Ma Petite Princesse ( Minha Pequena Princesa) XXI

Sinopse: Eric se torna atração da festa e nossa bela jovem deixa a timidez de lado em nome da diversão...


***O conto é uma série então leiam os capítulos anteriores***


A festa corria maravilhosamente bem...


O jantar servido e outras iguarias estavam fazendo sucesso entre os convidados e as taças de champagne disputando a atenção com as garrafas de whisky. Havia também coquetel de frutas sem álcool como opção. Foi o que eu consumi durante a noite. Minha mãe escolhera músicas da sua época de juventude para a playlist a ser tocada. Me lembro de escutar algumas na companhia dela quando era criança. Todos muito alegres e aproveitando a comemoração da melhor forma.

Eu e o Eric voltamos para o salão e novamente eu percebia os olhares e sorrisinhos das mulheres na minha direção e estranhei. A minha maquiagem estaria borrada? Meu cabelo desarrumado? Sim, os cachos do penteado não estavam mais como no início mas meus cabelos estavam em ordem. Então qual era o problema?

Ficamos novamente no ponto onde estávamos, logo que chegamos, e Melissa comia mais uma fatia de torta. "Ela vai passar mal de tanto que come", olhava pra ela e pensava. Eric, que estava logo atrás de mim parecendo um guarda-costas, voltou a ficar encostado na parede de onde tinha uma visão geral da festa.

- Não sei porque tá todo mundo me olhando! - desabafei de cara amarrada, cruzando os braços, ao me aproximar da Melissa e Felipe.
- Quê que você fez? - a ruiva perguntou enquanto cortava com o garfo um pequeno pedaço de torta e comia.
- Eu não sei! Algumas amigas da minha mãe ficaram olhando pra mim enquanto eu passava e começavam a rir baixinho do nada.
- Não é pra você que estão olhando! - Eric afirmou e sorriu para o Felipe que sorria de volta feito cúmplices.
- Como assim? - perguntei confusa.

Nesse instante sinto alguém me tocando por trás nas minhas costas.

- Nívea querida, como você está?

Era Marina, gerente geral da clínica da minha mãe. Abaixo dela, Marina era tipo a manda-chuva da empresa. Estava muito elegante em um vestido preto de renda transparente até o meio das coxas que definia todo o corpo. Os cabelos loiros modelo chanel bem penteados e a maquiagem leve. Os cílios longos ajudavam a destacar o caramelo dos olhos. Marina era um pouco mais alta que eu e usava uma sandália preta de pedras transparentes nos detalhes.

- Oi Marina - a cumprimentei gentilmente com dois beijos do rosto - ainda não tinha te visto.
- Eu cheguei tem pouco tempo - ela explicou sorridente - A festa está maravilhosa, sua mãe como sempre arrasa em tudo o que faz!
- É o que ela tem de melhor! - concordei.

Percebia que enquanto ela conversava comigo, seus olhos desviavam na direção de onde estava o Eric. E, de inesperado, ela se voltou para ele.

- E então? Quem é o seu convidado? - seus olhos o encaravam sem nenhum disfarce - Não lembro de tê-lo visto com a sua mãe em alguma reunião de negócios.
- Aah... - eu me virei para o Eric e para ela ao mesmo tempo gaguejando - Então... Professor, essa é a Marina, ela trabalha com a minha mãe.
- Prazer em conhecê-la - ele lhe estendeu a mão de forma simpática olhando-a nos olhos.
- Como assim? Professor? - Marina o olhava sem acreditar.
- Ele me dá aula de Literatura no colégio... - expliquei, ainda tentando entender o que acontecia.
- Mas que lindo, isso! - ela lhe deu dois beijos no rosto - Que bom saber Nívea, que você constrói uma relação de amizade com os seus professores!

De modo discreto, ela ajeitava a gola da blusa social que ele usava, passando a mão delicadamente pelo peitoral no que Eric, constrangido, abaixou a cabeça sorrindo de lado. Melissa estava paralisada com o garfo na boca e seus olhos pareciam estar em uma partida de tênis olhando o que acontecia na sua frente entre eles dois. Felipe saiu de perto tentando conter o riso e eu fiquei atônita. A funcionária da minha mãe estava flertando com o Eric na cara de pau!

- Sim... Legal... - sorri forçada.

Não senti ciúmes. Pelo contrário, achei engraçada a situação. Se Eric Schneider era motivo de olhares entre as alunas do meu colégio, com as mulheres da idade dele ou mais velhas não seria diferente.

- Venha nos visitar um dia na clínica com a sua esposa! Vamos adorar recebê-los! - o convidou.
- É muita gentileza sua, senhora... Marina? - perguntou em dúvida, no que ela afirmou - Mas eu não sou casado.
- Ah, não acredito! - ela o respondeu abrindo um sorriso enorme - Está falando sério?

Sim, ele está. É solteiro, mas transa com a melhor aluna dele todo final de semana nos últimos dois meses.

- É sério - ele confirmou.
- Ah, então venha comigo - falou pegando em sua mão - vamos até a varanda conversar um pouco, que tal?

Não era mesmo para mim que estavam olhando e rindo no salão. Eu era lerda às vezes para perceber as coisas ao meu redor.

- Muito obrigada, Marina - Minha mãe surgiu entre nós feito mágica - Mas o professor Eric prefere estar entre os jovens da festa, ok?

Como não amar Helena Toledo?

- Ai, mas você é uma estraga prazer mesmo, Lena! - a loira fez birra, saindo de fininho.
- Desculpe, professor - minha mãe se virou para ele - A Marina desde que se divorciou, está à caça de homem.
- Entendo - ele respondeu levemente aliviado com o fim daquela situação.

- Mas e os jovens da festa? - ela me abraçou amorosamente por trás encostando sua cabeça na minha, me dando um beijo nos meus cabelos - estão se divertindo ou não?
- Meli se diverte comendo, mãe - apontei para a ruiva - ela vai passar mal com tanta torta.
- Aí depois ela enche o saco da minha mãe reclamando de dor de estômago - Felipe brincou debochado.
- Ué gente, mas a torta é deliciosa mesmo, vou fazer o quê?
- Vou pegar a receita com a equipe do buffet e dar pra sua mãe, Melissa.
- Por favor, faça isso!
- E você meu anjo? - me apertou no abraço - Não está colocando em prática as suas aulas de dança na pista do salão porque hein?

Como não odiar Helena Toledo? Mesmo que por poucos segundos?

- Como assim?? - Eric olhou para nós duas não acreditando no que minha mãe acabara de dizer - Aulas de dança?
- A Nívea faz aula de dança todos os sábados de manhã, Professor. Não sabia?
- Não mãe, ele não sabia. Ele não sabe da vida do alunos além da sala de aula.

Eu era boa em contar piadas.

Eric me olhava nos olhos, encostado na parede com os braços cruzados, deu um meio sorriso e mentalmente estava me pedindo uma explicação. Não havia contado à ele pois não vi motivo. O que teria demais nisso?

- Porque vocês começaram as aulas mesmo, Melissa? - minha mãe tentava lembrar e não conseguia.
- Nada demais! - respondi atravessada e aflita - Entrei para as aulas porque voltei mais gordinha das férias. Foi só isso! - olhei firme pra Melissa.
- Certeza que foi só isso, Melissa? - Eric perguntou à ela não tirando os olhos de mim e acariciando a própria barba - Pois eu acho que não.
- Ni, amiga, conta pro seu professor - o deboche escorria na voz - A gente começou as aulas porque você precisava aprender a rebolar a bunda!

Escondi meu rosto no gesto facepalm.

- É mesmo?? - Eric sorria sarcástico ao falar - Estou desatualizado, não sei muito sobre o que as meninas da idade de vocês fazem hoje em dia. É isso? Vocês rebolam a bunda?
- Eu só danço nas aulas e no meu quarto em frente ao espelho - afirmei de cara fechada querendo voar no pescoço da Melissa que sorria irônica.
- Entendo, sendo a minha aluna mais quietinha, é normal - afirmava com a cabeça não tirando os olhos de mim.

De repente a batida eletrônica de uma bateria começa a tocar na sequência de guitarra no que parecia uma música de pop rock antigo.

- IH! - minha mãe apontou para o alto atenta ao som - Essa é da época que eu tinha a idade de vocês! Dancei muito! Dança essa comigo, filha! - E me puxou na direção da pequena pista montada.
- MÃE, NÃO! - Tentei fazer força de volta com o braço como se estivesse em um cabo de guerra.
- Vai amigaaaa! TEM QUE REBOLAR A BUNDA! UHUUULL - Melissa tirou o celular da minha mão e deu um empurrão de leve.

Quando me dei conta, estávamos nós duas na pista e todos os convidados nos olhando. Parada igual a uma imbecil, eu comecei a arriscar uns passinhos tímidos deslizando os sapatos pela pista enquanto minha mãe já dançava animada dentro do ritmo.

Olhei para os lados e vi meu pai sacando o celular do bolso tirando várias fotos de nós duas. Ao me virar para trás, Eric estava no seu lugar me olhando de cima a baixo sorrindo feito um canalha e Melissa aos berros histérica.

E se eu o provocasse? Sorri de canto pensando.

Fiquei com as duas mãos dadas com a minha mãe, de frente pra ela, comecei a remexer os quadris e o bumbum e descemos juntas até o chão ao som do refrão.

"I need you tonight
Cause I'm not sleeping
There's something about you girl
That makes me sweat"

Nada de dor como da última vez. Dancei perfeitamente rebolando e voltando a ficar em pé de forma elegante sem perder o equilíbrio.

Quase todos na festa estavam com os seus celulares apontados na nossa direção tirando fotos. Me deixei envolver totalmente pela música e a timidez que eu tinha foi deixada de lado naquele momento.

Novamente no momento do refrão, dancei até o chão sorrindo e então a Melissa veio dançar comigo.

- Ele não para de te olhar! - falou com as mãos fechadas no meu ouvido.

Não olhei na direção dele. Se eu fizesse, acabaria o encanto. Aos poucos, outras convidadas se juntaram à nós começaram a dançar também.

Eu e Melissa dançamos mais duas ou três músicas e depois fomos juntas até o banheiro. Depois de lavarmos nossas mãos, olhei meu celular e havia uma mensagem dele:

- Teremos uma conversa séria sobre essas suas aulas, entendeu mocinha?

Mostrei a mensagem pra Meli que arregalou os olhos ao ler.

- Agora você não escapa! Vai sentar na vara dele!
- Eu não vou pra casa do Eric hoje! Ele sabe disso!
- Aposto que vai!

***

Por volta das dez da noite, cantamos o parabéns para a minha mãe e então alguns convidados foram embora da festa. Eu e Melissa estávamos sentadas perto do corredor dos quartos, comendo a fatia de bolo de chocolate servida.

- Vamos lá pra fora? - Melissa perguntou terminando sua fatia - O Felipe e seu príncipe estão lá na varanda.
- Vou no banheiro tirar a maquiagem, pode ir na frente.

Não era oficialmente o fim de festa. Mas decidi acabar com ela no meu rosto e nos meus pés. Claro que eu não era reclamona igual à Melissa mas eles estavam esgotados, mesmo usando um par de sapatos com salto baixo. De cara limpa, ainda de vestido e usando um par de chinelos também na cor rosa fui para a ponta da varanda onde os três estavam sentados. Eric de costas para a vista, Melissa e Felipe encostados na porta de correr do meu quarto. Passei por entre eles e sentei em uma das banquetas ficando na ponta cruzando as pernas em posição borboleta com a saia do vestido cobrindo o que tinha de cobrir.

- Nívea, senta direito. - Eric me ordenou baixinho ao me ver na posição.
- Eu estou na minha casa e não em sala de aula - rebati enquanto olhava a tela do celular.

Melissa olhava para nós tampando a boca segurando o riso e Felipe nos observava atento.

- Vocês dois vão pra algum lugar hoje? - perguntei.
- Pois é, então Fê - Melissa engatou na pergunta - Minha mãe me passou mensagem agora dando carta branca pra gente sair, mas era pra ir em casa avisar à eles. Óbvio que eu vou principalmente pra tirar os objetos de tortura que são esses sapatos!
- O pessoal da faculdade foi pro Centro hoje. Aqueles sobrados onde rola as festinhas. Os típicos inferninhos.
- O que são inferninhos? - perguntei curiosa olhando para ele pois nunca tinha ouvido falar.
- São lugares que princesses décentes* não frequentam! - Eric estava querendo testar a minha paciência. Mas eu amava esse joguinho de provocações.
- Se o MEU PAI me deixar sair, eu vou, entendeu? - impliquei sem dirigir o olhar para ele.
- Opa, falando no homem... - Felipe alertou - Vocês dois acalmem os ânimos.

Meu pai estava vindo na nossa direção segurando uma banqueta na intenção de se sentar conosco.

- Não sei se vou conseguir ficar à vontade com ele - Eric respirou fundo tentando relaxar os ombros.
- Porque não? É o meu pai!
- Exatamente por isso - respondeu firme quase em um sussurro.
- Finalmente estou conseguindo me juntar aos jovens vips da festa - meu pai falou alegre ao se aproximar colocando a cadeira no chão - Curtiram tudo?

- A festa foi incrível, Sr. Jacques - Felipe elogiou - Tudo saiu perfeito.
- Eu amei a torta de frango mas isso todo mundo já sabe!
- A torta fez sucesso mesmo, Melissa - ele concordou - Cheguei a provar uma fatia. E você, jeune professeur*? Foi tudo muito rápido mas espero que tenha aproveitado!
- Só tenho elogios, Monsieur Martin - Eric afirmou - sua esposa sabe fazer festas como ninguém.
- Ela merece. Aliás elas duas são o que eu tenho de melhor na vida. Minha princesa principalmente.

Desviei meus olhos da tela do celular mirando nos dois. O sinal de alerta acendeu na hora.

- Pai, não começa! - adverti.

- A conversa ficará interessante - Felipe digitou no nosso grupo.
- HAHAHAHAHAHAHAH O AUGE DA FESTA É AGORA - Melissa digitou na sequência.

- Mas é verdade, mon cher! Se o seu professor afirma que você é a melhor aluna dele quem sou eu para discordar? Aliás não espero menos que isso!

Eric prestava atenção no que meu pai dizia e o analisava sério.

- E o que o Senhor espera da sua filha, monsieur Martin? - perguntou tranquilo o que começou a me dar pânico - Apenas por curiosidade.
- Nada menos que ela já é: uma filha exemplar que nunca trouxe aborrecimentos nem pra mim e muito menos para a mãe. Possui as melhores notas na escola, é comportada e como recompensa, tem tudo o que ela quiser e felizmente nós dois podemos lhe dar!
- É claro... - ele balançou a cabeça afirmativo arqueando as duas sobrancelhas.
- Mas veja bem, meu rapaz, existe um preço a ser pago por isso. Trabalhamos demais e assim deixamos nossa filha com uma certa independência, principalmente a financeira. É um meio de cobrirmos a nossa ausência. Reconhecemos isso. Mas a amamos e isso é o mais importante.
- Entendo... - ele suspirou - Só penso que talvez isso não seja o suficiente...

Por Deus Eric, não!

- Como assim? Eu e Helena amamos nossa filha!
- Claro que amam, tenho absoluta certeza disso! Mas pelo fato dela ter apenas 15 anos... Bem, um pouco mais de atenção não faria mal.
- De fato! - meu pai concordou - Eu e a mãe dela nos esforçamos pra isso todos os dias.
- Eu lido com adolescentes somente uma vez pro semana - Eric continuou - e mesmo assim percebo o quanto eles estão por conta própria, o senhor me entende? Sem a devida atenção.
- Claro, entendo perfeitamente! Mas tenho certeza que a minha Nívea não fará nada de errado. Alunas exemplares iguais à ela, professor Schneider, são diamantes raros!
- Não discordo - ele sorriu pequeno concordando.

O flashback da chata discussão voltou à minha cabeça e na dele, pois Eric me olhou sério após essa conversa. Tá bom, ele estava certo o tempo todo, eu admito! Mas eu precisava mudar o rumo do assunto.

- A parte boa pai, é que agora tenho amigos que cuidam de mim.
- Sim amiga, o Felipe é nosso tutor na ausência dos nossos pais.
- Exato - ele concordou - sou uma babá nos finais de semana.

Todos rimos e nisso vemos a minha mãe vindo até à nós. Alívio me definiu nesse instante.

- Querido, uns amigos nossos já estão indo embora e querem se despedir.
- Ah sim, me dão licença?
- Claro! - meu loiro lindo assentiu - à vontade.

Meu pai voltou para dentro e minha mãe nos fitou.

- Mas já cansaram? - ela perguntou com as mãos na cintura - Hoje é sábado e nem deu meia noite, não vão esticar a noite como sempre fazem?
- Pra onde vocês duas vão querer ir? - Felipe perguntou olhando para mim e para a Meli - Já mandei o papo dos meus amigos no Centro.
- Pra onde você for eu vou, Fê - a ruiva não fez nenhuma objeção - né amiga?

E sorriu pra mim arregalando os olhos. A conversa estava subentendida e eu sabia o que ela significava de fato. Olhei para o celular após ver uma notificação de mensagem.

- Vem comigo hoje, ma petit... - era a mensagem dele.

Mordi o lábio e não o encarei. Dizer não? Impossível.

- Vocês não querem comer ou beber mais nada? Professor?
- Não, obrigado Senhora Toledo. Fiquei só na água hoje. Estou dirigindo.
- Manhêee, deixa eu beber champagne?? Deixa! Deixa! - pedi em um impulso.
- Nívea, só uma taça ouviu bem? - ela advertiu - E não deixa o seu pai te ver bebendo.
- Uhuull - vibrei - vou lá dentro já já pegar pra mim!
- Aliás, bem lembrado! Vou ver como estão os estoques de bebidas.

Minha mãe saiu e eu me voltei para a tela do celular. Estava tão atenta nas mensagens do grupo da família que demorei a perceber Melissa e Felipe rindo.

- O que foi? Vocês estão rindo de quê?

Ao olhar pro lado, Eric estava com a cara fechada de braços cruzados.

- É isso mesmo, mocinha? Champagne?
- Qual o problema? É só uma taça!
- Na minha frente você não vai beber uma gota de álcool. Ouviu bem?
- Eu já te falei que estou na minha casa com os meus pais! Você não manda em mim, Eric!
- Ah é? Então tá certo. Eu volto pra casa agora mesmo, corrigir a minha pilha de provas e deixo você aqui. Que tal?
- Pode ir, eu saio com os meus amigos para os inferninhos que o Lipe falou!
- Do fundo do meu coração, vocês dois discutindo é a coisa mais fofa desse Universo! - Melissa afirmou com a mão na boca.
- Ele que tem que parar de agir feito meu pai, isso sim! - reclamei.

Eric veio então com o tiro de misericórdia.

- Felipe e Melissa, nós quatro aqui temos um pacto, certo? Experimentem levar a Nívea para o Centro e seus pais saberão o quanto o amor de irmãos entre vocês é especial. Vão arriscar?
- Eita! Amiga, se resolve aí - Melissa se levantou puxando o Felipe pela mão - vamos lá dentro pegar alguma coisa pra beber.
- Você é nojento sabia?
- Tenho nojo de mulher que bebe, isso sim!
- Então eu fico em casa! - me levantei na intenção de sair quando sinto ele me pegar pela mão.
- Espera, mon petit! Não faz assim... - ele se levantou ficando próximo a mim. O perfume delicioso que usava me fazia perder os sentidos.
- Você sabe que eu não bebo... - falei em tom manhoso em meio a uma carícia dele na minha mão - Só uma taça de champagne hoje. E no Ano Novo... Ah e vinho tinto com os meus avós - sorri em forma de deboche.
- Você é um bebê ainda... - ele me olhava preocupado - Tudo tem sua hora...
- Eric, eu acho lindo todo o seu carinho comigo. Amo de verdade. Mas eu não sou nenhuma desmiolada.
- Eu sei que não... Mas é mais forte que eu não me preocupar com você.
- Mas nem uma tacinha? - fiz cara de pidona.
- Nívea...
- Tá bom, só não me chama mais pelo meu nome.

***

Não é que eu não quisesse passar a noite de sábado com o Eric, mas depois de tanta coisa que aconteceu no aniversário da minha mãe, principalmente o fato da nossa relação indiretamente ter sido atingida, com ele finalmente indo até a minha casa e conhecer melhor os meus pais, as coisas precisavam voltar ao normal. Eu não sei se seria uma boa ideia essa aproximação entre eles três e também não me sentia à vontade com isso. Nossa relação, além de ser segredo, era proibida. O perigo de sermos descobertos existia a todo momento.

- Tira o sapato - ele me pediu e eu segurei em sua mão como apoio, logo que entramos antes de seguirmos pelo corredor. Cheguei na casa dele com o vestido rosa e os sapatos escolhidos para a festa.

Ao entrar no amplo cômodo e me virar para o lado, vi a pilha gigante de folhas brancas na sua mesa de trabalho. As provas dele não eram fáceis e mais uma vez tive a certeza ao me aproximar e ver o conteúdo. Uma delas estava aberta e a caneta vermelha em cima com a correção deixada pela metade. Não era do meu colégio e sim uma prova universitária. Olhei curiosa e as questões estavam em forma de textos inteiros. Fiquei impressionada.

- Ainda está de vestido porque? - ele quebrou um pouco da minha atenção voltada para o papel na mesa.
- Por que é você que sempre tira as minhas roupas - respondi em pé sem me virar para ele, ainda olhando curiosa a prova.
- Eu estou ocupado agora.
- Hum... - comecei a desfazer o laço lateral abaixo dos meus seios abrindo o vestido, deixando-o cair no chão, exibindo minha calcinha e o sutiã, tomara que caia, em renda e na cor rosa.

Não vi o que ele fazia e fui tirando as duas peças íntimas. Àquela altura de relacionamento, ficar nua para o Eric se tornou algo normal.

- Tem algo mais interessante pra você aqui, mocinha...

No instante que me viro, vejo Eric sentado na beira da cama, nu, de pernas abertas, punhetando gostoso seu membro e seus olhos azuis passeando por cada parte do meu corpo. Abri a boca de leve e comecei a pulsar forte entre as pernas. Tentei disfarçar, mas uma mordida no lábio inferior e as coxas unidas tentando segurar a umidade e excitação estragaram tudo.

- Vem, senta aqui - Eric ordenou em meio à punheta cuja cabeça do seu pau brilhava e a baba transparente estava a ponto de cair pelo chão. Ele fazia devagar pois queria prolongar aquele momento.
- Não - balancei a cabeça rapidamente não conseguindo tirar os olhos dele - Eu gosto de ficar por baixo, Eric...
- Por baixo??? Você rebola até o chão por mais de uma vez em uma pista de dança e não quer rebolar no meu pau? Quando ia me contar?
- São só aulas de dança - respondi com a respiração falhando, sentindo meus seios duros e todo mel da minha buceta molhando a minha virilha.
- Então vem dançar bem cravada em cima de mim! - mandou enquanto uma das mãos estava apoiada na cama, o seu corpo inclinando pra frente e sua cabeça parecia dar voltas - Puta que pariu, Nívea, vem logo!

Me aproximei aos poucos. Não tinha certeza se ia fazer direito pois eu sempre o tive por cima de mim fazendo do jeito dele. Esfregava minhas coxas e quanto mais fazia, com mais tesão eu ficava.

- E se eu não saber fazer?
- Vai saber, sim! Daqui eu to vendo sua buceta implorando pra ser fodida. Não vai ser difícil. Vem!

Me puxou pelo pulso mas sem ser bruto, fechando um pouco suas coxas para que eu pudesse sentar de frente. Fiquei aberta na frente dele sentindo minha vulva inchada. Sua mão direita me segurou pela parte debaixo das costas me dando equilíbrio e a outra mirou a cabeça melada bem na minha entrada pincelando em um vai e vem delicioso.

- Olha pra mim - ele deslizava ainda sem enfiar - Não é bom?
- É... - respondi olhando nos seus olhos sentindo meu rosto ferver e meus lábios entreabertos - é muito bom...
- Vai ficar melhor se eu enfiar tudo em você...

E de uma só vez, Eric se enterrou dentro de mim trazendo meu corpo mais para perto do dele. Deslizou tão fácil que senti minha bucetinha latejar com todo aquele volume. Me agarrei nos seus ombros, meus quadris ganharam vida própria e minha cabeça se inclinou levemente pra trás.

- Se eu tivesse gozado antes de ter me enfiado em você, esse seu bumbum ficaria vermelho de uns bons tapas que iria levar!
- Eu não gosto de tapas, Eric... - falei sussurando segurando na sua nuca.
- Então continue sendo minha boa aluna e obediente!

Seu corpo caiu na cama me levando junto onde fiquei totalmente por cima. Tive a visão linda daquele homem por inteiro, seu corpo forte e perfeito. Eric gemia com as mãos na minha cintura que passeava por entre ela e os meus quadris.

- Rebola bem gostoso no meu pau, vai!

Agarrei no seu peitoral e comecei a remexer devagar e sem jeito mas amando aquele membro quente dentro de mim. Relaxei os quadris e meu baixo ventre parecia anestesiado. Fui pegando ritmo aos poucos lembrando da pista de dança.

- Gostou de me ver dançando, mon prince? - perguntei com um sorriso maldoso e deslizando as mãos no peitoral.
- Cometi foi um vexame! Tu fez de propósito, não foi?
- Claro que não! Eu estava dançando com a minha mãe! - respondi mordendo o lábio.
- Você me fez foi ficar duro dentro da calça, isso sim!
- Igual como está agora? - sorri e dei uma reboladinha.
- Aaaaahhh - Eric agarrou meus quadris com força jogando a cabeça pra trás. O corpo já tomado pelo suor e o seu tronco subia e descia pela respiração alterada - Eu vou te esfolar sem dó, mocinha...
- Mas foi você quem mandou eu ficar por cima... - provoquei fazendo manha na voz.

Fiquei cravada na pica deliciosa dele e rebolava gostoso. Era tão bom vê-lo enlouquecido por mim!

Eric se levantou e me agarrou, dando um beijo desesperado e eu correspondi, cravada, e agarrada nele pelo pescoço.

- Minha gostosa... Só minha...
- Me toca, Eric... - pedi em meio à reação já conhecida do meu corpo.
- Tenta sozinha, ma petit... Você consegue...

Continuei rebolando e inclinei meu corpo para trás. Os espasmos por entre as pernas pareciam ondas e senti o meu líquido quente explodir naquela pica gostosa. Eric agarrou meus quadris com força e gozou feito louco. Jogou novamente seu corpo na cama me levando junto. A minha respiração e a dele se confundiam. Comecei a espalhar beijos úmidos pelo seu tronco suado e minha mão alcançou o seu rosto acariciando a barba macia. Eric pegou nela dando vários beijos na ponta dos meus dedos.

"I need you tonight cause I'm not sleeping There's something about you man That makes me sweat..."

Cantei o refrão adaptado da música e ele explodiu em uma gostosa gargalhada.

- Eu que preciso de você por todas as noites, princesse... Pelo resto da minha vida...

Continua...

Princesses décentes = Princesas decentes Jeune professeur = Jovem professor

I need you tonight
'Cause I'm not sleeping
There's something about you girl
That makes me sweat

(Eu preciso de você esta noite
Porque eu não estou dormindo
Há algo sobre você garota
Isso me faz suar)

Nota da autora: Espero que tenham curtido a festa, amigos! Nossa princesa finalmente rebolando a bunda por incentivo da amiga Meli. Seja na pista de dança ou em situações mais tentadoras rsrsr.

Música da dança entre mãe e filha:
I Need You Tonight - INXS

Lançada na verdade em 1987 mas tranquilamente executada nas pistas de dança no início dos anos 90, período da adolescência da aniversariante Helena Toledo. E eu amo essa música também hahahahahahaha.


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Comentários


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casalbisexpa Comentou em 28/02/2021

puro tesão




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Ficha do conto

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aescritora

Nome do conto:
Ma Petite Princesse ( Minha Pequena Princesa) XXI

Codigo do conto:
173819

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
27/02/2021

Quant.de Votos:
3

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