O fato de eu estar escrevendo este artigo não significa que ainda tenho sentimentos pelo cara que me traiu no verão passado. Escrevo porque quero ter uma cópia desta memória triste. Para quê, não sei. Apenas senti que é necessário que eu tenha um arquivo como esse guardado em uma pasta especial do meu computador.
Isso aconteceu no ano passado. Pelos meus cálculos mentais, acredito que tenha ocorrido entre os meses de julho e outubro. Eu tinha 17 anos.
Meus pais viajaram para São Paulo, acho que queriam um descanso do próprio filho. Eles deixaram a casa por minha conta e também um estoque considerável de alimento para que eu não passasse fome enquanto eles estivessem fora.
Brinquei com eles dizendo que, se a comida acabasse, eu poderia pular a janela da casa de um vizinho descuidado pela madrugada e roubar as coisas da geladeira dele. Meus pais, principalmente minha mãe, não gostaram nada da brincadeira.
Quando eles foram embora, senti como se o mundo tivesse se esticado. Realmente me senti mais livre, mais liberto, sabe?
Foi uma coisa muito boa, porque geralmente não me sentia assim em nenhum momento do dia, e agora que eu tinha a casa e a comida nas minhas mãos, poderia fazer quase tudo o que eu sempre queria fazer caso um dia estivesse sozinho.
A primeira coisa que fiz foi pular no sofá até desmaiar. Eu sabia que era loucura. Mesmo assim, o fiz.
Pulei, pulei, pulei. Pulei até quase literalmente desmaiar.
Deitei no sofá, a luz da TV ligada iluminando a sala escura, um sentimento avassalador me envolvendo como se fosse um cobertor.
Era tão bom estar sozinho. Tão bom ter tudo em meu controle (ou quase tudo, né - rs).
Estava de noite. No dia seguinte seria um sábado. Tranquilidade. O que eu poderia fazer?
Mil ideias me vieram a mente, mas só uma, APENAS UMA, me iluminou.
Corri até a cozinha, peguei o telefone e liguei para o Pedro. Falei com ele por meia hora, enrolei, antes de contar a novidade:
--- Pedro, sabe aquela viagem que falei com você há um mês?
--- Sei, sim. O que tem?
--- Então... Meus pais acabam de sair de viagem hoje. Tenho a casa livre por dois dias. Você pode vir aqui a hora que quiser.
Reinou um silêncio absorto atrás da linha.
--- Pedro?
--- AAAAAAAAAAHHH!!! Não acredito!!!
Comecei a rir.
--- Pois é... que tal vir aqui em casa agora?
--- Vou pedir aos meus pais. Se eles não deixarem, eu te ligo. Se deixarem, vou chegar aí de surpresa.
--- Beleza. Até depois, Pedro.
--- Falow, Bruno.
Depois que desliguei o telefone, só me deu vontade fazer uma coisa:
GRITAAAAR!!!!
(continua)
Achei muito legal o seu conto, ta muito bom. Continua, estou ansioso pelos próximos capítulos.
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Se você rolou até aqui em baixo, precisa ler o seguinte pedido: POR FAVOR, COMENTE AQUI O QUE ACHOU DESSA SINOPSE. ACHA QUE EU DEVO CONTINUAR? JÁ TENHO A HISTÓRIA COMPLETA. CASO EU OBTVER RESPOSTAS POSITIVAS, ESTAREI TRAZENDO O RESTANTE DA HISTÓRIA PARA VOCÊ. OBRIGADO PELA COMPREENSÃO!