentiu o sabor daquele macho. Sugou aquele néctar com avidez, ouvindo os sons roucos que brotavam diretamente da garganta do Marcos. - Não para! Chupa minha rola, chupa. – implorava, deleitando-se com aquela boquinha quente sorvendo seu tesão. Marcos libertou seu torso do macacão, e o olhar cada vez mais excitado de Daniel fixou-se naqueles músculos que ele tanto admirava. Estavam ali ao alcance de suas mãos, desejosos daquele contato. Marcos puxou a camiseta de Daniel pelo pescoço, acariciou as costas dele, mas focado unicamente no início do reguinho que submergia do cós do jeans de Daniel. Meteu a mão lá dentro e sentiu a pele aveludada daquela bunda roliça. Pediu que Daniel abrisse o jeans e, com ambas as mãos, desceu a cueca e a calça simultaneamente. A bunda mais perfeita e imaculadamente alva que já tinha visto emergiu, lasciva e assanhada. Ele a amassava com suas mãos ásperas e brutas, extraindo gemidos de Daniel que ainda tinha sua rola na boca. Marcos tomou Daniel nos braços, não imaginava que aquele corpo escultural fosse tão leve e delicado, deitou-o no sofá e começou a chupar os peitinhos que iam se enrijecendo com sua voracidade safada. Aos poucos, foi abrindo as pernas de Daniel, puxou-o até a beirada e começou a lamber aquele reguinho liso, onde apenas um corrugado rosadinho se movia como se xuxasse o ar a sua volta, ou como se quisesse que qualquer coisa ao redor o penetrasse. Marcos não se importou com aquela coisa bizarra que estava entre as pernas de Daniel, algo como uma pica minúscula e um protótipo de escroto, algo tão surreal quanto inusitado. Aquilo em nada o desestimulava de ter aquele corpo em seus braços, de estremecer com aquelas carícias que Daniel lhe dedicava, com o desejo de ter aquele ser tão cativante ao dispor de sua gana. Quando Marcos se posicionou em pé diante de suas pernas abertas e de seu cu desprotegido, Daniel teve a dimensão daquele macho e as intenções dele tão aclaradas que, pela primeira vez, acanhou-se diante dele. - Não vou te machucar! Se doer você me diz que eu paro. – sussurrou, contendo sua tara. O cuzinho de Daniel piscava e roçava provocadoramente sua glande apontada contra a portinha exposta. De nada lhe valeram naquele momento as visitas aos puteiros que fazia desde os dezesseis anos, nem o oferecimento de uma vizinha que lhe concedia todo tipo de satisfação carnal quando o marido, um representante comercial, estava viajando e, muito menos, o assanhamento das garotas que, diante de seu porte másculo, ofereciam suas xoxotas molhadas, esfregando-as em suas coxas grossas, nos bailinhos que frequentava. Ele estava frente a frente com o que mais queria, com a pessoa que mais tinha despertado em seu peito um desejo não só de acasalamento, mas de completude, de amor. Temeu falhar. Mas, quando viu aqueles olhos amendoados cintilando e aprovando cada gesto seu, ele forçou a pica contra o cuzinho e sentiu aquela musculatura espástica se fechando ao redor de seu falo, recebendo-o com a mansidão de um regaço protetor. Daniel soltou um grito convulso ao sentir seu cu se rasgando e aquela carne pulsando indômita entrando em seu corpo. Aquele olhar fixo em suas reações lhe deu motivos para saber que estava seguro e, que aquele macho, apesar de enorme e abrutalhado, não estava querendo outra coisa que não o seu acalento. Amaram-se por tanto tempo que seria impossível contabilizar, pois tinham sido transportados para um Éden só deles. O movimento cadenciado da pelve de Marcos contra seu cuzinho provocava uma dor que se diluía em suas entranhas preenchidas por aquele caralhão que cutucava cada milímetro de sua mucosa anal. Era o que de mais sublime Daniel já tinha sentido. Entregou-se plena e irrestritamente. Durante essa entrega, sentiu brotar de seu interior uma umidade que, aos poucos, aflorou pela mesma fenda onde perdia sangue tão irregular e desconfortavelmente, de tempos em tempos, que não se podia chamar aquilo de menstruação, embora o fosse, ou algo parecido. Marcos sentiu seu cacete tão sensível que mal podia movê-lo, um espasmo comprimiu toda sua virilha e, urrando com o prazer que aquilo lhe causava, gozou naquele cuzinho morno, tão farta e delirantemente que se sentiu o ser mais gratificado desse mundo. Seus corpos haviam escorregado até o chão, Marcos estava sobre Daniel e recebia seus beijos amorosos e não queria que aquele momento acabasse. Só se soltaram quando ouviram um carro estacionando diante da oficina. Arrumaram-se às pressas e, quando João chegou ao mezanino, nem percebeu o cheiro de sexo que ainda pairava no ar. Desde aquele dia passaram a se encontrar com frequência. Transavam na oficina após o expediente quando isso era possível, encontravam-se nos finais de semana e Marcos colocava Daniel na garupa de sua motocicleta saindo, sem rumo, até encontrarem um local deserto para se amarem longe de curiosos e preconceituosos. Haviam encontrado uma maneira de viver aquela paixão. Tudo ia bem até que, num domingo frio e chuvoso de inverno, quando João e Cristina tinham ido visitar uns parentes que residiam em Campinas, e o irmão de Daniel tinha ido se encontrar com uma garota pela qual andava arrastando as asas; acharam que estariam seguros no quarto de Daniel. Marcos estava tão fissurado por ter se passado quase uma semana sem que ele enfiasse seu caralhão no cuzinho de Daniel que foi logo o arrastando para a cama. Daniel aprendera a conviver com aquele fogo que se apoderava de seu amado e, ele mesmo, não conseguia ficar muito tempo sem sentir aquele macho engatado dentro dele. A prudência foi posta de lado em nome da urgência que ardia em seus corpos. Um defeito no carro obrigou João a rebocá-lo até a oficina e retornar para casa antes de terem chegado a Campinas. O casal, contrafeito com a frustrada viagem, entrou em casa e foi surpreendido pelos gemidos alvoroçados que vinham do quarto do filho. Ao abrir a porta, João encontrou Daniel de quatro com as pernas apartadas e Marcos estocando sua jeba colossal do cu do filho que gania feito uma cadela de rua sendo enrabada por uma matilha de vira-latas. - Filho da puta! Desgraçado! – berrou histérico, partindo para cima do Marcos, aos socos. Nem o flagrante e nem os socos fizeram a pica amolecer, sacou-a do cuzinho de Daniel, rija e inconformada, para se defender da agressão. Desferiu uma série de socos no patrão revidando com a mesma fúria com a qual estava sendo atacado. Daniel que gritava por estar sendo enrabado, agora berrava de desespero e medo pelo que pudesse acontecer com aqueles titãs se digladiando em seu quarto. Meteu-se entre eles e foi esmurrado, mas conseguiu que Marcos alcançasse suas roupas e se evadisse. - Viado, filho da puta! Nunca conseguiu ser macho e agora está acabando com a reputação da família. – João, encolerizado, esbofeteava o filho sem dó nem piedade. Tirou a cinta e açoitou o corpo nu que tentava se proteger por todos os meios. Teria acabado com Daniel se a mãe não implorasse clemência. Marcos, ameaçado de morte pelo patrão, que o intimidou na presença de dois sujeitos cuja fama era conhecida e temida por todo o bairro onde a oficina estava instalada, foi demitido e desapareceu. Daniel, que nunca tinha sido compreendido pela família, passou a ser encostado como um objeto inútil e até incômodo. Tinha voltado a trabalhar com o pai na oficina, mas qualquer olhar de um cliente ou uma brincadeira de algum funcionário, reacendiam no pai aquela cólera que o levava e ser surrado até se mijar nas calças. Tinha se tornado impossível continuar a viver com a família. Por sorte, ele estava com dezessete anos e concluiria o ensino médio no final daquele ano. Daniel estava determinado a entrar numa faculdade longe de São Paulo e estava se desdobrando nos estudos, uma vez que nada mais havia que o distraísse, para conseguir uma vaga numa universidade pública onde também pudesse residir, já que não podia contar com o apoio financeiro dos pais.
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