Ma Petite Princesse (Minha Pequena Princesa) XIX

Sinopse: Nívea passa por uma situação terrível e mais constrangedora do que a ocorrida meses atrás e somente Melissa e Felipe serão capazes de ajudá-la mas... Será que a ajuda deles é o suficiente?


***O conto é uma série e então leiam os capítulos anteriores***


Ao ver a cena já no meio do salão entre os outros convidados, vejo meu pai sendo abraçado calorosamente e minha mãe ao lado observando os dois, sorrindo.

- Meu anjo, venha aqui! Veja só quem veio comemorar com a gente! - ela me chamou ao me ver.

Engoli em seco e minha respiração acelerou. Ambos se desvencilharam do abraço e ao me encarar, aqueles olhos predadores vieram na minha direção como se estivesse me deixando nua.

- Pequena Nívea! - o sorriso venenoso ao falar - Que prazer enorme revê-la...

Me aproximei devagar ficando ao lado da minha mãe.

- Oi, Sr Heitor - respondi tentando forçar um sorriso.

- Como têm passado? - o olhar dele se dividiu entre o meu rosto e o meu decote.

- Bem, obrigada.

- Estou muito chateado com a senhorita, viu? Das últimas vezes em que seus pais estiveram almoçando conosco na churrascaria, você não os acompanhou.

Senti um tom de ameaça ao ouvir ele falar desse jeito.

- Nívea agora tem uma vida social agitada, mon amie - meu pai disse descontraído - Difícil encontrá-la final de semana em casa.

- Eu imagino, minha filha passa pela mesma fase - deu um meio sorriso de lado virando-se para o meu pai e novamente pra mim - Mas então? Cadê o meu abraço?

Abriu os braços esperando que eu fosse retribuir. Não havia uma parte do meu corpo que não estivesse tensa. Me aproximei lento e lhe dei um abraço frio, pelo lado esquerdo, segurando-o pelos ombros e evitando me aproximar.

Mas para ele foi pouco.

Sua mão direita discretamente pousou acima do meu bumbum e a esquerda nas minhas costas, fazendo com que meu corpo fosse de encontro ao dele. Por causa do pequeno salto do meu sapato, ficamos em uma altura próxima.

E eu senti. Senti nojo, senti meu estômago rasgar, senti enjôo ao aspirar o perfume que usava, me senti invadida quando ele socou duro por entre as minhas pernas mesmo usando uma calça social. Me sentia suja. Fez por poucos segundos, mas o bastante para pensar que eu estava sendo violentada por horas.

- Coisinha linda que você é - disse me pegando pelo queixo e se afastando.

- Bebe alguma coisa? - meu pai o levou para o seu círculo de amigos - Falta você saber a boa nova...

As vozes foram se afastando e eu fiquei ali parada sem conseguir me mexer, de frente para a porta aberta. Toquei o tecido do meu vestido, não senti nenhum rastro do abuso mas a vontade de vomitar me subia pela garganta. E então, ela apareceu na porta ao lado do irmão: de batom vermelho, os cabelos presos em um coque no alto, deixando alguns fios soltos pelo rosto exibindo um sorriso que imediatamente sumiu ao ver o desespero tremer nos meus olhos.

- Amiga, que houve? - a ruiva segurou no meu rosto.

- Tu tá gelada - Felipe passou a mão no meu braço tentando me aquecer.

- Me levem pro meu quarto! - implorei baixinho - Me levem pro meu quarto!

- Calma, primeiro você precisa sair do lugar - ela me pegou pelo braço me levando na direção do corredor, cumprimentando alguns presentes, disfarçando e sorrindo amarelo - Boa noite a todos, boa noite - Felipe veio logo atrás de nós duas.

Entramos no quarto e então pude desabar em lágrimas. A vontade que eu tinha era de sumir, de me jogar pela varanda do quarto, de qualquer coisa que me livrasse daqueles segundos medonhos. Melissa e Felipe me observavam calados por alguns minutos esperando eu me acalmar.

- Amiga, a gente não vai poder ficar o tempo todo aqui no seu quarto - ela finalmente quebrou o silêncio entre os dois - mesmo eu querendo muito.

- Conta pra gente o que aconteceu, Nívea - Felipe pediu com os braços cruzados na altura do peito.

Fui até a porta do quarto e a tranquei.

- Vão pro meu banheiro. Ninguém pode ouvir o que eu tenho pra falar com vocês.

- Tá - ambos se olharam e seguiram e eu fui até o meu criado mudo abrindo a última gaveta pegando um papel cuidadosamente dobrado. Entrei no banheiro e entreguei o bilhete para o Felipe.

- Leiam isso - estiquei meu braço e com a outra mão secando uma lágrima.

Os dois leram juntos e Melissa fez uma cara de pavor tampando a boca como se tivesse assistindo a um filme de terror.

- Que merda é essa aqui, Nívea?! - Felipe questionou encostado na pia.

- Um bilhete escrito pelo mesmo lixo que abusou de mim antes de vocês chegarem.

- O QUÊ??? - Melissa deu um berro - QUEM ABUSOU DE VOCÊ?

- Que loucura que você tá falando? - o mais velho emendou.

- Aconteceu uns meses atrás, nós ainda não éramos amigos... - falei me sentando na tampa da privada.

Foi difícil pra mim trazer de volta todos os instantes daquele dia que eu e meus pais saímos para almoçar fora. Mesmo assim contei aos dois o que aconteceu até o exato instante da chegada do tarado nojento na festa.

- Meu Deus do céu - Melissa colocou a mão na testa - e você não contou aos seus pais?

- Não tive coragem. Eu também não dei importância na época, mas agora é diferente - minha voz embargou sentindo o choro vir novamente - Eu não quero que ninguém me toque! Ninguém!

- Nívea, você precisa contar!! - Felipe me advertiu - Eles precisam saber!

- Esse homem é muito amigo do meu pai! Por favor, não contem pra ele! Eu estou confiando em vocês!!! - supliquei desesperada.

- Cadê o seu celular? - a ruiva me perguntou.

- Está perto da porta do quarto.

- Tá - ela saiu correndo do banheiro e voltou com eles nas mãos estendendo na minha direção - liga pra ele!

- Ligar pra quem? - eu franzi a testa em confusão.

- Como para quem??? Pro Eric! Ele precisa fazer alguma coisa!!!

- Eu não vou envolver o Eric nisso! Tá maluca?

- Certo, espertona - Felipe ironizou - Ela liga pra ele e você acha que vai acontecer o quê? Que ele vai chegar na portaria do prédio, usando capa branca, montado em um cavalo branco para resgatar a princesa?

- Não sei - a ruiva olha pra nós dois confusa e pensativa - Ele vai?

- Pelo amor de Deus, Mel - ele bufou.

- Eu não vou conseguir contar pra ele - lamentei.

- Mel, segura aqui esse bilhete imundo - Felipe pediu.

- Vai fazer o quê?

- Tirar uma foto - falou enquanto tirava o celular do bolso - pode ser importante no futuro.

- Vocês vão investigar ele??? - questionei.

- Será que ele é abusador de menores? - Melissa perguntou.

- Não custa nada puxar a ficha do cara.

Melissa segurou o papel esticado e Felipe direcionou a câmera do celular tirando varias fotos com e sem flash.

- Por mim, pode rasgar isso - autorizei

- Isso, vamos rasgar! - Melissa tentou mas Felipe foi mais rápido.

- Nada disso, prova concreta deve ser preservada - ele colocou a folha pro alto e em seguida a olhou com desdém - O cara é tão amador que escreve uma nojeira dessas a próprio punho. Qualquer perícia grafotécnica acaba com a vida dele se tiver envolvido em sujeira.

- Fica contigo então Lipe, não sei porque eu tenho isso guardado comigo até hoje - pedi e ele concordou guardando no bolso de trás da calça bem dobrado.

- Ok, agora liga pro Eric!

- Eu não vou falar, Meli!!!

- Então quem vai falar sou eu!!!

- Deixa eu falar então! - Felipe nos interrompeu - me dá o número dele, mesmo eu achando uma perda de tempo.

Busquei o número e mostrei pra que ele pudesse discar do seu celular.

- Coloca no viva voz! - Melissa mandou.

- Larga de ser fofoqueira! - o irmão a chamou atenção.

- Eu quero ouvir a voz dele que é linda! Coloca!

Melissa não era deste planeta.

Ele terminou de discar, segurou o aparelho e ficamos escutando as chamadas até Eric finalmente atender.

- Alô?

- Alô, Eric? Aqui é o Felipe, amigo da Nívea, er... Você tá ocupado?

- Tô corrigindo prova - respondeu sério - Cadê a Nívea?

- Então, a gente tá aqui no aniversário da mãe dela e aconteceu um troço nojento agora no início da festa...

- O quê que aconteceu? Passa o telefone pra ela!

Balancei a cabeça ligeiro negando e com as mãos na boca.

- Ela não tá em condição de falar, já chorou muito, por isso eu tô falando com você...

- Me dá essa merda aqui! - Melissa arrancou o telefone da mão dele - Alô, Eric? Sou eu, a Melissa! Então, é o seguinte: tem um tarado aqui na festa que abusou da nossa amiga! É um dos convidados. A gente tá te ligando porque você tem que fazer alguma coisa!

Minha vontade era enviar a Melissa para Sibéria com passagem só de ida naquele momento.

- Quem encostou nela??? FALA! - a voz dele se alterou do outro lado!

- Eu ainda não sei quem é porque não vi o cara. Nós chegamos e ela estava em pânico perto da porta e estamos no quarto dela tentando fazer ela se acalmar. E a Ni também não quer contar o que aconteceu para os pais.

- Tirem ela daí agora!!!! - ele ordenou firme. Eu e Felipe negamos de novo com a cabeça.

- Eric, eu sei que é horrível mas não podemos sair da festa desse jeito. Vai ficar esquisito!

- Qual o seu nome, mocinha? É Melissa, não é? Pois bem Melissa, presta atenção: vocês moram na rua de esquina da avenida principal do bairro, certo? No início dessa avenida tem um posto de gasolina. Eu estou saindo de casa e quando eu chegar lá, quero ver a Nívea esperando por mim. Você entendeu direitinho, não entendeu?! Espero não precisar repetir!

- Entendi... - a ruiva concordou com a voz miúda ficando mais branca de medo do que já era.

- Ótimo! Em meia hora estarei onde eu falei. É o tempo que vocês tem para saírem daí e me encontrarem lá. Ficou claro?

- Ficou - continuou com a voz baixa.

E desligou.

- Nossa Senhora, que homem é esse hein... Maravilhoso até dando esporro!

- Eu odeio quando ele me chama pelo nome. Odeio!

- Eu estranhei também. Sempre te chama por apelidos fofinhos.

- Ele é sempre grosso assim com você? - Felipe questionou.

- O Eric não é assim, acredite! Ele é um príncipe.

- Gente - Melissa alertou - Temos pouco tempo e ainda precisamos de uma desculpa para sairmos da festa! Vamos!

- Eu falo com a minha mãe.

Saímos do quarto e ao chegarmos no salão, minha mãe e Dona Cecília vieram ao nosso encontro.

- Nívea, meu amor, o que houve? Que carinha pálida é essa? - minha mãe me olhava preocupada.

- Tive um pouco de enjôo, mãe. O Lipe e a Meli me fizeram companhia.

- Você está melhor agora minha querida? - Dona Cecília perguntou.

- Mais ou menos.

- Então Dona Helena, será que nós podemos descer um instante só pra Ni tomar um pouco de ar? - Melissa pediu com o seu braço cruzado ao meu - A gente não demora, prometo!

- Vocês não querem comer nada? O jantar e buffet já estão sendo servidos - minha mãe sugeriu.

- A gente come quando voltar, não é meninas? - Felipe garantiu.

- Com certeza! - a ruiva confirmou.

- Helena, deixa eles descerem - Dona Cecília deu apoio - Sabemos como são os jovens, odeiam socializar com os adultos! Mas com a condição de que não demorem, certo? - falou olhando para nós três.

- Certíssimo - os dois concordaram.

***

- Eu não sei onde eu estava com a cabeça quando fui na sua onda pra comprar esse sapato - Melissa tagarelava, andando ligeiro, quando estávamos quase chegando no posto - Droga de salto!

- Nem parece que é você nessa roupa - Felipe debochou.

- Cala a boca! - ela mandou e ele riu.

Mesmo ouvindo a Melissa falar, eu estava apenas com o Eric nos meus pensamentos. O que ele iria fazer? Iria brigar comigo? Me levar pra longe dali? Era o aniversário da minha mãe e eu queria estar ao lado dela, droga!

Chegamos na esquina do posto e ele estava vazio.

- Vamos passar pelo posto e esperar no muro de trás. É um pouco escuro mas dá pra ficar tranquilo - Felipe nos falou.

Seguimos até o lugar e esperamos por uns cinco minutos. O carro que eu já conhecia com o farol aceso se aproximou e estacionou na ponta da calçada. Eric saiu de dentro dele vindo na nossa direção, bem vestido usando calça e camisa social como se estivesse indo para um festa. Estranhei de início. Seu olhar terno de sempre e seus braços protetores me envolveram firme acompanhado de um beijo no topo da minha cabeça. Finalmente me sentia protegida de tudo e de todos. O seu corpo quente e acolhedor era o que eu precisava naquele instante.

- Foi mal, Eric. A gente não sabia o que fazer, ela ficou aterrorizada, por isso te ligamos! - Felipe se justificou.

- Tá tudo bem - falou com a voz séria - Fizeram bem em me ligar.

Eu me mantinha encolhida em torno dos braços dele e queria ficar ali pra sempre. Respirava fundo sentindo o perfume delicioso que usava.

- Agora, me conta... - ele me afastou calmamente do seu corpo e me fez olhar em seus olhos segurando o meu rosto com as duas mãos - O quê que esse verme fez em você?

- Ele encostou em mim... - falei com a garganta apertada.

- Como?? - me olhou firme e pude ver o vermelho típico de irritação em torno do seu pescoço - Como ele encostou em você??

- Ele me forçou um abraço - me senti tonta ao falar - e fez por entre as minhas pernas.

Minhas lágrimas rolaram e Eric respirou fundo. Sabia que estava tomado pela raiva pois buscava o ar com toda força quando ficava assim.

- Fica calmo... - pedi à ele segurando seu rosto, acariciando a barba macia.

- Ninguém encosta em você, Nívea! Ninguém! - esbravejou.

Nesse momento o telefone da Melissa tocou.

- Oi mãe - ela atendeu apertando o viva voz.

- Oi filha, como está a Nívea? Ela está mais tranquila?

- Tranquila? - a ruiva nos olha confusa franzindo a testa - Er.. Então... Tá sim, o enjôo dela tá melhorando.

- Não precisa disfarçar comigo. Eu vi exatamente tudo o que aconteceu! E esse desgraçado tá aqui se divertindo como se não tivesse feito nada!

Nós três arregalamos os olhos não acreditando no que acabamos de ouvir. Meu peito começou a palpitar.

- Eu estou aqui da sala de casa falando com você e vou voltar para a festa. Você e o seu irmão prestem atenção no que eu vou dizer: mantenham a calma, voltem com a Nívea e não saiam de perto dela, entenderam? Eu estou discretamente de olho nesse maníaco.

- Entendemos - Melissa respondeu.

- Perfeito. É horrível dizer mas não podemos estragar uma comemoração tão especial para os pais da nossa querida. Amanhã conversaremos melhor sobre isso.

- Tá certo mãe, a gente já tá voltando.

- Ok então, tchau.

- Tchau.

Encerraram a ligação.

- Então tá explicado porque ela concordou para que a gente saísse da festa - Felipe lembrou - ela sabia o tempo todo!

- A gente se estapeia, ela respira trabalho mas a minha mãe é foda demais! - Melissa sorria enquanto olhava o celular.

- Sua mãe é policial? - Eric se dirigiu à ruiva ainda abraçado a mim.

- Quase isso. Ela é promotora de justiça. Os olhos dela são verdadeiros raio-x para identificarem vagabundo.

Eu adorava o jeito como o Eric observava as pessoas. Achava estranho no início, principalmente nas duas ocasiões em que o peguei me decifrando com o olhar, em sala de aula, antes de nos tornarmos amantes. E naquele instante era com a Melissa.

- De volta pra festa, meninas! - Felipe comunicou - É chato mas inevitável.

- Eu vou voltar com vocês! - Eric anunciou.

- O quê???? - perguntei boquiaberta.

- A gente vai cuidar dela, Eric - Melissa garantiu - Acho que não é pra tanto.

- Você telefonaram pra mim dizendo que eu tinha que fazer alguma coisa, não foi? - falou imponente - Pois bem, eu quero olhar na cara daquele filho da puta que ousou encostar na Nívea! Eu não vim arrumado pra cá à toa!

- Acha uma boa ideia? - perguntei.

- Acho. Telefona pra sua mãe e fala que a gente se encontrou por acaso na loja de conveniência. E pergunta se eu posso subir com vocês para dar os parabéns à ela.

- Será que ela vai autorizar? - Melissa perguntou.

- Tenho certeza que vai - Eric afirmou.

Pesquisei pelo número da minha mãe e fiz a chamada.

- Viva voz, amiga!

Olhei para Melissa sério e revirei os olhos. Alguns segundos depois felizmente ouço a voz dela.

- Filha, cadê você? - era a voz dela na linha.

- Oi mãe, estou na loja daqui do posto.

- Melhorou do enjôo? Estão voltando?

- Sim, melhorei. Queria te pedir uma coisa.

- O que foi?

- Lembra daquele dia no colégio que você conheceu o Professor Eric?

- Aquele seu professor lindão?Claro que sim!!!!

Felipe e Melissa saíram de perto pois se desmancharam em gargalhadas, eu me senti do tamanho de uma formiga e Eric deu um meio sorriso sem jeito, olhando pro chão e passando a mão pela nuca.

- Sim mãe, o meu professor de Literatura - corrigi - A gente se encontrou e queria saber se ele pode ficar na festa. Tem problema?

- Problema nenhum, meu amor! Traz ele aqui! Seu pai vai adorar conhecê-lo!

- Tá bom então, estamos voltando agora!

- Certo, venham logo!

- Desculpa Eric - falei encerrando a ligação - minha mãe é sem filtro.

- Tudo bem. Eu sabia que ela ia autorizar.

- A noite não está totalmente perdida, amigos - Melissa fez graça - não perco este acontecimento por nada!

- Eu só não quero que aquele verme chegue perto de mim!

- Ele não vai chegar! - Eric afirmou.

- E temos uma agente secreta infiltrada lá, não se esqueçam - Felipe garantiu, se referindo à Dona Cecília.

- Vocês três vão na frente e me esperem na portaria - Eric ordenou.

- Tá bom - concordei e trocamos um selinho.

- Eu vou estacionar o carro.

Seguimos nós três de volta para a festa.

E o que eu menos queria aconteceu: uma aproximação entre Eric e os meus pais. Não me sentia bem com isso e tinha medo do que viria pela frente. O relacionamento com o meu professor era algo que dizia respeito somente a mim e aos meus dois melhores amigos. Não achava que Eric Schneider, Jacques Martin e Helena Toledo virassem amigos de infância mas era estranho pensar que em poucos minutos ele estaria na minha casa, conhecendo o meu universo particular.

Continua...


Capítulo triste para nossa Princesse mas espero que eu tenha conseguido arrancar boas risadas de vocês com a melhor dupla de melhores amigos que uma adolescente poderia ter.

Essa festa promete.


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Ficha do conto

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Nome do conto:
Ma Petite Princesse (Minha Pequena Princesa) XIX

Codigo do conto:
173727

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
26/02/2021

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