Quando acordei no dia seguinte, eu estava com o rosto molhado. Passando as mãos pelo mesmo, descobri que eu havia chorado durante a madrugada.
Será que isso é demais pra mim?, eu me perguntei.
Não poderia desistir. Levantei-me e fui me arrumar para o colégio.
Quando eu estava pronto, fiquei me olhando no espelho e me perguntei se eu era um cara agradável. Bom, eu não era tão feio. Meu rosto até que era legal. Mas eu era bem magro. Meu medo era que Rodrigo reparasse e não gostasse disso.
Nervoso, deixei meu quarto, desci as escadas e saí de casa.
Quando cheguei na escola, a primeira pessoa que eu vi foi o Rodrigo. Lá estava ele, com seus amigos em um canto do pátio, conversando e rindo. Ele era tão lindo... tão formidável... tão adorá...
- Ei! - alguém chamou e eu despertei do meu transe, olhando em volta pra ver quem era. Era o Rodrigo. Ele já estava bem na minha frente, olhando para mim e sorrindo.
- Nossa, que susto Rodrigo! - falei.
- Não sabia que eu era tão feio assim - ele respondeu.
Dei um sorriso amarelo, envergonhado, e estendi minha mão, como sempre faço quando encontro com ele. Mas ele, pra me surpreender, afastou minha mão pro lado e me puxou para um abraço.
- Abraça eu, meu mano! - ele disse, apertando-me e passando-me uma energia que eu nunca havia sentido em toda minha vida.
Ele se afastou e olhou nos meus olhos. Vi que ele estava tentando entender o forte sentimento que passava em meu coração agora. Por mais que eu tentasse não transparecer, eu não conseguia. Meu corpo estava travado e meus olhos brilhavam em direção ao Rodrigo.
- O que foi, Bruno? - ele perguntou.
Pisquei os olhos, acordando do transe, e respondi:
- Nada, nada. Vamos pra sala?
Com o abraço que Rodrigo havia me dado, meu nervosismo pra contar a ele o que eu sentia por ele havia aumentado em um nível muito superior. Eu não sabia se teria mais coragem de fazer o que pretendia.
Seja forte, Bruno!, falei pra mim mesmo.
E segui com Rodrigo em direção à nossa sala, ele com os braços em volta dos meus ombros.
aguardando o desenrolar da história.
E aí? O sujeito vai falar? Deveria ter continuado. Bem escrito,bem narrado e envolvente.