Histórias de prostituição

       Menos de um mês após meu aniversário minha mãe, durante o café, anuncia:

        - Acabou a mamata, seu pai não paga mais pensaõ, vai ter que arrumar um emprego. Também arrumei um homem e vou seguir minha vida. Você já é praticamente adulta e vai ter que se virar agora.

        Ela era empregada numa casa de família e vivíamos num apartamento minúsculo de aluguel. Evangélica, me obrigava a segui-la no culto. Foi morar com seu novo marido e me esqueceu. “Merecia ser feliz” foi a última coisa que me disse.

        No final da adolescência, me achava bem sem graça fisicamente. Apesar dos meus 1,70, era magrinha, pele pálida e cabelos castanhos até a cintura. também me vestia como uma crente deve se vestir: Saia até o tornozelo e blusas cobrindo os ombros e o colo. Quanto a minha personalidade, era tímida e extremamente ingênua. Recém formada no segundo grau, não tinha o melhor dos currículos para o mercado.

       As contas começaram a se acumular. Trabalhando em uma mercearia do bairro e ganhando um salário, tentei de tudo nas horas vagas: vender trufas na rua, entregar panfletos, bicos de garçonete, limpeza de banheiros em baladas. Mas nada era estável ou rendia o suficiente. O desespero bateu quando recebi um aviso de despejo. Minha situação era revoltante e parei de frequentar os cultos. Sem perspectivas, também não tinha como continuar os estudos.

       - Sr. Airton, preciso de algum dinheiro imediatamente. Estou preste de ser despejada, não sei o que fazer e sou sozinha nesse mundo. – imploro para o meu atual empregador.

       - Fia, não tenho como te ajudar. Cê sabe que a mercearia não vai bem, ganho uma merreca e vivo num barraco nos fundos. Tem mês que cê ganha mais que eu. – responde sincero.

       - Sr. Airton, faço qualquer coisa. Você não conhece ninguém que possa me emprestar um dinheiro, alguém para me indicar? Um bico? – peço em desespero.

       Sr. Airton franze a testa e coça a cabeça. Pega um papel e anota um número de telefone.

       - Toma. Por sua conta e risco. Liga para o Benedito. Cê é novinha e bonitinha, o tipo dele. Se gostar do cê, pode te emprestar algum dinheiro. Mas cê vai ter que paga de volta, trabalhando pra ele. Trabalhando cê sabe como, não preciso dize. Mas cê diz que faiz qualque coisa, vai da sua cachola. Num tenho nada com isso. – diz contrariado
No fundo do poço, com a energia cortada e uma ordem de despejo em mãos, não tenho muito o que pensar. Marco com o tal Benedito. O local que ele indicou funcionava uma distribuidora de gás. Chego e pergunto por ele a recepcionista.

       - Dito! A puta que cê tava esperando chego! – grita.

       - Manda entra! – uma voz gutural grita nos fundos do corredor.

       Caminho envergonhada até uma sala e entro. Sentado em uma mesa, encontro Benedito. É um preto forte, barbado e mal encarado. Ele abre um sorriso, mostrando seus dentes brancos. Os caninos são de ouro.

       - Juliana, né? Meu anjo, qual é teu problema? Como posso te ajudar? – pergunta, simpático.

       - Divida. Preciso de dinheiro urgente. Vou ser despejada. – respondo.
- Então cê quer trabalho, certo? Cê sabe com o que trabalho, num é inocente. Tá tudo bem pra você, tem algum problema com isso? A vida na rua num é fácil. – explica.

       - Já tentei de tudo e estou sem alternativas. Não viria aqui se não estivesse decidida. – digo.

       - Cê é crente? Que diabos de roupas são essas? – questiona.

       - Já fui, não sou mais. São as roupas que tenho... – respondo, tentando justificar o outfit que uso.

       - Qual tua idade? – continua.

       - Acabei de fazer 18. – informo.

       - Ótimo! – exclama.

       - Então agora diz. – pede.

       - O quê? – pergunto inocente.

       - Quero ser puta! – diz.

       Fico em silêncio por um instante sem entender.

       - Repete! – insiste.

       - Quero ser puta. – repito sem convicção.

       - Mais alto! – insiste novamente.

       - Quero ser puta! – grito contrariada.

       - Agora você me convenceu. – se diverte.

       Ele se levanta. Deve ter 1,90. Seus braços são imensos e todo tatuado. Veste calça jeans, regata e tênis da moda. Caminha até a porta e a fecha com chave. Volta e senta-se novamente a mesa.

       - Agora tira a roupa, preciso vê o que cê tem pra oferecer. – ordena.

       Fico trêmula por um instante, não estou preparada para uma audição. Ainda assim tiro a roupa lentamente. Dobro as peças e coloco sobre um sofá encostado na parede. Em seguido me viro para ele. Sem nenhuma experiencia, concluo que devo ser suscetível em obedecer a homens em posição superiores à minha. Inocentemente, atribuo esse defeito a idade e inexperiência.

       Ele pega o celular e tira uma foto enquanto divago.
      
       - Agora de costas. – instrui.

       Obedeço novamente.

       - Agora afasta as pernas e inclina um poco pra frente. Abre esse rabinho com as mãos. Dexa o cuzinho e a xana à mostra. – orienta.

       Assumo a posição que pediu e outra foto é tirada.

       - É pra manda pra possíveis clientes. – explica.

       Levanta e vem até a mim.

       - Cê é do tipo falsa magra. Parece uma patricinha. Branquinha. Peitinho e bundinha empinada. Xoxotinha e cuzinho rosa. Esse jeitinho educada e obediente. Vai gira muito, com certeza. – prevê.

       Nervosa, sou acometida de uma taquicardia intensa. Me sinto avoada. Ele baixa a mão e passa os dedos na minha boceta. São grossos e ásperos, parecem uma lixa. Estou inexplicavelmente úmida. Quando seus dedos separam os lábios, a lubrificação se insinua melando-os.

       - Hmmmm! Só de fica pelada na frente de um macho cê já fica desse jeito? Leva jeito pra coisa. – diz, enquanto chupa os dedos, como se degustando.

       Coloca sua mão enorme no meu ombro e força para baixo, me deixando de joelhos a sua frente. Desabotoa a calça e abre o zíper, colocando seu pau para fora. É enorme e vascularizado. A glande roxa e lustrosa. Tem o tamanho e diâmetro de uma coca ks. Agarra meus cabelos e diz:

       - Agora mostra para o negão o que essa boquinha sabe faze.

       Recebo o pau na boca; gosto e cheiro são fortes. É salgado e intensamente amargo. Sinto nojo, então encho a boca de saliva para diluir o sabor. Em cada chupada tento engoli-lo mais um pouco, tarefa que parece impossível. Minha mandíbula já está doendo quando me levanta e mama meus seios, ao mesmo tempo que mordisca meus mamilos. Em seguida, me coloca sentada no sofá e, ajoelhado, lambe minha xoxota se lambuzando em meu mel. Tortura meu clitóris com a ponta da língua; continua me bolinando e beliscando meus mamilos. Nunca havia sido chupada antes e estou fora de mim, o prazer me domina.

       - Adoro uma bocetinha de branquinha cheirosinha. – diz.

       Com facilidade me vira e me deixa de quatro. Estapeia minha bunda com força e agarra meus cabelos. Massageia minha boceta novamente como se conferisse algo.

       - Cê é virgem, Cadela? – sussurra em meu ouvido.

       - S-sou... – admito.

       Ele gargalha debochado.

       - Uma virgem! Cê acha que isso é algum tipo de virtude? – pergunta.

       - Gosto de acreditar que sim. – respondo baixinho.

       - Então cê vai receber o tratamento especial do negão. E vai aprender que na vida isso num tem valor nenhum.

         Sem aviso penetra minha boceta com uma facilidade que não esperava. Seu cacete me preenche, causando uma enorme pressão em meu ventre. Agarra minhas ancas com as mãos e estoca com força; parece que vou ser partida ao meio. Dói, mas gemo como louca.

       - Sentiu a pressão, né, cadela? Num tem virtude que resista aos 22 centímetros do meu caralho. Agora cê é passado, mercadoria usada.

       Enquanto me fode, umedece o polegar com minha lubrificação e massageia meu cuzinho com movimentos circulares. Me descontrolo de tesão. Não demora e o dedo vence a resistência das minhas pregas, penetrando meu cu. Continua me fodendo e, em instantes, gozo. É tão intenso que desfaleço no sofá, ofegante e gemendo. Ele afasta minhas nádegas e lambe meu cuzinho.
Cospe uma farta quantidade de saliva em seguida. Ergue meu quadril a minha revelia e força a cabeça do cacete contra meu rabo. Me penetra lentamente, o que não alivia em nada meu sofrimento.

       - Se aguentar meu pau no rabo, num vai ter dificuldade nenhuma na rua. Fazer boquete e dar a xana é moleza. Muiê nasceu pra isso. Puta tem que aguentar no cu. – diz, rindo.

       Ele continua me penetrando e solto um grito mudo. Não sinto prazer físico, só dor, mas a sensação de ser dominada é indescritível. Depois de arregaçar meu cu lentamente, começa a me estocar com força. Enfim, geme, me agarra com força pelos cabelos me deixando de frente para ele. Seu pau parece ter vida própria e estrebucha. A cada espasmo um jato de porra me atinge. O último inunda minha boca de esperma, e continuo chupando seu pau carinhosamente até consumir todo o conteúdo. Puro extinto,

       Satisfeito, pega minha calcinha ao lado e limpa o pau, antes de erguer as calças. Volta a sua mesa e diz:

       - Pode se vestir, tá aprovada.

       Obedeço e ele continua:

       - Quanto cê precisa?

       - Quatro mil. – respondo.

       - Cê tá brincando? Não sô instituição de caridade. Ajudo com dois e cê começa a trabalhar na quinta. Vô te da um ponto, cê vai girar na rua. Além de paga o que me deve, tem de paga o ponto. O que sobra é teu. Concorda? – explica.

       Consinto com a cabeça sem saber a merda que estava fazendo. Ele abre a gaveta, conta as notas, me dá o dinheiro e diz:

       - Tem trezentos a mais. Compra contraceptivo, daqueles que não te dexa de chico. Puta menstruada não gira. E roupa. Uma minissaia, calcinha sexy e top. E use salto. Uniforme de puta, cê sabe como é. – orienta.

       - Sim, Sr. – respondo.

       - Ah, e corta essa merda de cabelo. Tá muito comprido.

       - Se o Sr. acha, vou cortar. – concordo.

       - E melhora esse vocabulário. – diz.

       - Como assim? – pergunto.

       - Aprenda a dizer coisas do tipo: “me fode gostoso”; “pauzudo”; “mete no meu cuzinho”; “goza na minha boquinha”; “sou sua putinha”... essas coisas que piranha fala pra agradar. – explica.

       Assinto com a cabeça envergonhada.

       Pega uma folha de rascunho e escreve alguma coisa. Dobra, levanta e coloca em meu bolso. Me dá um tapa na bunda e diz:

       - Agora vaza! E não pensa em sumir, te acho até no inferno se precisa. Até sua alma me pertence agora.

       Corro até a imobiliária e faço um acordo. Depois pago a conta de luz atrasada na lotérica.

       Quando chego em casa tiro a roupa e tomo um banho. Gelado. A luz só amanhã. Me lembro do papel no bolso. Pego e o abro. Em letras de forma infantis está escrito:

Diploma de puta
Cara       – nota 4,0
Corpo    – nota 6,0
Boquete – nota 5,0
Vaginal   – nota 0,0
Anal       – nota 10,0
Média    – nota 5,0 – Aprovada
Obs: a aluna tem muito o que aprender. Vai precisar de aulas de reforço com o negão.

       Confesso que caio na risada com a anotação e minha situação. Colo minha graduação na geladeira enferrujada e vazia e vou para a cama dolorida. Na minha primeira experiência sexual sou oficialmente uma puta.


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Comentários


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samara- Comentou em 17/10/2024

É como diz popular " Quem não tem tú , é tu mesmo" .." Quem não tem cão caça com gato ".. Sua história é muito boa ,mas faltaram fotos da sua nova personalidade. Aliás qual o nome de guerra da nova putinha da Cidade? Faltou essa informação

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morenotzaum Comentou em 15/10/2024

caramba. Nota 10 mesmo

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fernando1souza2 Comentou em 15/10/2024

Vc é demais!




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Ficha do conto

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fadainsensata

Nome do conto:
Histórias de prostituição

Codigo do conto:
221201

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
15/10/2024

Quant.de Votos:
5

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