Estou em uma sala, uma sala que não conheço. Sentado numa poltrona macia, viro o rosto e de repente ele está ali na minha frente, só de cueca, um sorriso malicioso estampado no rosto.
Ele vêm devagar, mexendo na cueca, esfregando a mão naquele volume enorme. Ele está a dois passos de mim. Consigo sentir seu perfume, e, apesar de ver o sorriso, não consigo ver seu rosto muito bem.
Ele está a um passo de mim, está curvando - se em minha direção, seus lábios contraídos para um beijo.
Seu rosto está menos de um metro do meu quando surge um clarão e acordo em minha cama, ofegante, mas feliz.
---- Droga! - soco minha perna, já sentado na cama. Ainda estou ofegante. Ainda estou feliz. Mas não posso ignorar a raiva.
Olho para o lado, para o despertador que marca 6:32.
Estou muito atrasado para a escola.
Levanto - me e calço minhas sandálias. Então arrasto - me para o banheiro, recheado de uma sensação inconfundível.
Estou feliz.
É isso o que mais sinto, apesar de ter sido enganado pelos meus próprios sonhos.
Meu banheiro é pequeno e fico quase entalado para poder escovar meus dentes. É difícil escovar os dentes, porque não paro de sorrir. A escova escorrega para baixo da boca, para cima, para os lados, mas nunca para dentro. É legal.
Nunca tive um sonho parecido. Quer dizer... Eu já sonhei com o Pedro, meu antigo amor não - correspondido. Passava horas pensando nele, mas ele era hétero, eu não. Porque agora sonho com uma coisa dessas?
Paro o pensamento, porque sei que estou atrasado e não devo enrolar.
Depois arrumar minha mochila, desço até o andar de baixo, onde minha mãe como sempre me espera. Ela me dá um beijo e coloca a mão no meu peito.
--- Você está diferente hoje. Aconteceu alguma coisa?
Sorrio.
--- Tive um sonho. Um sonho maravilhoso.
Ela ri.
--- Você sempre foi um sonhador, Bruno. Agora vá. Não te chamei desta vez porque queria que você aprendesse uma lição. Mas, pelo visto, o sonho foi tão bom que fez o meu papel.
Rimos juntos.
Atravesso a porta de saída e mal sei o que me espera lá na escola.
Pause: Eu decidi escrever esta história sem saber se daria certo. Então peço a vocês, meus queridos leitores, que comentem aqui embaixo se devo continuar com essa história. Lembrando que a próxima parte ainda faz parte deste capítulo. Só dei uma parada aqui para saber como vão as coisas, tá ligado?
E o que acharam da "TOALHA DE ROSTO"? Querem que eu continue também?
Se eu tiver respostas positivas, vou trabalhar nessas duas histórias com todo meu amor e dedicação.
Espero que tenham gostado. Até mais!
Continue, sim
Por favor, continue. Você é um excelente escritor