Ele soou mais sexy do que autoritário na voz pesada de álcool. O bafo me deixando bêbado junto, mas bêbado de luxuria. O cheiro que tinha na cabeça do pau dele, o bafo, o cheiro de cigarro e o perfume resistente, caro, como eu já tinha dito.
O meu dono tinha chegado. E vinha, de novo, todo senhor, imperativo, ciente de que era dono. E vinha reclamando o que era seu.
Subi e o encontrei em pé com uma garrafa de champanhe quente na mão, vestido exatamente como estava de manhã. O short velho de nylon azul claro que, agora, estava com manchas esbranquiçadas espalhadas na parte da frente.
Olhei pra ele esperando o comando, qual seria agora? Ele pareceu reconhecer e apreciar isso. Apenas me observou gozando os efeitos de seu poder sobre mim. E, então, sem abrir a boca, olhou de mim para o chão em frente a ele e voltou a me olhar. Uma ordem havia sido dada ali e me cabia obedecer.
Me ajoelhei na frente de Maurício e olhei pra cima em busca de seus olhos. Ele sorriu com malícia um instante antes de forçar meu rosto contra seu pau por sobre o short. O cheiro do nylon, e da sujeira no nylon, o toque macio do piru revestido de nylon. Cheiro de mijo, de cigarro, de bêbado. Eu tragava os odores de Maurício como se fossem oxigênio. E eram para as minhas necessidades.
Ele ficou se divertindo com o que me causava ao se esfregar em mim, ao esfregar seu sexo na minha cara.
“Vem.” Ele foi sentar na cadeira de escritório que tinha no quarto.
Ele tirou o short, descansou a garrafa na escrivaninha e acendeu um cigarro. Quando eu cheguei perto, ele se acomodou com a bunda no limite da cadeira e abriu as pernas. O saco e o pau pendendo livres.
“Vem se esfregar na minha rola.”
Não esperei. Cai de cara em seu ventre e o cheirei e acariciei com meu rosto.
“Me lambe aí tudo.” As sobrancelhas altivas.
Lambi todos os cantos que podia encontrar, as virilhas, as bolas, o canto entre saco e virilha, lambi. Lambi e chupei seus pentelhos e inalei e mordi com carinho. Maurício ria maldoso. Terminou o cigarro e levantou empurrando a cadeira pra trás.
Ele me segurou pelos cabelos da nuca e me puxou para encará-lo, me olhou bem no fundo dos olhos e por um instante vi um lampejo do que achei ter sido ternura ou pena; ele aproximou o rosto do meu...
Este capítulo continua no blog: ContoSigiloso (o endereço se encontra no meu perfil aqui).
Obrigado por acompanharem minha história.
Muito bom seus contos, a continuação do capítulo 7 já não consegui ler... Infelizmente não vou começar o 8 pois já vou perder a história.
Você é o melhor!!
Eu também queria. Ah, como eu queria...
Adoro seus contos, muito! Mas queria ver o jogo virar e Mauricio correr atrás, Abel merece mais!