UM BARULHO NO ANDAR DE BAIXO

Havia duas horas que eu estava ali no meu quarto, com a luz apagada, frente a frente com a tela iluminada do PC, procurando pelos melhores sites de contos eróticos da internet.
Por estar sozinho em casa e por ser um fim de semana tranquilo, poderia demorar o quanto quisesse, ou até que meus pais voltassem do cinema, o que demoraria bastante. Mesmo assim, de vez em quando, eu dava umas olhadas para a porta que ficava bem ao lado do PC, porque tinha medo de ser descoberto naquela escuridão.
Se meus pais chegassem de repente e me vissem naquela escuridão, mexendo no PC, poderiam pensar que eu...

Eu estava prestes a clicar no site "Rolas e Picas" quando o sininho do Facebook tocou.
Alguém estava querendo falar comigo.
Mas que caralho!
Cliquei na barrinha do Facebook e fui ver a mensagem que havia recebido.

João Mateus enviou uma mensagem.
"Fala ae, Bruno"


João Mateus era meu amigo de muitos séculos. Estudávamos juntos na mesma escola. Éramos os mais queridos da turma.

Eu poderia ignorar a mensagem e continuar com minhas pesquisas, mas era muito difícil ignorar o João ou qualquer outra pessoa, porque, ignorando, eu me sentia culpado, e eu odiava me sentir assim.
Então decidi responder.

"Fala, João"
Ele demorou um pouco para responder.
"Ei, cara, o que tá fazendo agora?".
"Nada", respondi "E você?".
"Ah, mano... Você sabe, né... Quando a gente fica sozinho, a gente pode fazer umas brincadeira doida.
"Ah, tô ligado", falei.
Ficou sem responder por uns segundos.
"Bruno?"
"Fala, mano".
"Você sabe o que eu tô fazendo agora?".
"Eu tô ligado. Você tá batendo uma agora, não é?"
"Sim, mas tem outra coisa"
"Hm.. O quê?"
Ele ficou mudo por um mais ou menos um minuto.
"Ah... Isso é tão difícil".
"O que é difícil?"
"Ah, mano. Você sabe, né... A gente é amigo há tanto tempo...".
"É, eu sei. Mas o que isso tem a ver...?.
De repente ouvi um barulho vindo do andar de baixo. Olhei para a porta e fiquei olhando e nada.
Então voltei para a conversa.
"Acho que eu tô apaixonado".
"Apaixonado?" perguntei.
Eu estava bem surpreso com isso. João não era o tipo de pessoa que falava "Eu tô apaixonado". Ele era bem retido com seus sentimentos.
"Você tá bem, João?", falei. "Já tá gozando? Kkk".
"Ainda não Kkk".
"Então, me fala. Quem é a pessoa da vez?"
"É a primeira vez que isso acontece comigo, mano".
"Hm".
Nesse ponto, eu havia me esquecido completamente dos sites eróticos. João era perito em prender a atenção das pessoas.
"Ah, mano, não sei, mas acho que eu tô apaixonado por você".
Dei um pulo para trás na cadeira.
"É o que, cara? Você tá de zuera..."
"Eu não ia brincar com isso, Bruno. Você não sabe o quanto é difícil falar isso com você".
"Você tá de zuera. Eu não acredito nisso".
"Não é zuera. É sério".
Tive que parar a conversa porque minha cabeça começou a doer. Levantei - me dá cadeira e abri a porta. Desci até o andar de baixo e fui beber um copo de água na cozinha.
"Apaixonado por mim?", pensei, enquanto bebia a água.
Uma parte de mim ria da situação, mas a outra parte achava aquilo tudo muito bizarro.
"João, apaixonado por mim?"
"Ele tá pirado da cabeça".
Depois de beber a água e relaxar a cabeça, subi até meu quarto e voltei para meu lugar, em frente a tela iluminada do PC.
Respirei fundo antes de responder.
Reparei em mais uma mensagem que o João havia me mandado.
"Você tá aí, mano?".
"Sim, eu tô aqui", respondi.
"Porque demorou a responder?".
"Fui ao banheiro", menti.
"Ah".
Silêncio por uns segundos.
"Então, isso é verdade mesmo?".
Sem resposta.
Olhei para a barrinha do chat e lá estava escrito:
ONFFLINE.
"Ueh", falei, sem entender.
Cocei a cabeça.
Levantei - me da cadeira.
Fiquei andando pelo quarto. Sacudindo o pé. Pensando.
Agora eu estava muito curioso para saber o que estava acontecendo com João.
Eu tinha o número dele. Meu celular estava na cozinha. Tinha deixado ele lá quando tinha ido beber água.
Desci até o andar de baixo e levei um susto.
João estava na cozinha, segurando um notebook, olhando em minha direção.
"João??", gritei.

"Seus pais parecem não cuidar muito bem de você, não é, Bruno? Eles deixaram a janela que dá para a rua aberta. Foi fácil entrar aqui".
"Mas... Mas... Como...
Ele veio caminhando em minha direção. Parou a um passo de mim. Dava pra sentir sua respiração.
"Não quero ouvir perguntas. Vêm e me pega".
Meu pau cresceu na hora.
"João, o que você está fazen..."
Ele agarrou minha cabeça e meteu a boca nos meus lábios.
Me beijou, colocou sua língua lá dentro da minha boca, me beijou de cima a baixo.
Senti suas baforadas no meu rosto, aquele beijo estava incrível.
Senti um volume crescendo embaixo de mim. Era o pau do João. Parecia um pau bem grosso e duro.
Ele foi se abaixando e abaixou minha calça. Meu pai saltou para fora e balançou na frente do rosto dele.
Ele meteu a boca na minha pica, abocanhou com vontade, e começou a chupar. Chupou a cabeça até as bolas.
Enquanto isso, eu gemia de prazer, encostado na parede da cozinha, naquele lugar de pouca luz, sentindo um prazer que nunca havia sentido antes.


Alguns minutos depois, estávamos no meu quarto, deitados na cama, lado a lado, conversando.
João me contou tudo o que tinha acontecido antes de mandar aquela mensagem para mim.
E contou também o que aconteceu durante a nossa conversa. Disse que, por pouco, seu plano não havia caído por água abaixo.
Ele tinha deixado o notebook escorregar de suas mãos, e quando o aparelho bateu no chão, fez um barulho que poderia chamar a atenção de uma pessoa que estivesse a dois quilômetros de distância.
Daí lembrei daquele momento em que tinha ouvido um barulho vindo do andar de baixo.
Agora a tudo fazia sentido.
Pedi que João fosse embora, porque meus pais poderiam chegar a qualquer momento. Pedi que, mais tarde, me explicasse o sentimento que ele tinha de mim. Que me explicasse o porquê de tanto amor.




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Comentários


foto perfil usuario vadinhosantos

vadinhosantos Comentou em 24/06/2017

Tesão! Votado.




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Ficha do conto

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brunorodrigues

Nome do conto:
UM BARULHO NO ANDAR DE BAIXO

Codigo do conto:
102403

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
24/06/2017

Quant.de Votos:
12

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